pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Av. Paulista.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Editorial: Flopou ou não flopou? Não flopou!


Há sempre uma guerra de narrativas quando ocorrem manifestações de rua no país, sejam aquelas ensejadas pela direita, seja aquelas ensejadas pela esquerda. A esquerda manteve a hegemonia das ruas durante décadas no país, mas, principalmente a partir de 2013, começou a perder terreno, no bojo das mobilizações que começaram com um simples protesto me razão do aumento do bilhete de passagem do transporte coletivo. O jogo se manteve assim durante um bom tempo, com avenidas, praças e praias conhecidas enfeitadas de verde e amarelo, as cores adotadas pelo bolsonarismo. Ontem, 21, no entanto, o cenário começou a mudar. Convocadas para protestar contra a PEC da Blindagem e contra o PL da Anistia, as manifestações organizadas por partidos, artistas e movimentos de esquerda conseguiram mobilizar uma quantidade expressiva de pessoas  neste domingo. 

É preciso analisar, neste caso, aqueles ingredientes a mais - e não estamos aqui falando de Gil, Paulinho da Viola, Caetano Veloso ou Chico Buarque - que possam ter suscitado na população o desejo de se posicionarem contra algumas dessas excrescências ou propostas indecentes que estão circulando nos corredores da capital federal, traduzidas por seus articuladores como um movimento de pacificação do país. Em si, a pacificação é bem-vinda. O país não suporta tanta indisposição entre os Três Poderes da República, uma tendência que parece recrudescer cada vez mais. Possivelmente, no entanto, o caminho não seria dando tapinhas nas costas de golpistas ou abrindo as porteiras para as farras de ilicitudes, algo que já ocorre sob vigilância ostensiva. Imaginem os senhores uma licenciosidade generalizada. 

Já existe um sentimento de arrependimento entre os políticos que votaram a favor da PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados. A tendência é que tal PEC não seja referendada quando apreciada pelo Senado Federal. O senador Alessandro Vieira(MDB-SE), relator da mesma, já antecipou que se posicionará contrário à sua aprovação, o que não se constitui nenhuma surpresa quando consideramos a sua agenda de atuação como homem público. Alessandro Vieira foi delegado de polícia e deve saber muito bem o que significa para os mal- intencionados essas brechas ou afrouxamentos da legislação. Se os gatunos do erário já agem à revelia da lei, imaginem diante dessas licenciosidades. 

terça-feira, 4 de junho de 2024

Editorial: Bolsonaristas convocam nova mobilização para a Paulista.



As hordas bolsonaristas estão ocupando as redes sociais para convocarem uma nova mobilização para o dia 09\06, na Av. Paulista, com concentração no MASP. Desta vez estão sendo solicitados doações de alimentos para os desabrigados do Rio Grande do Sul, assim como  liberaram os cartazes pedindo o impeachment do presidente Lula e do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. As últimas grandes concentrações organizadas pelos bolsonaristas mais recentemente haviam se pautado por uma conduta que se poderia configurar como não tendo extrapolado o figurino de uma mobilização dentro do escopo democrático, o que são muito bem-vindas. Democracia é isso mesmo. 

Não é porque é do adversário que necessariamente não prestam ou não são bem-vindas, como advogam alguns. O ranço da dificuldade de convivência com o oposto ou  com o contrário, quase sempre, descamba para regimes autoritários, seja de extrema-direita, seja de esquerda. No próximo dia 06 de outubro teremos o primeiro turno das eleições municipais de 2024. Estamos relativamente próximos ao pleito. Convinha, portanto, manter esse alinhamameto de  prudência, dentro do escopo democrático. 

Quando se abre espaço para a exibição de cartazes, pode se esperar de tudo. Certamente, a realização do evento dentro do ordenamento democrático será quebrado, uma vez que teremos por aqui xingamentos, ofensas, ilações, os surrados pedidos de intervenção, que, em alguns casos, se contrapõem à legalidade. Curioso que, desta vez, existe alguns atores bolsonaistas envolvidos na convocação mais entusiasmados do que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.