pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : grupos milicianos
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sábado, 1 de junho de 2024

Editorial: Um exército de milicianos armados atuando no Rio de Janeiro.

 


Os números relativos a influência ou atuação das milícias no Rio de Janeiro são cada vez mais preocupantes. 60% do território já está sob o controle de grupos milicianos na capital e segundo o Mapa Histórico dos Grupos Armados isso representa uma população de 4,4 milhões de pessoas que residem em território sob a hegemonia desses grupos. Anda circulando na internet um vídeo com um dado ainda mais preocupante. Neste vídeo existe a informação de que, segundo avaliação da Inteligência da Polícia Civil, um exército de 56.600 homens armados defendem os interesses desses grupos milicianos com a atuação na cidade. 

Quando se fala em grupos armados, neste caso, entenda-se pessoas portando armamentos pesados como os fuzis que aparecem na foto acima. É este verdadeiro exército que as políciais militar e Civil do Estado precisam enfrentar para garantir o ordenamento institucional da segurança pública. O número de homens armados a serviço dos traficantes e milicianos chega a ser próximo ao mantido por exércitos regulares, a exemplo do Exército de Portugal. 

Sabe-se que esses grupos atuam como holding, com ramificações internacionais, o que talvez explique a facilidade com que tem acesso a esses armamentos pesados, que entram no país por diversos meios, inclusive sob a conivência de agentes públicos cooptados, que desviam armas regulares das unidades onde atuam. Curioso que parte desses agentes públicos, quando afastados de suas funções, acabam se integrando a esses grupos, com os quais já estabeleciam tais cumplicidades. 

Pelo menos no caso do Rio, já chegamos muito perto de uma mexicanização, onde até agentes públicos formados nas forças especiais, depois de cooptados por atrativas remunerações, acabam prestando serviços aos traficantes locais. Quando se analisa a quadra política, o problema torna-se ainda mais complicado porque ali crime organizado e política se tornaram irmães siamesas. Já iríamos infocar aqui a questão dos grupos evangélicos, mas vamos deixar isso para uma outra oportunidade. É bronca demais para o sábado dos nossos leitores.  

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Editorial: Cláudio Castro pode ser o sétimo governador a perder o mandato no Rio de Janeiro.



O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro(PL-RJ) poderá ser o sétimo governador a perder o mandato naquele Estado. Esta estatística, per si, é uma evidência do descalabro que tomou conta da administração pública no Rio, um Estado onde os grupos milicianos conseguiram penetrar nas entrahnas mais recônditas do Aparelho de Estado, comprometendo irremediavelmente a engenharia política institucional republicana. Não vamos voltar por aqui a discutir os tentáculos desses grupos milicianos, tampouco inferir como eles agem, posto que tais fatos já são de conhecimento público. 

Possivelmente a referência mais elucidativa para entendermos esse fenômeno do poder conquistado por esses grupos milicianos talvez seja mesmo o enredo que envolveu a morte da ex-vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes, naturalmente, depois que o seu assassinado foi esclarecido pela Polícia Federal. As denúncias de irregularidades cometidas pelo governador Cláudio Castro, juntamente com um grupo de auxiliares, são bastante robustas. Uma vez comprovadas, haveria razões de sobra para afastá-lo do cargo.  

O relator do caso, representando o TRE-RJ, recomendou o seu afastamento do cargo. Se a maioria dos juízes seguirem seu raciocínio, teremos mais um governador a deixar o cargo no Estado. Infelizmente, não é díficil saber o que virá pela frente. Quando esses grupos do crime organizado passam a ter forte influência sobre o núcleo duro do Estado, lamentavelmente, não se pode manter uma expectativa positiva. Não seria por mero acaso que este já seria o sétimo governador a deixar o cargo.