pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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domingo, 7 de agosto de 2011

Para onde vai o PT da Paraíba?

Nenhum casa dividida contra si mesma subsiste. É bíblico.O PT se divide em mil pedaços, mas acha que vai continuar no bem-bom (servindo a dois “senhores”). O PT do M (de Maranhão) lança a candidatura de Luciano Cartaxo a prefeito de João Pessoa, enquanto o PT do R (simpático a Ricardo Coutinho) afasta inteiramente essa possibilidade e se diz alinhado com Ricardo e o prefeito Luciano Agra (ambos do PSB). Prefere garantir logo a vice do que nada.

É claro que essa candidatura de Luciano não é pra valer. Não acho que o PT tem fôlego e musculatura para lançar candidatura vitoriosa. Melhor assumir logo isso de vez, baixar o fogo e alinhar-se logo ao governo ou à oposição.Mas ficar dividido é uma característica intrínseca do PT da Paraíba. O partido vai esticar essa pendenga até quando isso for possível ou conveniente.

Bom, dizem que no próximo dia 27 o presidente nacional do PT, Rui Falcão, virá à Paraíba para decidir de que lado o PT vai ficar, já que o diretório municipal e o estadual não se entendem sobre o assunto.Quanto querem em uma aposta que nada ficará decidido?
Gisa Veiga, jornalista do portal www.politicapb.com.br

Dilma Rousseff: 48% dos brasileiros aprovam seu Governo.



Pesquisa realizada pelo Datafolha, instituto de pesquisa do Jornal Folha de São Paulo, indica que 48% dos brasileiros aprovam o Governo da presidente Dilma Rousseff. Os últimos escândalos de corrupção e a demissão de ministros não teriam contribuído para desgastar a sua avaliação. Sobretudo em São Paulo, havia indícios de que a cruzada moralizadora imposta pela presidente estava tendo um excelente impacto junto à opinião pública. Com essa medida, embora exponha a corrupção da máquina, Dilma, por outro lado, passou a imagem de que não compactua com corruptos, ou seja, entregou os cadáveres necessários para evitar a comoção e o tumulto no IML. O mais novo demitido foi o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, acusado de relações promiscuídas com um certo “Doutor Júlio”, que chegou a agredir repórter da revista Veja.

sábado, 6 de agosto de 2011

"Doutor Júlio" derruba o secretário-executivo do Ministério da Agricultura.


Os novos escândalos de corrupção na máquina pública, precisamente no Ministério da Agricultura, parecem confirmar a versão do ex-diretor financeiro da CONAB, Oscar Jucá Neto, o “jucazinho”, ou seja, se não todos, há mais bandidos naquele Ministério. Acaba de cair o secretário-executivo daquele órgão, o senhor Milton Ortolan, que estabelecia com o “Doutor Júlio” relações pouco republicanas. Doutor Júlio, como era conhecido no ministério, dava expediente naquele órgão, no setor de licitações, onde teriam sido liberados recursos da ordem de 1,5 bilhões, em contratos formulados pelo próprio “Doutor Júlio”, operando como representante de empresas privadas. Certamente, em nome dessa tal governabilidade, a presidente Dilma Rousseff não reúne condições de adotar naquele ministério o mesmo tratamento de choque imposto ao Ministério dos Transportes. Trata-se, entretanto, de um outro ministério “bichado”, eivados de vícios danosos ao interesse público.

Augusto Heleno fala pela tropa:"As Forças Armadas são apolítica e apartidárias"


Quando Ministro, Nelson Jobim proibiu uma palestra que seria ministrada no Círculo Militar, em Brasília, pelo general Augusto Heleno, muito admirado na caserna e uma espécie de porta voz da tropa. Comandante militar da Amazônia Legal, Augusto Heleno havia emitido sinais de discordância das políticas indigenistas do Governo Lula para a região. Quanto ao afastamento de Nelson Jobim, Augusto Heleno afirmou que isso não representaria nenhum trauma, pois os militares estão habituadas à troca de comando. Quanto à aceitação do nome do ex-chanceler Celso Amorim, fez uma advertência, publicada hoje na Folha de São Paulo, coluna de Josias de Souza: “ Lembro ao novo ministro que as Forças Armadas são instituições de Estado, apolíticas e apartidárias.” Augusto Heleno construiu uma carreira brilhante nas Forças Armadas. É tido como um herói pela tropa. Por recomendação de Lula, a presidente Dilma Rousseff teria conversado com todos os 04 comandantes militares e assegurado que em seu Governo não haveria revanchismo e que havia decidido demitir Jobim em razão de um principio sagrado para os militares: não tolerância à insubordinação. Fez média.Há quem assegure que Jango caiu por ter se recusado a punir os marinheiros.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Nelson Jobim: Apesar dos problemas, o Governo Dilma perde um bom quadro.


