pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Rui Falcão faz balanço sobre o 4º Congresso e fala sobre liberdade de imprensa.

Ozano Brito, prefeito de Gravatá, filia-se ao PSD.


Embora ligado ao PSDB, o prefeito de Gravatá, Ozano Brito, consumiu muita tinta e papel das colunas de política dos jornais locais nas eleições de 2010. Com uma postura ambígua, foi muito criticado o seu comportamento naquelas eleições, sobretudo em relação aos candidatos Jarbas Vasconcelos e José Serra. Agora, se sabe as razões. Ozano Brito é um dos mais novos filiados ao PSD – linha auxiliar do governador Eduardo Campos – Está mais contente do que pinto no lixo, agora que o Governador acenou positivamrnte para a construção da PE –087, que liga Gravatá a Urucu Mirim, uma obra estruturadora, muito importante para o município. Na leitura do prefeito, talvez a mais importante de sua gestão.

Oposição é a medida toda, deputado Sérgio Guerra.


Já enfatizamos aqui no HTTP://blogdojolgugue.blogspot.com, que o prefeito Elias Gomes, de Jaboatão dos Guararapes, assumiu uma postura política bastante agregadora, estabelecendo capilaridade até com supostos “adversários” políticos. O link de Elias vai da prefeitura de Jaboatão até o Palácio do Planalto, passando pelo Palácio do Campo das Princesas. Recentemente, o Diário de Pernambuco trouxe uma longa matéria sobre as costuras aliancistas do PSDB local com o PSB do governador Eduardo Campos, com o sinal verde do deputado Sérgio Guerra. Elias está na dele. Ou abria-se ou não consegueria contornar alguns dos maiores problemas daquela cidade, que encontrou com as finanças fragilizadas e desmandos políticos e administrativos. As posições dúbias de Sérgio Guerra, no entanto, merecem um estudo mais aprofundado e estamos preparando um artigo a esse respeito. Algo nos diz que o PSDB vem se tornando um aliado mais confiável ao PSB do que o PT. Agora, depois de arregaçar a camisa para pedir votos para Ana Arraes, os colunistas de política dos jornais locais acabam de cunhar um termo novo para tentar definir a posição do PSDB local em relação ao Palácio do Campo das Princesas: meio aliado. E existe isso? Já perguntaram a Jarbas Vasconcelos a sua opinião sobre esse assunto? Ozano Brito, o prefeito de Gravatá, aquele que mantinha posições dúbias nas eleições de 2010 - em certa medida hostilizando o candidato Jarbas Vasconcelos - acaba de filiar-se ao PSD.  

O "sotaque" de ex-guerrilheira atrapalha a relação de Dilma com os militares.


Comenta-se que o “sotaque” de ex-guerrilheira da presidente Dilma estaria provocando alguns atritos na sua relação com os militares. Nesta caso, acreditamos, muito em função do estilo turrão de Dilma, apimentado, certamente, por uma indisfarçável indisposição com a caserna, como resultado de sua longa militância como ex-guerrilheira. Dilma teria repreendido o general José Elito Carvalho, Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, por seus pronunciamentos sobre a “Comissão da Verdade”. A relação entre ambos teria ficado estremecida e, em certa ocasião, o general foi convidado a desocupar o elevador privativo da presidente.

Independência ou PMDB!

Humberto

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Eduardo Campos joga todo prestígio político para eleger Ana Arraes para o TCU.


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos joga toda a carga na eleição de sua mãe, a deputada federal Ana Arraes, para o Tribunal de Contas da União. Embora nas entrelinhas saiba-se que Dilma Rousseff poderia estar estimulando a candidatura do comunista Aldo Rebelo, para não ferir os brios da base aliada, oficialmente, o Planalto mantém uma posição de neutralidade. O rolo-compressor de Eduardo Campos também poderá deixar algumas arestas políticas, mas esse preço ele já resolveu pagar para ver sua mãe naquele Tribunal. Mais livre para atuar, Lula também arregaçou as mangas em favor de Ana Arraes. As articualções de Eduardo Campos envolvem atores dentro e fora da base aliada, como o envolvimento direto de Aécio Neves e Sérgio Guerra, ambos de olho nos lances das eleições de 2014. O governador está bastante otimista. Em encontro com o governador Marcelo Déda, este confirmou o voto de 07 dos 08 deputados federais daquele Estado.

Paulo Bernardo tranquiliza: O Governo não irá censurar a imprensa.


Instigado a pronunciar-se, em função da retomada da discussão em torno de uma possível regulação da mídia – debate suscitado depois do 4º Congresso do PT -, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo,  mostrou que sabe bem a diferença entre Estado, Governo e partido político. Numa clara demonstração de que esse assunto está encerrado – até porque a Constituição Federal é muito clara sobre o assunto - , afirmou que uma coisa é a posição do PT – legítima – e outra coisa é a posição do Governo sobre o assunto. Neste aspecto, o ministro repete o que afirmamos ontem no http://blogdojolugue.blogspot.com, ou seja, a presidente Dilma reafirma sua posição em favor de uma imprensa livre, como não poderia deixar de ser diferente, desde o momento em que tomou posse na presidência da República. De fato, em seu discurso de posse, Dilma posicionou-se sobre o assunto.  Com o prestígio que ainda detém na agremiação, sempre que é atingido por notícias desfavoráveis, José Dirceu mobiliza um batalhão de seguidores, que voltam a repisar sobre esse assunto.

Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos juntos... em defesa da liberdade de expressão.


Josias de Sousa, colunista do Jornal Folha de São Paulo, comenta em sua coluna de hoje sobre uma inusitada união de propósitos aqui na província. A união se daria entre o governador Eduardo Campos e o senador Jarbas Vasconcelos, rompidos politicamente. Jarbas, que até recentemente defendia a presidente em razão da “faxina ética” implementada por ela no Governo, voltou a criticá-la em razão de sua indisposição com o rodo. Para a oposição, a piaçava da vassoura não era das melhores. Em relação à liberdade de expressão, Jarbas Vasconcelos desfere suas críticas às posições do PT, assumidas por ocasião do 4º Congresso. Demarcando bem as diferenças entre o PT e o PSB, o governador do Estado, Eduardo Campos, também advoga que o partido é favorável à liberdade de expressão e que quem deve regular a mídia é o leitor. Na realidade, o leitor, que tem acesso a uma mídia livre, pode se afinar com esta ou aquela posição, escolhendo livremente os veículos pelos quais se informa sobre determinados assuantos. Pelo menos nesse aspecto, os dois políticos convergem. Por falar em Eduardo Campos, ontem ele esteve no Rio de Janeiro para acompanhar a filiação do ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e do pianista, Arthur Moreira Lima, ao PSB. Há muito se falava sobre a possibilidade de Temporão filiar-se ao PSB do Rio de Janeiro, fortalecendo a presença da agremiação naquela quadra.

