pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quarta-feira, 13 de julho de 2022

Editorial: Vamos às urnas, senhores candidatos.



A fala do candidato Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), por ocasião do encontro de ontem, em Brasília, vai no sentido de que não aceitará as provocações dos adversários. Neste momento delicado, constitui-se numa fala comedida, bem ao estilo de quem deseja conduzir a campanha no sentido de construir alternativa para governar o país, o que se espera, a rigor, dos candidatos que pretendem ocupar a cadeira do Palácio do Planalto. Numa linguagem popular, dos nossos tempos de rua, signfica que não pretende "sair na tapa". 

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, foi mais incisiva em suas colocações, acenando que talvez não seja mais possível um diálogo conciliador entre as partes. É como se o outro lado tivesse cruzado a linha. Um deslize de Lula neste sentido, no entanto, seria mais comprometedor. Sua ponderação é de bom alvitre para as nossas instituições democráticas, que empreendem um esforço enorme para transformar em um ato normal as eleições presidenciais de 2022. 

Vamos às urnas, senhores candidatos! discurtir alternativas para o país, combater a miséria de sua população, melhorar os níveis educacionais do país, parar de destruir o meio ambiente. São essas questões que o eleitorado precisa discutir para fazer suas escolhas de forma consciente. Violências dessa natureza, como esta que vitimou o líder petista Marcelo Arruda, conforme enfatiozu o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, é um acinte às nossas instituições democráticas. 

Corrói o nosso tecido democrático,que nunca foi, assim, tão resistente. Esa peleja deverá ser definida nas urnas, com o voto soberano do eleitor e arbitrada pela Justiça Eleitoral. É assim que funciona num regime democrático e é assim que tem que ser. Lamentavelmente, alguns atores políticos parecem não ter compromisso com tais princípios, contribuindo para fragilizar, ainda mais, a nossa experiência democrática.  

terça-feira, 12 de julho de 2022

Editorial: Sérgio Moro será candidato ao Senado pelo Paraná



Como já enfatizei em algumas ocasiões, ao longo de sua trajetória, o Ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, cometeu alguns erros de avaliação. Como juiz federal, sua grande aspiração era tornar-se membro da Suprema Corte, projeto que acabou não se viabilizando por razões conhecidas. Tentou viabilizar sua candidatura à Presidência da República - episódio marcado por muitas idas e vindas - que acabou também não dando certo. No final, tentaria a sorte pelo Estado de São Paulo, mas teve problemas com o domicílio eleitoral. 

Agora, ele anuncia que será candidato ao Senado Federal pelo Paraná, Estado onde ele construiu sua carreira como juiz da Lava-Jato, e que o projetou nacionalmente. O grande problema agora é encontrar um partido pelo qual ele possa candidatar-se. Álvaro Dias, que chegou a ser um dos grandes entusiastas de sua candidatura à Presidência da República, está mais próximo de fechar um acordo com Ratinho Júnior(PSD), filho do apresentador Ratinho. Álvaro Dias, por sinal, lidera todas as pesquisas para o Senado Federal no Estado.

O ninho tucano poderia ser outra opção, mas o dirigente da legenda no Estado, Beto Richa(PSDB-PR), foi uma das vítimas da Operação Lava-Jato e, certamente, poderá criar alguns empecilhos para aceitá-lo na legenda. Sérgio Moro parece muito entusiasmado com a ideia da candidatura, apostando numa eventual convergência de propósito com o eleitorado paraense. Vamos ver se, desta vez, ele não estaria cometendo mais um erro de avaliação.  

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Agora é oficial: Priscila será a vice de Raquel Lyra.


Ontem, num megaevento que contou com a presença de várias lideranças políticas locais, a Deputada Estadual, Priscila Krause, do União Brasil, foi oficializada como vice na chapa da ex-prefeita da cidade de Caruaru, Raquel Lyra, do PSDB, que concorre ao Governo do Estado nas eleições de outubro. Havia uma estreita relação entre ambas, mas a especulação sobre uma vice sempre foi mantida em stand by. Até ontem, como indica o andar da carruagem política. Priscila tem se notabilizado por uma atuação exemplar como parlamentar, acompanhando de forma sistemática o emprego dos recursos públicos pelo Executivo estadual e municipal. 

Nesta empreitada, tem conseguido evitar que somas expressivas de recursos do erário sejam desviados para outras finalidades. Agora mesmo, uma licitação em envolvia milhões de reais da Prefeitura da Cidade do Recife, destinada à aquisição de lonas plásticas, foi suspensa depois que a deputada divulgou, pela imprensa e pelas redes sociais, que a empresa que seria beneficiada com a transação não gozava de boa reputação em suas negociações com entes públicos. 

Política de perfil emenentemente urbano, ela possui a condição de vice que pode agregar bastante à chapa, em razão de sua densidade eleitoral no Recife e Região Metropolitana e o reconhecido trabalho como parlamentar. Além, claro, de ser mulher, uma condição, hoje, tão valorizada pelo eleitorado. As mulheres, segundo dados da Justiça Eleitoral, são maioria entre o eleitorado e podem decidir as próximas eleições, daí a preocupação em colocá-las como protagonistas do processo. A chapa do candidato da situação, por exemplo, que já tem uma mulher concorrendo ao Senado Federal, devará ganhar o concurso de uma outra mulher, compondo a vice, Luciana Santos, do PCdoB.    

Editorial: Lula vem ao Estado antes do fim do Festival de Inverno de Garanhuns



Posso imaginar a pressão que Lula vem sofrendo, por parte dos socialistas, para estar aqui no Estado o mais imediatamente possível, com o propósito de alavancar a candidatura do Deputado Federal Danilo Cabral ao Governo do Estado nas eleições de 2022. Como já afirmamos em outros momentos, trata-sde de uma aposta de efeitos duvidosos, pois nada garante que o morubixaba petista consiga, efetivamente, transferir votos para o socialista. 

Na realidade, a candidatura de Danilo Cabral, até este momento, não decolou nas pesquisas de intenção de voto. Na última delas, divulgada no dia de ontem, realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, ele pontua com 7% das intenções de voto, permanecendo na última colocação da fila daqueles que concorrem ao Palácio do Campo das Princesas. Danilo enfrenta, na realidade, além de uma concorrência competitiva do outro lado, uma série de problemas internos, como a avaliação ruim do Governo, somada aos indicadores sociais sofríveis do Estado, que alcançaram repercussão nacional. 

Localizada no Agreste Meridional, Garanhuns é uma cidade conhecida como a Suíça Pernambucana, pelo friozinho que costuma fazer no período de inverno. Num passado recente, era a estância de inverno da elite pernambucana, que para ali se deslocava em tal período. Com o pool de Gravatá, bem mais perto, Garanhuns foi perdendo esta condição, embora continue atrativa neste período específico, sobretudo em razão das atrações culturais que se apresentam na cidade durante o festival. 

