pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
Powered By Blogger

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Charge! Cláudio via Folha de São Paulo

 


Editorial: Esquadrinhando o ministério do futuro governo Lula.


O próprio Lula declarou recentemente que a formação do ministério tem sido uma tarefa mais complexa e trabalhosa do que a campanha eleitoral. Deve ter lá suas razões para fazer tais afirmações. Não é facil acomodar tantos interesses pessoais e de grupo em jogo; administrar egos inflados; proceder os ajustes na máquina para atender às demandas dos aliados novos e antigos. E ainda existe a composição de gênero e cor que, se não contemplada, pode produzir inúmeros ruídos, como o da precipitação de uma conhecida jornalista - quando ele ainda havia anunciado apenas seis nomes - de que haviam apenas homens na formação do ministério. 

Mesmo criando uma penca de ministérios, e deixando apenas os partidos oposicionistas mais radicais de fora - caso do PL e PP - não  pode-se dizer que a obra de engenharia política montada agradou a todo mundo. Ainda no dia de ontem, durante as negociações com o União Brasil, isso ficou evidente, quando a indicação de um parlamentar baiano da legenda foi vetada pelo PT daquele Estado. Entre os formadores de opinião a conclusao é a de que o núcleo duro do ministério é essencialmente petista, o que significa dizer que a tal frente ampla não passou de retórica de campanha.  

De fato, sim. O núcleo duro de poder está nas mãos do partido  ou de atores políticos da estrita confiança do morubixaba petista, como os ministérios da Casa Civil, Desenvolvimento Social, Relações Institucionais, Justiça, Fazenda e a liderança de partido no Senado Federal, uma missão que o baiano Jaques Wagner qualificou como uma das tarefas mais estratégicas da futura gestão. Por outro lado, para não dizer que há apenas críticas à formação do ministério por parte dos formadores de opinião, alguns nomes foram bastante festejados, como o do professor e pesquisador Sílvio Almeida, para a pasta dos Direitos Humanos; Camilo Santana para o Ministério da Educação - que levou com ele, na condição de secretária-executiva da pasta, Izolda Cela -; Anielle Franco, ativista e irmão da Marielle Franco, para a pasta da Igualdade Racial; A indígena Sônia Guajajara para Povos Indígenas; Nísia Trindade para a pasta da Saúde, com a difícil missão reerguer o SUS, bastante atingido pelo último governo. São nomes que, se colocarem o currículo em prática, podem produzir bons resultados de gestão para a administração pública do país. Estamos bastante otimista.     

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Drops politico para reflexão: Montagem do ministério não agradou ao União Brasil e eles não integrarão base de apoio de Lula.

 


Parafrasenado o grande Machado de Assis - numa referência às ideias fixas, num dos seus romances - Deus te livre da montagem de um ministério, meu caro leitor. Quantos arranjos politicos e ajustes técnicos precisam ser feitos para conciliar interesses tão díspares. Parecia que as coisas andavam muito bem entre o presidente Lula e as lideranças do União Brasil, há um passo de fechar um acordo para integrar a base aliada. Agora, vem a notícia de que os nomes apresentados pela legenda foram recusados - há, inclusive, o veto do PT a um deputado baiano - e os nomes indicados não contam com o apoio da cúpula do partido, que já declarou que permancerá independente, votando com o governo apenas em pautas do interesse do pais, o que, como se sabe, não quer dizer muito coisa, dada a ausência de espírito público dos nossos representantes. 

Drops político para reflexão: Com o União Brasil na base de apoio do governo Lula, qual o destino do senador Sérgio Moro?

 


Embora não se conheça os nomes que deverão integrar o fururo Governo Lula - na condição de indicados pelo União Brasil - já se sabe que a cota seria de três ministério e, possivelmente, outros mimos na burocracia da máquina estatal. Uma coisa é certa: faltaria apenas ajustar os ponteiros, pois a composição já está ajustada entre Lula e os caciques da legenda, entre os quais o jovem babalorixá ACM Neto. Em tais circunstâncias, a grande questão que se coloca é: Qual seria o destino do ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, eleito senador pelo Estado do Paraná? O PL, que seria uma opção mais plausível, até recentemente, entrou com uma ação que pedia a cassação do seu mandato. É complicado. 

Drops político para reflexão: Deve sair hoje uma nova leva de ministros do futuro governo.

