Aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com já emitimos várias postagens sobre as eleições municipais de São Paulo em 2012, nos surpreendendo a cada momento. Outro dia alguém manifestava uma inquietação em relação à posição de José Serra. Ao ser afastado do Ministério da Agricultura, Wagner Rossi jurou que estava sendo vítima de uma conspiração encabeçada pela imprensa tucana, capitaneada por José Serra, que seria candidato à Prefeitura daquela cidade. Logo em seguida, no entanto, parafraseando FHC em relação a Aécio Neves, Serra não assumiu comportamento de prefeiturável. Permanece tucano e os tucanos tem candidato, Bruno Covas, secretário do governador Geraldo Alckmin e herdeiro político do espólio de Mário Covas. Restaria a Serra, então, procurar apoio em Gilberto Kassab , seu afilhado político. Kassab tem uma dívida de gratidão por Serra e, em conversas reservadas com Eduardo Campos, o pupilo fez questão de enfatizar que, em São Paulo , segue as orientações do padrinho, que, inclusive, o estimulou na criação do PSD. Serra também foi um dos maiores entusiastas da entrada do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, no partido. Obviamente que Henrique Meirelles entrou PSD, depois de deixar o PMDB, para habilitar-se ao pleito paulistano. Neste caso, a nossa conclusão é de que José Serra permanece com a idéia fixa de tornar-se presidente da República Federativa do Brasil.Serra, que lê bastante, sabe o que Machado de Assis pensa sobre o assunto.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
O caminho está livre para Fernando Haddad, candidato único do PT à Prefeitura de São Paulo.
As eleições de 2012 em São Paulo será um caldeirão dos diabos, sobretudo pela sua condição de prévia das eleições de 2014. Maior colégio eleitoral do país, o que ocorre em sua capital fornece indicadores importantes sobre o comportamento do eleitorado brasileiro. O PT limpou os últimos obstáculos que restavam em relação à unanimidade em torno do nome do Ministro da Educação, Fernando Haddad, ungido como candidato único do partido, sem as prévias, esse desgastante instrumento de democracia interna que causam tantos problemas, no entendimento dos caciques da legenda. Depois de Marta Suplicy retirar sua candidatura logo após a doença de Lula, as outras pedras – leia-se o senador Eduardo Matarazzo, e os deputados Gilmar Tatto e Carlos Zarattine - foram removidas sem maiores dificuldades, com compromissos selados em restaurantes chiques do bairro dos Jardins. Lula ainda insiste na tese das "caras novas" e uma composição do centro para a esquerda para desbancar os tucanos do seu ninho mais emplumado. Logo que possível, Lula pretende voltar a conversar com Michel Temer com o objetivo de que a agremiação indique um candidato a vice, de preferência Gabriel Chalita.
FHC recomenda a Aécio Neves que se movimente como candidato a presidente.
A palavra de ordem hoje no vocabulário político é protagonismo. Ao sair de um encontro com o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que se movimenta no sentido de consolidar seu projeto de candidatar-se à Prefeitura do Recife em 2012, o deputado federal João Paulo afirmou que o PSB tem todo o direito de procurar uma maior inserção na região metropolitana do Estado, o que poderia ser entendido como deixar o seu papel de coadjuvante e tornar-se protagonista. Em conversas reservadas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também criticou a postura tímida e isolada do potencial candidato presidencial do partido em 2014, senador Aécio Neves. De acordo com FHC, Aécio Neves deveria participar dos grandes debates nacionais, posicionando-se e construindo uma agenda de candidato presidencial desde já. Nas palavras de FHC, Aécio enfurnou-se no Senado Federal. Hoje a crônica política comenta que ele já se decidiu a movimentar-se por todo o Brasil, possivelmente a partir do puxão de orelhas do grão-mestre tucano. No Rio Grande do Sul, cumpriu agenda de candidato. Aécio Neves e Eduardo Campos são as duas maiores lideranças políticas surgidas no cenário nacional nos últimos anos, de acordo com a opinião do ex-Ministro da Justiça, Fernando Lyra. Há uma aproximação efetiva de Eduardo Campos com o PSDB, de olho no seu projeto nacional. Considerando as variáveis em jogo, o http://blogdojolugue.blogspot.com fica atento aos lances e jogadas desses dois atores, tentando identificar suas estratégias. Como eles vão se entender no PSDB?
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Carlos Lupi faz declaração de amor a Dilma Rousseff.
Em pronunciamento na Câmara Federal, o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mais uma vez fez uma declaração bombástica, desta vez uma declaração de amor a presidente Dilma Rousseff. Conforme já expusemos ontem, sua situação tornou-se insustentável. Comenta-se em Palácio que Dilma Rousseff já estaria sondando nomes para substituir alguns ministros, entre os quais o do Trabalho. Na reforma ministerial do próximo ano, certamente, Trabalho, Cultura, Desenvolvimento Agrário, Cidades e Educação passarão pela tesoura da presidente. Apenas Fernando Haddad deverá ter uma saída honrosa, ou seja, sai para concorrer à Prefeitura da Cidade de São Paulo em 2012. Apesar de algumas manifestações de apoios, Carlos Lupi criou arestas irremediáveis no PDT e no Palácio do Planalto. Já existe um movimento de parlamentares no sentido de deixar a agremiação, como é o caso dos senadores Pedro Taques, o touro indomável, e o pernambucano do país de Casa Amarela, Cristovam Buarque. O único fato que nos surpreende nesse imbróglio todo é o repentino apoio de Paulinho da Força Sindical ao ministro. Era um dos seus maiores críticos.
Ministro Fernando Haddad foi infeliz em seu pronunciamento sobre a baderna na USP.
Muito mais em função de seus projetos de chegar ao Edificio Matarazzo nas eleições de 2012 do que propriamente em razão da cátedra que ocupa naquela Universidade, na área de Ciência Política Comtemporânea, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, emitiu sua opinião sobre os recentes episódios ocorridos na USP, que ficou conhecido como o “protesto da fumaça”, numa demonstrção inequívoca da falta de rumo do movimento esturdantil brasileiro, cujos estudantes já não capazes de se mobilizararem em função dos problemas do ENEM, dos dados caóticos da educação etc. Essas entidades representativas, na realidade, foram cooptadas durante os Governos petistas, recebendo patrocínio do Estado para organizar os seu encontros, onde líderes como Lula são ovacionados. O que ocorreu na USP mereceu a desaprovação de toda a sociedade em função da ausência de uma causa justa, tornando-se um ato de pura baderna, depredação do patrimônio público e irresponsabilidade com a democracia, cometidos por uns burguesinhos bem-nascidos. Seja lá de que ponto o ministro se posicionou para defender os estudantes, afirmando que a USP não seria a cracolândia - possivelmente condenando a ação da polícia - se como Ministro da Educação, professor da Instituição ou como possível candidato à Prefeitura de São Paulo, foi muito infeliz.