Se tudo der certo, pelo que está sendo ventilado pelo crônica política, Lula deve chegar entre os dias 19 e 20, em pleno Festival de Inverno da Cidade. Deverá aproveitar a oportunidade para visitar os parentes na cidade vizinha de Caetés - que no passado foi um distrito de Garanhuns - onde os simpatizantes locais construíram uma réplica da residência onde ele morou com a família no passado.Como disse no artigo de ontem, Lula tornou-se a bala de prata de Danilo Cabral, a menos de três meses das eleições. Uma aposta arriscada.     

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


Editorial: Um pacto de civilidade política para as próximas eleições presidenciais



O ideal seria que os atores políticos relevantes baixassem as armas em torno deste assunto, mesmo diante de sua gravidade. Mas, pelo andar da carruagem política, infelizmente, estamos naquele impasse onde os dois querem briga. A Presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, informou que, diante dos fatos ocorridos em Foz do Iguaçu, as possibilidades de diálogo no sentido de construir um consenso de civilidade política para a condução das próximas eleições presidenciais estão irremediavelmente comprometidos.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, numa declaração infeliz, informa que a prática da violência política é algo inerente à esquerda. Várias atores políticos e algumas autoridades públicas - a exemplo do Ministro da Justiça - se pronunciaram em torno do assunto do assassinato de Marcelo Arruda, Guarda Municipal e militante petista em Foz do Iguaçu, todos condenando veementemente aquele ato, rogando que tenhamos civilidade política e o equilíbrio necessário no que concerne ao ambiente de condução das próximas eleições presidenciais. 

Atos dessa natureza depõe contra as nossas instituições democráticas, ou, para ser mais preciso, eles já estão refletindo o desgate a que tais instituições estão sendo submetidas há algum tempo. Sempre que reflito sobre as nossa experiência democrática, sou contingenciado a referir-me a uma conclusão do filósofo francês, Claude Lefort, que afirmava que uma democracia que não se amplia tende a morrer de inanição. Nossa democracia sempre esteve "sob medida" ou "tutelada' contingenciada por alguns expedientes, o que explica, até hoje, suas profundas fragilidades. A Justiça de Transição, por exemplo, que consegue avanços significativos na Argentina - punindo com rigor violadores dos direitos humanos - aqui não passa de uma utopia. 

No momento, por exemplo, teme-se que ela talvez não suporte os impulsos autoritários que a estão ameaçando nas próximas eleições presidenciais. Quando um não quer dois nao brigam, já diziam nossos avós. Quando os dois querem brigar, ninguém segura. É torcer pelos apartadores, neste caso, representados por nossas instituições do Poder Judiciário ligadas diretamente às eleições de outubro, como o Tribunal Superior Eleitoral. Como se sabe, depois de décadas conduzindo as eleições dentro da mais rígida transparência e lisura, a Justiça Eleitoral passou a ser questionada por alguns atores políticos.    

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Editorial: A repercussão de um crime bárbaro



Ainda repercute no país a morte trágica do guarda municipal e militante petista, Marcelo Arruda, vítima de um crime bárbaro enquanto comemorava o seu aniversáro de 50 anos. Todos os indícios colhidos até este momento apontam para um crime de ódio político, ou seja, o executor, bolsonarista raiz, teria se incomodado com as alusões, na festa de Marcelo Arruda, à figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. Segundo consta, Marcelo seria tesoureiro do PT e já teria até se candidatado a vice-prefeito da cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. 

Ainda existem algumas controvérsias em torno do caso, sugerindo-se a possibilidade da existência de alguma outra motivação, mas, de concreto, o que ocorreu é que alguém ensandecido invadiu uma festa de aniversário e saiu atirando contra um dos presentes, em fúria, sob palavras de ordem contra o PT e contra Lula, na mesma proporção em que gritava palavras de ordem em favor do presidente Jair Bolsonaro. Segundo as últimas informações, a delegada antes designada pela Polícia Civil do Estado para acompanhar as investigações foi afastada do caso, sem que se saiba, ainda, qual a justificativa.  

Os principais candidatos que concorrem às eleições presidenciais de 2022 - como é o caso de Ciro Gomes, Simone Tebet, Lula, André Janones - deixaram suas mensagens de repúdio aos fatos ocorridos e em solidariedade à familia de Marcelo Arruda. Foram muito felizes em suas palavras, ao condenarem ações dessa natureza, que contradiz com o princípio básico da tolerância, respeito ao próximo e da convivência pacífica e ordeira com pessoas que pensam diferente. Infelizmente, a despeito das orientações do seu staff político, o presidente Jair Bolsonaro foi feliz até certo ponto do seu pronunciamento. Logo em seguida, talvez no afã de não se indispor com seus seguidores, sugeriu que, quem é capaz de atitudes desse porte se afaste de sua base e vincule-se à esquerda, que possui um histórico de violência.

P.S.: Contexto Político: Sugere-se, pelas redes sociais, que a delegada designada para as investigações poderia ter relações de identificação com o bolsonarismo.       

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Em nova pesquisa, Marília Arraes mantém vantagem sobre os adversários.

 



Hoje, segunda-feira, 11\07, o Instituto Paraná Pesquisas divulgou mais uma pesquisa de intenção de voto sobre a corrida pelo Governo do Estado em Pernambuco. As pesquisas de intenção de voto em Pernambuco têm sido marcadas, como afirmamos antes, por uma certa regularidade nos índices dos candidatos que concorrem ao Palácio do Campo das Princesas. Marília Arraes, por exemplo, que lidera todas as pesquisas realizadas até este momento, varia de 29% para 30,7%, desde a última pesquisa divulgada, a rigor, ainda dentro da margem de erro dos institutos. A margem de erro do Paraná Pesquisas, por exemplo, é de 2,6% pontos percentuais para mais ou para menos. 

Na realidade, a despeito da vantagem de Marília na corrida, o meio de campo ainda está muito embolado, com os demais candidatos todos situados em empate técnico, exceto o candidato da situação Danilo Cabral, do PSB, que aparece em última colocacão, pontuando com 7,5%. A situação de Danilo Cabral nesta disputa é bastante adversa, pelos motivos já expostos por aqui, não sendo necessário voltarmos a tratar deste assunto. A bala de prata seria Lula, sua última cartada para tentar reverter tal situação, mas, a rigor, trata-se uma aposta que implica em algum risco. 

Lula pode não conseguir a proeza de transferir seu prestígio no Estado para o candidato do PSB, sobretudo num contexto em que a candidata do Solidariedade, Marília Arraes, fortalece, cotidianamente, sua imagem junto a de Lula, seja programaticamente, seja nas peças publicitárias muito bem elaboradas por seus marqueteiros. Soma-se a isso a ascendência que ela tem sobre Lula, construída nos longos e velhos tempos da militância petista. Missão difícil a do candidato socialista.