O PMDB não mexeu uma palha no sentido de tentar evitar a demissão de Nelson Jobim do Ministério da Defesa. Embora filiado ao partido – inclusive freqüentando suas últimas reuniões – Jobim era da cota pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A relação entre civis e militares no Brasil, sobretudo depois da ruptura institucional instaurada no país com o Golpe Militar de 64, tornaram-se bastante problemáticas. Não por acaso, há bons trabalhos acadêmicos tratando desse tema espinhoso, alguns deles concluindo que o Brasil é uma semidemocracia, ou uma democracia tutelada, onde prevalecem as tibiesas de imposição do poder civil sobre os militares.Do ponto de vista institucional, a criação do Ministério da Defesa foi um avanço, mas todos sabem dos problemas daquela pasta desde que ela foi criada. Quando da transição do seu Governo para o de Dilma Rousseff, Lula pediu a presidente que mantivesse Jobim no cargo, alguém com autoridade, que soube se impor aos militares. Dilma decidiu mantê-lo. Há muito sabia-se da insatisfação de Jobim com o Governo ou com a presidente em particular. Jobim recusou o nome indicado pelo partido, com o aval do Planalto, para sua assessoria: O professor Roberto Mangabeira Unger. Preferiu o nome de mensaleiro José Genoíno, ex-guerrilheiro da campanha do Araguaia. Não se sabe até hoje qual papel de Genoíno naquela pasta. Talvez seja para fazer companhia a Jobim quando ele se retira do gabinete para uma sala contígua, onde fuma os famosos charutos cubanos. A própria Dilma teria perguntado a Jobim se José Genoíno poderia ser útil. Ele teria respondido que, se Genoíno era útil ou não era problema dele. Foi exatemente essa sincericídio, aliado a outros fatores – como inúmeras divergências com a presdiente, conforme já publicamos aqui no  http://blogdojolugue.blogspot.com , que contribuíram para a sua demissão. A demora de Dilma Rousseff em afastá-lo deveu-se há alguns fatores, inclusive amplas consultas à caserna e ao oráculo Lula, que indicou alguém com o perfil de não criar embaraço para a presidente, seu ex-ministro de relações exteriores, Celso Amorim.Apesar dos problemas criados, o Governo Dilma perde um bom quadro. São poucos no Governo. Há muita gente "fraquinha".


Sérgio Guerra: Decifra-me ou te devoro.


A esfinge Sérgio Guerra tem sido um problema para o PSDB local. Em certos momentos sinaliza que cumprirá o acordo celebrado nas eleições passadas, de apoiar o nome de Raul Jungmann como candidato a prefeito do Recife. Por outro lado, abre todo o espaço do programa do partido para o deputado Bruno Araújo. Por sinal, um péssimo programa. Bruno teria tido até o aval de Aécio Neves, que o estimulou a candidatar-se, dentro da estratégia partidária de ir às eleições com candidatura própria nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Sérgio Guerra, por sua vez, assegura que a quadra local não sofrerá interferência da nacional. Nem mesmo de Aécio neves. Especula-se, também, sobre uma possível filiação do deputado estadual, Daniel Coelho, ao partido, como pré-candidato. A aproximação do PSDB local com o Palácio do Campo das Princesas não é mais segredo. Compreende-se, portanto, o imblóglio  em que vem se tornando a definição de uma candidatura do partido. Sobretudo em razão da conjuntura nacional – onde especula-se sobre uma possível fusão – Sérgio Guerra também vem mantendo um diálogo permanente com o DEM, na figura do seu presidente regional, Mendonça Filho. No final, tudo vai depender dos passos do deputado federal e ex-prefeito do Recife, João Paulo. Que João Paulo consulte logo os astros e diga que é candidato a prefeito do Recife nas eleições de 2012, pelo PSB. Com os dois maiores eleitores recifenses em campo, restaria à oposição a possibilidade de candidaturas olímpicas, o que inibiria muitas aventuras e especulações.

Partido da República: Um poço até aqui de mágoas.


Ainda ressentidos com a devassa ocorrida no Ministério dos Transportes, os integrantes do Partido da República devem se reunir, no próximo dia 09, com o objetivo de definir as atitudes que deverão adotar daqui para frente em relação ao Governo Dilma Rousseff. A relação do PR com o PMDB, comenta-se, também não é das melhores, criando-se, consequentemente, uma relação de animosidade no condomínio que dá sustentação ao Governo Dilma. Rigorosamente falando, o PR perdeu a pasta dos transportes. Paulo Sérgio Passos, conforme já comentamos aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com, estabeleceu um cordão sanitário naquele Ministério, evitando a companhia dos colegas de partido. Por determinação da presidente, todos os afastados do DNIT foram substituídos por servidores de carreira, portanto, sem o apadrinhamento político, que apenas contribui para a partidarização de nacos do Estado. O pronunciamento de Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes, foi contundente, praticamente exigindo de Dilma uma retratação em relação à execração pública a qual o partido foi submetido. O PR, portanto, é um poço até aqui de mágoas e tão somente após essa reunião teremos condições de chegar a alguma conclusão sobre como ficará sua situação no Governo.

Planalto de olho no voto da nova classe "C".


Os estrategistas do Planalto estão preocupados em determinar o DNA dessa nova classe “C”, que ascendeu a partir das políticas públicas adotadas no Governo Lula. Trata-se de um contingente de aproximdamente 30 milhões de pessoas, fundamentais, por exemplo, para a definir uma eleição. A Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, comandada pelo peemedebista Moreira Franco, teria encomendado pesquisa no sentido de identificar as aspirações dessa nova classe, seus hábitos de consumo e, possivelmente, como avaliam o Governo Dilma Rousseff. De posse desse mapeamento, o Governo pretende criar ou fazer adequações em suas políticas no sentido de atender às expectativas desse segmento social, que vem se tornando a menina dos olhos de qualquer político com pretensões presidenciais em 2014. Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, em artigo polêmico, recomendou ao PSDB que focasse seus objetivos nessa camada social, posto que seria inútil disputar a hegemonia dos pobres e dos movimentos sociais com o Partido dos Trabalhadores. Dilma Rousseff, que ultimamente elogia bastante FHC, parece ter lido seu artigo com o cérebro e não com o fígado, como alguns petistas.  

Sincericídio!

Humberto

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Nelson Jobim: Demitido por Dilma Rousseff. Assume Amorim, outro ligado a Lula.