Governador defende mais equilíbrio no desenvolvimento do Nordeste
O governador Ricardo Coutinho defendeu a discussão de mecanismos que promovam o melhor harmonia no desenvolvimento interno do Nordeste para que a região pare de reproduzir os desequilíbrios verificados em relação ao restante do país.
"É preciso que nesse fórum regional todos reflitam para que o Nordeste não se caracterize por desigualdades tão ou mais profundas entre os Estados da região que as existentes no plano nacional”.
A declaração de Ricardo Coutinho foi feita nesta quinta-feira (10), durante seu discurso durante a 13º reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), no Recife (PE).
De acordo com o governador da Paraíba, uma política de desenvolvimento para o Nordeste passa por uma estratégia de harmonização do impacto de determinado investimentos de forma a agregar a participação de outros Estados.
Ele acrescentou que, caso contrário, é preciso haver compensações por meio de outros organismos, projetos e ações do próprio Governo Federal. "Isso é fundamental. E se for diferente, teremos no Nordeste 'ilhas' com profundas desigualdades sociais”.
Na visão de Ricardo Coutinho, a BR-101, que liga Pernambuco, a Paraíba e Rio Grande do Norte deve ser aproveitada para que os gestores discutam políticas e investimentos comuns aos três Estados, em áreas como a indústria e o turismo, tendo em vista a Copa do Mundo e o pós- Copa.
"Essa é uma discussão de caminhos comuns, de convencimento e de construção de um sentimento de harmonia para que investimentos na região possam beneficiar um número maior de Estados”, completou o governador.
Participando pela primeira vez da reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, Ricardo Coutinho ressaltou a satisfação de estar no colegiado e espera contribuir na consolidação de uma identidade regional . "Porque o avanço do Nordeste representa o avanço do Brasil”, destacou.
Além de Ricardo, estavam presentes os governadores Eduardo Campos, de Pernambuco; Jaques Wagner, da Bahia; Wilson Martins, do Piauí; e Rosalba Ciarlini, do Rio Grande do Norte.
Secom/PB
"É preciso que nesse fórum regional todos reflitam para que o Nordeste não se caracterize por desigualdades tão ou mais profundas entre os Estados da região que as existentes no plano nacional”.
A declaração de Ricardo Coutinho foi feita nesta quinta-feira (10), durante seu discurso durante a 13º reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), no Recife (PE).
De acordo com o governador da Paraíba, uma política de desenvolvimento para o Nordeste passa por uma estratégia de harmonização do impacto de determinado investimentos de forma a agregar a participação de outros Estados.
Ele acrescentou que, caso contrário, é preciso haver compensações por meio de outros organismos, projetos e ações do próprio Governo Federal. "Isso é fundamental. E se for diferente, teremos no Nordeste 'ilhas' com profundas desigualdades sociais”.
Na visão de Ricardo Coutinho, a BR-101, que liga Pernambuco, a Paraíba e Rio Grande do Norte deve ser aproveitada para que os gestores discutam políticas e investimentos comuns aos três Estados, em áreas como a indústria e o turismo, tendo em vista a Copa do Mundo e o pós- Copa.
"Essa é uma discussão de caminhos comuns, de convencimento e de construção de um sentimento de harmonia para que investimentos na região possam beneficiar um número maior de Estados”, completou o governador.
Participando pela primeira vez da reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, Ricardo Coutinho ressaltou a satisfação de estar no colegiado e espera contribuir na consolidação de uma identidade regional . "Porque o avanço do Nordeste representa o avanço do Brasil”, destacou.
Além de Ricardo, estavam presentes os governadores Eduardo Campos, de Pernambuco; Jaques Wagner, da Bahia; Wilson Martins, do Piauí; e Rosalba Ciarlini, do Rio Grande do Norte.
Secom/PB
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Marco Maciel é candidato a vereador do Recife em 2012. Alguém acredita?

A oposição entende que é chegado o momento de convocar os seus craques para entrar em campo nas eleições de 2012, proporcionando a possibilidade de ampliar o nímero de representantes através dos puxadores de votos. No Rio de Janeiro, César Maia já anunciou que será candidato a vereador e em Pernambuco estão sendo sondados os nomes de Marco Maciel – ele mesmo – e Roberto Magalhães, que já anunciou que havia deixado a vida pública. Afora alguns nomes que parecem dispostos a ir ao sacrifício em nome do projeto da oposição, como é o caso do ex-senador Arthur Virgílio, no Estado de Pernambuco eu não acredito muito nessa possibilidade. Falta humildade à elite pernambucana, forjada nos hábitos senhoriais da Casa Grande. As eleições de 2012 tornaram-se decisivas para o destino dos Democratas. Fragilizados, farão alianças com Deus e com diabo - conforme já afirmou Agripino Maia - para continuar sobrevivendo. A estratégia de convocar seus titulares para o embate das urnas pode ampliar sua bancada.
Êpa! Lupinho. Cuidado com as palavras.
Não soaram bem ao Planalto as bravatas do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmando, primeiro, que era como cana de canavial, que não saiu do eito nem a corte de facão, o que nos levou a postar um comentário antrerior. Depois, em reunião com os congressistas do partido, afirmou que só sairia abatido à bala, insinuando que Dilma não teria coragem de demiti-lo. Uma das reservas éticas do PDT, o senador Pedro Taques, teria sugerido que ele se licenciasse do posto até a conclusão das investigações, o que ele recusou. Depois do Procurador-Geral da República afirmar que não havia indícios para envolver Carlos Lupi nas possíveis falcatruas na pasta, a bancada, que estava reticente,resolveu emprestar solidariedade ao ministro. Mantemos nossa opinião de que sua permanência no Ministério de Dilma Rousseff tornou-se insustentável, sendo mantido no posto apenas em função de evitar mais um desgaste antes da reforma ministerial prevista para janeiro de 2012. Lupinho, então, pode comprar a ceia de reveillon, mas deve tomar muito cuidado com os telefones recebidos a partir do dia 1º. É possível que não sejam, necessariamente, para desejar-lhes um feliz ano novo.
João Pessoa comemora a marca de um milhão de visitantes em 2011
Surpreendente e encantadora, João Pessoa tem atraído cada vez mais turistas. Neste mês de novembro, a Capital paraibana comemora a receptividade de um milhão de visitantes desembarcados em 2011 no aeroporto Presidente Castro Pinto. As pessoas que chegam ao aeroporto geralmente ficam na Capital ou seguem para o interior do Estado.
