terça-feira, 31 de janeiro de 2023
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
Editorial: O equilíbrio instável de José Múcio Monteiro no Ministério da Defesa.
Conhecedor da enorme capaciadade de articulação política do pernambucano José Múcio Monteiro, o presidente Lula fez questão que ele assumisse a pasta da Defesa, num momento político dos mais delicados para o país, mergulhado numa crise institucional sem precedentes. Diante das atuais circunstâncias políticas, fazia um bom tempo que o Ministério da Defesa ostentava um status tão elevado e aos mesmo tempo estratégico. Talvez por isso se tornaram tão recorrentes as notícias sobre o que se passa naquela pasta, o que exige cautela sobre a sua veracidade. Outros fatos, no entanto, são públicos, protagonizados pelos próprios atores, como a obra de engenharia política arquitetada para demitir um comandante militar mais recentemente ou mesmo os relatórios comprometedores da FUNAI sobre a atuação dos militares em terras indígenas.
Admiro bastante as pessoas com tal capacidade de conciliação, talvez porque não seja bem este o nosso caso. Transigir nunca foi o nosso forte. Quando perdeu a eleição para o Governo do Estado de Pernambuco para o ex-governador Miguel Arraes, José Múcio logo virou a página, tornando-se um ator político de projeção nacional. Como Ministro da Defesa, José Múcio tem o nosso respeito, admiração e uma torcida enorme para que ele consiga serenar os ânimos na caserna - reposicionando os militares aos seus estritos deveres constitucionais - assim como criar as condições que permitam que as instituições democráticas cumpram o seu papel, evitando flertes com o autoritarismo.
Vamos aqui, no entanto, fazer duas ponderações críticas. Recentemente o ministro deu uma declaração afirmando que as Forças Armadas estavam completamente pacificadas. Embora tenhamos obtidos avanços inegáveis neste sentido, não há indicadores seguros para se fazer tal afirmação. Na realidade, as Forças Armadas passaram por um processo sistemático de politização durante os últimos quatro anos. Depois, por razões óbvias, existem amplos segmentos simpáticos ao bolsonarismo nos quartéis. Leva algum tempo para que se atinge o ponto ideal. Outro aspecto tem sido a dificuldade de José Múcio no sentido de tomar atitudes mais rígidas em relação aos militares, o que significa que ele se encontra num estágio em que evita, a todo custo, melindrar seus subordinados. Pressionado pelo Governo para os "avanços", ele ainda se sente "inseguro", o que o deixa numa situação de equilíbrio instável como se diz em Ciência Política.
domingo, 29 de janeiro de 2023
Editorial: Paulo Câmara deixa o ninho socialista.
A informação, segundo dizem de fonte segura, está sendo veiculado pelo blog do Tião Lucena, na Paraíba. Fazemos aqui a ressalva para não cairmos em barrigas ou divulgamos fake news. Nesses tempos bicudos, convém tomar as precauções necessárias. A notícia dá conta de um desligamento do ex-governador Paulo Câmara do ninho socialista, onde esteve no aconchego durante décadas. O fato concreto é que sua relação com determinados setores da agremiação vinha se deteriorando nos últimos anos. Não vamos aqui entrar nos detalhes, mas o jogo é pesado, com golpes abaixo da linha da cintura.
O presidente Lula, pessoalmente, empenhou-se em encontrar um espaço no futuro governo para o ex-governador, por quem tem uma grande estima. Os escaninhos da política apontavam até mesmo um ministério de ponta, com grande capilaridade e verbas, mas as negociações entre a cúpula da legenda e o Planalto acabaram por priorizar a indicação do ex-governador de São Paulo, Márcio França. A manobra rifou Paulo Câmara, que hoje poderia vir a ocupar um cargo no segundo escalão, possivelmente o Banco do Nordeste.
Ocorre, entretanto, que a diretoria do Banco está sendo pleiteado por vários caciques da legenda petista. Não há informações sobre os rumos políticos que o ex-governador deverá seguir daqui para frente. Paulo Câmara talvez ainda não saiba o que deseja, mas sabe perfeitamente que não havia mais clima para a sua permanência na legenda socialista. O desgaste vem se arrastando há um bom tempo. São feridas difíceis de cicatrizar, com maior probalidade de evoluir para uma gangrena. Não se sabe se tal movimento teria sido combinado com o Planalto, se e como ele poderia ser "acomodado" no futuro governo.