100 dias na FUNDAJ - Artigo de Fernando Freire.

Fernando Freire
Vindo da Universidade Federal Rural de Pernambuco, onde atuei como coordenador de programa de pós-graduação e pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, exercia ali a coordenação do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), quando fui convocado pelo ministro Fernando Haddad para assumir a presidência da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), com a missão de aproximá-la das universidades e aprofundar o alinhamento aos programas do Ministério. Nesta perspectiva, desencadeei um processo de discussão aberto a todos os servidores.
O resultado foi a construção coletiva de um plano de ação que amplia a inserção da Fundaj no Plano Nacional de Educação, com ações de confluência com o Plano Nacional de Cultura e a Política Nacional de Educação Ambiental. Foi definida a inserção preferencial nos eixos de desenvolvimento da Bacia do São Francisco, da Transposição, de Suape, do Porto de Pecém, da Transnordestina e no roteiro de interiorização das universidades públicas do Nordeste.
Identificando os saberes e os acervos da Fundaj em diversas áreas, o Plano de Ação procurou tomá-los como fontes que ajudassem a irrigar os processos educacionais no Nordeste em vários níveis. Este é o sentido maior do novo estágio por que passa a instituição. É um momento de avanço, aprofundamento e multiplicação das ações, alargamento dos passos na região nordestina e integração na luta por um Brasil com uma educação melhor, mais inclusivo e mais justo.
Para cumprir essa missão, o Plano de Ação coloca as necessidades de recursos materiais e humanos. E no terreno interno, exige uma reestruturação da Fundaj, objetivando uma atuação mais integrada e dinâmica. Neste sentido, estamos solicitando novos concursos públicos para reforçar o quadro de pessoal e desencadeamos uma política de cooperação internacional e parcerias com órgãos nacionais, para promover a qualificação e dar suporte aos avanços. E já começarmos a colher bons frutos.
Neste mês, o MEC incluiu a Fundaj na Rede de Escolas de Governo, permitindo-lhe certificar cursos de pós-graduação lato sensu. Estamos firmando convênio com o Ministério das Relações Exteriores, por meio do seu Escritório de Representação na Região Nordeste, com vistas a um plano de cooperação internacional. Conseguimos a inclusão dos trabalhos produzidos na Fundaj no Portal de Periódicos da Capes, com acesso aberto aos pesquisadores da instituição. Investindo na qualificação dos servidores, iniciamos o mestrado profissional em gestão pública para o desenvolvimento da região, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco, com 38 inscrições, vinculando os temas tratados ao Plano de Ação da Fundaj e ao Plano Nacional de Educação. E faremos convênios com a Capes e a Facepe para a obtenção de bolsas de produtividade e pesquisa.
Firmamos convênio com a Secretaria de Educação do Estado para o acesso a livros e vídeos educativos produzidos pela Fundaj e as visitas guiadas ao Museu do Homem do Nordeste e ao Engenho Massangana. Distribuímos 12 mil livros e materiais pedagógicos às escolas da rede estadual. E visitaremos as Secretarias de Educação do Nordeste para consolidar ações integradas. Também atuaremos junto a órgãos públicos e entidades civis com raio de ação interestadual, no esforço de acentuar o caráter regional da Fundaj.
Apresentaremos ao Ministério da Educação um Plano de Ação para tornar a Fundaj um dos importantes sujeitos no fomento de uma formação educativa de referência no Nordeste. Nas palavras do ministro Fernando Haddad, trata-se de reunir "mais ousadia e mais desejo de mudança" para "tentar um novo salto". Isto é o que caracteriza o momento atual da Fundação Joaquim Nabuco.
:: Fernando Freire é professor-doutor em agronomia e presidente da Fundação Joaquim Nabuco. Artigo publicado no Jornal do Commercio em 06 de setembro de 2011.

"É tempo de ousadia" - artigo do senador Armando Monteiro Neto.



Armando Monteiro Neto
Senador (PTB-PE)
Dois processos de natureza distinta colocam hoje o Brasil numa encruzilhada histórica e que requer decisões estratégicas. De um lado, a crise global desafia nossa capacidade de enfrentar instabilidades no campo macroeconômico e produzir respostas que permitam ao país continuar na rota do crescimento.
Há outro embate igualmente desafiante: o enfrentamento da corrupção. A onda de denúncias diárias deixa perplexa a sociedade.
Se há utopia na crença de que podemos exterminar o problema é inerente ao ser humano -, sabemos que o governo não pode se deixar capturar pela prática.
A corrupção e o fisiologismo geram o descrédito pela política e fragilizam o ambiente institucional.
O aprofundamento da crise na Europa e o rebaixamento dos títulos da dívida dos Estados Unidos obrigam o Brasil a reagir com um conjunto adequado de medidas. Houve alívio transitório com o movimento dos fluxos de capital para o epicentro da crise, o que permite estancar a sobrevalorização do real.Mas os EUA podem novamente inundar de dólares os mercados e é inquestionável a capacidade ociosa da indústria manufatureira no mundo. O país é rota invejada pelo potencial de consumo interno.
É insuficiente reproduzir as políticas anticíclicas do passado recente. Para enfrentar a turbulência, é preciso novo arranjo macroeconômico.
Devemos aprofundar e melhorar a qualidade do nosso ajuste fiscal, criando espaço para a redução dos juros.
Permutar a meta de superavit primário por metas nominais e elevar a taxa de investimento público em relação aos gastos correntes são duas medidas essenciais para essa agenda fiscal.Devemos ainda avançar para que a nova política industrial tenha sucesso, pela rota da elevação da capacidade de inovação e da qualificação da mão de obra.
O enfrentamento da competitividade nos remete também a uma agenda do passado ainda não superada. É hora de retomar as reformas postergadas que irão contribuir para a redução do custo Brasil. Não é novidade que convivemos com um sistema tributário anacrônico, infraestrutura precária, excessiva burocracia e elevados custos trabalhistas, entre outros problemas.
No caso da corrupção, é preciso lucidez.
Toda denúncia deve ser investigada com rigor extremo e os culpados, punidos.Mas não é pelo palco estéril das CPIs que se chegará à solução. Esse tipo de ação é jogo de curto prazo para a plateia e vazão para a disputa interpartidária. Não é saída efetiva para impedir o fisiologismo político-partidário e o nepotismo.
A burocracia de Estado deve ser capaz de sobreviver aos ciclos políticos.O país carece de uma tecnoburocracia que blinde o aparato estatal das nomeações políticas - fruto das relações típicas do presidencialismo de coalizão. Essa é a origem das distorções verificadas. Hoje, há cerca de 20 mil cargos de livre provimento no âmbito do Poder do Executivo Federal. E é aqui que se dá o abuso. Cargos de confiança e de nomeação devem ser exceção. Sua abundância leva à apropriação patrimonialista dos postos de trabalho, burlando o sistema do mérito e dificultando a consolidação das carreiras. O Brasil carece de choque de realidade e modernidade.
É tempo de ousar. A sociedade espera da presidente Dilma Rousseff um projeto, um conjunto de iniciativas de caráter estruturante no campo das reformas micro e macroeconômicas e no âmbito institucional, com foco na reestruturação do aparelho de Estado. Esse movimento poderá se constituir em base para o diálogo com as forças políticas, para promover o entendimento com a oposição. Nossa energia deve voltar se para essas agendas positivas. É isso o que o país espera de nós.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Liberdade de imprensa! Liberdade de imprensa! Liberdade de imprensa!