Embora tenha adotado uma postura bastante comedida durante sua entrevista ao Programa Roda Viva, da TV Cultura, o agora ex-ministro da Defesa estava, conforme publicamos no HTTP://blogdojolugue.blogspot.com, com os dias contados. A demora em baixar a guilhotina, deveu-se, sobretudo, na dificuldade da presidente Dilma Rousseff em encontrar um nome para substituí-lo, que fosse assimilado pelos comandantes militares. Antes da demissão, Dilma ainda concedeu uma entrevista ao ex-ministro, que saiu do Planalto ainda com a cabeça sobre o pescoço. No entanto, logo surgiram novas informações sobre o seu sincericídio, dando conta de que Jobim havia afirmado que a Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, era “fraquinha” e que a Ministra da Casa Civil, Gleisi Hofmann, não conhecia Brasília. Nenhuma surpresa para quem, no discurso por ocasião da homenagem aos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, havia dito que estávamos cercados de idiotas. Há quem diga que esse sincerídio teria haver com supostas pretensões presidenciais do ex-ministro. No momento, é precipitado afirmar isso ou então ele está bastante equivocado ao pensar que o PMDB poderá apoiá-lo. O partido não demonstra qualquer entusiasmo com a idéia. Durante a crise, o Blog fez várias postagens sobre o assunto. Leiam. Recomendamos, igualmente,  a leitura do artigo postado no dia de hoje, onde há comentários sobre a origem das divergências entre Nelson Jobim e a presidente Dilma Rousseff.

Armando Monteiro cumpre agenda na Zona da Mata Norte.


O presidente estadual do PTB. senador Armando Monteiro (PTB) cumpre extensa agenda na Zona da Mata Norte nesta sexta-feira (05), visitando cinco municípios da região.
Logo no início da manhã, o petebista estará em Carpina ao lado do prefeito Manoel Botafogo (PSDB), conferindo as instalações da fábrica Galvanisa, empresa do setor de estruturas metálicas responsável pelo fornecimento de peças para empreendimentos como o Estaleiro Atlântico Sul. Logo após, o senador e Botafogo seguem para a sede da prefeitura, para um encontro com lideranças locais.
O segundo compromisso do senador é um almoço com o prefeito de Buenos Aires, Gislan Alencar (PSDB) e aliados, naquele município da Mata Norte. Logo após, Armando vai a Ferreiros e encontra o vice-prefeito Gileno Gouveia (PTB).
À tarde, a agenda reserva ida a Nazaré da Mata, onde Armando será recebido pelo prefeito Egrinaldo Coutinho, Nado (PTB), e representantes políticos locais. Logo em seguida, o petebista volta à Carpina para reunir-se com lideranças de toda a região em um encontro na sede do Consórcio de Municípios da Mata Norte e Agreste Setentrional (COMANAS).
Os últimos compromissos serão em Paudalho. Lá, Armando participa de jantar com o prefeito Fernando Moreira (PTB), ao lado de líderes políticos, e acompanha a reinauguração do Posto de Saúde da Família do município e entrega de ambulância na comunidade rural de Chã Alegre.
Armando também aproveita a visita aos municípios para conceder entrevistas às rádios da região e prestar contas de seu mandato no Senado.
Agenda:
8h – Visita às instalações da fábrica Galvanisa, em Carpina
10h – Encontro com prefeito de Carpina, Manoel Botafogo
12h – Almoço em Buenos Aires, com o prefeito Gislan Alencar e aliados
14h – Visita ao vice-prefeito Gileninho, em Ferreiros
14h – Encontro com prefeito de Nazaré da Mata, Nado, e aliados
17h – Reunião com lideranças da Mata Norte na sede da COMANAS (Rodovia BR 408 – KM 76 – Bairro Novo – Carpina)
19h – Jantar com o prefeito de Paudalho, Fernando Moreira, e lideranças
20h – Em Paudalho, reinauguração de posto de saúde e entrega de ambulância

A CLASSE POLÍTICA VAI AO PARAÍSO. (Artigo)

A CLASSE POLÍTICA VAI AO PARAÍSO. Em visita ao Brasil, o sociólogo espanhol, Manuel Castells, denuncia o esgotamento do modelo de democracia representativa burguesa e a apropriação de nacos do Estado pela classe política.  


                                   A cruzada moralizadora que a presidente Dilma Rousseff impôs ao seu Governo tem um limite imposto pela governabilidade. O caso do Ministério dos Transportes é bastante emblemático. A presidente afastou todas as principais diretorias do DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, inclusive Luiz Antonio Pagot, seu diretor, que, pelo silêncio obsequioso manifestado durante os depoimentos na Câmara e no Senado Federal, esperava-se que fosse poupado da guilhotina.

                                   Antes, pela imprensa, em doses homeopáticas, Pagot havia emitido várias notinhas comprometedoras contra o Governo, insinuando que a Casa Civil da Presidência da República era bastante familiarizada com os “aditivos”, fato confirmado ontem, durante o pronunciamento, no Senado Federal, do ex-ministro da pasta dos Transportes, Alfredo Nascimento, senador pelo Partido da República. A aquiescência de Pagot contou, segundo veículo de comunicação de circulação nacional, com a intervenção do Secretário Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

                                    Parece-nos que o Planalto tem bons leitores de “entrelinhas”. Uma das maiores preocupações da Ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, era saber se, durante o pronunciamento de Alfredo Nascimento, ele iria se referir aos famosos financiamentos de campanha, sempre mencionados nas denúncias de desvios de recursos público. Já na saída, após entregar carta de demissão a presidente Dilma Rousseff, Luiz Pagot ainda torpedeou o atual titular da pasta, insinuando que Paulo Sérgio Passos conhecia todos os passos. Sem muita repercussão.