Editorial: Uma eleição crucial para a Presidência do Senado Federal.
A eleição para a Presidência do Senado Federal é crucial para a sociedade brasileira assegurar os avanços no que concerne à retomada do ambiente e dos espaços democráticos, criando um antidóto contra eventuais retrocessos autoritários. Entende-se perfeitamente o porque de a oposição ao Governo Lula estar jogando todas as suas fichas na eleição do ex-ministro do Governo Bolsonaro, Rogério Marinho, para a Presidência daquela Casa. Seria conquistar uma trinhciera de resistência contra o atual Governo Lula, assim como possibilitar investidas contra outros Poderes da República, com o propósito de atigir possíveis desafetos ou inimigos "públicos" do bolsonarismo.
No frigir dos ovos - como se diz aqui no Nordeste - seria um retrocesso político. As chances existem e, por elas existiram, ilustres atores do campo político conservador estão assanhados com tal possibilidade. A recondução do senador Rodrigo Pacheco para a presidência daquela Casa teria um significado que estrapola, em muito, a simples eleição de um parlamentar para uma Casa Legislativa. Ela torna-se fundamental para garantir os avanços civilizatórios.
Quando contingenciado - e as ocasiões não foram poucas - Pacheco demonstrou seus firmes e inquestionáveis compromissos com o processo democrático. O mineiro tem perfil para continuar no cargo, sobretudo nesses momentos de turbulências e crise institucional que enfrentamos. Já começaram, muito antes das eleições, a chamada contagem dos votos. Fulano tem tantos votos, Beltrano outros tantos. Não apostamos um tostão furado nessas especulações. Preferimos aguardar o resultado, mas fica evidente a nossa torcida.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
Editorial: O melhor antídoto antigolpe.
No Brasil, tudo parece ser muito confuso, pois os atores políticos, deliberadamente, costumam confudirem ou mesmo atropelarem os seus papéis. Até recentemente, o país enfrentou um sério problema com a assunção sobre um equivocado poder moderador a ser exercido pelos militares, assim como ficaria evidente a exagerada ingerência desses mesmos atores no tocante ao processo eleitoral. Mas, antes, é preciso dizer que todas essas "iscas" foram jogadas por um Executivo que tinha interesse em politizar o estamento militar, fazendo questão de militarizar a burocracia do Estado, que, aliás, deve estar dando um trabalho danado ao futuro governo, que pretende revalorizar os servidores civis, do quadro permanente e devolver os militares ao seu lugar de origem, ou seja, às funções da caserna.
O chamado pacote antigolpe, que está sendo discutido no dia de hoje, por razões óbvias, demorou a ser anunciado, possivelmente, para evitar lacunas ou mesmo melindrar certos segmentos. A prudência é sempre muito importante nessas ocasiões e o inteventor nomeado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, Ricardo Cappelli, vem cumprindo à risca um script que inclui senso de justiça, compromisso inquebrantável com a democracia e rigor no tocante às medidas adotadas contra os infratores ou golpistas. Seu objetivo é o de reestabelecer as estruturas democráticas comprometidas com as investidas golpistas do último dia 8 de janeiro, sem, contudo, ultrapassar os limites impostos pela Constituição Federal. Tudo está sendo feito dentro dos parâmetros legais.
Até recentemente, um comandante militar foi exonerado do cargo por quebra de hierarquia. Quem conhece tais nuances, sabe da obra de engenharia política necessária para se tomar uma decisão deste porte. Sylvio Frota, então comandade do Exército durante a Ditadura Militar, foi demitido num feriado na capital federal, quando seus subordinados estavam curtindo um churrasco com a família. Algo nos diz que tal estratégia pode ter sido obra do bruxo Golbery do Couto e Silva. Ele ainda se coçou, mas não tinha muito o que fazer, ressignando-se aos chinelos e ao pijama.
