pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : 2025
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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Charge! Cláudio Mor via Folha de São Paulo.

 


A febre do dólar: especulação do 'mercado' ou realidade? | Entrevista co...

Charge! Aroeira via Facebook.

 


Editorial: Planalto irá protestar contra o 8 de janeiro.


Na verdade, o termo correto é repudiar o 8 de janeiro. Na realidade, talvez, a comemoração se deva ao fato de termos superado mais uma tentativa de golpe de Estado no país, o que sugere que o Governo Lula3 possa se posicionar em relação ao ocorrido. Este terceiro Governo Lula não anda bem das pernas. A torcida é sempre que esses problemas sejam superados nestes dois anos que restam. Não sabemos se realmente procede, mas estávamos lendo há pouco que existem setores que atuam dentro da SECOM com absoluta autonomia, sem o controle do titular da pasta. Se existe isso, há algo de muito errado com este organograma. Isso ajuda a explicar porque as coisas não andam bem na comunicação institucional. Não é tudo, mas explica um pouco. Panela onde muita gente mexe, põe a perder a vaca atolada. 

Em 2024, quando o golpe civil-militar de 1964 fez aniversário de 60 anos, uma determinação do morubixaba petista preconizou que fossem interrompidas quaisquer manifestações contrárias àquele aniversário. Segundo dizem, até dinheiro público já havia sido empenhado pelo Ministério dos Direitos Humanos. A atitude, em tom conciliador, com o propósito de evitar animosidades com as Forças Armadas, produziu um ruído infernal junto às organizações de direitos humanos e entre os setores mais identificados com as bases históricas de sustentação do petismo. Até um museu havia sido proposto pelo então Ministro da Justiça, Flávio Dino, com base numa experiência chilena. 

Agora, independentemente de eventuais novos ruídos com os militares, alguns deles inclusive arrolados na última tentativa de golpe, o Governo Lula3 anuncia que irá comemorar a passagem do 08 de janeiro, na capital federal e em Araraquara, onde Lula esteve no período, acompanhando as ações do Governo Federal em relação às fortes chuvas que atingiram a cidade. O governo está precisando calibrar a sua bússola política. Não enxergamos algum acerto por aqui.  

Editorial: O Recife tem um novo gerente.



Estamos hoje, dia 03, com um cenário político nublado. Os parlamentares estão voltando com a faca nos dentes para se contraporem e derrubarem os vetos do Governo Lula3; praticamente uma crise instaurada no Ministério da Saúde, motivada pela falta de algumas vacinas básicas nos postos de saúde; uma primeira ranhura na relação entre entre Nunes e Mello, em São Paulo, que dizem ter a ver com a divisão dos espaços na gestão; e, finalmente, a repercussão de um longo editorial do Estadão sobre a Suprema Corte. Diante das tormentas, vamos levar o barco devagar, como aconselha os velhos marinheiros, e nos concentrarmos aqui na província, mais precisamente por ocasião da primeira eleição do prefeito Geraldo Júlio, no ano de 2012, quando tivermos alguns problemas ao anteciparmos sua vitória, em artigo escrito e publicado num site local. Reflexo das ações, já naquele momento, de nossa esquerda pé na jaca. 

Escrevemos até um livro sobre aquela campanha. O livro adormece em nossos arquivos. Nunca chegou a ser publicado. Política é momento e o cavalo passou selado. Depois de duas gestões bem-sucedidas, o ex-prefeito, que poderia ter sido pensado como alternativa de candidatura ao  Governo do Estado, recolheu-se aos seus aposentos. Sugere-se que a relação entre o ex gestor do Recife e a família Campos ainda são das melhores, mas haveria eventuais fissuras entre o ex gestor e setores da legenda socialista no estado. A família Campos, aliás, endossava tal candidatura. Desconhecemos se ele ainda exerce alguma ação nos bastidores da política local, mas as semelhanças entre as gestões de João Campos e a de Geraldo Júlio, em alguns aspectos, começam a se tornarem evidentes, até mesmo no tocante à escolha do jovem Victor Marques, a rigor um técnico, como seu sucessor, assim como ocorrera anos antes, quando Eduardo Campos apostou todas as suas fichas no então desconhecido técnico que atendia pelo nome de Geraldo Júlio. 

Naqueles idos entendíamos que alguns movimentos do governador Eduardo Campos indicavam que ele pretendia tomar a Bastilha do Palácio Capibaribe, sede do Governo Municipal. Não foi por falta de aviso que o PT vacilou. Antes de indicar o nome de Geraldo Júlio para concorrer à Prefeitura do Recife naquele ano, O PSB, que à época tinha bons assessores na área de marketing político, contratou uma pesquisa qualitativa para saber o perfil de um gestor que os recifenses desejavam para gerir os destinos da cidade. Eles concluíram que, muito mais que um político, as preferências recaiam sobre um gerente, um técnico capaz de conduzir uma gestão que enfrentasse os grandes gargalos da cidade, o que nos conduz a concluir sobre o DNA desse gerencismo do prefeito João Campos. 