 


Está sendo aguardado para logo mais o anúncio de uma nova leva de ministros que deverão compor o futuro Governo Lula, como resultado de intensas negociações com sua base aliada. Para evitar as famosas "barrigas" preferimos não declinar os nomes de partidos como o PSD e o Uniao Brasil. Sobre o MDB, o martelo já foi batido e o prego encontra-se de ponta virada. Além da confusa engenhiaria institucional montada para acomodar a ex-senadora Simone Tebet no Ministério do Planejamento, Renan Filho, ex-governador de Alagoas, deve assumir o Ministério dos Transportes, enquanto Jáder Barbalho Filho deve ir para o Ministério das Cidades. Com isso, em tese, Lula salda sua dívida com a banda das oligarquias familiares regionais da legenda emedebista. Nos escaninhos da políticoa, comenta-se que o PV anda se queixando bastante por falta de espaço no futuro governo. 

Editorial: Polícia Federal e Polícia Civil do Distrito Federal cumprem 32 mandados de busca e apreensão contra os arruaceiros de Brasília.



Torna-se absolutamente necessário que as autoridades públicas deste país tomem providências - rigorosamente amparados na lei - para coibir atos como aqueles que ocorreram em Brasília, recentemente, quando apoiadores do ex-presidente - vamos tratá-lo assim por aqui, uma vez que ele já foi embora para os Estados Unidos - promoveram uma espécie de badernaço, que incluiu tentativa de invasão e depredação de logradouros públicos, além de incêndios de carros particulares e de transporte público. Na sequência, ocorreram fatos até mais graves, como uma tentativa frustrada de ato terrorista que, se materializado, provocaria uma tragédia de dimensões gigantestas, segundo uma autoridade policial que investigou o caso. 

Ações dessa natureza, além de tomar medidas efetivas contra os malfeitores, cumprem, igualmente, um efeito pedagógico, mostrando que autoridades estão atentas contra os atos de  transgressão da lei e da ordem pública. O cidadão preso em Brasília, como suspeito de atos terroristas, não escondeu, em nenhum momento, suas ligações com os acampados junto ao QG do Exército. Segundo comenta-se nos bastidores, ele já teria dado declarações se sentindo "abandonado", o que não seria uma surpresa. Haveria eventuais cúmplices, mas estes estão foragidos.

Num lampejo de lucidez - sim, isso é possível mesmo entre os bolsonaristas mais radicais - grupos acampados em Brasília estariam batendo em retirada para os seus locais de origem, cientes de que essas manifestações parecem ter chegado ao limite do insuportável. Até mesmo para eles. Dentro do escopo de uma democracia representativa, as regras são claras e o resultado do jogo eleitoral já está definido e homologado. Agora é lavar o Palácio do Planalto com sal grosso para receber os novos inquilinos; aguardar as baianas do Senhor do Bonfim para seu banho de rosas e cantos específicos para afastar os espíritos do mal. O momento é de desejar boa sorte ao futuro presidente Lula.         

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Drops político para reflexão: Ministro Alexandre de Moraes proíbe o porte de armas no Distrito Federal por quatro dias.

 


Atendendo a um pleito da equipe de transição do futuro governo, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que ficasse proibido o porte de arma no Distrito Federal pelos próximos quatro dias, a começar de hoje. Diante dos fatos ocorridos, medidas assim são muito bem-vindas, em razão do clima de radicalismo político que ainda persiste no país, inclusive com tentativa de atentados terrorista, felizmente, naõ materializados. A medida ajuda no sentido de garantir a segurança de Lula e dos milhares de apoiadores que estão na capital federal aguardando o momento da posse.  

Editorial: Os "ajustes" políticos para "acomodar" Simone Tebet no futuro governo Lula.



Vamos jogar com a franqueza necessária. Não enchergamos com muito otimismo a presença da ex-senadora Simone Tebet no futuro Governo Lula. Lula procedeu uma série de ajustes no Ministério do Planejamento, consoante o objetivo, possivelmente, de atender algumas exigências da emedebista, que tinha preferência por um ministério de ponta, onde a população pudesse "sentir" resultados tangíveis das políticas públicas e ela credenciar-se para os seus projetos políticos. Não há nenhum problema com os projetos políticos da ex-senadora, pois ela está no campo e as ambições maiores são perfeitamente compreensíveis. 