Quando estivemos mais envolvidos com os estudos sobre o Partido dos Trabalhadores, reunimos uma série de documentos sobre o partido, que mantenho guardados até hoje. Muitos desses documentos foram obtidos através da boa vontade de alguns militantes, que conheciam nosso interesse em reconstruir a história do PT. Embora o José Dirceu afirme entusiasmado que se trata do único partido que discute seu estatuto – como vai fazê-lo agora por ocasião do 4º Congresso – o Partido dos Trabalhadores passou por muitas mudanças desde então. Os tempos se passaram e estamos muito distantes daquele partido que se reunia no sindicado das empregadas domésticas, como nos confidenciou Paulo Rubem, militante histórico, hoje desligado da agremiação. Jornalista do jornal Folha de São Paulo teve acesso a documentos onde o PT discute o papel da mídia e da oposição em relação à “faxina ética” da presidente Dilma Rousseff. Nesse documento, de acordo com a reportagem, o PT estabelece um nexo bastante forte – conspiração mesmo – entre a chamada “mídia tucana” e o PSDB, com o objetivo claro de desestabilizar a base de sustentação do Governo, comprometendo a presidente Dilma Rousseff. Ao assumir do Governo, Dilma Rousseff emitiu todas as garantias de que preservaria integralmente a liberdade de imprensa. Afastou do Governo, inclusive, aliados que mantinham posições dúbias ou deliberadamente a favor da regulação da mídia. Acreditamos que o açodamento dos militantes petistas durante o 4º Congresso - que se solidarizaram e aplaudiram entusiasticamente José Dirceu - não serão suficientes para a presidente reverter suas convicções republicanas sobre o tema. Bom senso, Dona Dilma.

domingo, 4 de setembro de 2011

Portal UOL: PT aprova resolução que defende regulamentação da mídia no Brasil.

 

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em Brasília

Comentários 103

Em seu 4º Congresso, o PT aprovou neste sábado (3) uma resolução que defende a regulamentação da mídia no Brasil. No texto básico, o partido pede “o fim do monopólio dos meios de comunicação por poucos grupos” e sugere impedimentos para que uma mesma empresa opere em mídias diferentes.

José Dirceu recebe apoio de Lula e Dilma

No domingo (3), serão votados destaques que podem alterar a versão inicial aprovada hoje.De acordo com o ex-presidente do partido José Genoíno, a emenda mais polêmica para fechar o texto básico trata da amplitude das alianças para as eleições municipais de 2012.“Pode haver divergência porque queremos, sobretudo, lealdade ao governo Dilma Rousseff, e alguns partidos têm alianças locais com oposicionistas”, disse. Entre esses casos, estão Belo Horizonte e Curitiba, onde o PSB tem aliança com o PSDB.
Mais cedo, os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), defenderam o controle da mídia, que tem sido criticado pela oposição e entidades do ramo. Eles argumentam que a medida pode prejudicar a liberdade de expressão.Os petistas argumentam que há concentração de poder, por meio da propriedade cruzada de meios de comunicação.
"É bom para o jornalismo, é bom para as empresas", disse Carvalho, um dos principais homens de confiança de Lula no governo Dilma.
"Não é justo que se classifique de autoritarismo a atitude de um partido de discutir algo que já existe em vários outros países." Para o secretário-geral, as críticas ao Palácio do Planalto desde 2003 deveriam demonstrar o compromisso da legenda com a liberdade de expressão.Ideli criticou a falta de regulamentação da mídia por ser ela um setor econômico como qualquer outro. "Em todos os ramos existe regulamentação, menos na mídia. Por que não?", questionou."A liberdade de imprensa é um valor caro ao PT, mas é necessário coibir excessos." O congresso petista deu forte demonstração de apoio na sexta-feira ao ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, que acusou a revista "Veja" de tentar invadir seu quarto de hotel em Brasília.Setores à esquerda e minoritários do PT historicamente defendem a estatização de veículos de comunicação. "Não se trata disso", afirmou Carvalho. "Queremos melhorar os padrões da nossa imprensa com uma regulamentação que preserve a liberdade de expressão".

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Governo Dilma: Começam a surgir os urubus voando de costa.


Nas últimas eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cunhou uma expressão que ficaria famosa, merecendo, inclusive, um artigo do autor do http://blogdojolugue.blogspot.com. Para identificar aqueles políticos que, de alguma forma o constrangeu durante os dias difíceis do Escândalo do Mensalão, Lula passou a tratá-los como urubus voando de costa. Confesso que ficamos até surpresos com o tamanho da lista. Lula, como ele mesmo afirmou – disposto a limpar os caminhos de Dilma Rousseff no Legislativo – empenhou-se pessoalmente em evitar a eleição desses urubus. Obteve êxito em alguns casos, mas não teria sido feliz em outros tantos, embora pudesse contabilizar mais vitórias do que derrotas. Dilma Rousseff assume e o autor do Blog começa a especular quem poderia assumir o papel de urubus voando de costa no seu Governo. Para ficarmos num dos partidos de sua base aliada, o PMDB, dois nomes estão em ascendência a esta condição: o líder Henrique Alves – uma dor de cabeça para o Planalto desde o início do Governo – e , o deputado pelo PMDB do Rio de Janeiro, Eduardo Cunha. Conforme publicamos aqui, afastado da Comissão que avalia as mudanças no Código Civil, Cunha passou a atirar para todos os lados, usando para isso as redes sociais, precisamente o microblog Twitter. Sobrou para o próprio PMDB, sobrou para o PT, sobrou para a OAB. Apeado pela própria Dilma de suas pretensões quanto à Furnas e na corda bamba em relação às suas possíveis influências no Ministério do Turismo, Eduardo Cunha uniu toda a bancada fluminense do partido num único propósito: propor a ruptura com o Palácio do Planalto, alegando que o partido está sendo muito maltratado no Governo.

Houve um dia um verão, João!


