Lá estavam o senador Humberto Costa e o Deputado Federal João Paulo na
confraternização oferecida pelo governador Eduardo Campos. Essa turma
parece que não resiste ao tempero servido
na casa de Dois Irmãos. Segundo, dizem, feito por uma cozinheira de
mão-cheia, especializada nas guloseimas da cozinha regional, com direito
a um queijo de cabra especial, produzido lá pelas bandas do Cariri
paraibano. Somos tido como uma pessoa radical em função de uma pauta de
conduta muito orientada política e ideologicamente. Um belo dia, um
coronel da política pernambucana convidou todos os cientsitas políticos
do Estado para um jantar num restaurante badalado da cidade. Segundo
ele, seria o momento de sua conversão ao socialismo. Afirmou que teria
conseguido tudo na política e agora iria entrar nessa de socialismo.
Pelo próprio contexto da situação, a sua conversão durou muito pouco.
Apenas um jantar. Logo retomaria suas velhas práticas orientadas pelo
patrimonialismo, pelo clientelismo, coordenando um séquito de prefeitos
que seguem religiosamente suas orientações. Nos convidaram para esse pic
nic, mas não estivemos presentes. Também costumo orientar minhas
análises por algum critério científico, republicano ou algo similiar, o
que nos parece, hoje, com poucas possibilidade de explicar as ações de
alguns atores políticos pernambucanos ou mesmo algumas escolhas que
estarão em jogo no pleito de 2014. Por exemplo, ao se colocar sobre o
possível nome que deverá disputar a sucessão do governador Eduardo
Campos, indicado pelo Campo das Princesas, devo ter abonadonado alguns
dos critérios acima e orientado nossa percepção por outras váriáveis.
Certamente, para nos aproximarmos de algumas previões, vamos ter que
dividir esse jogo em várias unidades de análise. Apesar de ser um
partigo orgânico, estruturado em torno de uma direção nacional, uma
coisa é o PT pernambucano e outra e a Executiva Nacional da legenda.
Conluios da Executiva Nacional com algumas tendências locais já
culminaram até com o afastamento de alguns atores da agremiação. Hoje, a
orientação da direção nacional é no sentido de integrar o partido -
avanços significativos já foram obtidos nesse sentido -; definir uma
candidatura, mas sempre na expectativa de uma composição com o senador
Armando Monteiro; montar um palanque firme para Dilma no Estado. Não
vejo com bons olhos como o partido possa manter esse padrão de
relacionamento com o governador Eduardo Campos até o primeiro turno das
eleições de 2014, quando a presidente Dilma Rousseff vem sendo execrada a cada pronunciamento do pernambucano. A recomendação dos socialistas é no sentido de manter
os quadros petistas tanto na máquina estadual quanto na máquina
municipal. Ainda vejo essa situação como reflexo do quadro de
eduardodependência em que o PT tornou-se no Estado. Que joguindo de
esconde-esconde, em? Haja espírito de Natal. Já devem ter programado
subirem juntos a serra para a cerimônia do beija-mão, na cidade serrana de
Gravatá, que sempre ocorre por essa época do ano.
Como informa o jornalista Josias de Souza, do Portal UOL, se as eleições presidenciais fossem hoje, de acordo com Instituto Datafolha, Dilma Rousseff seria reeleita por WO. Antes dele, num artigo seminal, publicado alguns meses atrás, o cientista político Marcos Coimbra, do Vox Populi, também já havia comentado que essas seriam as eleições mais definidas da história recente do país. Tudo leva a crer que iremos nesse diapasão até outubro de 2014, conforme já comentamos. Enquanto Dilma cresce, seus opositores perdem espaço. Aécio Neves continua morgado e insosso. Ao invés de cuidar de sua campanha, esboça um chilique em defesa dos companheiros tucanos envolvidos nas denúncias do propinoduto. Saiu de 21% pela última Datafolha, para 19%, uma oscilação que ainda se enquadra na margem de erro, mas começa a incomodar os tucanos de bico longo. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, perdeu 4 pontos percentuais desde a última pesquisa. Oscilou de 15% para 11%. Esse casamento de jacaré com cobra d'água não vem dando muito certo não. Eles só conseguem consenso entre os banqueiros paulista. A expectativa de que Barbosa poderia entrar na simulação do Datafolha também seria confirmada. Neste cenário, Dilma dá uma lapada de 44% a 15%. Que venha Barbosa. Ele está sendo muito estimulado a entrar no jogo. Diante das circunstâncias, é bem provável que esse "chamamento" continue crescendo, entre os setores conhecidos da sociedade brasileira.