A crônica política local enfatiza que o candidato Danilo Cabral(PSB-PE), sempre que possível, tenta se descolar da gestão do governador Paulo Câmara(PSB-PE), que ostenta altos índices de reprovoção de sua administração. Eis aqui uma outra tarefa hercúlea para o candidato situacionista, uma vez que seus adversários na disputa o associam sistematicamente à gestão do governador Paulo Câmara. Eis os números: 

Marília Arraes (SD-PE)     30,7%

Raquel Lyra (PSDB-PE)      15,6%

Anderson Ferreira (PL-PE)  13,0%

Miguel Coelho (UB-PE)      12,5%

Danilo Cabral (PSB-PE)      7,5%

TSE-PE: 01527\2022


Charge! Via Folha de São Paulo

 


domingo, 10 de julho de 2022

Editorial: Tempos sombrios de intolerância política.



A cada dia novos fatos deixam mais evidentes os problemas de intolerância política que poderamos enfrentar nas próximas eleições. Os ataques de merda em encontros da oposição - que estão se tornando uma rotina - é um desses fatos. Hoje, infelizmente, o Brasil registrou algo mais grave, na cidade de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, quando um profissional do trâsito, ligado ao Partido dos Trabalhadores, por ocasião dos festejos de seu aniversário de 50 anos de idade, teve sua casa invadida por um militante, segundo dizem ligado ao bolsonarismo, que efetuou vários disparos, levando Marcelo Arruda a óbito. 

Antes de morrer, houve uma reação de Marcelo, que efetuou disparos, atingindo o agressor, que também teria ido a óbito. O agressor era membro da Polícia Penal Federal. A motivação do crime, pasmém os senhores, seriam os motivos com os quais o aniversariante havia enfeitado o ambiente, ou seja, as referências a Lula e ao Partido dos Trabalhadores. De tão absurdo, prefiro não acreditar nesta singela motivação, aguardando um pronuciamento oficial sobre o caso, mas, a rigor, já existe uma informação da autoridade policial que investiga o caso, dando conta de tratar-se de um crime de intolerância política. 

Aos poucos, e com linhas preocupantes, está se desenhando o cenário pavoroso que poderemos enfrentar daqui para a frente, com uma massa de partidários insuflados constantemente e de forma irresponsável contra os adversários políticos. Tempos sombrios de intolerância política, onde não se respeita aqueles que professam crenças ou ideologias políticas diferentes da nossa. Nem preciso dizer que o ovo da serpente já eclodio entre nós e que estamos vivenciando um quadro assustador, movido por uma patologia política.    

Editorial: Um momento de civilidade na disputa política.


A coluna Radar, assinada por Robson Bonin, no site da revista Veja, informa que alguns  emedebistas teriam ficados insatisfeitos com a cortesia, a elegância e a civilidade com que a candidata do partido, Simone Tebet(MDB-MS), teria tratado o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, em encontro na cidade de Salvador, por ocasião das festividades do Dia da Independência dos baianos, ali comemorado no dia 02 de julho. Neste dia, como se sabe, 04 candidatos à Presidência da República estiveram pelas ruas de Salvador, festejando com o povo baiano. 

Num desses momentos, a candidata do MDB encontrou-se com Ciro Gomes, com quem trocou um afetuoso abraço, conforme recomenda as boas regras da civilidade política, atitudes que estão se tornando cada vez mais raras nesses tempos obscuros que o país está enfrentando. A pratica mais recente - que está se tornando rotineira - é atirar fezes sobre os adversários políticos, através de artefatos semelhantes à bombas caseiras. Se os leitores mais sensíveis nos permitem a digressão, tais fatos dá bem a dimensão da merda em que estamos metidos, com milhões de brasileiros e brasileiras atirados no limbo da miséria, passando fome, e as ameaças constantes às nossas instituições democráticas. 

Infelizmente, nossa democracia jovem democracia já se encontra seriamente ameaçada. Como disse antes, vamos torcer que ela possua a resiliência suficiente para resistir a esses achaques. A atitude da senadora Simone Tebet diz muito de sua personalidade e de sua compreensão da dimensão de sua atuação pública, marcada pelo republicanismo, pela lisura, pela sensibiidade social e pela urbanidade. Ela não vai muito bem nas pesquisas de intenção de voto, em função de variáveis que fogem ao seu controle, como o fato de ter entrado tarde no jogo, assim como as resistências do eleitorado em encampar uma alternativa de terceira via nas eleições presidenciais. Mas, a rigor, seria um bom nome a ser testado na condução do Executivo Federal.   

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


sábado, 9 de julho de 2022

Editorial: O antipetismo do eleitorado paulista foi quebrado?



Eis aqui uma questão que tem preocupado os analistas políticos. Diante do start da candidatura do professor Fernando Haddad(PT-SP), que lidera todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento - depois da desistência de Geraldo Alckmin - aliada ao aumento das taxas de rejeição do presidente Jair Bolsonaro(PL) naquela praça, grosso modo, poderia-se concluir que o antipetismo histórico do eleitorado paulista estaria em declínio? Temos sérias dúvidas sobre tais conclusões. 

Primeiro, porque as eleições, de fato, ainda não começaram para um número expressivo de eleitores. Segundo, porque depois de amargar um longo e tenebroso inverno em hibernação, o candidato dos tucanos, Rodrigo Garcia(PSDB-SP),começa a mostrar suas garras, recuperando-se sensivelmente nas últimas pesquisas de intenção de voto. Deve estar fechando uma aliança com o União Brasil, de Luciano Bivar, o que significa, entre outras coisas, recursos e tempo de televisão. 

Antes ignorado, hoje, os concorrentes já redefinem suas estratégias de campanha diante de sua reação. Um desses candidatos é o ex-ministro da Infraestrura do Governo de Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas(progressistas), que recentemente recebeu o apoio formal do PSD de Gilberto Kassab. Como enfatizou o presidente do PSOl, Guilherme Boulos, em seu discurso, hoje, em Diadema, os tucanos mantém uma hegemonia política no Estado de quase três décadas. 

Volto a afirmar que, a princípio, esta arrancada bem-sucedida de Fernando Haddad pode não significar muita coisa quando a artilharia pesada começar. O que deverá, de fato, fazer uma diferença substantiva para a chapa petista é o concurso dos dois atores políticos Geraldo Alckmin e Márcio França, com trânsito fácil entre o eleitorado tucano. Embora aves desgarradas do ninho, eles reconhecem o canto do eleitor tucano. Neste sentido, o cabeça de chapa da coligação PSB\PT deveria ser mesmo o ex-governador Márcio França, menos vulnerável aos petardos - ou as bombas de merda que estão se tornando rotina - que serão atirados pelos adversários.     

Editorial: A rigor, o PT precisará dos tucanos para vencer as eleições em São Paulo



Hoje, dia 09 foi um dia muito movimentado entre os concorrentes à Presidência da República nas eleições de outubro. Jair Bolsonaro(PL) esteve acompanhando a movimentação de uma marcha para Jesus, proferindo um discurso com fortes conotações "morais', bastante afinado com a platéia que o acompanhava. Ali ele pode falar à vontade sobre aborto, drogas, questões de gênero, família e outros temas igualmente polêmicos, sabendo exatamente qual o posicionamento do público em torno do assunto. 