Já escrevemos vários artigos e postagens sobre a administração do prefeito do Recife, João da Costa. Portanto, nossa opinião a esse respeito já é bastante conhecida. Pontualmente, surge uma ou outra novidade, quase todas focadas nessa possível agenda positiva sobre a sua administração, com o objetivo de habilitá-lo a concorrer ao pleito de 2012 em boas condições de competitividade. O senador Jarbas Vasconcelos teria até alertado ao pessoal da Mesa da Unidade, que o prefeito João da Costa – em função da máquina e do possíveis apoios – é um candidato forte. Apenas vulnerável. É essa vulnerabilidade do prefeito João da Costa que a empresa Link Comunicação, do jornalista Edson Barbosa, irá tentar prospectar através de pesquisa a ser apresentado ao edil municipal, com o objetivo de focar sua gestão em alguns pontos estratégicos, a tempo de reverter a sua impopularidade. O tempo urge, e os estrategistas acreditam que o prefeito deve jogar toda carga nesse verão, preparando-se corretamente para um longo e tenebroso inverno, quando as chuvas castigam a Veneza brasileira, complicando ainda mais o já caótico trânsito recifense. Justiça seja feita, não sabemos se em função de uma melhora na comunicação, os formadores de opinião deram um trágua ao prefeito João da Costa.  


Cássio Cunha Lima: PSDB sai em defesa do "Galo de Campina".


Depois de uma longa pendenga judicial que ainda não se resolveu, o PSDB sai em defesa do seu senador, Cássio Cunha Lima. Quando governador da Paraíba, Cássio teve seu mandato cassado, acusado de abuso do poder econômico – por ter distribuído alguns cupons de alimentação num período em que a legislação eleitoral não mais permitia. Candidato ao senado, obteve mais de um milhão de votos. Em função da Lei do Ficha Limpa – cuja validade estava em julgamento no STF – sua candidatura ficou sub-judice, permitindo que assumisse a vaga o representante do PMDB. Julgada a validade da Lei do Ficha Limpa, compreendendo que ela não se aplicava às últimas eleições, era bastante natural que Cássio Cunha Lima tomasse posse. Mas, por alguma razão, esse processo vem sendo adiado indefinidamente. Não bastassem as crônicas dores de coluna do relator, alguns jornalistas paraibanos – com os quais o Blog tem contato – já chegaram mesmo a insinuar que essas postegações teriam o dedo do presidente do Senado Federal, senador José Serney, garantindo a permanência naquela Casa de um aliado do PMDB.Leiam, na íntegra a nota do PSDB, assinada pelo seu Presidente Nacional, deputado Sérgio Guerra: 

Nota Oficial sobre atraso da posse
do Senador Cássio Cunha Lima

O Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB reitera sua crença nas instituições brasileiras e espera, com brevidade e justiça, ver sua representatividade, no Senado Federal, respeitada.
Há mais de seis meses, o Supremo Tribunal Federal, decidiu pela não aplicação da nova legislação eleitoral para o caso do senador eleito Cássio Cunha Lima, o que reafirma o direito de um dos representantes do partido no Senado Federal, assumir efetivamente o mandato naquela Casa.
Há mais de quatro meses, apesar de deferida sua candidatura, nosso correligionário ainda não teve sua posse efetivada.
O PSDB ratifica a confiança de que o STF não deixará de consolidar, com a urgência que o assunto demanda, o princípio constitucional da democracia representativa, postulado fundamental do Estado de Direito, efetivando uma de suas lideranças mais expressivas, Cássio Cunha Lima, como legítimo Senador da República, escolhido de forma soberana pelo povo do estado da Paraíba.
Brasília, 31 de agosto de 2011
Deputado Sérgio Guerra
Presidente Nacional do PSDB

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Armando Monteiro: O "fiel" da balança.


O senador Armando Monteiro, quando questionado, tem sido bastante prudente em relação à manutenção da Frente Popular, sobretudo em função do grande momento de desenvolvimento porporcionado ao Estado pelo Governo de Eduardo Campos. Por outro lado, como já afirmamos, é o senador da Frente Popular que mais se movimenta, deixando claro que o Palácio do Campo das Princesas está nos seus horizontes políticos. As relações com Eduardo Campos permanecem harmoniosas –apesar da PEC da releição da ALEPE – e, sintomaticamente, captula-se ao fato e à necessidade de estar ao lado do govenador no pleito de 2014. Por outro lado, em circunstâncias bastante particulares – como uma possível dissidência da Frente em relação ao nome ungido pleo governador para sucedê-lo em 2014 – a oposição tem em Armando Monteiro uma carta na manga. Sente-se, nitidamente, que a oposição observa no senador uma espécie de "fiel" da balança. 

 Gustavo Krause quem se apresenta como o homem que vai indicar os caminhos da agremiaçndo, ele nssa avaliaçNacional, atrav

Emenda 29 - uma dor de cabeça para o Planalto.


A Emenda 29 – que assegura mais recursos para a saúde – tem sido uma das maiores dores de cabeça da presidente Dilma Rousseff. Durante reunião do Conselho Político – depois de uma “deixa” combinada com o senador Humberto Costa – Dilma soltou o verbo contra parlamentares aliados, encerrando a trégua de broncas ou a sua fase “paz” e “amor”. A situação se complica para o Planalto na medida em que os próprios parlamentares querem colocá-la em votação, independentemente da vontade da presidente. Somente no PMDB, 58 deputados, de um total de 79, já se manifestaram em favor da Emenda. Em visita a Pernambuco, nos momentos em que pronunciou-se, Dilma voltou a falar no assunto, sempre alegando a impossibilidade de recursos para atender a Emenda.

A NOVA CLASSE “C” – Como o ingresso de jovens empobrecidos ao ensino superior, aliado ao acesso às modernas tecnologias de comunicação, podem fazer os “brasis” se encontrarem.

Por José Luiz Gomes

                                   Não são raros os momentos em que, através da literatura, dos relatos pessoais e até mesmo a partir de referências biográficas, nos deparamos com comentários acerca da inveja nutrida pelos pernambucanos – sobretudo os do Recife – em relação a algumas figuras que se sobressaem ou se projetam para além da província. Há quem assegure, e também não são poucos, que se trata de um comportamento tipicamente pernambucano, essencialmente recifense. Preencheríamos os espaços deste artigo apenas citando os exemplos mais conhecidos.

                                   Escrevendo a um ilustre colega pernambucano sobre a sua intenção de retornar ao Recife, o escritor Gilberto Freyre foi aconselhado a não fazê-lo. É conhecido o caso do sociólogo Josué de Castro, por pouco não nomeado para o Governo João Goulart. O antropólogo Darci Ribeiro articulou com o presidente Jango a sua nomeação para o Ministério. Pediu a Josué que não fizesse nenhum comentário sobre a nomeação. Vaidoso, Josué não teria seguido o conselho do amigo e alardeado na província que seria nomeado ministro. Foi o suficiente para surgirem inúmeras contestações ao seu nome, que partiram, sobretudo, do PTB local, - partido ao qual era filiado - tecendo todo tipo de crítica a Josué de Castro, criando uma situação política insustentável, suficiente para que a sua nomeação não fosse concretizada.