No dia 22 de novembro, data em que estará chegando ao aeroporto o visitante de número um milhão, empresários, executivos e agentes do setor de turismo realizarão ações em comemoração pelo alcance da meta nas receptividades turística aérea.
"A importância em comemorar esta marca deve-se ao fato da grande contribuição que os setores públicos e privados têm dado ao turismo na Capital. Observamos e reconhecemos os investimentos nessa área que determinou essa marca de um milhão de passageiros desembarcados somente no aeroporto Castro Pinto” ressaltou Georgina Luna, diretora de marketing e divulgação da Secretaria de Turismo (Setur) de João Pessoa.
As ações comemorativas serão realizadas em parcerias entre a Secretaria de Turismo de João Pessoa (Setur), Empresa Paraibana de Turismo (PBtur), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PB), Infraero, Diretoria Regional da TAM.
Para o superintendente do aeroporto de João Pessoa, Alexandre Oliveira, a cidade cresce, a economia aquece e quem ganha é a Paraíba e os paraibanos. "O nosso passageiro-milhão é fruto incontestável do trabalho e do compromisso cotidiano de diversas entidades e dos órgãos oficiais de turismo do Estado e da nossa Capital. A Infraero orgulha-se por fazer parte deste belo trabalho. O nosso Aeroporto estará sempre pronto para os muitos outros milhões que certamente virão”, afirmou Oliveira.
Dados – Em outubro, a Infraero divulgou estatísticas de todo apurado de movimentações de sua rede de aeroportos no Brasil, e o Presidente Castro Pinto, no período de janeiro a setembro, recebeu 10.033 aeronaves sendo sete internacionais e 855 mil passageiros, superando os números oficiais deste mesmo período em 2010 e com expectativa para 1.164 milhões de passageiros para até dezembro deste ano.
Secom-JP
No dia 22 de novembro, data em que estará chegando ao aeroporto o visitante de número um milhão, empresários, executivos e agentes do setor de turismo realizarão ações em comemoração pelo alcance da meta nas receptividades turística aérea.
"A importância em comemorar esta marca deve-se ao fato da grande contribuição que os setores públicos e privados têm dado ao turismo na Capital. Observamos e reconhecemos os investimentos nessa área que determinou essa marca de um milhão de passageiros desembarcados somente no aeroporto Castro Pinto” ressaltou Georgina Luna, diretora de marketing e divulgação da Secretaria de Turismo (Setur) de João Pessoa.
As ações comemorativas serão realizadas em parcerias entre a Secretaria de Turismo de João Pessoa (Setur), Empresa Paraibana de Turismo (PBtur), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PB), Infraero, Diretoria Regional da TAM.
Para o superintendente do aeroporto de João Pessoa, Alexandre Oliveira, a cidade cresce, a economia aquece e quem ganha é a Paraíba e os paraibanos. "O nosso passageiro-milhão é fruto incontestável do trabalho e do compromisso cotidiano de diversas entidades e dos órgãos oficiais de turismo do Estado e da nossa Capital. A Infraero orgulha-se por fazer parte deste belo trabalho. O nosso Aeroporto estará sempre pronto para os muitos outros milhões que certamente virão”, afirmou Oliveira.
Dados – Em outubro, a Infraero divulgou estatísticas de todo apurado de movimentações de sua rede de aeroportos no Brasil, e o Presidente Castro Pinto, no período de janeiro a setembro, recebeu 10.033 aeronaves sendo sete internacionais e 855 mil passageiros, superando os números oficiais deste mesmo período em 2010 e com expectativa para 1.164 milhões de passageiros para até dezembro deste ano.
Secom-JP
Armando Monteiro questiona política industrial brasileira.
Senador participa de audiência pública com a presença do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e alerta sobre o acirramento da competição que a indústria brasileira vem sofrendo em escala global
Brasília - Apesar da confiança no crescimento da economia brasileira demonstrada pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, o senador Armando Monteiro apontou a urgente necessidade de priorizar a agenda pró-competitividade.
A audiência pública teve como objetivo discutir as medidas do Plano Brasil Maior e o papel do BNDES na agenda para o desenvolvimento econômico do país, sendo convocada por vários senadores, inclusive, Armando Monteiro.
Para o parlamentar, a imensa pressão que a indústria brasileira vem passando é reflexo do desequilíbrio do ambiente macroeconômico.“No ambiente macroeconômico, ainda, há dificuldades, na medida em que dois preços fundamentais para a permanência do crescimento econômico do país, juro e câmbio, encontram-se fora do lugar”, comentou.
Segundo o senador, a elevada taxa de juro e o câmbio apreciado são os principais vilões da competição da indústria. “A nossa taxa de juro é uma imensa desvantagem do ponto de vista da competição. Já o efeito da taxa de câmbio que elevou o valor da nossa moeda é outro fator preocupante”,afirmou.
Além desse desequilíbrio na macroeconomia, outros fatores afetam diretamente a competitividade industrial brasileira – a complexidade do sistema tributário, a precariedade da infraestrutura e a logística brasileira –e fazem com que o país perca vantagens perante o mercado internacional. “Na área industrial, por exemplo, o Brasil está entre os cinco países com o maior custo de energia”, frisou.
Outro dado preocupante apontado pelo senador é a diferença entre o crescimento da produtividade na indústria e o aumento real dos salários dos trabalhadores. Armando avalia que para o Brasil é muito importante e positivo que os salários dos trabalhadores aumentem. Mas a produtividade precisa crescer no mesmo ritmo. “O aumento do salário real tem se dado a taxas superiores ao crescimento da produtividade do país, que vem crescendo em níveis bem mais modestos se comparado a países que competem conosco com China, Índia e Coréia”, disse Armando Monteiro, que apresentou dados de um estudo sobre a produtividade no país.
Neste estudo, o trabalhador brasileiro produz um terço do que o trabalhador coreano, um quinto do que o americano, e produz metade do que um trabalhador argentino.Diante desse cenário desafiador, que coloca o Brasil em sérias desvantagens, a solução questionada pelo senador ao presidente do BNDES, está voltada para a definição de uma estratégia de médio e longo prazo que impeça um processo regressivo, o que ele intitulou de “processo de desmonte da indústria nacional”.
Em resposta, o presidente do BNDES reconheceu a necessidade de corrigir o “desalinhamento” do juro e do câmbio. Luciano Coutinho, porém, foi bastante afirmativo ao dizer que esse é um dos objetivos do governo da presidente Dilma e que medidas para viabilizar a redução da taxa de juros no Brasil estão em curso.
