Na realidade, o termo "presidencialismo de coalizão" está perdendo espaço para os termos "parlamentarismo" e "semipresidencialismo." "presidencialismo de coalizão", hoje, está mais circunscrito aos estudos acadêmicos. Na prática, o que está ocorrendo é uma ingerência cada vez maior - e perigosa - do Legislativo sobre o Executivo. Hoje se discute nos corredores de Brasília quem seria o nome ideal para fazer essa ponte entre os dois poderes, como representante do Governo Lula. A rigor, como se sabe, a questão não é apenas de nome ou de saber ouvir.
No Governo de Fernando Henrique Cardoso havia um dos articuladores que ficou conhecido como "garçon". Um sujeito bastante educado, que ouvia e anotava todos os pedidos, mas acabava por não servir o prato. A tropa de choque de Lula, neste campo, são o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. No momento, a situação de Alexandfe Padilha estaria mais confortável do que a de Rui Costa.
E, naturalmente, o motivo não seria as últimas declarações infelizes sobre a capital federal. Ele pode até ter razão em suas conclusões, mas é o tipo da coisa que não pode ser dita, principalmente em praça pública. Rui Costa estaria atrasando a liberação de emendas e assinaturas de portarias de nomeações. Curioso neste sentido é que um dos principais interlcutore de Lula para tentar apagar o incêndio junto ao União Brasil é um nome que já foi convidado para ocupar um ministério e foi vetado pelo PT baiano: Elmar Nascimento(União-BA).
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