O problema talvez esteja no fato de que ela não está sozinha, tampouco conta com a simpatia como candidata do grupo hegemônico gravita em torno da figura de Lula e que chegou ao poder mais uma vez. Pelo andar da carruagem política, tudo indica que o nome que está sendo preparado para as eleições presidenciais de 2026 no núcleo duro petista é o do professor Fernando Haddad, futuro Ministro da Fazenda. Lula abriu vários links de interlocuções do Ministério do Planejamento com outros ministérios e órgãos do governo para permitir que a ex-senadora possa ter uma pepel mais efetivo na gestão.

No frigir dos ovos, colocá-la no Ministério do Planejamento não foi uma saída das melhores, sobretudo em razão das interlocuções necessárias e que precisam serem estabelecidas com o ministro Fernando Haddad. A ex-senadora é uma pessoa íntegra, correta, competente, bem-intencionada, mas não conseguirá aparar as arestas com setores do PT e do seu próprio partido, o MDB. É bom que ela vá vendo as alternativas que se apresentam para 2026, pois já demonstrou que possui um grande potencial competitivo, que deverá ser canalizado para uma raia bem específica.  

Drops politico para reflexão: As forças policiais mais confiáveis para a segurança de Lula neste momento.


Há quatro dias da posse, esta tem sido uma das maiores preocupações da equipe do futuro presidente, principalmente depois dos últimos episódios ocorridos na capital federal, com a instalação de artefatos explosivos que poderiam provocar uma tragédia de dimensões gigantescas. As decisões tomadas recentemente pela equipe do petista - de convocar as Forças Nacionais e colocar a Polícia Federal na sua segurança pessoal - indicam que eles estão tentando guardar a devida distância das forças policiais demasiadamente contaminadas pelo bolsonarismo. 

Editorial: A urucubaca anda solta em Brasília, há quatro dias da posse.


Hoje, pela manhã, funcionários do Palácio do Planalto estão fazendo uma grande limpeza no entorno do prédio, segundo dizem, utilizando sal grosso, para afastar as urucubacas. Na história recente da República, está será a posse mais confusa que já presenciamos. Há quatro dias, não se sabe ainda quem irá passar a faixa presidencial para o próximo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A segurança presidencial, que sempre contava com membros do Exército, através do GSI, desta vez ficará sob a coordenação da Polícia Federal, o que gerou alguns ruídos na corporação militar. Ao Exército competeria fazer a segurança do entorno do evento.  

Na verdade, o que está em jogo é que a capital federal precisará passar por uma grande verredura. Há indícios fortes de que o campo está todo minado. A equipe da estrita confiança de Lula terá um grande trabalho pela frente até colocar a casa em ordem novamente. Estamos diante daquele tipo de inquilino que entope as tubulações de sujeiras antes de desocupar o imóvel. Até este momento, não há informações confirmando, mas seria bastante provável que Lula venha a utilizar carro blindado, aliado há outras medidas para evitar exposições desnecessárias. 

Em meio e este turbilhão, a notícia boa é que os bolsonaristas estariam começando um processo espontâneo de retirada do Quartel-General da capital federal. Os chargistas, sempre com um homor apurado, traduzem bem essas situações. Sobre essas movimentações bolsonaristas - que quase chegaram a atingir atos extremos - um grupo deles se reúnem para decidir para onde ir agora, recorrendo às bravatas conhecidas. Lá no fundo, alguém se levanta e faz a seguinte indagação: Que tal a gente ir para casa? Demorou! Seria o mais sensato mesmo passar a festa de revéillon com a família. Talvez eles estejam chegando, finalmente, a esta conclusão.    

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Editorial: Simone Tebet aceita o Ministério do Planejamento.

 


Depois de muitas idas e vindas, finalmente, o presidente Lula e a ex-senadora Simone Tebet chegaram a um acordo sobre a sua participação no futuro governo. Simone Tebet assumirá o Ministério do Planejamento, embora desfalcado dos bancos estatais, o que não deixa de ser um problema. Isso signigifca dizer que, no organograma traçado pelo novo governo, os bancos estatais deverão ficar subordinados a outro ministério. Não sei se seria melhor opção para Tebet, que alimenta projetos presedenciasi de para as eleições de 2026. 

