pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O entrave "legal" das CPIs
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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Editorial: O entrave "legal" das CPIs



Os advogados do tenente-coronel Mauro Cid ingressaram com uma ação junto ao STF no sentido de solicitar que o seu constituído não compareça à convocação da CPMI dos Atos Antidemocráticos do dia 08 de janeiro. A ministra Carmem Lúcia já determinou que os membros da CPMI informem em que condição ele está sendo convocado, se como investigado ou se como convidado. Eis aqui um grande dilema enfrentado por essas CPIs. No dia de ontem, por exemplo, em audiência na CPMI do Golpe, na condição de investigado, o senhor George Washington respondeu apenas às perguntas que não o comprometessem, ou seja, quase nada. 

Nada que contribuísse para as investigações. Ele, por exemplo, não agiu sozinho. Havia, inclusive, outros artefatos plantados ou em vias de instalações, envolvendo outros nomes, que precisam ser investigados e punidos. Havia um arsenal em seu poder, recursos financeiros utilizados  muito além de suas condições econômicas. Nenhum fio foi puxado, diante do seu silêncio. O mesmo pode ocorrer em relação ao nome dos principais envolvidos nas tessituras golpistas que culminaram no dia 08 de janeiro. 

Alguns parlamentares mais consequentes já sugeriram que todos sejam convocados na condição de convidados pra evitar esse dilema. Por outro lado, como estabelecer esse status aos principais artífices dessa trama golpista? Na CPI do MST o dilema é o mesmo. Convidar José Rainha e João Pedro Stédile para ficarem em silêncio não seria de bom alvitre. Nem para os membros da comissão, nem para nós brasileiros, que gostaríamos de ouvi-los.     

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