                                   O Governo Goulart, então, em razão dessa ardilosa articulação movida pela inveja, deixou de contar com um dos “caras” mais brilhantes na reflexão dos reais problemas das camadas marginalizadas, excluídas e silenciadas do país.É certo que o Governo João Goulart teve uma sobrevida pequena, abortado pelo golpe militar de 1964. Mesmo nessas circunstâncias, Jango faria justiça a uma inteligência que se preocupou o tempo todo com o problema da fome dos brasileiros, denunciando-a como resultado de engrenagens sociais perversas, conferindo-lhes um status político, como enfatizava o professor Manuel Correia de Andrade.

                                   O próprio Darcy Ribeiro, num documentário produzido pelo cineasta Sílvio Tendler, sobre o sociólogo dos mangues do Recife, que circunstancialmente passou pela Sorbonne, afirma: “A ditadura brasileira cometeu muitos equívocos e arbitrariedades, mas essa de condenar ao exílio um brasileiro respeitado mundialmente é uma “m””.

                                   Até na academia, conhecemos alguns exemplos que poderiam ilustrar esse artigo, mas preferimos não declinar nomes, até porque, possivelmente, alguns desses atores não gostariam que os seus nomes fossem citados. A questão é saber qual a origem desse comportamento, ou, como afirma o colega Jefferson Lindberght, a partir da leitura do filósofo Michel Foucault, identificar o “discurso original”, que está na raiz dessas atitudes sociais. Talvez o próprio Gilberto Freyre possa nos auxiliar um pouco neste sentido.

                                   Na concepção do autor de Casa Grande & Senzala, A região Nordeste – Pernambuco em particular, Durval Muniz que nos perdoe – foi o berço do processo civilizatório brasileiro. Talvez em nenhuma outra praça do país, ficou tão cristalizada a profunda hierarquização da sociedade brasileira, dividindo os moradores do andar de cima e os ocupantes do porão, observadas até hoje nos espaços públicos e privados, ou, precisamente, nos espaços públicos que nunca deixaram de ser privados, considerando as observações do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, de que no Brasil não existe esfera pública.

                                   A intelectualidade brasileira, por sua vez, tem sua origem no andar de cima, não tendo desenvolvido aquele sentimento de pertencimento aos ocupantes do porão. Mesmo nos dias de hoje, ainda torcem o nariz para os empobrecidos que estão freqüentando os saguões dos aeroportos. Como afirmou o professor Durval Muniz, em recente encontro na Fundação Joaquim Nabuco, ainda sentem saudades da senzala. Soma-se a isso, uma profunda atração pelo Estado, que lhes dá proteção, respaldo institucional às suas ações e aos seus projetos, submetendo-os aos seus próprios egos e perspectivas meramente instrumentais, presos intelectualmente na camisa de força que o corporativismo lhes impõe.

                                   Quando muito, se permitem um “discurso de transformação social” apenas para flertar com segmentos da academia francesa – que adoram estudar os movimentos sociais e os grupos étnicos brasileiros - e formar a sua “rede”. É como a gente costuma brincar: o Manifesto Comunista numa mão e, na outra, a bolsa Louis Vuitton, perfeitamente integrados à sociedade do consumo, que eles tanto criticam em seus livros, artigos e palestras. Trata-se daquela vaidade e arrogância acadêmicas, criticada pelo geógrafo Nilton Santos, ao afirmar que a única satisfação do intelectual é saber que suas teses se confirmaram ou estão se confirmando. 

                                   Ao assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, colocou na agenda daquele órgão algumas questões importantes, como resultado de preocupações e reflexões que o acadêmico já vinha desenvolvendo em seus estudos.  Uma dessas preocupações era a formação de uma contra-elite, forjada na ascensão de jovens empobrecidos, que teriam acesso à universidade e passariam a pensar este país com a sensibilidade social daqueles que foram submetidos a processos de exclusão, sem os estereótipos e “valores” dos intelectuais oriundos da classe média. Outra preocupação do professor de Harvard era com os analfabetos brasileiros, nordestinos em particular, questão amplamente discutida em artigos anteriores desse articulista.

                                   Mangabeira Unger, como se sabe, é bastante polêmico. Quando esteve no Programa de Mestrado e Doutorado em Ciência Política da UFPE, acompanhado pelo professor Jorge Zaverucha, este quis saber do intelectual porque ele apoiava o então candidato Leonel Brizola para a presidência da República ao que ele teria respondido que Leonel era o único dos então candidatos que poderiam romper com as estruturas da sociedade brasileira. Causou polêmica, também, o convite para assumir um ministério no Governo Lula. Antes, pelo Jornal Folha de São Paulo, havia escrito um artigo com duras críticas ao Governo do presidente. Este humilde articulista ainda tem dúvidas sobre os reais motivos que levaram Lula a convidá-lo a participar do seu Governo.

                                   Currículo ele tem para contribuir com qualquer Governo. Sabe-se, entretanto, que, normalmente isso não é suficiente. Ademais, comenta-se, Lula não é muito afeito a esse papo de intelectuais, sobretudo de alguém que pouco se entende do que está falando, como é o caso de Mangabeira Unger. Enfim, mesmo antes do término do segundo mandato de Lula, Mangabeira Unger, alegando que sua licença de Harvard não havia sido renovada, pediu afastamento da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Mangabeira já estava assumindo um sotaque tupiniquim, tornando-se mais compreensível e tomando gosto pela política, pensando, inclusive, em candidatar-se a um cargo eletivo. Repentinamente, volta à Harvard. Vá entender esses aloprados.

                                   Estranhamente, já no Governo Dilma Rousseff, ainda teria tentado entrar no Governo pelas benções do PMDB, mas não foi bem-sucedido. Teria sido indicada para ele uma assessoria ao ex-ministro Nelson Jobim, mas esse não aprovou a proposta, preferindo o nome do petista e ex-guerrilheiro do Araguaia, José Genoíno. Até hoje não se sabe muito bem o que José Genoíno foi fazer naquela pasta, além, naturalmente, de fumar os tradicionais charutos cubanos com o ex-ministro Jobim.

                                   O fato concreto, no entanto, é que este professor de Harvard aos 24 anos de idade – deixou algumas reflexões importantes para o debate sobre o Brasil, a partir do seu trabalho à frente da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Acionada pelo Planalto, a SAE, hoje dirigida pelo peemedebista Moreira Franco, ex-governador do Rio de Janeiro, vem prospectando o perfil dessa nova classe “C”, identificando o seu “DNA”, através de uma série de pesquisas que já estão sendo realizadas.