Ela desejava um minitério de ponta, com ações efetivas junto à população. Um ministério de "visibilidade' e não um ministério "burocrático".De alguma forma, o partido da senadora, o MDB, poderia ficar satisfeito com a indicação, pois ainda não havia sido contemporizado no governo, mas o  jogo é bastante intrincado. A ex-senadora tem várias arestas no conjunto da federação emedebista. As velhas oligarquias regionais da legenda nunca engoliram a senadora. 

Há outros nomes da legenda na lista de espera e, agora, o xadrez torna-se ainda mais complexo. Desde o início da última campanha presidencial essas oligarquias regionais - principalmente aqui do Nordeste - sempre emprestaram apoio ao projeto presidencial do petista. Embora o Planejamento seja um ministério do agrado desse grupo, a pessoa escolhida não tem afinidade com este grupo. Com uma base de sustentação política fragilizada, Lula não pode negligenciar esse apoio. De alguma forma, eles cavarão o seu naco nessa divisão de espaço.  

Editorial: Recomenda-se prudência durante a cerimônia de posse de Lula



A polícia agir diante de denúncias da população não se constitui em nenhum problema. Muitas tragédias são evitadas, assim como crimes são resolvidos através desse expediente. No caso do atentado terrorista de Brasília - que não chegou a ser concretizado, felizmente - o que se comenta é que a polícia agiu a partir de uma denúncia de um caminhoneiro, que estranhou as movimentações no local onde o artefato havia sido instalado. Se fizermos uma avaliação mais completa, no entanto, há vários indícios de falhas de segurança na capital federal, inclusive amparados em casos recentes, como o episódio da tentativa de invação da sede da PF, seguida de badernas, depredações e incêndios de carros particulares e transporte coletivo. 

Ainda hoje as autoridades de segurança do distrito federal tenta um explicação plausível para aquelas ocorrências. Um dos bolsonaristas radicais presos afirma que não agiu sozinho - o que seria óbvio - percorreu vários quilometros até Brasilia, transportando um arsenal no carro e nunca foi incomodado. Outra questão crucial é o acesso a tais explosivos, de uso privativo, sob rígido controle. Diante de tais circunstâncias, melhor seria se a asesssoria de Lula seguisse as orientações da Polícia Federal, que recomenda a utilização de carro blindado no trajeto, além de evitar exposições desnecessárias em púlpito. 

Nos Estados Unidos,na década de 60 do século passado, um único homem, instalado num prédio de uma livraria abandonada, conseguiu vencer o maior esquema de segurança do mundo e assassinar o presidente John Kennedy. Fica a lição hostórica, como referência para as cautelas de hoje. No dia de ontem, a polícia encontrou mais artefatos explosivos espalhados pelos arredores de Brasília. O momento político é bastante complicado. O campo está minado e somente depois de uma longa "varredura" é que possamos respirar com um mínimo de tranqueilidade e segurança. E você, Lula, sabe que será um ator estratégico neste processo. O povo brasileiro precisa de você com saúde e disposição para as mudanças.   

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Editorial: Muito grave o que se passa na Capital Federal.


A Polícia do Distrito Federal encontrou um outro artefato explosivo nos arredores da capital federal. Nada ainda confirmado, mas existe a possibilidade de tratar-se de uma outra bomba. Investiga-se a eventualidade de tal artefato está relacionado a um outro, encontrado recentemente, próximo ao Aeroporto de Brasília. Essa hipótese tem sido bastante aventada. É o que se chama, na gíria policial, de "barulho de cachorro". O fato concreto é que a situação tornou-se bastante complicada - e muito insegura - há poucos dias da posse de Lula.  

Um dos suspeitos de ter instalado o artefato anterior, ouvido pelo Polícia Civil, dissecou sobre os planos que estavam em curso, que incluíriam a provocação de um grande apagão na capital federal, seguido de atentados que interditariam as alas de embarque e desembarque do Aeroporto de Brasília, promovendo o caos, suscitando a decretação de um estado de sítio e, consequentemente, a impossibilidade da posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Aliás, toda essa mobilização - agora de caráter terrorista - teria como finalidade última impedir ou criar embaraços a posse de Lula. 