Lula esteve em Diadema, uma cidade que já foi um reduto petista no passado. De acordo com alguns manuais - equivocadamente, por sinal - se atribue a esta cidade a primeira administração municipal do PT. Na realidade, a primeira cidade administrada pelo partido foi Santa Quitéria, no Ceará. Por essa época, o PT, a cada espaço público que ocupava, mantinha aquela ideologia utópica de transformá-lo numa espécie de "moscouzinho", embalados pelos sonhos da militância. Não sem um alto custo, eles acabariam aprendendo que isso não seria possível numa realidade macro econômica orientada pela doutrina do liberalismo político, onde se impõe como necessário governar a polis pensando em todos, nos seus eleitores e naqueles eleitores não petistas. 

Em todo caso, ainda persistem os vieses ou sotaques ideológicos da esquerda. Durante os discursos, na presença do tucano recém-convertido ao "socialismo" do PSB, Guilherme Bouros fez um discurso inflamado, conclamando a platéia a expulsar os tucanos da administração pública do Estado de São Paulo, um martírio que já persiste por quase 30 anos. Fala-se muito numa eventual saia-justa imposta ao ex-governador tucano, mas existe uma outra leitura. 

O candidato do PT, Fernando Haddad, irá precisar muito do apoio do ex-tucano para chegar ao Palácio dos Bandeirantes, uma vez que o eleitorado paulista tem uma trajetória histórica de antipetismo. No calor das emoções, Guilherme Boulos parece ter esquecido deste pequeno detalhe. Detalhe que pode fazer a diferença nessas eleições, uma vez que a disputa será acirrada. Naquela quadra, o PT sempre cresceu do meio para o fim das eleições. Nunca começou tão bem. É preciso se perguntar se irá manter essa performance até o final das eleições.     

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: O Leão do Norte se dobra às mulheres



Logo no início, quando começaram a ser cogitadas as eventuais candidaturas ao Governo do Estado nas próximas eleições de outubro, evidenciou-se que as mulheres teriam um papel de protagonistas na disputa. Naquele momento, a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra(PSDB-PE) liderava todas as sondagens de intenções de voto para o Palácio do Campo das Princesas. Com a entrada de Marília Arraes(Solidariedade) na disputa, ela perdeu essa posição para a neta do Dr. Miguel Arraes, mas, concretamente, a disputa ainda continuou hegemonizada pelas mulheres. 

Quando não estão na cabeça de chapa, elas estão sendo indicadas para a vice, como ocorre na chapa do candidato do União Brasil, Miguel Coelho(UB-PE), que tem na vice a Deputada Estadual, Alessandra Vieira(UB-PE), que hoje leva o ex-prefeito de Petrolina para um giro em suas bases políticas no Agreste do Estado, mais precisamente na cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Agora, ampliam-se as especulações em torno dos nomes que deverão compor as chapas do candidato da situação, Danilo Cabral, do PSB, e da própria Raquel Lyra, do PSDB. 

Para compor a chapa de Danilo Cabral(PSB-PE), o nome hoje mais ventilado é o da atual vice-governadora, do PC do B, Luciana Santos, ex-prefeita da cidade Olinda, com uma grande ascendência sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP). Lembrando que a chapa já tem uma mulher em sua composição, a Deputada Estadual Teresa Leitão, que concorre ao Senado Federal. Raquel Lyra, por sua vez, já faz algum tempo que estabelece uma relação de grande parceria com a Deputada Estadual Priscila Krause, uma das parlamentares mais atuantes do Estado,  verdadeira dor de cabeça para os maus gestores dos négocios de Estado. 

Apesar de seguir uma linhagem tradicional e mais conservadora na política pernambucana, Priscila tem relevantes serviços prestados ao Estado. O nível de civilidade na política pernambucana, em alguns casos, não tem sido dos piores. Antes de lançar-se candidata, Marília Arraes mantinha um bom relacionamento com a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. À época, especulou-se, até, sobre a possibilidade de composição de uma chapa "Luluzinha", que seria imbatível na quadra pernambucana.   

Editorial: Lula avança sobre o eleitorado mineiro.


Minas Gerais é um Estado fundamentalmente importante numa eleição presidencial. Trata-se do segundo colégio eleitoral do país, logo abaixo do Estado de São Paulo. O xadrez político jogado naquele Estado, entretanto, tem gerado muitas dores de cabeça para os ajustes dos candidatos que concorrem à cadeira do Palácio do Planalto. As pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República dão uma relativa vantagem ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) sobre o candidato Jair Bolsonaro(PL). Lula crava 36%, enquanto Bolsonaro aparece com 22% das intenções de voto, de acordo com levantamnto realizado pelo Instituto Quaest\Genial, em julho, repercutido na coluna de Matheus Leitão, no site de Veja.  

A princípio, se pensou que o atual governador do Estado, Romeu Zema(Novo), que concorre à reeleição, poderia encampar o projeto bolsonarista, mas, como homem de partido, ele já afirmou que o seu partido, o Novo, tem candidato à Presidência da República: Luiz Felipe d'Ávila. Ele pretende apoiá-lo no Estado, mas a quadra está bastante confusa e, em tais circunstâncias, ele tem mantido uma distância regulamentar em relação aos postulantes presidenciais, assim como ocorre em Estados como a Bahia, onde ACM Neto, em tese, não tem candidato à Presidência da República, respeitando o direito do eleitor baiano votar nele para o Palácio de Ondina e em Lula para o Palácio do Planalto.  

Romeu Zema é um candidato de perfil conservador, lidera com folga as pesquisas de intenção de voto até este momento, mas seria prematura afirmar que seu eleitorado teria uma maior prevalência de identidade com o candidato Jair Bolsonaro, uma vez que, numa eleição bastante polarizada como esta, a tendência é a de que Zema não se constitua num grande puxador de votos para o seu pupilo, Luiz Felipe d'Ávila(Novo), posto que a disputa deverá ficar mesmo concentrada entre os candidatos Lula e Bolsonaro.   

A rigor sem um palanque seguro no Estado, esta condição tem gerado algumas preocupações para o staff político do candidato do partido liberal. O PL até tem candidato no Estado, Carlos Viana, mas a sua performance nas pesquisas fica abaixo das expectativas.  Lula, por sua vez, depois de muitas conversações, conseguiu, finalmente, fechar um acordo com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil(PSD), que concorre ao Palácio Tiradentes. A última pesquisa de intenção de voto realizada naquele Estado, através do Instituto Quaest\Genial dá uma margem de quase vinte pontos de diferença entre Zema e Kalil, mas ainda é cedo para afirmar que as eleições para o Palácio Tirandentes estão definidas. 