Cappelli anuncia hoje as medidas que serão adotadas pelo pacote antigolpe - como vem sendo chamado pela imprensa - o seu relatório. O que mais mais se comenta hoje no país é em relação às medidas que poderiam ser edotadas para se evitar novas ocorrências golpistas. Estão previstas medidas de reforço da segurança às instituições democráticas sediadas em Brasília; uma reestruturação dos serviços de inteligência e segurança do Estado; um olhar mais atento sobre o que ocorre nas redes sociais. Há muitos especialistas no assunto, mas, para este editor, vale a premissa do sociólogo francês Claude Leffort, quando afirma que uma democracia que não se amplia tende a morrer de inanição. O melhor antídoto antigolpe consiste em aperfeiçoar as instituições democráticas, criando um modelo de gestão pública onde a população veja suas demandas atendidas e possa creditar sua confiança no regime.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
Editorial: Esquadrinhando o ministério do futuro governo Lula.
O próprio Lula declarou recentemente que a formação do ministério tem sido uma tarefa mais complexa e trabalhosa do que a campanha eleitoral. Deve ter lá suas razões para fazer tais afirmações. Não é facil acomodar tantos interesses pessoais e de grupo em jogo; administrar egos inflados; proceder os ajustes na máquina para atender às demandas dos aliados novos e antigos. E ainda existe a composição de gênero e cor que, se não contemplada, pode produzir inúmeros ruídos, como o da precipitação de uma conhecida jornalista - quando ele ainda havia anunciado apenas seis nomes - de que haviam apenas homens na formação do ministério.
Mesmo criando uma penca de ministérios, e deixando apenas os partidos oposicionistas mais radicais de fora - caso do PL e PP - não pode-se dizer que a obra de engenharia política montada agradou a todo mundo. Ainda no dia de ontem, durante as negociações com o União Brasil, isso ficou evidente, quando a indicação de um parlamentar baiano da legenda foi vetada pelo PT daquele Estado. Entre os formadores de opinião a conclusao é a de que o núcleo duro do ministério é essencialmente petista, o que significa dizer que a tal frente ampla não passou de retórica de campanha.
De fato, sim. O núcleo duro de poder está nas mãos do partido ou de atores políticos da estrita confiança do morubixaba petista, como os ministérios da Casa Civil, Desenvolvimento Social, Relações Institucionais, Justiça, Fazenda e a liderança de partido no Senado Federal, uma missão que o baiano Jaques Wagner qualificou como uma das tarefas mais estratégicas da futura gestão. Por outro lado, para não dizer que há apenas críticas à formação do ministério por parte dos formadores de opinião, alguns nomes foram bastante festejados, como o do professor e pesquisador Sílvio Almeida, para a pasta dos Direitos Humanos; Camilo Santana para o Ministério da Educação - que levou com ele, na condição de secretária-executiva da pasta, Izolda Cela -; Anielle Franco, ativista e irmão da Marielle Franco, para a pasta da Igualdade Racial; A indígena Sônia Guajajara para Povos Indígenas; Nísia Trindade para a pasta da Saúde, com a difícil missão reerguer o SUS, bastante atingido pelo último governo. São nomes que, se colocarem o currículo em prática, podem produzir bons resultados de gestão para a administração pública do país. Estamos bastante otimista.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
Drops politico para reflexão: Montagem do ministério não agradou ao União Brasil e eles não integrarão base de apoio de Lula.
Parafrasenado o grande Machado de Assis - numa referência às ideias fixas, num dos seus romances - Deus te livre da montagem de um ministério, meu caro leitor. Quantos arranjos politicos e ajustes técnicos precisam ser feitos para conciliar interesses tão díspares. Parecia que as coisas andavam muito bem entre o presidente Lula e as lideranças do União Brasil, há um passo de fechar um acordo para integrar a base aliada. Agora, vem a notícia de que os nomes apresentados pela legenda foram recusados - há, inclusive, o veto do PT a um deputado baiano - e os nomes indicados não contam com o apoio da cúpula do partido, que já declarou que permancerá independente, votando com o governo apenas em pautas do interesse do pais, o que, como se sabe, não quer dizer muito coisa, dada a ausência de espírito público dos nossos representantes.
Drops político para reflexão: Com o União Brasil na base de apoio do governo Lula, qual o destino do senador Sérgio Moro?
Embora não se conheça os nomes que deverão integrar o fururo Governo Lula - na condição de indicados pelo União Brasil - já se sabe que a cota seria de três ministério e, possivelmente, outros mimos na burocracia da máquina estatal. Uma coisa é certa: faltaria apenas ajustar os ponteiros, pois a composição já está ajustada entre Lula e os caciques da legenda, entre os quais o jovem babalorixá ACM Neto. Em tais circunstâncias, a grande questão que se coloca é: Qual seria o destino do ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, eleito senador pelo Estado do Paraná? O PL, que seria uma opção mais plausível, até recentemente, entrou com uma ação que pedia a cassação do seu mandato. É complicado.