                                    Além de promover uma verdadeira faxina naquele órgão, a presidente Dilma Rousseff, orientada por valores republicanos, exigiu do novo Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que todos os substitutos daquele órgão fossem funcionários de carreira. Temendo novos comprometimentos, Passos assumiu uma postura bastante eqüidistante dos companheiros de partido. O deputado Valdemar da Costa Neto, que praticamente dava expediente no Ministério dos Transportes, na gestão de Alfredo Nascimento, hoje, teria dificuldades de marcar uma audiência com o novo ministro da pasta. O estranhamento é tão evidente que o PR, a julgar pela postura do titular da pasta, não se sente representado no Governo. Em seu pronunciamento no Senado, aguardado com muita ansiedade pelo Planalto, o ex-ministro, Alfredo Nascimento, demonstrando muito ressentimento, afirmou que o partido foi tratado como lixo, exposto à execração pública. Alfredo tem lá suas razões ao sentir como bode expiatório.  

                                    Se, com essa atitude, a presidente angariou a simpatia de um eleitorado de classe média, mais esclarecido, indignado com os altos índices de corrupção na máquina pública brasileira – elemento possível de ser observado em pesquisas de opinião realizadas em São Paulo-, por outro, começa a sofrer pressões, sobretudo da base aliada, no sentido de refrear esse ímpeto, sob pena de enfrentar algumas turbulências nas próximas votações no Congresso ou, pior, engessar seu Governo com as temidas CPIs. Por muito pouco, apenas 02 assinaturas – retiradas às pressas pelas manobras do Planalto – a oposição não consegue as assinaturas necessárias, 27, para abrir a primeira CPI do Governo Dilma Rousseff.

                                    Amuos e ressentimentos de parlamentares da base aliada, quando bem capitalizados pela oposição, podem representar derrotas em votações importantes para o Governo, estrangulando essa tal governabilidade, colocando o Governo numa situação inercial profundamente angustiante. O PR, que conhece bem as entranhas da corrupção na máquina, já insinuou que pode fornecer informações “importantes” para a oposição. Portanto, quando setembro vier, pode trazer algumas surpresas desagradáveis para o Governo.

                                    PT, PMDB e PR, sócios majoritários do condomínio de sustentação do Governo, demonstram bastante preocupação com as ações saneadoras de Dilma Rousseff. O PMDB, por exemplo, com pós-doutoramento em corrupção, estabeleceu uma estratégia muito bem definida, que visa, em última análise, a blindagem de seus agentes com atuação na máquina do Estado. Até então, o Ministério das Minas e Energia, comandado por Édson Lobão, um afilhado de José Sarney, era o próximo na alça de mira da presidente. Certamente, diante da rebelião da base aliada, Dilma deverá tirar o pé do acelerador, considerando que o número de dnitidos seja suficiente para dar uma satisfação à opinião pública no sentido de afirmar que não compactua com irregularidades em sua administração.

                                   De quebra, Dilma ainda demitiu de uma das diretorias da CONAB, Oscar Jucá, o jucazinho, irmão do líder do Governo no Senado, Romero Jucá. A vassourada, no entanto, deve se encerrar por aqui. O piso do Planalto poderia ficar muito escorregadio se ela continuasse com tanta disposição, desgastando a imagem de seu tutor político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reunidos recentemente, a tropa de choque do PMDB, que reúne figuras como Romero Jucá, Renan Calheiros, José Sarney, definiram que não permitirão intromissões em seus nacos do Estado.

                                    Aqui se encerra mais um capítulo de sua administração. Pontualmente, poderá continuar tomando algumas medidas saneadoras, mas na periferia do Governo, movida por sua retidão de caráter. No “núcleo duro”, fundamental para essa tal governabilidade, poderiam ser apeados do Planalto apenas os ministros que não estão dando bons resultados – saídas previamente negociadas - ou aqueles que, por suas atitudes e pronunciamentos, já teriam pedido para sair, conforme é o caso do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, que já declarou que votou em Serra e que vive cercado de idiotas, mas preferiu não declinar os nomes desses idiotas.

                                   Dilma Rousseff o trata apenas protocolarmente. Em sua última entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, procurou fazer uma média com Dilma. Tardiamente. A presidente já desautorizou Jobim inúmeras vezes, como no socorro aos desabrigados das enchentes da região serrana do Rio de Janeiro, ou no episódio do Plano de Fronteiras, onde ele não queria a participação do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. José Eduardo Cardoso, Ministro da Justiça, levou a melhor.    

                                   Certamente, ela deverá minimizar suas investidas sobre os dutos de corrupção ainda existentes na máquina, tolhida pela necessidade de “tocar” o seu Governo, evitando que ele entre, tão novo, numa situação inercial. Não é de hoje que nessa República os partidos se apropriam de nacos do Estado e os utilizam consoante os interesses mais perniciosos, absolutamente divorciados das demandas da população.  Estruturalmente, algumas medidas até podem ser adotadas – como a ocupação de cargos de chefia por servidores estáveis, de carreira, preparados para assumirem as complexas tarefas inerentes à administração do Estado.

                                    Outra medida seria aprimorar os mecanismos de controle e fiscalização, minimizando a possibilidade de desvios de recursos. Mas, ainda estamos longe de atingir esses objetivos. Revista de circulação nacional, baseada em relatórios da Polícia Federal, constatou que existem alguns equívocos primários, como a falha nos levantamentos de preços praticados no mercado. O Estado, na maioria dos casos, acaba pagando sempre mais, numa espécie de superfaturamento de origem.

                                    O Brasil, por sua vez, também possui um quadro bastante expressivo dos chamados DAS, Direção de Assessoramento Superior. A ocupação desses cargos, hoje, atende a um princípio bastante salutar, ou seja, um percentual “X” deverá ser ocupado por servidores efetivos, que entraram na máquina através de expedientes meritocráticos e republicanos, como o instituto do concurso público. Racionalmente, talvez fosse o caso de realizar uma reestruturação desses cargos, possivelmente diminuindo esse montante, inflados, inclusive, sob os auspícios do Governo Lula.Gradativamente, conforme desejo da presidente, ampliar o percentual dessas ocupações pelos funcionários efetivos.  