Para Coutinho, o governo também tem uma grande tarefa pela frente no sentido de melhorar a competitividade sistêmica da economia. “A questão do alto custo da energia elétrica é relevante e precisa ser repensada. A produtividade do trabalho no Brasil é outro aspecto fundamental. Nossa produtividade precisa subir, pois é a única maneira de conciliar a manutenção de salários reais que estão em saudável processo de crescimento, porque tem ampliado o mercado interno e porque dessa forma chegamos a taxas de desemprego muito baixas” ressaltou Coutinho.
Para tanto o presidente do BNDES aposta na ampliação dos programas de requalificação dos trabalhadores e de gestão da indústria. “A produtividade daqui pra frente deve subir de forma muito mais firme. Acredito que tanto o programa de requalificação dos trabalhadores, quanto o programa de reequipamento da indústria, o programa de avanço na gestão da estrutura empresarial, principalmente, para as empresas de médio e pequeno porte é essencial para uma consistente subida do nível de produtividade da indústria brasileira. Essa é uma altíssima prioridade para todos nós para assegurar o desenvolvimento do país”, afirmou.
Assessoria de Imprensa do senador
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Artigo: Êxito no futuro depende de boa gestão no presente, aponta Aécio Neves.
AÉCIO NEVES
Bens coletivos
A reflexão sobre a utilização dos recursos naturais do planeta traz em si a gênese de grandes questões contemporâneas: a qualidade da gestão pública, o imperativo da inovação e a necessidade de uma nova ética capaz de responder aos desafios colocados para toda a humanidade.
Nada menos que 55% dos nossos 5.565 municípios poderão ter deficit de abastecimento de água já em 2015, entre eles grandes cidades brasileiras. Os números constam de um trabalho da ANA (Agência Nacional de Águas) e demonstram que esse percentual representa 71% da população urbana, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.
É uma projeção surpreendente. Num cenário de escassez mundial, o desperdício da água retirada no país chega a 40%, mesmo percentual de perda nos sistemas de distribuição urbana, sendo que em algumas cidades, segundo dados da ANA, esse patamar chega a 80% da água distribuída.
Esses dados tornam-se ainda mais graves em face dos desafios coletivos globais. Na aritmética civilizatória, que cresce em proporção e velocidade alucinantes, a realidade é dramática. Dos 7 bilhões de pessoas que praticamente somos hoje, 4 bilhões estão aprisionadas em bolsões de pobreza, grande parte com acesso restrito a serviços públicos básicos. Segundo a ONU, mais de 1 bilhão de pessoas vivem sem acesso à água potável.
O dado de acesso à água é concreto, mas também simbólico e só pode ser compreendido dentro de um contexto de desafios maiores. Para que 4 bilhões de pessoas possam, de fato, emergir para um novo patamar de vida, teríamos que multiplicar por muitas vezes a produção econômica mundial.
As contradições do nosso tempo são gritantes: se todos os 7 bilhões tivessem o mesmo padrão de consumo das populações mais ricas, seriam necessários pelo menos três planetas para nos sustentar!
Nesta equação da sustentabilidade, inovação é a palavra-chave. Não apenas na gestão das políticas públicas e na busca por novos modelos de manejo de bens naturais coletivos. Não apenas dos padrões de produção e consumo. É inadiá-vel uma revisão dos padrões éticos que regem hoje a humanidade. É preciso que partilhemos de forma consciente a responsabilidade uns pelos outros, garantindo o respeito pelas pessoas, independentemente do local em que vivam.
De alguma forma, já tateamos novos caminhos, como os que pontuam a economia criativa, os princípios do comércio justo e as alavancas do microcrédito, capazes de criar uma nova lógica onde antes tudo parecia impermeável.
Cada vez mais sustentabilidade e solidariedade precisarão caminhar juntas. A cooperação não deve ser só escolha pela sobrevivência, mas opção pela dignidade humana.
Nada menos que 55% dos nossos 5.565 municípios poderão ter deficit de abastecimento de água já em 2015, entre eles grandes cidades brasileiras. Os números constam de um trabalho da ANA (Agência Nacional de Águas) e demonstram que esse percentual representa 71% da população urbana, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.
É uma projeção surpreendente. Num cenário de escassez mundial, o desperdício da água retirada no país chega a 40%, mesmo percentual de perda nos sistemas de distribuição urbana, sendo que em algumas cidades, segundo dados da ANA, esse patamar chega a 80% da água distribuída.
Esses dados tornam-se ainda mais graves em face dos desafios coletivos globais. Na aritmética civilizatória, que cresce em proporção e velocidade alucinantes, a realidade é dramática. Dos 7 bilhões de pessoas que praticamente somos hoje, 4 bilhões estão aprisionadas em bolsões de pobreza, grande parte com acesso restrito a serviços públicos básicos. Segundo a ONU, mais de 1 bilhão de pessoas vivem sem acesso à água potável.
O dado de acesso à água é concreto, mas também simbólico e só pode ser compreendido dentro de um contexto de desafios maiores. Para que 4 bilhões de pessoas possam, de fato, emergir para um novo patamar de vida, teríamos que multiplicar por muitas vezes a produção econômica mundial.
As contradições do nosso tempo são gritantes: se todos os 7 bilhões tivessem o mesmo padrão de consumo das populações mais ricas, seriam necessários pelo menos três planetas para nos sustentar!
Nesta equação da sustentabilidade, inovação é a palavra-chave. Não apenas na gestão das políticas públicas e na busca por novos modelos de manejo de bens naturais coletivos. Não apenas dos padrões de produção e consumo. É inadiá-vel uma revisão dos padrões éticos que regem hoje a humanidade. É preciso que partilhemos de forma consciente a responsabilidade uns pelos outros, garantindo o respeito pelas pessoas, independentemente do local em que vivam.
De alguma forma, já tateamos novos caminhos, como os que pontuam a economia criativa, os princípios do comércio justo e as alavancas do microcrédito, capazes de criar uma nova lógica onde antes tudo parecia impermeável.
Cada vez mais sustentabilidade e solidariedade precisarão caminhar juntas. A cooperação não deve ser só escolha pela sobrevivência, mas opção pela dignidade humana.
Assessoria de Imprensa
Um giro pelo Planalto: Governo lança programa "Melhor em Casa" para ampliar atendimento domiciliar do SUS.
A presidenta Dilma Rousseff lançou hoje (8) o programa Melhor em Casa, com o objetivo de ampliar o atendimento domiciliar do Sistema Único de Saúde (SUS). A meta do governo federal é que, até 2014, o programa tenha mil equipes de atenção domiciliar e 400 de apoio atuando em todo o país, informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
A expectativa é que os investimentos cheguem a R$ 1 bilhão, que serão utilizados no custeio e manutenção dos serviços, como na compra de equipamentos e remédios. Em 2011 já serão repassados R$ 8,6 milhões aos estados e municípios.