Drops político para reflexão: Deve sair hoje uma nova leva de ministros do futuro governo.
Está sendo aguardado para logo mais o anúncio de uma nova leva de ministros que deverão compor o futuro Governo Lula, como resultado de intensas negociações com sua base aliada. Para evitar as famosas "barrigas" preferimos não declinar os nomes de partidos como o PSD e o Uniao Brasil. Sobre o MDB, o martelo já foi batido e o prego encontra-se de ponta virada. Além da confusa engenhiaria institucional montada para acomodar a ex-senadora Simone Tebet no Ministério do Planejamento, Renan Filho, ex-governador de Alagoas, deve assumir o Ministério dos Transportes, enquanto Jáder Barbalho Filho deve ir para o Ministério das Cidades. Com isso, em tese, Lula salda sua dívida com a banda das oligarquias familiares regionais da legenda emedebista. Nos escaninhos da políticoa, comenta-se que o PV anda se queixando bastante por falta de espaço no futuro governo.
Editorial: Polícia Federal e Polícia Civil do Distrito Federal cumprem 32 mandados de busca e apreensão contra os arruaceiros de Brasília.
Ações dessa natureza, além de tomar medidas efetivas contra os malfeitores, cumprem, igualmente, um efeito pedagógico, mostrando que autoridades estão atentas contra os atos de transgressão da lei e da ordem pública. O cidadão preso em Brasília, como suspeito de atos terroristas, não escondeu, em nenhum momento, suas ligações com os acampados junto ao QG do Exército. Segundo comenta-se nos bastidores, ele já teria dado declarações se sentindo "abandonado", o que não seria uma surpresa. Haveria eventuais cúmplices, mas estes estão foragidos.
Num lampejo de lucidez - sim, isso é possível mesmo entre os bolsonaristas mais radicais - grupos acampados em Brasília estariam batendo em retirada para os seus locais de origem, cientes de que essas manifestações parecem ter chegado ao limite do insuportável. Até mesmo para eles. Dentro do escopo de uma democracia representativa, as regras são claras e o resultado do jogo eleitoral já está definido e homologado. Agora é lavar o Palácio do Planalto com sal grosso para receber os novos inquilinos; aguardar as baianas do Senhor do Bonfim para seu banho de rosas e cantos específicos para afastar os espíritos do mal. O momento é de desejar boa sorte ao futuro presidente Lula.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2022
Drops político para reflexão: Ministro Alexandre de Moraes proíbe o porte de armas no Distrito Federal por quatro dias.
Editorial: Os "ajustes" políticos para "acomodar" Simone Tebet no futuro governo Lula.
O problema talvez esteja no fato de que ela não está sozinha, tampouco conta com a simpatia como candidata do grupo hegemônico gravita em torno da figura de Lula e que chegou ao poder mais uma vez. Pelo andar da carruagem política, tudo indica que o nome que está sendo preparado para as eleições presidenciais de 2026 no núcleo duro petista é o do professor Fernando Haddad, futuro Ministro da Fazenda. Lula abriu vários links de interlocuções do Ministério do Planejamento com outros ministérios e órgãos do governo para permitir que a ex-senadora possa ter uma pepel mais efetivo na gestão.
No frigir dos ovos, colocá-la no Ministério do Planejamento não foi uma saída das melhores, sobretudo em razão das interlocuções necessárias e que precisam serem estabelecidas com o ministro Fernando Haddad. A ex-senadora é uma pessoa íntegra, correta, competente, bem-intencionada, mas não conseguirá aparar as arestas com setores do PT e do seu próprio partido, o MDB. É bom que ela vá vendo as alternativas que se apresentam para 2026, pois já demonstrou que possui um grande potencial competitivo, que deverá ser canalizado para uma raia bem específica.
Drops politico para reflexão: As forças policiais mais confiáveis para a segurança de Lula neste momento.
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Editorial: A urucubaca anda solta em Brasília, há quatro dias da posse.
