O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu habeas corpus para que o ex-advogado da Odebrecht, Tacla Duran, compareça a uma audiência pública na Câmara dos Deputados, sem risco de prisão. Marque aí na sua agenda. Será no dia 19 de junho, às 14h:30. Há, igualmente um requerimento para que o empresário Tony Garcia também seja convocado pela Câmara dos Deputados. Não sei se ele andou lendo no nosso post, mas, no dia ontem, andou sugerindo uma CPI da Lava-Jato, engrossando o coro desse editor. Tony Garcia e Tacla Duran são dois críticos ferrenhos dos métodos usados pela Operação Lava-Jato. As denúncias são gravíssimas e, pelo andar da carruagem política, até este momento, atores proeminentes, que atuaram naquela operação, podem estar usando de suas espertises, de caráter nada republicanos, produzindo novas vítimas.
O juiz Eduardo Appio, ao que tudo indica, pode ter sido vítima de mais uma dessas armações, uma vez que o laudo técnico evidencia que a voz não seria dele. A Polícia Federal diz que sim. Neste caso, vamos chamar o perito alagoano George Sanguinetti, para tirar a prova dos noves. A operação chegou a um estágio em que, possivelmete, não terá mais volta. Foi pega de calças curtas ou, mais precisamente, de cuecas. Na nossa cabeça ainda faltavam fazer algumas conexões, mas, no dia de ontem, ouvindo a explanação do jurista Pedro Serrano, que faz a defesa técnica de Eduardo Appio, algumas dessas conexões foram, finalmente, dissipadas.
É realmente muito complicado entender a participação ou ingerência de agentes de setores de inteligência de outros países, atuando abertamente, sem acordos institucionais, para atingir determinados atores, com fins bem específicos. Mais complicado ainda é o fato de determinado juiz ser contratado por escritório de empresa estrangeira, beneficiária no curso dos desdobramentos da operação, ganhando rios de dinheiro. Há um rosário de equívocos do começo ao fim.
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