                                   A exemplo do que já ocorre na França, o Estado brasileiro – além de possuir um quadro de servidores bastante preparado – também possui uma escola de formação em gestão pública. Até José Dirceu, ex-todo-poderoso Ministro Chefe da Casa Civil no Governo Lula, um dos artífices do aparelhamento da máquina pela “companheirada” do PT, súbito, teve uma crise de lucidez e já defende essa mesma tese, ou seja, o presidente nomeia os ministros – que já são muitos – e a burocracia assume o resto.

                                   As ações da presidente Dilma Rousseff receberam elogios dentro e fora do governo. Tarso Genro, por exemplo, elogiou a atitude de faxina geral adotada pela presidente, assinalando que os problemas no DNIT se arrastavam por, pelo menos, 20 anos, exigindo uma intervenção mais efetiva. Jarbas Vasconcelos, senador pelo PMDB de Pernambuco, do grupo dos não-alinhados ao Planalto, também esqueceu as divergências políticas para elogiar a atitude da presidente.

                                    Dilma Rousseff também deve ter conquistado, conforme já enfatizamos, muita simpatia daquele eleitorado de classe média, profundamente chocado com as denúncias de falcatruas na máquina pública. A disposição de Dilma, no entanto, esbarra nessa tal governabilidade. O historiador Sérgio Buarque de Hollanda talvez tivesse razão quando afirmava que no Brasil não existia esfera pública. País de cultura essencialmente patrimonialista, torna-se difícil definir a fronteira onde termina o interesse privado e se inicia a res publica. Afinal, como diria o ex-presidente Jânio Quadros, político de feeling apuradíssimo,  O Brasil é um hímen é complacente.

                                    Essa talvez seja uma das razões para explicar a enorme  receptividade das idéias do sociólogo espanhol, Manuel Castells, no país.  Na realidade, governabilidade neste país implica, necessariamente, em conviver com certos padrões de corrupção na máquina pública. Infelizmente. Parece inevitável. Para desespero dos governantes sérios, com prejuízos evidentes para res pública e contribuindo para a desmoralização da classe política. Estabelece-se, então, um hiato entre representantes, escolhidos através dos mecanismos da democracia representativa, e os supostos representados, cujas necessidades ficam interditadas em função da apropriação indevida dos recursos públicos.

                                    O sociólogo espanhol, Manuel Castells, cujos livros mais conhecidos no Brasil são “Sociedade em Rede” e “Comunicação e Poder”, intelectual envolvido com o movimento de Maio de 68, na França. Sobretudo no segundo título, Castells disseca o esgotamento do modelo de democracia representativa, afirmando que a “classe política” passou a defender seus próprios interesses corporativos, distanciando-se dos interesses da sociedade como um todo. Ou seja, criou-se uma cisão entre representantes e representados, obrigando esses últimos a criarem novos padrões de participação democrática num mundo globalizado e digitalizado.

                                    Castells tornou-se o guru da ala dissidente do Partido Verde, que acompanha suas palestras com atenção redobrada. O grupo, liderado por Marina Silva, que obteve um capital eleitoral de 20 milhões de votos na última eleição presidencial, vieram se juntar um número expressivo de parlamentares e militantes da legenda. Esses dissidentes estavam se sentindo bastante incomodados com os constrangimentos da democracia interna da agremiação, exigindo maior oxigenação dessas relações.

                                   Pelo Blog fizemos algumas postagens sobre esse tema, comentando sobre uma fictícia visita que outro sociólogo, o alemão Robert Michels, teria feito à sede do Partido para discutir suas idéias sobre a oligarquização das agremiações partidárias e sindicais. Michels é o autor da “Lei de Ferro das Oligarquias”.Tratou-se, obviamente, de uma brincadeira, pois Michels já se encontra na arena celeste, observando como se dão essas relações lá por cima, dialogando com os anarquistas sobre as suas decepções políticas.  

                                   Castells sugere que precisamos mudar esses padrões de representação, criando mecanismos que possam facultar aos indivíduos uma participação mais ativa nesses processos. É neste sentido que as redes sociais cumprem um papel cada vez mais relevante nas eleições e na fiscalização das ações do Estado. Durante viagem à Espanha, o prefeito do Recife foi surpreendido por uma enxurrada de postagens nas redes sociais reclamando a sua ausência, num momento em que o Recife era castigado por chuvas torrenciais. Não teve dúvidas. Abandonou as touradas de Madri pela lama do Recife. Do contrário, as redes poderiam proporcionar um estrago maior do que as chuvas ao seu projeto de reeleição.

                                    Não raro, recebemos mensagens para participar de eventos políticos.audiências públicas  ou manifestações através das redes. Políticos monitoram as redes sistematicamente. Não encontramos nenhuma chamada, através das redes, sobre as mobilizações que ocorreram em defesa do Recife Antigo. Talvez por isso, não mais do que 60 pessoas acompanharam as manifestações. O título do artigo é uma analogia ao filme “A classe operária vai ao paraíso”, de Elio Petri, realização italiana de 1971. No filme, cujo ator principal é Ludovico Massa, o Lulu – qualquer semelhança não é mera coincidência – é abordado o papel da classe operária na história universal da luta de classes. Hoje, na sociedade do consumo e do espetáculo, é a classe política que vem se apropriando ou partidarizando nacos do estado, colocando-o a serviço dos seus interesses. O paraíso é deles, Lulu. 

 José Luiz Gomes da Silva, Cientista Político.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Armando Monteiro: "Forças Armadas compram fardamento na Ásia".