Hoje, pela manhã, funcionários do Palácio do Planalto estão fazendo uma grande limpeza no entorno do prédio, segundo dizem, utilizando sal grosso, para afastar as urucubacas. Na história recente da República, está será a posse mais confusa que já presenciamos. Há quatro dias, não se sabe ainda quem irá passar a faixa presidencial para o próximo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A segurança presidencial, que sempre contava com membros do Exército, através do GSI, desta vez ficará sob a coordenação da Polícia Federal, o que gerou alguns ruídos na corporação militar. Ao Exército competeria fazer a segurança do entorno do evento.
Na verdade, o que está em jogo é que a capital federal precisará passar por uma grande verredura. Há indícios fortes de que o campo está todo minado. A equipe da estrita confiança de Lula terá um grande trabalho pela frente até colocar a casa em ordem novamente. Estamos diante daquele tipo de inquilino que entope as tubulações de sujeiras antes de desocupar o imóvel. Até este momento, não há informações confirmando, mas seria bastante provável que Lula venha a utilizar carro blindado, aliado há outras medidas para evitar exposições desnecessárias.
Em meio e este turbilhão, a notícia boa é que os bolsonaristas estariam começando um processo espontâneo de retirada do Quartel-General da capital federal. Os chargistas, sempre com um homor apurado, traduzem bem essas situações. Sobre essas movimentações bolsonaristas - que quase chegaram a atingir atos extremos - um grupo deles se reúnem para decidir para onde ir agora, recorrendo às bravatas conhecidas. Lá no fundo, alguém se levanta e faz a seguinte indagação: Que tal a gente ir para casa? Demorou! Seria o mais sensato mesmo passar a festa de revéillon com a família. Talvez eles estejam chegando, finalmente, a esta conclusão.
terça-feira, 27 de dezembro de 2022
Editorial: Simone Tebet aceita o Ministério do Planejamento.
Editorial: Recomenda-se prudência durante a cerimônia de posse de Lula
A polícia agir diante de denúncias da população não se constitui em nenhum problema. Muitas tragédias são evitadas, assim como crimes são resolvidos através desse expediente. No caso do atentado terrorista de Brasília - que não chegou a ser concretizado, felizmente - o que se comenta é que a polícia agiu a partir de uma denúncia de um caminhoneiro, que estranhou as movimentações no local onde o artefato havia sido instalado. Se fizermos uma avaliação mais completa, no entanto, há vários indícios de falhas de segurança na capital federal, inclusive amparados em casos recentes, como o episódio da tentativa de invação da sede da PF, seguida de badernas, depredações e incêndios de carros particulares e transporte coletivo.
Ainda hoje as autoridades de segurança do distrito federal tenta um explicação plausível para aquelas ocorrências. Um dos bolsonaristas radicais presos afirma que não agiu sozinho - o que seria óbvio - percorreu vários quilometros até Brasilia, transportando um arsenal no carro e nunca foi incomodado. Outra questão crucial é o acesso a tais explosivos, de uso privativo, sob rígido controle. Diante de tais circunstâncias, melhor seria se a asesssoria de Lula seguisse as orientações da Polícia Federal, que recomenda a utilização de carro blindado no trajeto, além de evitar exposições desnecessárias em púlpito.
Nos Estados Unidos,na década de 60 do século passado, um único homem, instalado num prédio de uma livraria abandonada, conseguiu vencer o maior esquema de segurança do mundo e assassinar o presidente John Kennedy. Fica a lição hostórica, como referência para as cautelas de hoje. No dia de ontem, a polícia encontrou mais artefatos explosivos espalhados pelos arredores de Brasília. O momento político é bastante complicado. O campo está minado e somente depois de uma longa "varredura" é que possamos respirar com um mínimo de tranqueilidade e segurança. E você, Lula, sabe que será um ator estratégico neste processo. O povo brasileiro precisa de você com saúde e disposição para as mudanças.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
Editorial: Muito grave o que se passa na Capital Federal.
A Polícia do Distrito Federal encontrou um outro artefato explosivo nos arredores da capital federal. Nada ainda confirmado, mas existe a possibilidade de tratar-se de uma outra bomba. Investiga-se a eventualidade de tal artefato está relacionado a um outro, encontrado recentemente, próximo ao Aeroporto de Brasília. Essa hipótese tem sido bastante aventada. É o que se chama, na gíria policial, de "barulho de cachorro". O fato concreto é que a situação tornou-se bastante complicada - e muito insegura - há poucos dias da posse de Lula.