Não se trata de obra de um louco solitário, ensandecido, radical, mas algo muito bem urdido, que contou, possivelmente, com apoios efetivos e uma logística de ponta. O maior trabalho da polícia agora é estabelecer essas conexões, e o da justiça, aplicar os rigores da lei, pois essas mobilizações golpistas já estão atingindo limites bastante perigosos. Uma internauta observou numa de nossas postagens - não sem alguma razão - que essa gente já está se parecendo com aqueles radicais terroristas religiosos.  

Drops político para reflexão: Qual o lugar de Paulo Câmara no futuro Governo Lula?



A partir de primeiro de Janeiro de 2023 o senhor Paulo Câmara deixará de ser governador de Pernambuco. A questão que se coloca é:Qual será o seu destino depois de desocupar as gavetas no Palácio do Campo das Princesas? Especulou-se que ele poderia vir a ocupar um ministério - anda faltam 16 nomeações - mas um cargo no segundo escalão passou a ser cogitado. Se dependesse apenas do apreço que o morubixaba petista tem por ele, certamente ele ficaria no primeio escalão. Mas esses arranjos sao complicados. Já existem três ministétios controlados pelos socialistas. Indústria e Comércio, Portos e Aeroportos e Justiça e Segurança Pública. Lula e Paulo Câmara já teriam conversado sobre o assunto. SUDENE? Codesvasf? Banco do Nordeste? vamos aguardar a batida do martelo.  

Drops político para reflexão: O problema dos DAS's no Governo Federal.



Há alguns anos atrás, no curso das reformas administrativas, chegou-se a conclusão de que a máquina federal possuía um número demasiadamente grande dos chamados cargos de confiança  ou Direção de Assessoramento Superior. Existe hoje no Brasil algo em torno de 21 mil desses cargos, indicados consoante critérios, políticos, embora exista uma cota de 60% para cargos efetivos, servidores que entraram no serviço público através do concurso. Agora, com a ampliação dos ministérios, a possibilidade concreta é a de que esses cargos sejam ampliados e não diminuídos, como o bom-senso e as finanças públicas recomendariam. Eles representam um alto custo para a manutenção da burocracia estatal. 

Editorial: Uma agenda nefasta de final de governo



Quem foi que disse que o que está ruim não pode piorar? Pois é exatamente isso o que está ocorrendo no país, a julgar pelos últimos acontecimentos e decretos de final de governo. Com as últimas gotas de tinta da caneta Bic foram assinados o indulto de Natal para policiais envolvidos no Massacre do Carandiru e a liberação para a exploração de madeiras em terras indígenas, um avanço da motosserra sobre as leis de proteção ambiental. Para completar o enredo, um bolsonarista radical, já identificado, é tido como suspeito de ter  paticipado da instalação de artefato explosivo em Brasilia, que, se detonado, poderia provocar uma tregédia de proporções gigantescas na capital federal. 

Diane desses fatos novos, se já havia uma grande preocupação com a segurança de Lula durante a cerimônia de posse, os cuidados deverão ser redobrados, pois, em depoimento a Polícia Civil, o cidadão confessou que o objetivo seria o de instaurar o caos na capital federal com a instalação de outros artefatos. Segundo um bem-conceituado e bem-informado jornalista, tais detonações poderiam, igualmente, se configurar como a senha de um eventual golpe, a patir do decreto de uma situação emergencial. Nas atuais circunstâncias, é tudo o que os radicais desejariam.

A despeito de todos os reveses institucionais - além da condição de já se configurar como um ato ridículo e execrável - ainda existem concentrações em portas de quartéis praticamente em todo o país. Essas pessoas já foram denominadas de vivandeiras do caos ou vivandeiras de golpe de estado, o que se constitui numa atitude reprovável e ilícita no escopo constitucional de uma democracia representativa, que já concluiu o processo eleitoral e diplomou o futuro presidente do país. Salvo melhor juízo, os próprios militares já estariam tomando iniciativa no sentido de promover essas desocupações. Ninguém aguenta mais isso.  