Charge! Maria Marz via Folha de São Paulo

 


sexta-feira, 8 de julho de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Rigor com os dissidentes não irá resolver o problema



Diante das traições e defecções ocorridas, tanto o PT quanto o PSB resolveram adotar mididas extremas em relação aos seus filiados que estão se bandeando para o apoio à candidatura da Deputada Federal Marília Arraes(Solidariedade) ao Governo do Estado. Curioso que, a cada dia, essa tendência se cristaliza, a julgar pelo expressivo número de filiados dessas duas legendas que estão aderindo à candidatura de Marília Arraes. Somente no PT, foram 11 os militantes expulsos da legenda por lançarem um manifesto de apoio à candidata. Trata-se de grupos orgânicos, que sempre estiveram afinados com a candidata desde os seus velhos tempos de militância na legenda. 

Estamos tratando aqui de uma sangria desatada, ou seja, não terá estancamento que a interrompa - nem com seiva de bananeira - caso a petista continue mantendo sua performance nas pesquisas de intenção de voto. Esses militantes petistas, com o ato, deixaram de seguir a orientação do partido, hoje coligado com o PSB, inclusive com uma candidata ao Senado Federal na chapa, a Deputada Estadual, Teresa Leitão. Medidas semelhantes estão sendo adotadas pelo PSB, expulsando sumariamente dos seus quadros os militantes infiéis, ou seja, aqueles que não endossam a candidatura do Deputado Federal ao Governo do Estado, Danilo Cabral(PSB-PE). 

Até este momento, pelas sinalizações das pesquisas de intenção de voto, caso esses escores permaneçam, teremos um segundo turno nas eleições estaduais de outubro. Pelo andar da carruagem política, uma dessas vagas certamente será da Deputada Federal Marília Arraes, o que significa dizer que o segundo nome também deve sair do pelotão de oposição ao Palácio do Campo das Princesas. Caso tais previsões deste editor se confirmem, os fatos seriam particularmente ruins para os objetivos do candidato socialista ao Palácio do Campo das Princesas. 

Nas atuais circunstâncias, o único ator político que poderia provocar alguma mudança neste cenário seria o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), que tem evitado, o quanto pode, entrar em bola dividida nos palanques estaduais. Os marqueteiros de Marília Arraes, por sua vez, como afirmamos em artigo anterior, estão criando peças publicitárias para "casar" sua imagem a de Lula, independentemente das questões burocráticas, o que significa uma grande sacada, pois o eleitor comum não está nem aí para esses detalhes.

No último dia 02 de julho, data em que os baianos comemoram a sua Independência, Lula esteve nas comemorações de rua, misturando-se com a multidão, em apoio ao candidato do PT naquele Estado, Jerônimo Rodrigues(PT-BA). Por onde passou, fez questão de enfatizar que, naquele Estado, seu apoio seria para o candidato da legenda petista. Logo em seguida, saiu uma pesquisa de intenção de voto, realizada entre os dias 02 e 06, que acusava uma ampliação da vantagem do candidato do União Brasil ao Palácio de Ondina, ACM Neto.     

Editorial: Ataques de merda


O país vive um dos seus momentos mais delicados. Quem acompanha o blog com regularidade, leu nossos editoriais repercutindo as péssimas notícias no campo social e econômico, dando conta da tragédia de mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros na condição de insegurança alimentar. Infelizmente, voltamos a ocupar um lugar de destaque no mapa da fome. Mas existe outra tragédia em curso, esta no campo institucional e político: o assédio sobre as nossas instituições democráticas, ou, se preferirem, sobre a democracia política. 

A revista Veja desta semana traz uma matéria sobre uma reunião ministerial, onde setores militares voltam a exigir um papel de protagonismo em relação ao processo eleitoral, o que equivale dizer que desejam fiscalizar as eleições de outubro; um dos ministros do STF, até recentemente, argumentou que poderemos, pelo andar da carruagem política, ter um problema de dimensões maiores ao ocorrido no Capitólio, nos Estados Unidos. Além das merdas digitais das fake news, com o propósito de disseminar inverdades e minar as resistências de atores e instituições da democracia, agora são os ataques de merda que estão se tornando rotina. 

Depois da ocorrência em Belo Horizonte, onde um drone atirou fezes numa reunião de integrantes e simpatizantes do PT, ontem, em reunião no Rio, os partidários de Lula sofrerem uma ataques de fogos de artifícios e de uma bomba de merda, que espalhou odor fétido no ambiente. Agora há pouco soube que o juiz Renato Borelli, da 15º Vara, de Brasília, que autorizou a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, tembém sofreu um ataque dessa espécie (assim mesmo!). Seu carro foi atingido por fezes e ovos podres.

Isso dá bem a dimensão da encrenca em que estaremos metidos nessas eleições. O arsenal de podridão que vem por aí será extenso. Já existe até um "garganta profunda" fazendo declarações bombásticas, com o propósito de prejudicar um dos concorrentes, ressuscitando defuntos e fazendo conecções entre facções de crime organizado e grêmios partidários. Resta saber se a nossa incipiente experiência democrática terá a resiliência suficiente para sobreviver a esses achaques.      

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Editorial: As enchentes do Rio Paraíba



Estamos acompanhando por aqui - com muita apreensão - as notícias sobre as enchentes do Rio Paraíba. Trata-se de um dos rios mais importantes do Estado, seja por sua extensão seja por sua importância econômica. O Rio nasce há mais de mil metros de altitude, na serra de Jabitacá, no Município de Monteiro, se estendendo por um longo percurso, que engloba as principais cidades do Estado, como João Pessoa, Cabedelo e Campina Grande. São relativamente comuns as suas enchentes, tendo, num passado, arrasado cidades como Itabaiana e Cruz do Espírito Santo, a terra do poeta Augusto dos Anjos, que ali foi poeta e menino de engenho.  

O açude Boqueirão conseguiu minimizar sua fúria, restringindo as eventuais enchentes a zonas específicas do seu curso. Mesmo assim, elas continuam existindo, como esta última, neste contexto de novo normal climático, onde não mais se verificam chuvas "normais". As zonas da mata, urbanas e metropolitanas de Estados vizinhos, como Alagoas e Pernambuco encotram-se diante do mesmo problema. Causou espanto a este editor observar as imagens da cidade de Pilar, berço do escritor José Lins do Rego, completamente inundada. 

A imagem nos remeteu, igualmente, às narrativas dos seus romances, onde o rio se transformava em mais um dos seus personagens. O Rio Paraíba, passa ao lado do Engenho Corredor, onde ele nasceu e ambientou seus romances. Ah! quantas lembranças! das lavagens de roupa pelas mucamas de bumbuns empinados ; das pescarias de traíras, sempre à noite, quando se torna mais fácil capturá-las, porque elas estão com fome e ativas; das plantações de inhames e batatas doce pelos trabalhadores ou posseiros do engenho; das traições com a mulher de Zé Guedes, que, no dia seguinte, selava o cavalo do patrão, sem o menor constrangimento, para Carlinhos passear pelos arredores do engenho. E, também, das já famosas à época, enchentes do Rio Paraíba, sobre as quais ele gasta muita tinta descrevendo, sem perder, no entanto, a primazia do dom de contar histórias. Nossa solidariedade ao povo nordestino neste momento difícil.   