Um dos suspeitos de ter instalado o artefato anterior, ouvido pelo Polícia Civil, dissecou sobre os planos que estavam em curso, que incluíriam a provocação de um grande apagão na capital federal, seguido de atentados que interditariam as alas de embarque e desembarque do Aeroporto de Brasília, promovendo o caos, suscitando a decretação de um estado de sítio e, consequentemente, a impossibilidade da posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Aliás, toda essa mobilização - agora de caráter terrorista - teria como finalidade última impedir ou criar embaraços a posse de Lula.
Não se trata de obra de um louco solitário, ensandecido, radical, mas algo muito bem urdido, que contou, possivelmente, com apoios efetivos e uma logística de ponta. O maior trabalho da polícia agora é estabelecer essas conexões, e o da justiça, aplicar os rigores da lei, pois essas mobilizações golpistas já estão atingindo limites bastante perigosos. Uma internauta observou numa de nossas postagens - não sem alguma razão - que essa gente já está se parecendo com aqueles radicais terroristas religiosos.
Drops político para reflexão: Qual o lugar de Paulo Câmara no futuro Governo Lula?
A partir de primeiro de Janeiro de 2023 o senhor Paulo Câmara deixará de ser governador de Pernambuco. A questão que se coloca é:Qual será o seu destino depois de desocupar as gavetas no Palácio do Campo das Princesas? Especulou-se que ele poderia vir a ocupar um ministério - anda faltam 16 nomeações - mas um cargo no segundo escalão passou a ser cogitado. Se dependesse apenas do apreço que o morubixaba petista tem por ele, certamente ele ficaria no primeio escalão. Mas esses arranjos sao complicados. Já existem três ministétios controlados pelos socialistas. Indústria e Comércio, Portos e Aeroportos e Justiça e Segurança Pública. Lula e Paulo Câmara já teriam conversado sobre o assunto. SUDENE? Codesvasf? Banco do Nordeste? vamos aguardar a batida do martelo.
Drops político para reflexão: O problema dos DAS's no Governo Federal.
Há alguns anos atrás, no curso das reformas administrativas, chegou-se a conclusão de que a máquina federal possuía um número demasiadamente grande dos chamados cargos de confiança ou Direção de Assessoramento Superior. Existe hoje no Brasil algo em torno de 21 mil desses cargos, indicados consoante critérios, políticos, embora exista uma cota de 60% para cargos efetivos, servidores que entraram no serviço público através do concurso. Agora, com a ampliação dos ministérios, a possibilidade concreta é a de que esses cargos sejam ampliados e não diminuídos, como o bom-senso e as finanças públicas recomendariam. Eles representam um alto custo para a manutenção da burocracia estatal.
Editorial: Uma agenda nefasta de final de governo
Diane desses fatos novos, se já havia uma grande preocupação com a segurança de Lula durante a cerimônia de posse, os cuidados deverão ser redobrados, pois, em depoimento a Polícia Civil, o cidadão confessou que o objetivo seria o de instaurar o caos na capital federal com a instalação de outros artefatos. Segundo um bem-conceituado e bem-informado jornalista, tais detonações poderiam, igualmente, se configurar como a senha de um eventual golpe, a patir do decreto de uma situação emergencial. Nas atuais circunstâncias, é tudo o que os radicais desejariam.
A despeito de todos os reveses institucionais - além da condição de já se configurar como um ato ridículo e execrável - ainda existem concentrações em portas de quartéis praticamente em todo o país. Essas pessoas já foram denominadas de vivandeiras do caos ou vivandeiras de golpe de estado, o que se constitui numa atitude reprovável e ilícita no escopo constitucional de uma democracia representativa, que já concluiu o processo eleitoral e diplomou o futuro presidente do país. Salvo melhor juízo, os próprios militares já estariam tomando iniciativa no sentido de promover essas desocupações. Ninguém aguenta mais isso.
domingo, 25 de dezembro de 2022
Editorial: Polícia desativa artefato explosivo próximo ao Aeroporto de Brasília
Não costumamos alimentar essas teorias conspiratórias, mas há um jornalista muitíssimo bem-informado que continua postando matérias realtivas a uma eventual tentativa de golpe de Estado no país. Já antecipo que a preocupação desse jornalista é com a saúde de nossas instituições democráticas. Um caro do bem. Haveria uma grande mobilização em Brasília, com badernas promovidas por golpistas, com a complacência de setores do aparato de segurança, o que suscitaria a decretação de um desses atos excepcionais. Seria a senha para um golpe de Estado. Isso é tão grotesco e, ao mesmo tempo abominável, que, por segurança de nossa saúde mental, preferimos não dar credibilidade. Teorias conspiratórias à parte, o fato concreto é que a polícia acaba de desativar um artefato explosivo, acionável por controle, nas proximidades do Aeroporto de Brasília. O artefato estava próximo a um caminhão com um tanque de combustível e, se acionado, poderia provocar uma tragédia de dimensões gigantescas, jamais vista na capital federal.