Segundo o ministro, cada equipe multidisciplinar será formada prioritariamente por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas e poderá atender, em média, 60 pacientes por mês. O objetivo é levar atendimento médico às casas de pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica.
“Todos os municípios que tiverem cobertura do Samu e que tiverem uma retaguarda hospitalar que tenha pelo menos 60 leitos e UTI – que esse é o critério fundamental – poderão aderir ao Melhor em Casa”, destacou Alexandre Padilha.
Outra novidade apresentada pelo ministro é a isenção da tarifa de luz para pacientes do Saúde em Casa que precisarem de equipamentos que necessitam de energia elétrica. Para ter direito à isenção total na tarifa de eletricidade, a família deve estar inscrita no Cadastro Único do governo federal para programas sociais. A isenção será pelo período em que o paciente necessitar dos equipamentos.
SOS Emergências -- O governo lançou ainda uma ação estratégica para melhorar a gestão e o atendimento nos 40 maiores prontos-socorros brasileiros. Inicialmente, o SOS Emergências será implantado em 11 hospitais que possuem mais de 100 leitos, tem pronto-socorro e realizam grande número de internações e atendimentos ambulatoriais por dia.
Cada um desses hospitais receberá, anualmente, R$ 3,6 milhões do Ministério da Saúde para custear a ampliação e qualificação da assistência da emergência. Também poderão receber individualmente até R$ 3 milhões para aquisição de equipamentos e realização de obras e reformas na área física do pronto-socorro.
“Sabemos que ofertar o alívio imediato ao sofrimento pode ser decisivo para a vida da pessoa e, por isso, essa é uma ação inovadora. Mapeamos as principais urgências do país, pela importância da rede, atendimento, cobertura da população e o fato de serem decisivos no momento mais crítico de salvar uma vida”, enfatizou o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O SOS Emergências deverá funcionar articulado com os demais serviços de urgência e emergência que compõem a Rede Saúde Toda Hora, coordenada pelo Ministério da Saúde e executada pelos gestores estaduais e municipais em todo o país. Esses serviços englobam o SAMU 192, UPAS 24 horas, Salas de Estabilização, serviços da Atenção Básica e Melhor em Casa.
Cássio Cunha Lima é empossado senador da República
Brasília – Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) é o mais novo senador da República. Ele tomou posse nesta terça-feira (8). O parlamentar prestou juramento e, de imediato, iniciou suas funções no Senado, com a participação na votação para o Conselho Nacional do Ministério Público.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), convocou Cunha Lima para a mesa diretora do Plenário e, instantes após a assinatura do termo de posse, confirmou a nomeação: “declaro empossado o senador Cássio Rodrigues da Cunha Lima”.
Cássio Cunha Lima foi eleito para o cargo no ano passado, com mais de 1 milhão de votos. Dias antes de sua diplomação, sua candidatura foi cassada pela Justiça Eleitoral. Sua vaga no Congresso foi ocupada por Wilson Santiago (PMDB). O Supremo Tribunal Federal determinou, em outubro, que Cunha Lima fosse conduzido ao cargo.
“A posse de Cássio Cunha Lima nada mais é do que um ato de justiça. E o principal beneficiário é o povo paraibano, que o elegeu com votação expressiva e agora terá um representante à sua altura”, declarou o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE).
Surpreendentemente, Lupinho dá uma demonstração de força: "Só saio abatido a tiro"

Ontem afirmávamos que o modelo de presidencialismo de coalizão adotado no Brasil vem colocando todos os partidos, inclusive, tradicionais agremiações de esquerda, como o PT, PCdoB e PDT, na vala comum da corrupção. Há lideranças do PDT bastante incomodadas com o que vem ocorrendo na pasta do Ministério do Trabalho, comandada por Carlos Lupi, o Lupinho. Há, inclusive, um movimento de alguns congressistas no sentido de que ele peça demissão da pasta e, possivelmente seja substituído por outro pedetista, de preferência Brizola Neto, que almeja aquele posto já faz algum tempo. A pasta do trabalho virou um imbróglio de dimensões gigantescas no Governo Dilma. A presidente tem arestas com o seu titular desde a votação do salário mínimo estipulado pelo Planalto, quando Carlos Lupi não conseguiu controlar a bancada do partido, permitindo que alguns parlamentares votassem na proposta de um salário mínimo maior. Depois pipocaram denúncias de corrupção na pasta, levando o Planalto a delegar algumas de suas atribuições à Secretaria-Geral da Presidência da República, comandada pelo ministro Gilberto Carvalho, este sim tratado por Dilma como “Gilbertinho”. O Planalto também cogita fundir as duas pastas, a da Previdência e a do Trabalho. Em síntese, há um quadro de profundo desgaste para Carlos Lupi naquela pasta, sendo prudente Dilma procurar um instrumento melhor para cortar a cana, mas não deixar de fazê-lo. Ontem Lupinho se comparou à cana de canavial, dessas que nem facão consegue cortar. A impressão que eu tenho é que ele não foi muito feliz nessa analogia, mas isso não importa. O fato é que sua gestão, depois das denúncias e do desgaste natural, está profundamente comprometida, não restando outra alternativa a presidente, que espera, tão somente, o momento mais adequado, quem sabe na reforma ministerial do próximo ano. Salvo algumas raras exceções, como o senador Pedro Taques, parte desse grupo do PDT que demonstra bastante desconforto com o “enxovalhamento” do partido estão mesmo é interessados no cargo de Lupinho.
Nota do Editor: Depois do Procurador da República afirmar que não havia indícios suficientes para envolver o ministro Carlos Lupi com as denúncias de falcatruas em convênicos daquela pasta, a bancada do PDT - salvo alguns parlamentares que desejam investigações profundas - emprestaram solidariedade ao ministro, ameaçando, inclusive, abandonar a base de sustentação caso ele seja afastado.
A candidatura de Fernando Bezerra Coelho torna-se uma possibilidade real.