                                   Dilma Rousseff, que além dos selinhos e das amabilidades, lê Fernando Henrique Cardoso com atenção, esteve atenta à sua recomendação de que se trata de um contingente eleitoral com capacidade de decidir uma eleição no pleito de 2014. São 40 milhões de pessoas que teriam ascendido socialmente, ingressado nesse segmento, a partir das políticas sociais implantadas pelo Governo Lula. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que se encontra com o prestígio mais baixo do que poleiro de pato entre petistas e até mesmo entre os companheiros tucanos – que não permitiram sua participação na última campanha presidencial - acabou apontando a Dilma o caminho das pedras para sua ambição de continuar inquilina do Palácio do Planalto por mais alguns anos.

                                   Se a nova classe média mapeada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República tivesse um rosto, ele seria de uma jovem negra, de telefone celular, passeando (e possivelmente comprando) num Shopping Center. Conforme já afirmamos, através do Prouni, desenvolveu-se o maior programa de ingresso de jovens entre 18 e 24 anos no ensino superior. Sobretudo de jovens empobrecidos, cujos pais não tiveram acesso a um curso universitário, em razão de sua condição socialmente fragilizada, o que engrandece ainda mais essa ação do poder público no Governo Lula. Esse contingente é a contra-elite à qual se refere o professor Unger. Ou seja, um processo de intelectualização por mérito e não por berço, tradicional percurso da intelectualidade brasileira.

                                   A contra-elite, por sua vez, no entender de Mangabeira, demonstraria maior sensibilidade para o Brasil real, aquele que ainda não se encontrou consigo mesmo, que constrói muros, ao invés de pontes. Dilma Rouseeff objetiva fazer uma série de ajustes no seu programa de Governo que possam atender às expectativas dessa nova classe média, informações que já estão de posse dos estrategistas do Planalto, ligados a Moreira Franco. Seria bem mais interessante, presidente Dilma, que essas políticas públicas desenvolvidas para o atendimento das aspirações desse segmento social, estivessem muito mais voltadas para o estímulo ao estudo, ou seja, que esses jovens freqüentassem muito mais a faculdade do que o shopping center. As ações do Governo, sobretudo no que concerne à concessão de bolsas para estudos do exterior, por exemplo, convergem nessa direção.

                                   Em assim sendo, talvez se materializem as expectativas do professor Roberto Mangabeira Unger. Do contrário, essas preocupações poderiam assumir um perfil meramente instrumental e isso não é bom. Há de se tomar alguns cuidados, igualmente, ao se estabelecer uma vinculação entre essa rapaziada que está ingressando no ensino superior e essa nova classe “C”. O cruzamento desses dados podem apresentarem algumas surpresas, apontando para um vínculo não necessariamente orgânico.

                                   Há poucos dias, em Brasília, através das redes sociais, foram mobilizadas 30 mil pessoas para participarem da “corrida da cerveja”. O sociólogo espanhol, Manuel Castells, vê nas redes sociais uma possibilidade de enfrentamento das mazelas criadas pelo sistema político. Vocês imaginam a possibilidade de convocarmos essa turma não apenas para tomar cerveja? Celulares com acesso à rede eles já possuem.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dilma Rousseff declara seu amor à terra da garoa. Se convidada, cai na bagaceira do Festival de Inverno de Garanhuns no próximo ano.


A presidente Dilma Rousseff cumpriu uma agenda intensa no Estado de Pernambuco. Concedeu uma entrevista ao radialista Geraldo Freire, da Rádio Jornal do Commércio, visitou três cidades e acompanhou o andamento de obras que contam com recursos do Governo Federal, algumas iniciadas ainda no Governo Lula, como a Faculdade de Medicina do Agreste. Em Cupira, por exemplo, são duas barragens que estão sendo construídas, que podem acabar com os problemas recorrentes de enchentes em algumas regiões do Estado. O govenador Eduardo Campos acompanha detidamente os trabalhos de construção dessas barragens. Em Garanhuns, Dilma se derramou de amores pela terrinha da garoa, onde o autor do Blog passou o São João deste ano. Prometeu que, se convidada, voltaria para acompanhar o Festival de Inverno do próximo ano.Na última vez que esteve em Garanhuns, em função de restrições impostas pela legislação eleitoral, Dilma precisou acompanhar de longe o Festival de Inverno. Em 2012, se convidada, entra na bagaceira.  

Gustavo Krause, o herculano quintanilha da província?


Gostaríamos muito de saber quem enche essa bola de Gustavo Krause, porque, rigorosamente falando, ele não tem leitura nem autoridade intelectual para ser alçado à condição de grande oráculo ou ideólogo dos atores ou agremiações situadas ao centro do espectro político. Não raro ele se arvora como tal. Na crise de identidade do DEM, é Gustavo Krause quem se apresenta como o homem que vai indicar os caminhos da agremiação, que parece que ainda não encontrou seu rumo. Na última campanha, tornou-se uma espécie de estrategista da campanha do ex-senador Marco Maciel, que afundou de vez na política. Agora, por acasião da formação da Mesa da Unidade, Gustavo parace desejar assumir o mesmo papel, afirmando que a oposição deve insistir na tese do “Quem pariu Mateus", numa clara analogia ao fato de que o deputado João Paulo teria cometido uma espécie de estelionato eleitoral ao indicar para substituí-lo na gestão municicipal, o atual prefeito, João da Costa. Não sei não oposição...cuidado com esses herculanos. Se a questão for apenas de astrologia está na hora de  Gustavo Krause conversar com o astrólogo de João Paulo. Quem sabe eles não se entendem?

Gilberto Kassab: As dificuldades para consolidar o PSD.


Em tempo hábil e de olho nas eleições de 2012, onde já poderia apresentar concorrentes ao Excutivo e ao Legislativo Municipal, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deu entrada no STE com o pedido de registro definitivo para o seu PSD. Conforme já comentamos, a musculatura demonstrada na filiação de parlamentares e lideranças políticas expressivas, contrastam com as dificuldades encontradas nos meambros da burocracia. Ontem, o Jornal Nacional, através de reportagem na região Norte, denunciou uma série de irregularidades, como assinaturas falsificadas e filiação de pessoas que já teriam falecidos. Também há registro de problemas, ainda segundo a mesma reportagem, na 8ª zona do Estado de Pernambuco. Como se esses problemas ainda não fossem suficientes, o DEM e o PTB, cada um por razões específicas, entraram com pedido de impugnação do PSD. Muita dor de cabeça para os advogados do recém-criado PSD.


Guido Mantega: Sem a sombra de Palocci, a estrela sobe.