O senador Armando Monteiro Neto (PTB/PE) subiu à tribuna do plenário do Senado para externar sua satisfação com o lançamento do Plano Brasil Maior, anunciado, pela presidente Dilma Rousseff. Em entrevistas a rádios da Região Metropolitana do Recife, na manhã desta quarta-feira (3), Armando também fez uma avaliação das medidas adotadas pelo governo.
O parlamentar, que presidiu recentemente a Confederação Nacional da Indústria (CNI), elogiou a ampliação da isenção e da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de "uma ampla gama de bens de capital". Ele também apoiou o crédito automático de gastos com o Programa de Integração Social (PIS) e com a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na aquisição de máquinas. “Esta era uma velha reivindicação do setor produtivo”, afirmou.
O representante pernambucano parabenizou a desoneração da folha de pagamento de setores exportadores, como o têxtil, o calçadista e o moveleiro. Esses setores deixam de pagar 20% sobre a folha de pagamento, para pagar 1,5% sobre seu faturamento.
Armando Monteiro enfatizou que essas desonerações melhoram a competitividade dos produtos, uma vez que podem ser compensadas nas exportações, o que era impossível com o pagamento sobre a folha de pessoal. “Ao deslocar a contribuição para o faturamento, vamos estar mais protegidos em relação aos produtos importados”, afirmou.
O ex-presidente da CNI qualificou como "uma medida muito importante" o estabelecimento de uma margem de preferência para produtos nacionais nas compras governamentais. “Todos os países que têm uma política de proteção de sua indústria utilizam o poder de compra do estado para apoiar a produção doméstica. As Forças Armadas do Brasil, por exemplo, estão comprando uniformes fora, na Ásia”, lamentou.

O senador elogiou ainda a determinação de que os bancos públicos exijam que as empresas financiadas se comprometam a adquirir produtos e serviços nacionais, incentivando a geração de empregos no país.

Alfredo Nascimento: "Eu não sou lixo. O PR não é lixo."


O Planalto teria despachado a Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com o objetivo de saber se o ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, faria referência aos polêmicos financiamentos de campanha durante o seu pronunciamento no Senado Federal. Leitor mais atento do Blog já deve ter percebido que quase todos os escândulos recentes de corrupção na República estão relacionados, de alguma forma, aos financiamentos de campanha. Está aí um tema que merece uma CPI, caso a oposição consiga as assinaturas necessárias. Não está nada fácil. Depois de conseguir as 27 assinaturas necessárias para a abertura de CPI sobre a corrupção no Ministério dos Transportes, o Planalto reagiu e conseguiu que dois senadores retirassem os seus nomes. O pronunciamento de Alfredo Nascimento é uma peça que exige uma discussão mais profunda, uma vez que coloca os Governos Lula/Dilma no centro da crise.

Líder do Governo no Senado: Humberto Costa pode substituir Romero Jucá.


Com o prestígio mais baixo do que poleiro de pato,  depois do escândalo que envolveu o seu irmão, Oscar Jucá,  na CONAB, Romero Jucá poderá ser substituído da condição de líder do Governo no Senado. Jucá teria pedido perdão a presidente Dilma em razão dos destemperos do irmão, que chegou a chamar todo mundo de bandido no Ministério da Agricultura, mas, comenta-se que, nos bastidores, chegou a fazer veladas ameaças ao vice presidente, Michel Temer, caso o irmão fosse demitido. A atitude incomodou profundamente o Planalto. Caso seja confirmada sua defenestração do cargo, o nome mais cotado para sucedê-lo é o do senador pernambucano, Humberto Costa, o principal interlocutor de Dilma Rousseff no Estado, sobretudo depois de perceber a desenvoltura de Eduardo Campos.


Dilma Rousseff: Meritocracia para os substitutos dos dnitidos do DNIT.


A presidente Dilma Rousseff, numa atitude republicana, determinou ao Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que os substitutos dos dnitidos do DNIT sejam pinçados entre os servidores de cargos efetivos, com formação técnica, sem indicação de políticos. Já faz algum tempo que estamos sugerindo uma série de medidas que podem contribuir, e muito, para a formação de quadros e gestores públicos comprometidos com os interesses da res pública e não pau mandados de políticos, que entram na máquina com objetivos escusos. Artigo publicado no HTTP://blogdojolugue.blogspot.com discute essas e outras questões em profundidade. Não deixem de ler. O artigo será publicado amanhã.

PMDB: Os caciques se reunem para definir a estratégia de blindagem.

Sérgio Lima/Folha
Os caciques do PMDB se reuniram para reafirmar a posição de não permitir que ocorra com o partido o que ocorreu com o PR. Os principais líderes da legenda se reuniram no gabinete de Michel Temer e definiram a estratégia a ser adotada daqui para frente, evitando que seus pares sejam investigados ou punidos em função de desmandos na máquina pública. Em outros momentos, já comentamos aqui no HTTP://blogdojolugue.blogspot.com que, muito possivelmente, Dilma Rousseff já estaria satisfeita com os cadáveres que foram entregues. A presidente sabe que política é arte do possível e que a governabilidade, neste país, implica em conviver com algum padrão de corrupção. Como seguro morreu de velho, o PMDB, com pós-doutoramento na área, afia as garras para possíveis surtos moralizadores.

Charge!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Dilma Rousseff recolhe a vassoura. Seria preciso muito sabão para limpar a Casa Civil.