Tem sido curiosa a movimentação das peças do PSB, leia-se, sobretudo, Fernando Bezerra Coelho e Eduardo Campos, em torno das eleições do Recife em 2012. Depois de uma longa conversa com o governador, FBC liga para o prefeito para cumprimentá-lo pela idade nova. O gesto poderia ser entendido como uma simples formalidade, não fosse o seu interesse em conversar com o prefeito sobre o Recife e, certamente, sobre as eleições do próximo ano. Por outro lado, ao iniciar o processo de discussão sobre seu posicionamento em relação ao pleito de 2012, o PTB elegeu Fernando Bezerra Coelho como um dos interlocutores mais privilegiados. Motivos para acreditar em “lances” mal ensaiados nesse tabuleiro são o que não faltam. Nos últimos dias FBC vem dando todas as demonstrações de que será candidato do PSB à Prefeitura da Cidade do Recife, compondo a tecitura das costuras presidenciais do governador Eduardo Campos. Conforme afirmamos muito antes, aliados e potenciais aliados como o PSD e PSDB estão, hoje, mais afinados na orquestra de Eduardo do que o próprio PT.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Lupinho antecipa que é como cana de canavial. Não sai nem com facão.
Nas nossas andanças pela região do Brejo paraibano, uma região das mais encantadoras, pois reúne história, gastronomia, belas paisagens e um friozinho arretado, tomamos conhecimento que alguns produtores artesanais de cachaça possuem um verdadeiro ritual para retirar a cana do canavial e levá-la até a moagem, para a fabricação da marvada. Pois bem, hoje, o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o Lupinho, comparou-se à cana de canavial, afirmando que nem facão consegue tirá-lo do eito, no caso, o Ministério do Trabalho. As denúncias contra o Ministério do Trabalho são graves e já estavam sendo apontadas muito antes dos escândalos do Ministério do Esporte, que derrubaram o ministro Orlando Silva. O que a imprensa publicou no último final de semana, uma espécie de propinoduto naquela pasta, é apenas a cereja de um bolo de falcatruas envolvendo ONGs com convênios assinados com o Ministério. Trata-se de um sistema político corrompido, onde se observa, nitidamente, a apropriação de nacos do Estado pelos partidos que dão suporte à governabilidade. Esses dutos podem estar consubstanciando o patrimônio material de alguns picaretas, mas provocando uma erosão sem tamanho no patrimônio ético dessas agremiações de esquerda. Conforme dizia o “garganta profunda”, testemunha chave durante as investigações do Escândalo Watergate, que provocou a renúncia do presidente Richard Nixon, se seguirmos o dinheiro, eles vão parar na famigerada “caixinha” para financiamento de campanha. O senador Pedro Taques, o touro indomável, que já mereceu tantos elogios aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com, ontem foi cobrado insistentemente pelo microblog twitter em razão de sua filiação ao partido de Brizola, o PDT, que felizmente morreu antes de ver essas esculhambações. Quanto ao "cana de canavial", ele só não cai se Dilma resolver preservá-lo até a reforma ministerial prevista para o início do próximo ano.
Raul Jungmann: Hoje, no Recife, o PSB faz oposição a João da Costa.
Em entrevista concedida ao Diário de Pernambuco, o ex-Deputado Federal, Raul Jungmann, pela primeira vez, de uma maneira bastante franca, fala sobre os acordos celebrados nas eleições de 2010, onde concorreu a uma vaga ao Senado Federal na chapa encabeçada por Jarbas Vasconcelos. Naquela ocasião, Raul teria uma vaga praticamente certa para a Câmara Federal, mas foi ao sacrifício, segundo ele, sabendo dos riscos que correria em ralação ao apoio prometido pelo Presidente Nacional do PSDB, Sérgio Guerra, de que o apoiaria como candidato à Prefeitura da Cidade do Recife em 2012, para ganhar ou para perder. Conforme antecipávamos aqui pelo http://blogdojolugue.blogspot.com, o acordo não seria cumprido, mas, de acordo com suas palavras, isso não o deixou magoado. Raul lembra bem que sempre prestou grandes serviços aos tucanos. Isso é verdade. Foi ministro de FHC por oito anos e tornou-se amigo do ex-presidente. Fernando Henrique Cardoso costumava dizer que Raul Jungmann era o ministro que mais defendia o seu Governo. O mais importante de sua entrevista, no entanto, é sua análise sobre a conjuntura política de Pernambuco, Recife em particular, onde, aponta o PSB, hoje, como oposição ao prefeito João da Costa. De acordo com Raul, ao permitir os desarranjos na Frente Popular, o governador Eduardo Campos já teria tomado os antídotos políticos necessários para os seus projetos nacionais, conforme enfatizamos em nosso último artigo, publicado aqui no blog.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Lula fica irritado com os números apresentados pelo IDH da ONU.
Mesmo doente, Lula teria ligado para o Planalto, precisamente para “Gilbertinho” – um dos seus últimos homens de confiança na cúpula do Governo Dilma Rousseff – para reclamar dos dados apresentados pelo ONU, sobre o IDH, que aponta o Brasil na posição de 84º, o que Lula discorda. São inegáveis os avanços sociais conquistados nos Governos Lula, mas a ONU não se equivocou quanto aos números que foram divulgados. Isso, em absoluto, depõe contra o seu Governo, sabidamente sensível aos problemas dos mais empobrecidos. Os avanços, no entanto, são graduais, os números não aparecem do dia para a noite, sobretudo em se tratando de um país historicamente marcado por uma grande concentração de renda. O melhor que Lula tem a fazer é ter um pouco de paciência, cuidar de seu problema de saúde e regarregar as baterias para continuar sua luta em favor dos desfavorecidos. Saúde, presidente!
Agnelo Quieroz demite toda a cúpula da Polícia Civil de uma canetada só. Não gostou do vazamento dos grampos.
Ontem, duas notícias sobre a Polícia Civil do Distrito Federal nos remeteram a uma certa preocupação. Uma delas dizia respeito à convocação de policiais civis – que estiveram envolvidos em investigações sobre desvios de conduta no Ministério do Esporte – para a assessoria do governador petista Agnelo Queiroz. Logo em seguida, uma outra bomba. De uma canetada só Agnelo Queiroz demitiu toda a cúpula da Polícia Civil de Brasília, alegando tratar-se, tão somente, de uma ação rotineira, mesmo quando dezenas de policiais foram afastados de sua função. 50 ao todo, a maioria delegados que exerciam cargos de chefia. Como se sabe, a relação do governador com o policial que denunciou as supostas irregularidades são muito próximas, levantando suspeitas sobre possíveis envolvimentos em irregularidades e articulações deliberadas de prejudicar o camarada comunista que o sucedeu no Ministério, Orlando Silva. Quando surgiram as denúncias que acabaram com a vida pública do governador Arruda, costumávamos brincar pelo microblog twitter – sobretudo em razão das opções de nomes possíveis para suceder José Roberto Arruda - todos envolvidos nos esquemões de corrupção da capital federal - que, em Brasília, todos pareciam gostar de panetone. Agnelo, infelizmente, parece que não foge à regra. Os grampos autorizados pela Justiça revelam diálogos íntimos e comprometedores entre ele e o policial que denunciou Orlando Silva.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Sérgio Guerra se mexe muito, Jarbas. Nao fica bem na foto.