Antes de ser defenestrado do cargo, em razão das denúncias sobre a suspeita evolução do seu patrimônio, o ex-ministro Chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, vinha provocando muitos ciúmes no Palácio do Planalto.Dilma ouvia suas opiniões sobre tudo, inclusive sobre assuntos econômicos, o que deixava o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, bastante preocupado. Comentou-se, inclusive, que até sobre esse assunto, Palocci passou a ser um interlocutor mais confiável à presidente do que o próprio Guido Mantega, ameaçando sua permanência no cargo. Palocci chegou a recompor sua antiga equipe, quando exerceu o cargo de Ministro da Fazenda no Governo Lula. As animosidades chegaram a um ponto em que ambos trocaram hostilidades em público, conforme chegamos a postar aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com. Com a saída de Palocci, Mantega passou a respirar com mais tranqüilidade, restabeleceu o link com a presidente Dilma Rousseff e tornou-se um dos ministros mais prestigiados do seu Governo. Sobretudo nesses momentos de dificuldades econômicas.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"Corrida da Cerveja" leva 30 mil à Brasília. Vamos pensar num protesto contra a corrupção?

Lula Marques/Folha
Há pouco dias postamos um artigo onde comentávamos, a partir das observações do sociólogo Manuel Castells, sobre a força das redes sociais na política, sobretudo com o esgotamento do modelo de democracia representativa vigente, onde a classe política, na realidade, consoante as conclusões do sociólogo,  estava partidarizando nacos do Estado,salvaguardando seus interesses, quando, na verdade deveriam representar as demandas da população que os elegeu. Pois bem. Ontem, através do facebook, foi mobilizada uma população de 30 mil participantes, em Brasília, na "corrida da cerveja". Não sabemos se houvesse um protesto contra a corrupção no país, como pergunta o jornalista Josias de Souza, a mobilização teria essa força.   

Rui Falcão: Dificilmente Marta desistirá da postulação. Lula terá que suar a camisa.


Ontem, através de entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, Rui Falcão comenta o que o HTTP://blogdojolugue.blogdpot.com já havia antecipado, ou seja,  a enorme dificuldade que será convencer a senadora Marta Suplicy a desistir de sua postulação como candidata à Prefeitura da Cidade de São Paulo nas eleições de 2012. Marta conhece bem as dificuldades, sobretudo porque o seu principal oponente nas prévias partidárias, Fernando Haddad, conta com o patrocínio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rui esconde o jogo mas, na realidade, sua isenção nas prévias fica um tanto quanto debilitada, na medida em que a indicação dele ao cargo contou com o apoio do PT paulista, um grupo que mantém uma posição bastante eqüidistante do Planalto. Pelo andar da carruagem Lula terá que suar muito a camisa para viabilizar o nome do Ministro da Educação, Fernando Haddad, como candidato do partido.

domingo, 28 de agosto de 2011

Eleições: Cid defende permanência do PT na Prefeitura de Fortaleza.

O governador Cid Gomes (PSB) disse ontem, durante entrevista ao programa “Poder e Política”, em Brasília, que fará tudo para manter a aliança política construída no estado do Ceará, e defendeu a permanência do PT à frente da Prefeitura de Fortaleza. Para o governador, a permanência do PT é um “processo natural”, todavia, Cid salientou que a aliança dependerá do poder de diálogo do PT com os demais partidos. O governador, que preside o PSB estadual, disse que o PT terá de encontrar, em primeiro lugar, um candidato que ofereça à população de Fortaleza as expectativas de que haverá algo novo, e que, se o fizer, o partido poderá aglutinar forças com as demais legendas.
“Temos eleição já no ano que vem para prefeito. Tudo o que eu puder fazer para preservar uma aliança no Ceará, que vem conquistando vitórias, eu farei. Essa aliança inclui o PT, PMDB, PDT, PP, enfim, são 15 partidos que compõem uma ampla aliança, e o emblema maior disto certamente será Fortaleza”, ressaltou.
PMDB
Embora também faça parte da base de apoio do governo federal, Cid alfinetou os peemedebistas. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff “fica na mão” de decisões tomadas pelo PT e pelo PMDB no Congresso. “Ela está absolutamente condicionada a decisões que PT e PMDB tomem”, afirmou. Cid disse ainda que Dilma somente resolverá este problema se estabelecer “contrapontos” e colocar o PMDB “no seu devido lugar”. O governador sugeriu que a presidente fortaleça a relação com o PSB, PDT e PCdoB, partidos que vêm crescendo no que diz respeito ao número de representantes eleitos no Congresso. Ele classificou essas legendas como uma “terceira força”.
CIRO GOMES
Questionado sobre o futuro político do ex-deputado federal, Ciro Gomes (PSB), o governador voltou a defender a candidatura do irmão ao Senado Federal em 2014. Cid afastou qualquer possibilidade de Ciro filiar-se ao PSD (Partido Social Democrata), legenda fundada pelo governador de São Paulo, Gilberto Kassab. Rumores na imprensa já sugeriram diversas vezes que Ciro poderia estar indo para o partido, que vem recebendo um número crescente de adesões Brasil afora.
Cid explicou que, atualmente, o ex-deputado está sintonizado na estruturação e montagem do PSB com vistas às eleições municipais. O governador revelou ainda que tem ajudado na montagem do PSD no Ceará, e disse que esteve com o prefeito Kassab e que “estamos de alguma forma sintonizados, fazendo, ajudando a formar o novo partido”. Cid disse que tem sido muito procurado por lideranças de outros partidos que desejam sair do PSB, “muitos deles estão inclusive ameaçados de expulsão dos partidos em que estão e querem um partido novo”.
Ainda sobre o PDS, Cid disse não acreditar na futura fusão do PSD com o PSB, já que o partido fundado por Kassab “se ficar com essa faixa aí de 40 deputados como se está falando, vai estar equivalente ao PSB. Vai fundir por que, pra dividir o espaço?”.
Sobre as aspirações políticas futuras do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, que estaria pleiteando a Presidência da República em 2014, Cid disse que essas e outras questões serão levadas em conta apenas durante o contexto da sucessão presidencial. “A conjuntura da época é quem vai dizer se o PSB vai ter um candidato, e se esse candidato é o Eduardo Campos”. Todavia, Cid ressaltou que “Campos é certamente um nome credenciado para a disputa”.
Futuro
Sobre o seu futuro político, Cid disse que “em 2014, eu quero ajudar no processo de sucessão, da minha sucessão, que já não será mais minha. Quero ajudar na campanha do governador, do senador, quero ajudar a fazer uma bancada de deputados federais. E depois de 2014, eu quero ir para onde já estive, que é o Banco Interamericano [de Desenvolvimento]. Eu estive lá. Eu fui oito anos prefeito e fiquei dois anos sem mandato. Isso não mata ninguém. Você ficar dois anos sem mandato, ou quatro anos sem mandato, é até bom para arejar, para você sair um pouco. Às vezes você fica muito enfronhado nisso e perde um pouco a referência do olhar comum da vida pública”.
Conflitos
Já sobre os conflitos entre a família Gomes e a atual cúpula atual do PSB, Cid explicou que “nós tivemos momentos de tensão, principalmente nesse processo de composição do Ministério da Dilma. Mas eu acho que é uma coisa superada”. Cid disse que ele e o irmão mantêm contato constante com Eduardo Campos. “A gente tem discordância em relação a algumas coisas. Eu acho, por exemplo, e defendi muito isso, que a gente valorizasse o [deputado federal Gabriel] Chalita, que era um quadro, em meu juízo, em melhores condições competitivas para o principal mandato que vai ser disputado no ano que vem, que é a Prefeitura de São Paulo. E o partido, por cartorialismo, acabou deixando que o Chalita saísse do partido. Então, eu contestei muito isso. Essa coisa da unanimidade tranquila demais não é bom não. A gente deve ter aqui e acolá umas divergências para maturar”.
Em relação à recente polêmica envolvendo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que viajou em um avião particular de um empresário que tinha interesseS na Pasta da Agricultura, Cid falou que “não se vende por uma viagem nem por nada”. Para o governador, “se você for ver a relação do Estado com empresários que têm incentivos, é uma relação absolutamente transparente, enfim, sinceramente, não vejo problema nisso aí”. Cid foi criticado, no começo deste ano, por ter viajado em um avião particular do empresário Alexandre Grendene.