Editorial: Em São Paulo, Kassab opta pelo bolsonarismo.


Já faz algum tempo que Lula tenta, sem êxito, atrair o Presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab, para o seu projeto político. Pontualmente, algumas dessas articulações foram até bem-sucedidas em praças estaduais, como a composição do PT com o PSD para disputar o Governo de Minas Garais, em torno do apoio ao nome do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Na Bahia, o senador Otto Alencar(PSD-BA) também tenta sua reeleição ao Senado Federal na chapa do concorrente ao Palácio de Ondina, pelo PT, Jerônimo Rodrigues(PT-BA). 

No plano nacional, o dirigente do PSD fez várias tentativas de emplacar um nome que pudesse representar a sua agremiação política na disputa pela Presidência da República, igualmente sem muito sucesso. Até mais recentemente, segundo dizem, ele foi um dos atores políticos mais consultado pelo Planalto com o objetivo de fazer gestões para adiar a realização da CPI do MEC para depois das eleições de outubro, o que signfica, na prática, o seu esvaziamento. 

Um dos atores políticos mais hábeis da cena polítia nacional, Em São Paulo, Márcio França, do PSB, que concorreria ao Palácio Bandeirante, aguardava uma sinalização daquela raposa para manter ou não sua candidatura ao Governo do Estado. Ontem ele fechou um acordo com o Progressistas, do ex-ministro da Infraestrura do Governo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas. O partido irá apoiá-lo no propósito de conquistar a cadeira de governante do Palácio dos Bandeirantes. 

Em São Paulo, o mais prudente seria entender que a peleja está completamente indefinida. Os tucanos possuem um grande capital político naquela praça, daí não se surprender essa ascenção recente de Rodrigo Garcia(PSDB-SP) nas pesquisas de intenção de voto; O PT começa com uma arrancada ótima - e inédita - mas irá logo logo para o pelourinho, onde deverá ter a resiliência necessária apara resistir aos açoites; Tarcísio contará com o apoio do presidente Jair Bolsonaro(PL) - que polariza com Lula no plano nacional - e uma trupe de apoiadores bolsonaristas que irá fazer muito barulho ainda.   

Editorial: O Brasil volta a passar fome, segundo relatório das Nações Unidas.



Houve um tempo em que o país caminhava celeremente para cumprir o objetivo de erradicar a pobreza no mundo, de acordo com uma proposição da ONU, que previa que tal objetivo fosse alcançado até o ano de 2030. Hoje, de acordo com o último relatório daquela organização, amplamente repercutido pela imprensa mundial, o Brasil volta a ocupar lugar de destaque nos dados que ali são apresentados, com 60 milhões de brasieiros e brasileiras na condição de insegurança alimentar. 

Este número significa praticamente um terço da população brasileira, ou seja, um em cada três brasileiros ou brasileiras - os dados trazem até um recorte de gênero - não estão seguros sobre se terão a certeza da refeição seguinte. Os dados da ONU convergem com os dados apresentandos pela FGVS, na semana passada, onde, igualmente, aponta que o país nunca empobreceu tanto e de forma tão rápida quanto nos últimos anos. 

Rafael Zavala, o representante da FAO para o Brasil, informa que estamos vivendo uma espécie de "tempestade perfeita" de fatores indutores da fome, como conflitos armados, mudanças climáticas, crise sanitária e problemas econômicos. A esses fatores, também acrescentaríamos os fatores políticos, relacionados aos resultados da adoção de um receituário de políticas ultraliberais - inclusive no Brasil - responsável direta pela perda de postos ou precarização das condições de trabalho, redução de renda, cortes de direitos. Não por caso, começamos a descer a ladeira no momento em que o Governo Dilma Rousseff(PT-MG) sofria uma espécie de torniquete político imposto pelo Legislativo - que paralizou seu Governo -  desaguando no golpe institucional de 2016.

É preciso deixar claro que não se pode responsabilizar a crise sanitária gerada pela pandemia da Covi-19 como a principal responsável por essa tragédia. Inegável que ela deu sua contribuição para o agravamento do problema, mas a negligência com políticas públicas com o objetivo de enfrentar o drama da fome no país, possivelmente, foi um dos fatores mais determinantes. Faltou "vontade política".   

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Editorial: Pesquisas e mais pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República



Os institutos de pesquisa parecem ter combinado entre si para divulgarem suas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República no dia de hoje. Pelo menos três institutos divulgaram os resultados dos seus levantamentos junto ao eleitorado, todos colhidos no contexto do conjunto de medidas adotadas pelo Planalto para estancar a sangria do candidato Jair Bolsonaro e torná-lo mais assimilável ao eleitorado. Não apenas os números apresentados, mas o comportamento do eleitorado - observado nas entrelinhas - pode significar que tais medidas começam a surtir efeito, conforme afirmamos durante nossa avaliação dos dados do Instituto Quaest\Genial. 

Os números frios dos demais institutos - o Paraná Pesquisas e o DataPoder - seriam ainda mais alvissareiros para os assessores políticos do presidente Jair Bolsonaro, uma vez que convergem entre si, ou seja,um instituto não desmente o outro. Como três institutos apresentam dados convergentes, é possível concluir por uma ligeira reação do presidente Jair Bolsonaro nesta fase da campanha. Como há, igualmente, convergências de datas, seria prudente ficar no aguardo das próximas pesquisas, com outros intervalos de tempo, para concluir sobre alguma "tendência". 

A essa altura do campeonato, o staff de campanha de Lula também deve estar debruçado sobre esses números, avaliando os possíveis "estragos" produzidos por essa PEC da Bondade, há menos de três meses das eleições de outubro. E, por falar na PEC da Bondade, há uma percepção, observada por um dos institutos, de que a imagem de Bolsonaro começa a melhorar junto aos beneficiários do programa Auxílio Brasil. O governo resolveu aumentar o seu valor, sem se aprofundar sobre o que, de fato, estava ocorrendo com os beneficiários, mas, nesses tempos bicudos de fome, miséria e inflação em alta, parece que vem surtindo os efeitos esperados pelo Planalto e temidos pela oposição.    

Editorial: Nas entrelinhas da nova pesquisa de intenção de voto da Quaest\Genial



Rodrigo Garcia(PSDB-SP), o candidato dos tucanos ao Governo de São Paulo, chegou até mesmo a ser ameaçado de não viabilizar a sua candidatura, com uma manobra do ex-governador João Dória(PSDB-SP) de desistir do seu projeto presidencial, que acabou, por razões de conhecimento público, não se viabilizando. O apoio de João Dória, naquele momento, também não se traduzia em bons dividendos eleitorais para Rodrigo Garcia, uma vez que o eleitor considerava boa sua gestão à frente do Palácio dos Bandeirantes - inclusive no que concerne à sua postura diante da pandemia da Covid-19 -, mas não estava disposto a credenciá-lo a voos mais altos, tampouco a endossar o nome de quem ele apoiasse para sucedê-lo. 