Já faz algum tempo que se discute a reaglutinação das forças de esquerda em Pernambuco. Precisamente o que restou delas. O problema começa em identificar quem são essas forças de oposição no Estado, onde o rolo compressor do Palácio do Campo das Princesas, demonstra ter cindido profundamente esses redutos. Já afirmamos num artigo recente que o ator político com a maior margem de manobra no Estado é o governador Eduardo Campos que pode contar, inclusive, com dissidências expressivas dos redutos ditos oposicionistas para se contrapor aos desarranjos em seu núcleo mais forte de sustentação política,a Frente Popular. Aluno da primeira fila da Escola do “macielismo”, André de Paula levou para jantar no Palácio do Campo das Princesas uma penca de Democratas. Hoje os jornais locais estampam matéria sobre uma possível reaproximação entre Jarbas Vasconcelos e o deputado federal Sérgio Guerra, Presidente Nacional do PSDB. Com uma verve política apurada, o ex-presidente Jânio Quadros afirmava que política era como fotografia, ou seja, quando se mexe muito a foto não sai bem. Essa lição de Jânio pode ser aplicada no caso da definição do nome do PT para concorrer à Prefeitura do Recife no pleito de 2012 e,certamente, ao ator político mais versátil da cena política pernambucana, Sérgio Guerra. Os colunistas de política comentam que ambos, Sérgio Guerra e Jarbas Vasconcelos, já estariam se falando, depois dos desentendimentos provocados nas eleições de 2010. Ontem, em tom de brincadeira, afirmamos que considerávamos essa hipótese muito remota, uma vez Sérgio Guerra, no Estado, não representa absolutamente nenhuma oposição ao Palácio do Campo das Princesas. Apenas formalmente pertence a um partido que, em tese, faria oposição ao Governo Dilma e, consequentemente, a Eduardo Campos no Estado. A melhor estratégia para a oposição, de fato, no Estado de Pernambuco, além de procurar celebrar a unidade de ações, é procurar aproximar-se dos atores políticos que podem aprofundar o incipiente processo de desintegração da Frente Popular. Sérgio Guerra se mexe muito. Não fica bem na foto.
Poder de Gilberto Carvalho incomoda aliados.
Comenta-se que o poder e a desenvoltura do Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o “Gilbertinho”, como é tratado pela presidente Dilma, vem incomodando muito gente em Brasília. De acordo com os queixosos, Gilberto Carvalho se mete em tudo. O colunista da Folha de São Paulo, Josias de Souza, informa que na capital federal existem apenas duas possibilidades: Quem nao busca o poder erra a mira, quem só busca o poder vira mira. É o que está ocorrendo com Gilberto Carvalho, que vem assumindo gradativamente maiores poderes – estimulados por Dilma – e assumindo um comportamernto de muita soberda, característica de quem o poder sobe à cabeça. De acordo com seus críticos, Gilberto estaria incorportando o espírido de José Dirceu e Antonio Palcocci. Cuidado, Gilbertinho, todos caíram. Acrescente-se a isso o fato de Gilbertinho ter sido um dos últimos remanescentes do Lulismo, que Dilma Rousseff ainda preserva no Planalto.O último a cair foi Orlando Silva, ministro do Esporte.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Fernando Haddad foi salvo pela doença de Lula.

Sempre afirmamos que a gestão de Fernando Haddad no Ministério da Educação foi uma das mais exitosas dos últimos anos, apontando aspectos das políticas educacionaias que o credenciaram a esta condição. O ENEM, no entanto, desde o Governo de Ferrnando Henrique Cardoso apresenta alguns problemas em sua operacionalização, repercutinho muito mal entre a população e, consequentemente, causando desgaste a qualqeur Governo. Depois das provas que sumiram da gráfica, Dilma teria advertido Fernando Haddad de que não mais toleraria qualquer problema com o exame. Mais uma vez, no entanto, os problemas ocorreram, desta vez no Estado do Ceará, onde o Ministério Público já teria pedido a anulação das 13 questões que vazaram. A dinâmica dos fatos políticos salvaram Haddad da forca: O anúncio da doença de Lula e a desistência da candidatura de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo.
Marta Suplicy, pressionada, desiste de candidatura à Prefeitura de São Paulo.
Embora esboçando uma luta tenaz no sentido de que o partido levasse o imbróglio até as últimas conseqüências – que, neste caso, seriam as prévias – o http://blogdojolugue.blogspot.com , como sempre muito antes dos outros, informou que havia um pouco de jogo de cena nesse processo, pois a senadora havia sondado o Planalto sobre as “compensações” em caso de sua desistência, limpando o terreno para o Ministro da Educação, Fernando Haddad, candidato preferencial de Lula. Depois de muitas chafurdações em torno do tema, a cúpula do PT entendeu que a melhor pessoa para pedir a Marta que desistisse da candidatura seria a presidente Dilma Rousseff, numa conversa de mulher para mulher. Ontem, teria ocorrido essa conversa e a senadora Marta Suplicy – em pleno inferno astral do Ministro Fernando Haddad - anuncia que estaria abdicando de sua candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2012. Comenta-se nos bastidores que os pedidos foram de ambas as partes, numa conversinha de pé de ouvido, típico dos segredinhos entre mulheres.
ENTÃO, POR QUE SAIU?
Por Carlos ChagasCertas coisas, só no Brasil, onde tudo pode acontecer, segundo mestre Gilberto Freire, para quem o Carnaval ainda acabaria caindo numa Sexta-Feira Santa. Espantou-se quem assistiu a solenidade de posse de Aldo Rebelo e, depois, a transmissão do cargo por Orlando Silva. Tanto no palácio do Planalto quanto no ministério dos Esportes, o ex-ministro foi a figura central.
A presidente Dilma Rousseff, discursando, lamentou a saída e disse perder um colaborador excepcional. Aldo Rebelo foi adiante, acentuando ser o antecessor uma vítima inocente. Renato Rabelo falou em campanha sórdida. Funcionários lembraram ser o ex-ministro um cidadão maravilhoso e espetacular.
Ora bolas, então por que Orlando Silva saiu? Ele mesmo, nas duas solenidades, exaltou a própria inocência. Recebeu emocionado abraço de Dilma, cumprimentos efusivos do sucessor e calorosos apertos de mão de todos os ministros presentes.
Não teria sido mais lógico que permanecesse, acrescendo que até o seu partido, o PC do B, mereceu loas generalizadas da presidente e dos demais presentes? São fenômenos que a vã filosofia não explica.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Permanece o calvário dos Democratas. ACM pode deixar o partido para candidatar-se à Prefeitura de Salvador.