domingo, 25 de dezembro de 2022

Editorial: Polícia desativa artefato explosivo próximo ao Aeroporto de Brasília



Não costumamos alimentar essas teorias conspiratórias, mas há um jornalista muitíssimo bem-informado que continua postando matérias realtivas a uma eventual tentativa de golpe de Estado no país. Já antecipo que a preocupação desse jornalista é com a saúde de nossas instituições democráticas. Um caro do bem. Haveria uma grande mobilização em Brasília, com badernas promovidas por golpistas, com a complacência de setores do aparato de segurança, o que suscitaria a decretação de um desses atos excepcionais. Seria a senha para um golpe de Estado. Isso é tão grotesco e, ao mesmo tempo abominável, que, por segurança de nossa saúde mental, preferimos não dar credibilidade. Teorias conspiratórias à parte, o fato concreto é que a polícia acaba de desativar um artefato explosivo, acionável por controle, nas proximidades do Aeroporto de Brasília. O artefato estava próximo a um caminhão com um tanque de combustível e, se acionado, poderia provocar uma tragédia de dimensões gigantescas, jamais vista na capital federal.

A Polícia Civil do Distrito Federal - corporação policial mais confiável, depois dos últimos episódios ocorridos na capital federal - anunciou que prendeu um suspeito, bolsonarista raiz, de posse de um grande arsenal, com propósito declarado de promover o caos. No dia de ontem, tomamos conhecimento de que os militares estariam promovendo uma ação no sentido de retirar esses fanáticos golpistas da frente dos quartéis, possivelmente já como reflexo de alguma medida oriunda das diretrizes do próximo governo. Por outro lado, eles não desistem do intento de criar embaraços para a posse do novo presidente eleito e proclamado.

Se já havia toda uma preocupação com a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante desses novos fatos, tais cuidados devem ser redobrados. O campo é bastante minado, pois o bolsonarismo mais fanático encontra um terreno fértil junto ao aparelho de segurança e repressão do Estado. Com ações enérgicas e medidas eficazes essa situação poderá vir a ser revertida, em favor de padrões de relações de caráter republicano,  mas, no momento, há um quadro de bastante vulnerabilidade na segurança, há poucos dias da posse do novo presidente. O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, está acompanhando tudo de perto.  

sábado, 24 de dezembro de 2022

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


Drops político para reflexão: Marília Arraes para a Previdência?


Essa composição do ministério de Lula trouxe ótimas surpresas, como as indicações de Camilo Santana para o MEC, de Nísia Trindade para a Saúde, do professor Sílvio Almeida para os Direitos Humanos. Verdadeiros golaços marcados pelo futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por outro lado, há alguns arranjos difíceis de entender, como a acomdoação do ex-governador Márcio França no Minitério dos Portos e Aeroportos, setores onde o governo anterior mais avançou no processo de privatizações. Antes, cogitou-se que o Ministério do Turismo poderia ficar com o Solidariedade. Agora, a informação é que restará ao partido o Ministério da Previdência, podendo ser indicada a pernambucana Marília Arraes ou o presidente da legenda, Paulinho da Força. Sinceramente? Tal ministério ficaria melhor com o PDT.  

Drops político para reflexão: Finalmente, Marina Silva será indicada para o Ministério do Meio Ambiente


Depois de muitas chafurdações em torno do assunto, finalmente, Marina Silva será confirmada como a futura Ministra do Meio Ambiente do Governo Lula. Pareceia ser consensula a solução, mas havia muitos interesses a acomodar na composição do ministério, o que não se constitui numa tarefa simples. O nome da ex-senadora Simone Tebet chegou a ser cogitado para o cargo, mas sofreu forte resistência dos setores mais autênticos dentro da aliança que está chegando ao poder. O perfil de Tebet, consoante esses setores, não se coaduna muito bem com o cargo. Um dos sintomas evidentes é que o mercado ja estava festejando sua nomeação para o cargo. Esse negócio de "Autoridade Climática", matreiramente, também não convenceu Marina Silva. Enfim, o meio ambiente está em boas mãos. 

Editorial: A trincheira paulista do bolsonarismo



Não nos recordamos em que circunstâncias, mas, ali pelo finalzinho da campanha do segundo turno, o futuro governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, andou declarando que não seria um bolsonarista raiz. Ao longo da campanha, a relação entre ele e o presidente Bolsonaro teve altos e baixos. Mas, como São Paulo é um colégio eleitoral dos mais estratégicos do país, em nome do pragmatismo político, eles acabariam se entendendo. 