Por essa época, mergulhado numa espécie de inferno astral, Rodrigo Garcia amargava escores baixíssimos nas pesquisas de intenção de voto, levando alguns observadores a considerá-lo um candidato pouco competitivo, esquecendo-se de considerar o sólido capital político construído pelos tucanos no Estado. São Paulo, ao longo dos anos, tornou-se o ninho mais emplumado dos tucanos, uma espécie de Tucanistão. Daí se entender, naturalmente, uma rejeição do eleitorado paulista ao Partido dos Trabalhadores, de onde se compreende o papel estratégico a ser exercido pelo ex-governador Geraldo Alckmin(PSB-SP) nessas eleições, em favor dos novos companheiros.  

A resposta desse eleitorado tucano começou a aparecer na útima pesquisa do Datafolha, onde Rodrigo Garcia "pulou" de 6% das intenções de voto para 13%, abrindo uma diferença de 7 pontos entre uma pesquisa e outra. A lição que tiramos dessas informações é que é necessário ler uma pesquisa de intenção de voto nas entrelinhas, naqueles números que não chamam muito a atenção do público, como os que indicam a rejeição, a aprovação, potencial de crescimento em determinados segmentos do eleitorado, entre outros. 

Com esses indicadores, de fato, torna-se possível extrair conclusões mais consistentes para tal ou qual candidatura. Nesta última pesquisa do Instituto Quaest\Genial, divulgada no dia hoje, é possível observar, por exemplo, que o presidente Jair Bolsonaro(PL) diminue a sua distância para o principal oponente, Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), mesmo que seja de 2 pontos, ainda dentro da margem de erro do Instituto, por exemplo. Melhora seu cacife entre mulheres e nordestinos, eleitorado tradicionalmente mais identificado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há indícios de que os beneficiários do Auxílio Brasil começam a identificar no presidente o responsável pelo programa, o que pode indicar uma projeção de votos muito significativos, capaz de desequilibrar o jogo eleitoral.

Estão se confirmando, portanto, as projeções de que as eleições presidenciais de outubro ainda não estão definidas. Assustados com a "regularidade" dos números até então - em alguns casos projetando a vitória de Lula ainda no primeiro turno das eleições - o Planalto resolveu jogar a carga toda, quebrando tetos e outros telhados. Ainda é cedo para concluir se tal performance signifique uma tendêndia de reação da candidatura de Jair Bolsonaro, mas, se, de fato, significar, vamos ter um clássico eleitoral pela frente. Eis os números: 

Lula            45%

Jair Bolsonaro  31%

Ciro Gomes      6%

Simone Tebet    2%

André Janones   2%

     

Editorial: Teremos a CPI do MEC durante as eleições?



Esta CPI do MEC, depois do período eleitoral, perderia completamente o interesse do público e, possivelmente, até da oposição ao Governo Jair Bolsonaro(PL). Não faz muito sentido sua realização depois das eleições de outubro. Neste sentido, incansáveis senadores da oposição, sob a liderança de Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, têm se empenhado ao máximo para viabilizá-la de imediato, ameaçando, inclusive, recorrer ao STF para evitar possíveis manobras protelatórias. 

É muito pouco provável que ele obtenha êxito nesta empreitada, uma vez que existem vários mecanismos que podem ser utilizados com tal objetivo. Para alguns analistas, trata-se de uma CPI destinada a ficar em banho maria, nos escaninhos do Congresso Nacional, como outras tantas. Com o tempo, até a oposição perderia o interesse por ela, embora haja bons motivos para realizá-la. Afinal, as motivações que justificaram as prisões de agentes públicos e privados demandariam uma investigação profunda e isenta de interferências, algo que a CPI poderia proporcinar à população.

Bom articulador, Rodrigo Pacheco, apesar das pressões de um lado e do outro, mantém-se na condição de um equilibrista, sem criar arestas com a oposição, tampouco com os governistas. Não vai deixar de fazer a leitura em plenário, mas já antecipou que tal CPI somente será instaurada depois das eleições de outubro, o que significara, na prática, como disse antes, esvaziá-la, uma vez que perderia completamente o seu interesse. Agora é esperar que a oposição tenha algum trunfo político que assegure a sua realização antes desse período. 

 

Editorial: Argentina condena à prisão perpétua oficiais responsáveis pelos "voos da morte"


Segundo comenta-se, quando os constituintes estavam em processo de elaboração da nossa Constituição Cidadã de 1988, houve uma tentativa de remover uma espécie de "entulho autoritário", ou seja, um dispositivo pelo qual se permitiria às Forças Armadas intervir no processo político em determinadas circunstâncias. Havia, entre aqueles constituintes que eleboravam a Carta, um consenso de que seria prudente remover aquele artigo, evitando, assim, eventuais aborrecimentos futuros.

De acordo com um ex-professor de Ciência Política, o então Ministro do Exército à época teria dito que, se tal medida fosse adotada, tudo seria zerado, ou seja, os avanços conquistados voltaria à estaca zero. O fato concreto é que formatamos uma Carta Constitucional que guarda ainda alguns resídios do período autoritário, impedindo a efetiva materialização de uma justiça de transição, com o propósito de reparar danos às vítima de torturas durante os anos da Ditadura Militar instaurada no país com o golpe Civil-Militar de 1964.
 
Alguns outros países que passaram por experiências semelhantes, a exemplo do Chile e da Argentina, conseguiram avançar de forma mais efetiva neste objetivo. Sempre que se estabelece algum parâmetro comparativo entre essas ditaduras, se argumenta que tais didaturas foram mais cruéis do que a brasileira. Ditadura é ditadura e não consideramos nada prudente ou sensata tal comparação, sempre orientada pelas estatísticas do número de mortos e desaparecidos. 

No caso da Argentina, até presidentes-ditadores foram ao banco dos réus e condenados. Um deles assistia à missa nas primeiras horas da manhã e depois se dirigia aos campos secretos de tortura. Hoje, recebo a notícia de que quatro oficiais que participaram dos chamados "voos da morte", que consistia em levar prisioneiros e opositores do regime em voos, depois atirá-los em alto mar, foram condenados à prisão perpétua. Situações que a nossa frágil e jovem democracia nunca foi capaz de enfrentar. No Brasil, a subordinação do poder militar ao poder civil continua sendo uma grande utopia.   

terça-feira, 5 de julho de 2022

Editorial: PT e PSB chegam a um acordo em São Paulo



Política é a arte do possível,costumava enfatizar o político pernambucano Marco Maciel, tido como um exímio conciliador, que sempre somava e nunca dividia, de acordo com relatos de pessoas que gozaram de sua convivência. Depois de muitas idas e vindas, finalmente, o PT e o PSB chegaram a construir um consenso em torno do imbróglio que envolvia as duas candidaturas do partido ao Governo de São Paulo. Na nossa modesta opinião, o melhor nome para concorrer ao Palácio Bandeirantes pela coligação seria o do ex-governador Márcio França(PSB-SP). 