Agripino Maia e outros grandes Democratas tentam fazer o possível para evitar a sangria do DEM, mas a luta vem se tornando inglória. Na maior trincheira dos Democratas no país, o Estado do Rio Grande do Norte, onde o partido fez a governadora nas últimas eleições e manteve Agripino no Senado Federal, o vice-governador, Robinson Faria, acabou rompendo com Ciarline e filiando-se ao PSD, o maior inimigo dos Democratas. Na Bahia, comenta-se que o deputado ACM Neto, hoje muito próximo a Geddel Vieira, estaria se preparando também para deixar a legenda. Na Bahia, a oposição tentar unir todos os esforços para desbancar a hegemonia que vem sendo conquistada pele governador Jaques Wagner(PT), que hoje não deixa nada a dever ao poder do ex-babalorixá ACM, num passado recente. É incrível como em política é sempre uma oligarguia sucedendo a outra, confirmando as teses do sociólogo alemão Robert Michels.
Nas eleições de 2012, a cidade das chaminés e dos eucaliptos deve manter-se socialista.
Paulista, na Região Metropolitana Norte do Recife, é uma cidade de disputas políticas bastante acirradas. Historicamente, disputavam o poder naquele município duas grandes famílias, os Cunha Primo e os Pinho Alves, que eram ligados a Arraes. Gradativamente, essas famílias foram se afastando da política, com os Pinho Alves, eventualmente, tentando recuperar o espólio político da família, mas sem sucesso. O patriarca do clã, Dr. Geraldo Pinho Alves, morreu como prefeito de Paulista. Hoje, essa polarização permanece, mas muito diluída em diversos grupos com atuação política naquele município. Na sua maioria forasteiros – esse termo vai pegar nas eleições de 2012 - como Antonio Speck, Ives Ribeiro, Sérgio Leite, entre outros. Numa das eleições, vencida por Ives Ribeiro (PSB), a diferença entre os mais votados foi tão apertada que levou Speck a solicitar a recontagem dos votos. Speck é responsável por uma consulta ao STF sobre a legalidade da condição de prefeito itinerante de Ives Ribeiro. Em 2012, há a previsão de mais um clássico, desta vez entre os atores da própria Frente Popular. Por um lado, Júnior Matuto, candidato do PSB apoiado por Ives. Do outro lado, Sérgio Leite, do PT, que considera aquela cidade estratégica para os seus planos de crescimento. Vereador, com uma penetração substantiva na periferia, Júnior deverá compor a chapa com um comunista, o vereador Jorge Carrero. Já faz algum tempo que Sérgio Leite tenta se afirmar politicamente no executivo daquela cidade, mas acreditamos que os seus planos de assumir a prefeitura da cidade das chaminés deverá ser adiado mais uma vez. Paulista deve seguir a orientação de Ives Ribeiro, mantendo a cidade como um reduto socialista na região metropolitana. O partido passa por um processo de "metropolitanização" e pretende ocupar maiores espaços na região nas eleições de 2012.
Posições de Sérgio Guerra gera insatisfações no ninho tucano.

Já produzimos algumas postagens e um artigo – ainda não publicado – sobre o Deputado Federal Sérgio Guerra. Hoje talvez seja ele o ator mais versátil da cena política pernambucana, dada a facilidade em interpretar inúmeros papéis. Por vezes, num único espetáculo. Até mesmo atores políticos experientes como Jarbas Vasconcelos e Raul Jungmann, embarcaram em sua capacidade persuasiva. Suas meninas dos olhos hoje são o governador Eduardo Campos e o senador Aécio Neves. Em artigo recente alertamos que os seus passos não podem ser observados apenas sobre o que acontece na sede do PSDB, no pequenino bairro do Derby, hoje muito mais voltada às reflexões acadêmicas e um pouco distante do pulsar das ruas. Na política local, ele já teria alinhavado alguns acordos com o Palácio do Campo das Princesas e, no plano nacional, recentemente, ouvi comentário de que ele teria assegurado que Eduardo Campos é candidato ao pleito nacional de 2014, algo que nem os súditos mais fiés do governador ousaram confirmar. No PSDB, suas posições francamente favoráveis ao senador mineiro, Aécio Neves, estão gerando algumas críticas por parte de alguns fiés escudeiros do serrismo ainda existente, como o senador Aloísio Nunes, que reclama da ausência de reuniões da Executiva Nacional do Partido.
Paulista foi a cidade que mais gerou empregos na última década, segundo Veja.
A revista Veja desta semana faz um registro que o editor do blog não poderia deixar passar sem fazer alguns comentários. Já observamos aqui que, preocupado em equilibrar o desenvolvimento do Estado em suas diversas microrregiões, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vem empreendendo todos os esforços para dotar a região da Mata Norte de padrões de desenvolvimento comparáveis a pólos como SUAPE. Na esteira desse processo, já raciocinando numa perspectiva do projeto nacional, Eduardo ajuda o companheiro Ricardo Coutinho, governador do Estado vizinho, do seu partido. Há vários investimentos previstos, como a montadora da FIAT em Goiana, a reativação da fábrica do Cimento Poty, em Paulista, que já estaria operando. Esses investimentos não estão deixando de ser acompanhados de obras de infraestrutura e de qualificação da mão-de-obra. Em Paulista, por exemplo, no antigo campo de aviação utilizado pela família Lundgren, será construída uma Escola Técnica. Dentro dessa mesma linha editorial da revista, no último ano, a cidade de Igarassu, também na Mata Norte, foi apontada como uma das melhores cidades para se investir. Agora a revista aponta Paulista como a cidade que mais gerou emprego na última década, evidenciando que o Governo do Estado, ao fitar os olhos naquela região, apenas segue uma tendência que já vinha se evidenciando. Com a transferência do domicílio eleitoral do Deputado Estadual Aloísio Lessa para a cidade de Goiana, Eduardo introduz um fato novo na política do Estado: a exportação de bons gerentes e tocadores de obras, permitindo que as diversas microrregiões acompanhem o mesmo ritmo de crescimento observado no Estado como um todo. As últimas administrações de Goiana foram um fiasco. Até mesmo o patrimônio histórico vive sob completo abandono, como leitor observou em matéria recente da Rede Globo Nordeste. Como viajava àquela cidade frequentemente com os alunos, podíamos observar, in loco, o grau de exclusão de estratos da população local, como a residente na comunidade quilombola de São Lourenço, segundo dizem, remanescente do antigo Quilombo do Catucá, onde "traçávamos" um pirão de caranguejo de dar água na boca.
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