pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A reação dura do Congresso aos Poderes Executivo e Judiciário.
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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Editorial: A reação dura do Congresso aos Poderes Executivo e Judiciário.



Deu aquilo que já seria esperado. Os líderes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira(PP-AL), assim como o Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco(PSD-MG), fizeram questão de acompanhar os seus representados, deputados e senadores, em sua insatisfação com os demais poderes da República. O clima é de azedume. Pacheco sugeriu que pautas que são do desagrado do Poder Judiciário serão retomadas, como a nevrálgica questão da estipulação de mandato para os Ministros do STF e a possibilidade de veto às decisões de caráter monocrático. 

Arthur Lira não economizou em sua fala as críticas explícitas ao Executivo, informando que o orçamento não é prerrogativa única daquele poder. Um recado direto ao recente veto do Governo Lula às emendas parlamentares. No dia de hoje, 06, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Ministro da Articulação Institucional, Alexandre Padilha, deverão manter um diálogo com os parlamentares, numa atuação semelhante aos apagadores de incêndio. A cabeça de Padilha, conforme informamos no dia de ontem, já teria sido pedida, mas Lula não deve entregá-la. 

Tal mudança, se ocorresse, como se sabe, pouco mudaria o cenário de guerra, porque não se trata apenas de uma questão de nomes. A animosidade de parlamentares da Oposição, principalmente aquela identificada pelo bolsonarismo, é imensa e, por razões, óbvias, eles não farão nenhuma questão de baixar a guarda. O Governo Lula enfrentará momentos difíceis daqui para frente. Quem acompanhou os bastidores da retomada do ano legislativo, observou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, fez um discurso sob medida para agradar os parlamentares, que o aplaudiram calorosamete. 

A rigor, a rigor,  a abertura de mais um ano legislativo, a cada ano, indica que o recrudescimento dessas animosidades entre os Três Poderes da República apenas se ampliam. Para esquentar o cenário, neste ano de 2024 ainda teremos as eleições municipais, o que deve contribuir ainda mais para ampliar essas zonas de atrito. Depois dos danos produzidos pelo bolsonarismo, o país mergulhou numa crise institucional que parece que não terá mais fim. Os caras não assimilaram ter perdido as eleições e acharão cabelo em ovos para fustigarem o Governo Lula.      

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