Explico: Reduto tucano, o PT sempre enfrentou sérios complicadores naquela praça, o que significa que Fernando Haddad(PT-SP) terá enormes dificuldades de manter sua liderança nas pesquisas de intenção de voto até a reta final da disputa. Que um petista raiz não esteja lendo este texto, pois este editor seria execrado, pois eles já estão certos sobre uma vitória do professor Haddad com facilidade, criando a sinergia do Lula lá Haddad cá. A realidade é outra. O PT nunca encontrou facilidades naquele colégio eleitoral. As disputas políticas ali sempre foram bastante renhidas para o PT. 

Há, incluive, um estranhamento dessa liderança folgada, no início de campanha, do candidato Fernando Haddad(PT-SP). Tarcísio de Freitas(Republicanos), ligado ao bolsonarismo pois foi Ministro de Infraestrutura do Governo Bolsonaro, deverá herdar o seu espólio político -  nada desprezível - apesar das controvérsias da campanha. O capital político tucano - até então cozinhando em banho maria - começa a esboçar uma reação efetiva. Garcia obteve 7 pontos percentuais entre a última e a mais recente pesquisa de intenção de voto, numa demonstração de que ele está no páreo.

Márcio França, como candidato ao Governo do Estado, criaria uma espécie de escudo contra os petardos que, certamente, serão atirados contra o PT, evitando, assim, um desgaste maior da coligação. O nome de França, possivelmente, também seria melhor digerido pelo eleitorado ligado ao ex-governador Geraldo Alckmin. Pessoa íntegra, sem mácula na condução dos negócios públicos, Márcio França seria um bom nome para disputar o Governo. Diante do possível, sai como candidato ao Senado Federal, decisão que será anunciada com grande pompa.    

Charge! Duke via O Tempo

 


Editorial: Faz a leitura da CPI do MEC, Pacheco.



Há algum tempo atrás, pensava-se que a CPI da Covid-19 poderia atrapalhar os planos de reeleição do presidente Jair Bolsonaro(PL). Aliás, a bem da verdade, a variável " comportamento do gestor público durante a pandemia " passou a figurar entre aquelas variáveis que, junto com a gestão da economia e avaliação do Governo, poderiam determinar ou não a renovação do contrato de gestão do Executivo.Ao longo do tempo - até mesmo em razão do arrefecimento(?) da pandemia - esta variável foi perdendo terreno e, hoje, sequer é mencionada quando alguém se refere às dificuldades enfrentadas pelo presidente Jair Bolsonaro em seu projeto de reeleição. 

Agora, faltando menos de 90 dias para as eleições de outubro, existe a unanimidade de que, a abertura de uma CPI neste momento, poderia, sim, prejudicar os planos de reeleição de Jair Bolsonaro. Assim, seu staff político estaria estabelecendo articulações de bastidores no sentido de atrapalhar a abertura de tal CPI do MEC. Um desses interlocutores seria o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que exerce forte influência sobre o Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, do mesmo partido. Pacheco, por sua vez, sofre uma forte pressão da oposição para cumprir os ritos de início formal de uma CPI, que incluria uma leitura em plenário e uma publicação no Diário Oficial do Senado Federal. 

Caso tal CPI seja aprovada, seria mais uma fonte de dor de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro, que já preparou um arsenal de medidas para enfrentar as adversidades no campo econômico, como esta PEC da Bondade, que estoura o teto dos gastos públicos e compromete a gestão das contas públicas de quem assumir o Palácio do Planalto a partir de 2023. Existem algumas propostas de CPI's paradas, aguardando na fila, mas sobre esta há um barulhento grupo de senadores capazes de moverem moinhos de vento por sua aprovação.

P.S.: do Contexto Político: Informações mais recentes dão conta de que Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado Federal, deverá dar prosseguimento à CPI do MEC, mas ela só seria iniciada depois das eleições.   

Editorial: ACM Neto amplia vantagem na corrida pelo Palácio de Ondina.


Acompanhamos com muita atenção o desenrolar das eleições baianas. Naquela praça, há uma possibilidade concreta de o carlismo voltar ao poder depois de 16 anos de controle do Palácio de Ondina pelo PT. Dois dados daquelas eleições nos remetem à cena política pernambucana, quem sabe, nos ajudando a compreender o que pode ocorrer por aqui em relação ao candidato que, oficialmente, será apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva: Danilo Cabral, do PSB. Assim como ocorre na Bahia, com o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, Danilo Cabral não vai muito bem nas primeiras pesquisas de intenção de voto, torcendo que o apoio - e preferencialmente a presença de Lula no Estado - possa reverter tal situação desfavorável. 

Lula esteve em Salvador, no último dia 02, quando os baianos comemoram a Independência do Brasil, acompanhando um cortejo que havia tempo não era realizado. Sem muita preocupação com a segurança, caiu na multidão com os correligionários. Nas oportunidades dos discursos, deixou claro que o seu candidato na terra de Jorge Amado é mesmo Jerônimo. Hoje, dia 05\07, foi divulgada mais uma pesquisa de intenção de voto para o Governo do Estado da Bahia, realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, colhendo informações junto ao eleitorado no período de 1 a 4 de julho, o que significa dizer que, em tese, já poderia refletir alguma mudança de comportamento do eleitor em relação ao candidato do PT, Jerônimo Rodrigues.

Pelo andar da carruagem política, a bola de Jerônimo Rodrigues continua esvaziada. O candidato do carlismo, ACM Neto amplia sua vantagem na corrida pelo Palácio de Ondina, que significaria a retomada do controle político do Estado pela oligarquia familiar do patriarca Antonio Carlos Magalhães. É preciso ter a prudência necessária para entender que tal pesquisa ainda não possa refletir a reação do eleitorado baiano em relação a reafirmação de Lula de que Jerônimo Rodrigues é o seu candidato a governador naquele Estado. É bem possível, se entendermos uma série de variáveis que envolvem a realização de uma pesquisa de intenção de voto, que não seria o caso de abordamos aqui. 

Por outro lado, é inegável, desde o início o franco favoritismo do representante do clã ACM, que construiu um excelente capital político a partir de sua gestão na Prefeitura de Salvador, muito bem avaliada pelos baianos. O PT, por sua vez, amarga a fadiga de material de 16 anos à frente do Palácio de Ondina, o que representa um inevitável desgaste natural junto ao eleitorado.Nesta última pesquisa, ACM Neto pulou de 55,4% para 58%, enquanto Jerônimo Rodrigues caiu de 16,1% para 15,8%.