(Jornal O Estado)


Governador Ricardo Coutinho assina decreto para viabilizar construção de barragem de Pitombeiras.

Governador assina decreto para viabilizar construção da barragem de Pitombeiras

O governador Ricardo Coutinho assinou decreto de desapropriação de três áreas com total de 69 hectares no município de Alagoa Grande para a construção da barragem Pitombeiras. A assinatura aconteceu na noite desse sábado (27), na Câmara Municipal de Alagoa Grande, onde recebeu o título de cidadão alagoagrandense.

Ricardo reafirmou que os recursos para a construção da barragem Nova Camará (R$ 29 milhões), das adutoras (R$ 39 milhões) e da barragem de Pitombeiras (R$ 7 milhões) estão garantidos pelo Governo Federal, assim como mais R$ 4 milhões de recursos do Estado para a implantação dos sistemas de abastecimento de água. “Essa é uma conquista do Governo do Estado e do povo paraibano, dentro da perspectiva de levar água às cidades da região, como Esperança, Remígio, Alagoa Grande e Alagoa Nova”, ressaltou.

De acordo com o decreto assinado pelo governador, são três áreas particulares que medem, cada uma, 23,04 hectares, 35,48 hectares e 10,46 hectares, na zona rural de Alagoa Grande. As áreas ficam declaradas de utilidade pública para fins de desapropriação após a publicação no Diário Oficial do Estado.

Para o prefeito da cidade, Bosco Carneiro, a construção da barragem Pitombeiras será um marco para a resolução definitiva da falta de água no município. “Agradeço a sensibilidade e o empenho do Governo do Estado no intuito de viabilizar a liberação de recursos no Ministério da Integração”, destacou o prefeito de Alagoa Grande, Bosco Carneiro.

Participaram da sessão o prefeito de Alagoa Grande, João Bosco Carneiro Júnior, o secretário de Desenvolvimento dos Municípios, Manoel Ludgério, o presidente da Câmara, vereador Josildo Lima Oliveira, e os vereadores Gilberto Marques, Jomerson de Vasconcelos, Marcos Antônio, Marcelo Santos, Fabiano Luz, Duca Chaves e Maria Alves Cavalcanti.

SecomPB

Em São Paulo, José Serra é um agregador.


Ao ser demitido do Ministério da Agricultura, Wagner Rossi, acusou José Serra de ser o responsável pela série de reportagens contra ele, veiculadas pela revista Veja e pelo jornal Folha de São Paulo.As motivações de Serra seriam as próximas eleições de 2012, em São Paulo, onde  é candidatíssimo. O caldeirão em São Paulo está fervendo. O PT está realizando prévias, Lula encontrou-se com Gabriel Chalita para tentar dissuadi-lo da candidatura e apoiar Fernando Haddad; Agripino Maia, presidente do DEM, já afirmou que o partido terá candidato – rompendo uma histórica aliança com o PSDB. Em todo caso, se há uma praça onde Serra ainda agrega, é em São Paulo. No momento do anúncio de uma possível candidatura própria do DEM, Agripino Maia afirmou que, se o candidato do PSDB for Serra, o alinhamento é automático. Kassab, por sua vez, no encontro mantido com Eduardo Campos, teria externado a impossibilidade de não apoiar uma possível candidatura de Serra, seu padrinho político.

sábado, 27 de agosto de 2011

A VEJA é a CIA ou a KGB do jornalismo?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Li o o que saiu na internet da matéria da Veja sobre o ex-ministro José Dirceu. Afora a o ódio político da revista, não há nenhum fato que possa ser configurado como algum ato ilícito. E, como não é servidor público, não caberia – mesmo que fosse verdade – saber se lhe pagaram uma diária de hotel. Conversar com deputados, senadores ou ministros é direito de qualquer um, inclusive de Dirceu.

Agora, não é direito de ninguém obter, de maneira clandestina, as imagens de um circuito privado de TV de um hotel, feito para a segurança dos hóspedes e visitantes e não para ser cedido a ninguém para bisbilhotar quem entra e sai.Supondo-se, claro, que sejam imagens do circuito privado do hotel, não de alguma câmera secreta instalada por um “araponga” a serviço da revista.

De uma forma ou outra, espionagem é violação. Tal como fez o jornal de Murdoch com telefones na Inglaterra, a Veja “grampeou” um corredor de hotel.Um empresa – a Editora Abril – que usa estes métodos, que mais pode fazer com a vida privada – e até a íntima – de pessoas conhecidas, na política ou em outras áreas?

Seja qual for a razão ou motivo, salvo uma investigação policial fundamentada e devidamente acompanhada pelo Ministério Público e pelo Judiciário, pessoas podem ser colocadas sob este nível de vigilância.Ou a revista se acha a CIA ou a KGB do jornalismo?Não, sei, mas que é caso de polícia, é.

Publicado no Blog do Miro.

Dilma apóia Chalita? Que história é essa?


O deputado federal pelo PMDB de São Paulo, Gabriel Chalita, é realmente uma figura midiática. Logo após o encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Chalita divulga a notícia que a presidente Dilma Rousseff o apóia no projeto de tornar-se candidato do PMDB nas eleições 2012, concorrendo à Prefeitura de São Paulo. Alguém está blefando nessa história. Do encontro com Lula, aparentemente, nada ficou definido porque nem o "acochadinho" nem o PMDB estariam dispostos a abdicar da candidatura própria para apoiar o Ministro da Educação, Fernando Haddad, candidato de Lula. Depois, pelo menos até onde o HTTP://blogdojulugue.blogspot.com sabe, Dilma ainda mantém os seus compromissos de gratidão ao seu padrinho político e jamais iria contrariá-lo num pleito que ele está se empenhando pessoalmente, dentro e fora do partido.