Contingenciada por essa tal governabilidade – isso dá até samba – a presidente Dilma Rousseff parece ter decidido recolher a vassoura. O Tribunal de Contas da União teria verificado indícios de irregularidades em alguns contratos do Ministério da Agricultura, justamente no momento em que a presidente demonstra ter refreado seu ímpeto moralizador. Quando Oscar Jucá, o “jucazinho”, saiu atirando para todos os lados, chamando todo mundo de bandido, sabia-se que, embora ele estivesse ressentido e magoado, possivelmente conhecia o caminho das pedras. Das pedras? Seu irmão, o senador Romero Jucá, já se desculpou junto à presidente Dilma Rousseff, pedindo-a para desconsiderar o destempero do irmão magoado. Wagner Rossi, ministro da pasta, teria afirmado que providências estariam sendo tomadas no sentido de apurar os possíveis equívocos  apontados pelo TCU. O jornalista Josias de Sousa, da Folha de São Paulo, faz um questionamento bastante pertinente. Wagner afirmou que Oscar Jucá era um despreparado. Então ele,Wagner, costuma nomear despreparados para o Ministério? Ainda sobre esse assunto, o recente pronunciamento do ex-Ministro dos Transportes, Nascimento, agora senador, compromete os Governos Lula/Dilma. Amanhã voltaremos a discutir o assunto.

Senador Armando Monteiro elogia plano Brasil Maior.


Senador participa do lançamento da nova política industrial do governo
Representante importante do setor industrial brasileiro, o senador Armando Monteiro (PTB/PE) avaliou como positivo o Brasil Maior, plano lançado nesta terça-feira (2) pela presidente Dilma Rousseff e que traz a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do governo federal. O senador acompanhou o lançamento no Palácio do Planalto. “A nova política industrial tem um alcance razoável e corresponde a um esforço do governo que temos de reconhecer. Há limitações, mas acredito que poderemos ampliar quando houver um espaço fiscal maior”, defendeu o senador, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Para Armando, o Brasil Maior, cujo slogan é “Inovar para competir. Competir para crescer”, está em sintonia com uma agenda defendida pelo setor produtivo brasileiro e responde a inúmeras pressões que a indústria do país vem sofrendo, principalmente na concorrência desigual com produtos importados. “O Brasil Maior é a uma resposta do governo brasileiro a essa imensa pressão que a indústria manufatureira do Brasil vive em decorrência de vários fatores adversos, que vem reduzindo a participação da indústria brasileira no comércio internacional e no mercado doméstico”, disse.
O fundamental, ressalta Armando Monteiro, é reforçar a competitividade da produção nacional. “O governo lança um plano com uma série de medidas que viabilizará a desoneração das exportações; o aprofundamento da agenda de desoneração dos investimentos; dá início ao processo – para alguns setores intensivos de mão de obra – de redução da folha de pagamento; estabelece uma política de compras governamentais, que oferece uma margem de preferência de até 25% nos processos de licitação para produtos e serviços nacionais. Nele (o plano) há, ainda, medidas de reforço à defesa comercial do País; define novas atribuições e estruturas para o INMETRO, ou seja, que obriga o produto importado a atender a certificação técnica; renova os programas de financiamento e apoio ao investimento como o PSI; amplia o orçamento da FINEP para apoio à inovação; além do fortalecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, que tem uma representação do setor privado e passa a atuar na governança do Plano,” comentou.

João da Costa:...e essa tal agenda positiva que não decola?


Com o apoio dos marqueteiros que participaram das duas campanhas vitoriosas de Eduardo Campos ao Governo do Estado, o prefeito do Recife, João da Costa, parte para o tudo ou nada. Promoveu uma reforma no secretariado; tem se reunido constantemente com os auxiliares próximos, para cobrar a execuação de obras de grande visibilidade; e, possivelmente aconselhado pela equipe de Eduardo Campos, mandou os pesquisadores às ruas, para aferir sua popularidade. Colunista de política de um dos jornais locais comentou que, uma dessas entrevistadoras foi muito mal recebida pela população de um dos bairros do Recife, castigado pelos buracos, que exigia que o prefeito saísse do Palácio Antonio Farias e observasse, de perto, o estado em que se encontra algumas ruas daquele bairro. A opinião do http://blogdojolugue.blogspot.com sobre a agenda positiva do prefeito João da Costa é bastante conhecida pelos nossos leitores.  

Nelson Jobim: Seus dias estão contados no Governo.


O sempre tão polêmico programa Roda Viva, da TV Cultura, um dos arquivos mais rico da política e da história recente do país, cujas entrevistas costumávamos reproduzir aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com, sempre com um grande número de acessos – ontem se deparou com uma situação inusitada: um Ministro tentando salvar o pescoço, que já foi posto a prêmio. Quando as expectativas denunciavam a possibilidade de que o Ministro Nelson Jobim identificasse os idiotas do Governo, falasse sobre os seus projetos de se afastar do Planalto para pavimentar suas aspirações presidenciais pelo PMDB e reafirmasse sua crença no tucanato, observou-se um ministro reticente, inseguro e tecendo loas de elogios à presidente Dilma Rousseff, com o único propósito de continuar como inquilino do Planalto. As divergências entre Dilma e Jobim não se encerram nesses últimos episódios. Por mais de uma vez, a comandante Dilma Rousseff desautorizou o seu Ministro da Defesa, o que nos levam a concluir que os seus dias estão contados.

Hugo Chávez: Saúde, comandante!


Submetido a um tratamento contra um possível câncer na próstata, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apareceu em público apresentando um novo visual. Está careca. A imprensa mais conservadora, sobretudo quando se trata de Hugo Chávez, costuma brincar com essas situações, que exigem solidariedade. O http://blogdojolugue.blogspot.com  deseja ao comandante Hugo Chávez que ele consiga superar esses problemas, reestabelecendo sua saúde. Outro dia, por ocasião de uma postagem sobre a orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque, lembrei dos inovadores programas na área de educação, desenvolvido por aquele país, que faculta às crianças empobrecidas o acesso a aulas regulares de música.  

Contra crises, Vaselulina!

Benett

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Zé Dirceu lê Jolugue. E você?