A Polícia Civil do Distrito Federal - corporação policial mais confiável, depois dos últimos episódios ocorridos na capital federal - anunciou que prendeu um suspeito, bolsonarista raiz, de posse de um grande arsenal, com propósito declarado de promover o caos. No dia de ontem, tomamos conhecimento de que os militares estariam promovendo uma ação no sentido de retirar esses fanáticos golpistas da frente dos quartéis, possivelmente já como reflexo de alguma medida oriunda das diretrizes do próximo governo. Por outro lado, eles não desistem do intento de criar embaraços para a posse do novo presidente eleito e proclamado.
Se já havia toda uma preocupação com a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante desses novos fatos, tais cuidados devem ser redobrados. O campo é bastante minado, pois o bolsonarismo mais fanático encontra um terreno fértil junto ao aparelho de segurança e repressão do Estado. Com ações enérgicas e medidas eficazes essa situação poderá vir a ser revertida, em favor de padrões de relações de caráter republicano, mas, no momento, há um quadro de bastante vulnerabilidade na segurança, há poucos dias da posse do novo presidente. O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, está acompanhando tudo de perto.
sábado, 24 de dezembro de 2022
Drops político para reflexão: Marília Arraes para a Previdência?
Drops político para reflexão: Finalmente, Marina Silva será indicada para o Ministério do Meio Ambiente
Depois de muitas chafurdações em torno do assunto, finalmente, Marina Silva será confirmada como a futura Ministra do Meio Ambiente do Governo Lula. Pareceia ser consensula a solução, mas havia muitos interesses a acomodar na composição do ministério, o que não se constitui numa tarefa simples. O nome da ex-senadora Simone Tebet chegou a ser cogitado para o cargo, mas sofreu forte resistência dos setores mais autênticos dentro da aliança que está chegando ao poder. O perfil de Tebet, consoante esses setores, não se coaduna muito bem com o cargo. Um dos sintomas evidentes é que o mercado ja estava festejando sua nomeação para o cargo. Esse negócio de "Autoridade Climática", matreiramente, também não convenceu Marina Silva. Enfim, o meio ambiente está em boas mãos.
Editorial: A trincheira paulista do bolsonarismo
Não nos recordamos em que circunstâncias, mas, ali pelo finalzinho da campanha do segundo turno, o futuro governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, andou declarando que não seria um bolsonarista raiz. Ao longo da campanha, a relação entre ele e o presidente Bolsonaro teve altos e baixos. Mas, como São Paulo é um colégio eleitoral dos mais estratégicos do país, em nome do pragmatismo político, eles acabariam se entendendo.
Ao final do primeiro turno, Tarcísio obteve, de imediato, o apoio "incondicional" dos tucanos e, posteriormente, de Gilberto Kassab, do PSD, que está se tornando um dos nomes mais importantes na montagem de sua equipe de trabalho. Uma espécie de supersecretário. Aliás, ao anunciar alguns nomes para compor a sua equipe - que deverá gerir o destino do Estado pelos próximos quatro anos - Tarcísio de Freitas não consegue ocultar o seu sotaque bolsonarista.
Extinguiu ou rebaixou o status da secretaria que cuida de pessoas com deficiência física; nomeou uma antifeminista para coordenar a Secretaria das Mulheres; um ex-comandante da Rota para a Secretaira de Segurança Pública. A vereadora Soraya Fernandes é uma bolsonarista raiz, evangélica, com fortes ligações com a família Bolsonaro. Já fez declarações esdrúxulas sobre a luta das mulheres, deixando claro seu perfil "damarista". Um retrocesso dos diabos, numa vitrine como o Estado de São Paulo. Pela temperatua das redes sociais, há uma forte reação do público a essas medidas, todas convergentes com um alinhamento ao bolsonarismo.