pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Governo quer urgência na regulação das redes sociais.
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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Editorial: Governo quer urgência na regulação das redes sociais.



O deputado federal Orlando Silva, chegou a apresentar um PL para regulação das redes sociais, que ficaria conhecido como o PL das Fake News. Este é um tema dos mais controversos, praticamente cindindo as opiniões entre aqueles que são contra e aqueles que são a favor. A Oposição esboça uma grande resistência em debater essa questão, embora os argumentos expostos não sejam, necessariamente, de natureza republicana ou em defesa de nossas instituições democráticas. O Governo, por outro lado, embora também esboce tais argumentos, sabe-se que tem motivações bem mais urgentes. Não vamos aqui entrar nos detalhes, uma vez que eles são tão óbvios. A extrema-direita ganhou as ruas e as redes sociais. 

Um vídeo do Nikolas Ferreira, praticamente no automático, acionado a cada derrapada do Governo, atinge, em menos de 24 horas, 100 milhões de visualizações. Independentemente de responsabilizações, o estrago das fraudes no INSS já deixou suas marcas indeléveis na imagem do Governo, comprovadas, em princípio, pelo Instituto Atlas\Intel e, agora, no Quaest\Genial, que acaba de sair do forno. O país está entrando num contexto de uma situação institucional complicada. Se houvesse uma sensibilidade efetiva em relação ao assunto, assim como a possibilidade de construção de um consenso mínimo sobre o assunto, tal discussão deveria ser tratada pelo Poder Legislativo. Por outro lado, o lado dos mais interessados, ou seja, da população, impõe-se a necessidade de uma educação midiática capaz de melhorar os filtros dessa população em relação ao que está sendo disseminado através dessas redes sociais, numa espécie de autoregulamentação. O problema é que, em alguns casos, possivelmente em sua maioria, os filtros são sensivelmente frágeis. O Estado deveria investir na educação midiática da população. 

Já existem uma infinidade de espaços para o indivíduo checar se uma informação procede, é verdadeira ou não. O problema, que não é recente, diz respeito a uma tendência da população em espalhar notícias falsas. Isso pega como visgo de jaca mole. Outro fator preocupante diz respeito à relativização da informação numa era de pós-verdade. Uma mentira contra um desafeto assume contornos de verdade absoluta. Uma verdade contra um amigo, talvez seja mentira. Quando se chega a um estágio onde as comissões de ética estão se orientando pela "ideologização" é um sinal de que estamos no apocalipse. 

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