Ontem comentávamos por aqui acerca de um jantar, realizado em Lisboa, em homenagem ao ex-presidente Michel Temer, por ocasião de um evento organizado pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Jantares e almoços com a presença do ex-presidente sempre constam no menu as articulações políticas. Desta vez não foi diferente. Esteve em jogo, conforme divulgado pela revista Carta Capital, as negociações em torno da formação de uma nova federação, desta vez envolvendo os partidos MDB e o Republicanos. Conforme afirmamos no final daquela postagem, os arranjos celebrados no plano nacional estão produzindo alguns complicadores no estado de Pernambuco, como de resto, possivelmente, em outras praças da Federação.
A cada nova aliança formada entre essas legendas, mais os problemas se avolumam na quadra política local. Como se já não fossem suficientes os problemas produzidos pela federação entre o Podemos e o PSDB, que acabou sendo desfeita já depois dos estragos produzidos, veio a aliança formada entre Progressistas e o União Brasil, onde uma ala perfila ao lado da governadora Raquel Lyra(PSD-PE) a outra segue firme com o prefeito João Campos(PSB-PE), agora é a vez de formação de uma eventual federação entre o MDB e o Republicanos, que deve colocar mais lenha nesta fogueira de vaidades e disputas pelas duas vagas ao Senado Federal, reservadas nas eleições de outubro.
Definições claras apenas para a disputa da cadeira do Palácio do Campo das Princesas, onde se tem como certas as candidaturas da governadora Raquel Lyra e do prefeito João Campos. Para o Senado Federal, o quadro continua completamente embolado. Concretizada a federação entre o MDB e o Republicanos, provavelmente eles trabalharão o nome de um candidato presidencial para as eleições de 2026, provavelmente Tarcísio de Freitas, hoje filiado ao Republicanos. O MDB e o Republicanos, aqui na província, estão ao lado do prefeito João Campos, do PSB,. um aliado do Planalto, que, provavelmente, deve apoiar o projeto de reeleição de Lula, hoje bastante animado depois dos resultados positivos da campanha dos pobres contra os ricos.
Até recentemente, Raul Henry, Secretario de Articulação da Prefeitura do Recife, empreendeu todos os esforços para manter o comando da legenda sob seu controle, o que significa dizer mantê-la ao lado da base de sustentação do prefeito João Campos no estado. Filiado ao Republicanos, hoje, um dos nomes mais cotados na bolsa de apostas da disputa ao Senado Federal é o do Ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho. Em declarações recentes, o senador Humberto Costa considera mais provável uma aliança com João Campos do que com Raquel Lyra. A reeleição de Humberto Costa é a prioridade número um do Planalto no estado. O PT não vai negociar, mas cobrar o apoio de Lula ao nome dele numa dessas chapas.
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