Ao final do primeiro turno, Tarcísio obteve, de imediato, o apoio "incondicional" dos tucanos e, posteriormente, de Gilberto Kassab, do PSD, que está se tornando um dos nomes mais importantes na montagem de sua equipe de trabalho. Uma espécie de supersecretário. Aliás, ao anunciar alguns nomes para compor a sua equipe - que deverá gerir o destino do Estado pelos próximos quatro anos - Tarcísio de Freitas não consegue ocultar o seu sotaque bolsonarista. 

Extinguiu ou rebaixou o status da secretaria que cuida de pessoas com deficiência física; nomeou uma antifeminista para coordenar a Secretaria das Mulheres; um ex-comandante da Rota para a Secretaira de Segurança Pública. A vereadora Soraya Fernandes é uma bolsonarista raiz, evangélica, com fortes ligações com a família Bolsonaro. Já fez declarações esdrúxulas sobre a luta das mulheres, deixando claro seu perfil "damarista". Um retrocesso dos diabos, numa vitrine como o Estado de São Paulo. Pela temperatua das redes sociais, há uma forte reação do público a essas medidas, todas convergentes com um alinhamento ao bolsonarismo.  

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Drops politico para reflexão: Nísia Trindade para soerguer o SUS



Talvez nenhum outro nome tenha alcançado tanta unanimidade no acerto de indicação para o futuro ministério Lula quando o nome da socióloga e professora Nísia Trindade. A concorrência seria Marina Silva para o Meio-Ambiente, mas as negociações não tem sido fáceis. Segundo comenta-se, o Ministério do Meio-Ambiente poderia ser oferecido a ex-senadora Simone Tebet, que contaria com o aval do mercado para a nomeação, o que, em princípio, não recomenda muito bem. Presidente a Fundação Osvaldo Cruz, Nísia será a primeira mulher a ocupar o Ministério da Saúde, com uma das missões espinhosa, soerguer o combalido SUS, bastante prejudicado no último governo. Nísia representou uma espécie de antítese às ações adotadas pelo Governo Bolsonaro durante a pandemia, daí ser tão festejada. 

Drops politico para reflexão: Lula se reúne com Simone Tebet para uma posição final



Este assunto já está se tornando uma novela mexicana, mas, em todo caso, estamos voltando a tratá-lo por aqui. É que o morubixaba petista terá um encontro definitivo com a ex-senadora Simone Tebet, disposto a definir a sua participação no futuro governo. Segundo comenta-se nos escaninhos da política, Simone desejava o Ministério do Desenvolvimento Social, mas este já foi entregue ao senador Wellington Dias, do Piauí, numa jogada de risco para o petista, que já excluiu três senadores de sua base de apoio já fragilizada. Agora, em tese, poderia estar sendo oferecida à senadora os ministérios da Cidade, Planejamento e Meio-Ambiente, que ficaria melhor nas mãos de Marina Silva, outro imbróglio em questão. 

Drops político para reflexão: O bolsonarismo sobrevive em São Paulo. Só em São Paulo?



Dois nomes do bolsonarismo raiz estão sendo indicados para assumir secretarias no Governo de Tarcísio de Freitas, em São Paulo. O futuro secretário de Segurança Pública será o militar Guilherme Muraro Derrite, que já dirigiu a Rota, uma das corportações policiais mais letais do Estado. Não chega a ser unanimidade entre os policiais, mas é inegável a sua identificação com o bolsonarismo. O outro nome é mais polêmico, trata-se da vereadora Soraya Fernandes, do Republicanos, antifeminista militante, evangélica, ligada até à família do presidente Jair Bolsonaro. Em seus pronunciamentos, já definiu o feminismo como uma ideloogia imunda ou uma sucursal do inferno. Quem foi que disse que o bolsonarismo morreu?  

Drops político para reflexão: Por que o Pacto pela Vida deu certo?


Quando assumiu, pela primeira vez, o Governo do Estado de Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos resolveu tomar as rédeas de concretizar, pessoalmente, uma promessa de campanha: Diminuir os índices de violência no Estado, à época, um dos maiores do Brasil. Foi exitoso nesta difícil missão, tornando o programa um dos modelos mais bem-sucedido de enfrentamento da violência urbana no país. Não era incomum o Estado recerber, com regularidade, missões de outros entes federados para conhecer o programa. Agora, consoante um dos principais assessores do futuro ministro Flávio Dino, o programa tem a chance de ser replicado a nível nacional. A questão que se coloca é: Por que o Pacto pela Vida deu certo em Pernambuco? Sem entrar nas delongas de natureza científica, uma das razões é que o ex-governardor arregaçava as mangas da camisa; frequentava as reuniões pessoalmente; cobrava resultados e esmurrava a mesa quando não era atendido ou as metas não eram atingidas. 