Surpreendentemente, o ex-todo-poderoso Ministro Chefe da Casa Civil, José Dirceu, que nunca se sentiu incomodado com o aparelhamento da máquina pública pela companheirada, que ocupa 60% dos cargos comissionados no Governo Dilma Rousseff, recentemente fez um pronunciamento dos mais republicanos, defendendo que esses cargos fossem preenchidos por funcionários de efetivos, de carreira. Não raro, tanto aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com como no twitter.com/jolugue, defendemos essas posições, sempre tomando como referência a França, onde o primeiro-ministro nomeia meia dúzia de assessores e os demais cargos são preenchidos por funcionários da burocracia, capacitados numa renomada escola de formação de quadros para o Estado. Já nos disseram que Zé Dirceu lê o nosso Blog. No último sábado repercutimos entrevista concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cézar Peluso, onde ele reforçava essa  tese. Não deixem de ler.


Miguel Arraes: Dilma segue os seu passos. Bom para os mais empobrecidos.


Confesso que nos preocupavam as alianças de Arraes com segmentos conservadores da política pernambucana. Ainda somos radicais. Em entrevista com o deputado Luciano Siqueira, questionado sobre o assunto, ele nos respondeu com argumento bastante convincente: Arraes nunca abandonou os comunistas. Celebrava tais alianças movido por uma análise da correlação de forças em disputa na arena eleitoral, o que ele conhecia como poucos. Nos seus últimos governos foi acusado de jurássico e atrasado, em função de alguns programas destinados a atender as necessidades da população mais empobrecida, como água e luz. Questionado a esse respeito, certa vez teria respondido que modernidade para o homem do campo é um bico de luz, o que o livraria da dependência dos famosos candeeiro. Arraes tinha razão. Contingentes expressivos da população brasileira começaram a sair da senzala somente a partir do Governo Lula. O que, afinal, é modernidade para essa gente? Ciente da necessidade de atender essas demandas básicas da população nordestina, a presidente Dilma Rousseff reedita um similar do “Luz para Todos” e prometer construir milhares de cisternas para resolver, de uma vez, os problemas de falta de abastecimento de água em regiões do semi-árido nordestino. Não sabemos se comunistas vão para o céu, mas seja lá de onde estiver,o filho de Dona Benigna aprova a medida da presidente.

Luciano Coutinho. Ele queria o negócio com o Pão de Açúcar.


Há quem assegure que o presidente do BNDES, o pernambucano Luciano Coutinho, não teria gostado do desfecho do affair Pão de Açúcar X Carrefour. Colocando ainda mais lenha na fogueira, acatou a decisão de Dilma Rousseff, mas teria havido uma rusga entre ambos, embora isso parece ter sido superado. Embora a estratégia de “melar” a transação pela imprensa tenha surtido um grande efeito – contribuindo para refrear o ímpeto do Governo, que temia a repercussão negativa junto à população – caso houvesse um mínimo de consenso entre Abílio Diniz e Jean Charles Naouri, o negócio teria sido fechado. É o que se pode compreender pela entrevista de Luciano Coutinho, concedida à revista Veja. Comenta o economista que as grandes economias do planeta – clube ao qual o Brasil já freqüenta – desenvolveram política de criação de empresas multinacionais, algumas líderes mundiais em seu segmento. No entendimento de Coutinho, portanto, ter o Pão de Açúcar como líder mundial no setor de varejo seria importante para a economia brasileira. A revista Exame, desse mês, trás uma longa matéria com Jean Charles Naouri, segundo a revista, o homem que derrotou Abílio Diniz. Na realidade, o diretor do Casino, estabeleceu uma estratégia muito bem planejada, atuando em várias frentes, inclusive se deslocando ao Brasil, para uma entrevista com Luciano Coutinho.

Setembro negro para o Governo. É o que prometem os insatisfeitos.


Algumas lideranças partidárias estão prevendo um setembro negro na Câmara e no Senado Federal. Votações de projetos importantes para Governo entrarão na pauta neste mês e a relação da base aliada com o Planalto continua tisnada pelas últimas medidas de Dilma Rousseff, dnitindo duas dezenas de funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DNIT, e o irmão do líder do Governo no Senado, senador Romero Jucá, que tornou-se uma fera ferida e perigosa. Entre os pares, ele aparenta muita tranqüilidade e assegura que o irmão, demitido da Conab, teria perdido a cabeça ao conceder a longa entrevista à revista Veja, onde afirma, sem meias palavras, que o órgão só tem bandidos, inclusive seu titular, Wagner Rossi, homem de confiança de Michel Temer. Apesar de bem-intencionada, não se sabe, ainda, qual a medida que Dilma Rousseff irá tomar. O PMDB é sócio majoritário do condomínio governista e as medidas saneadoras da República esbaram, quase sempre, na equação da governabilidade.


Jarbas Vasconcelos elogia Dilma. Ela merece.


O senador pernambucano, Jarbas Vasconcelos, elogiou as medidas tomadas pela presidente Dilma Rouseff, afastando os diretores do DNIT acusados de envolvimento em irregularidades. Apesar de pertencer ao gurpo dos não-alinhados do PMDB – motivo pelo qual vive num ostracismo sem tamanho – o pronunciamento do pernambucano cumpre uma linha de atuação parlamentar que o http://blogdojougue.blogspot.com apenas tem a elogiar. Na bombástica entrevista concedida à revista Veja, Jarbas dignificou a vida pública, ao apontar os equívocos dos companheiros de partido, que se atrelam ao cargos e benesses do Estado como ostras aos cascos dos navios. Entram com objetivos escusos previamente traçados, jamais com o objetivo de servir à res pública. Dilma merece reconhecimento, elogio e, sobretudo, compreensão, posto que essa República é de hímen complacente, como o Blog sempre enfatiza.

Charge!

Terminada a faxina de Dilma