Editorial: Lula e a dor de cabeça na formação do ministério

 


Lula teria confidenciado aos interlocutores mais próximo que tem sido uma dor de cabeça a composição do ministério. Uma dor de cabeça maior do que as eleições. Muito coisa para adminitrar. Egos e vaidades pessoais; interesses partidários difusos; fogo amigo e intrigas de bastidores. Ainda falta a nomeação de treze ministros e, deliberadamente, Lula teria deixado as nomeaões mais complicadas para o final. Não pretende, no entanto, alimentar essas chafurdações por muito tempo. Logo, ele irá concluir a lista completa das nomeações. 

Permanecem, por exemplo, os impasses em relação à nomeação de Simone Tebet e Marina Silva. Essas são as duas ausências mais notadas pelos próprios eleitores do petista. O caso de Marina Silva é mais tranquilo - talvez nem ela mesma tenha interesse em ocupar um ministério - mas tem sido complicado encontrar um lugar para Simone Tebet no futuro governo. Ela tem sido exigente sobre a pasta que poderia vir a ocupar; algumas dessas pastas - como a do Desenvolvimento Social já foi entregue ao núcleo duro do PT; a ex-senadora sofre grandes resistências de setores do próprio MDB. Problema antigo, que vem desde os tempos em que a senadora lançou sua canditura presidencial à revelia da caciquia da legenda. 

Aqui na província pernambucana, ainda existem duas "pendências", envolvendo os nome do ex-governador Paulo Câmara e da Deputada Federal Marília Arraes, que poderia vir a ocupar uma das vagas restante, mas o presidente da legenda Solidariedade, Paulinho da Força, também estaria no páreo. Lula, até recentemente, manteve um diálogo com o ex-governador Paulo Câmara - permitam-me o "ex", embora ele ainda seja o governador do Estado de Pernambuco - e não está descartada sua nomeação para o primeiro escalão.   

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Editorial: Acertos e "impasses" na composição do futuro ministério do Governo Lula


 

A impressão que se tem é a de que, embora com 37 ministérios previstos, ainda teremos que ouvir o coro dos insatisfeitos em relação ao fato de não terem sido contemplados na formação dos auxiliares mais diretos do futuro Governo Lula. Como já afirmamos por aqui antes, a solução do segundo escalão pode até ser uma alternativa melhor em termos de benefícios pessoais, além de evitar uma exposição demasiada e cobranças de resultados mais efetivos. Um prócere ator político petista, desde o início das articulações, optou por um banco estatal e eacreditamos que não se arrependerá. 

Receberá muito mais do que um ministro de Estado, além das regalias de plano de aposentadoria privada, plano de saúde perpétuo, seguro de vida e possivelmente benefícios financeiros agregados ao salário. Não ganhará os holofotes, mas quem precisa de holofotes diante de tantos benefícios? Na composição do ministério tem algumas coisas esquisitas, como a indicação de um Minitério de Portos e Aeroportos para o Márcio França ou o de Ciência e Tecnologia para a comunista Luciana Santos, aqui do Estado de Pernambuco. O PSB tem uma tradição de ocupação dessa pasta. Pelo menos tecnicamente, a indicação de Luciana parece convergir, pois ela é formada em Engenharia.  

Ainda falta o anúncio de 13 nomes, que Lula pretende anunciar o mais breve possível, talvez até segunda-feira. Se a cota dos socialistas estiver encerrada, há um nome que ficou de fora e deve ocupar algum cargo no segundo escalão. Outro grande impasse tem sido encontrar um espaço para a ex-senadora Simone Tebet, que já teria afirmado que não aceitaria um ministério decorativo. Por outro lado, há grandes acertos, como os nomes de Flávio Dino - que, se o leitor nos permite a expressão, já está botando para lascar antes mesmo de assumir de fato-Anielle Franco para a Igualdade Racial;  Sílvio Almeida para os Direitos Humanos; Nísia Trindade para a Saúde.