É curiosos como João Campos, talvez numa lição deixada pelo pai, faz política mantendo um distanciamento regulamentar do ideologismo. Assim como o pai, para tocar a gestão, dá preferência aos técnicos. Prepara Victor Marques para sucedê-lo na Prefeitura do Recife. Victor entra timidamente neste terreno, pois até pouco tempo ainda era um técnico de conversas de ouvido com o chefe, numa relação de longas datas, quando o prefeito ainda era Chefe de Gabinete do governador Paulo Câmara. João Campos entregou a ele a Secretaria de Infraestrutura, como não poderia deixar de ser, pois é a secretaria das entregas das obras de impacto, abrindo um horizonte político promissor para o jovem. Num futuro, que os socialista desejam esteja próximo, assim como ocorreu no passado, com Eduardo Campos, os dois palácios estarão sob o controle do grupo novamente. Victor ser filiado ao PCdoB é uma mera formalidade. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Charge! Renato Aroeira via Facebook.

 


Drops Político: João das entregas.


O prefeito reeleito do Recife, João Campos, tem pressa. A pressa é tanta que já se especula sobre uma eventual candidatura do prefeito ao Governo do Estado, já nas eleições de 2026. Por enquanto, a despeito das polêmicas, isso fica no plano das especulações. O certo é que a ocupação da cadeira do Palácio do Campo das Princesas sempre esteve nos seus planos políticos. É uma questão de tempo, de onde se conclui essa sua obsessão pelas entregas reclamadas pela população, transformada numa vitrine de sua gestão. Dá a impressão de que ele se sente sempre atrasado neste sentido. As demandas são imensas, numa das capitais mais desiguais do país, exigindo sempre muito empenho dos gestores. O prefeito, no entanto, vai no caminho certo. 

Drops Político: Nunes assume com aceno a Jair Bolsonaro.

Crédito da Foto: Taba Benedicto, Estadão Conteúdo. 


Curioso como os holofotes sempre se voltam para a grande metrópoles do país. Não foi diferente no dia de ontem, quando os prefeitos eleitos por todo o Brasil tomaram posse em suas respectivas cidades. Como se sabe, nos escaninhos, já existe todo um engendramento de olho nas eleições de 2026. Em São Paulo, o prefeito reeleito Ricardo Nunes(MDB-SP) já externou que não deseja o seu MDB em apoio ao projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As sinalizações foram claras em direção ao ex-presidente Jair Bolsonaro.  Quem se movimenta muito bem no tabuleiro da política paulista é o secretário Gilberto Kassab, Presidente Nacional do PSD, que declarou recentemente ser muito improvável, igualmente, o apoio do partido a Lula. São Paulo se tornou uma trincheira antilulista. 

Editorial: A eficiência como critério na reforma ministerial do Governo Lula3.

 


Aguarda-se para este início de ano, com algumas expectativas, a reforma ministerial do Governo Lula3. Esta reforma tem sido anunciada a um bom tempo, desde as últimas eleições municipais, quando o PT sofreu uma nova refrega nas urnas. Desta vez, segundo especula a imprensa, a partir dos burburinhos emitidos pelas reuniões palacianas, há um ingrediente que se acrescenta à acomodação da vasta base aliada, certamente o critério mais determinante nessas reformas: A eficiência dos titulares das pastas. Pesquisas apontam várias áreas com sérios problemas, impondo-se medidas saneadoras. Nessas reuniões, o morubixaba petista já teria sinalizado para esta questão nevrálgica. 

Há um erro aqui desde o início, quando, em nome dessa tal governabilidade, Lula precisou negociar cargos no governo com inúmeros partidos do centro do espectro político, e, quando esses partidos indicam nomes para ocuparem esses cargos o critério técnico quase sempre é negligenciado. O que conta aqui é a capilaridade do sujeito junto à direção ou bancada da legenda, assim como as verbas disponíveis daquele órgão para se fazer política, numa análise estritamente republicana, sem considerarmos aqui outras intenções. A rigor, nem o próprio PT foi muito exigente neste quesito, se considerarmos o desempenho de alguns titulares. 

Essa necessidade de governabilidade que se impõe a um Governo fragilizado em sua representação e articulação política precisa ser submetida a um exame anátomo patológico político, onde se possa diagnosticar a dimensão das enfermidades, que já começam a atingir a própria legenda do PT. A dissidência aberta por ala do partido em relação às divergências sobre o conteúdo deste último pacote fiscal concebido pelo Ministério da Fazenda é um bom exemplo disso. Pelas nossas contas, já são 18 partidos nessa coalizão, com vaga para acomodar mais, pelo andar da carruagem política. 

Charge! Laerte via Folha de São Paulo.

 


quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Editorial: Expectativas inflacionárias e impasses políticos.



A economia não é uma ciência exata, o que abre margem para algumas situações que fogem ao controle das previsões dos economistas. Na nossa época de estudantes, por exemplo, fala-se muito numa mão invisível do mercado. Ao longo dos anos, essa tal mão invisível tornou-se uma grande balela, pois seus reflexos na conjuntura econômica são bem visíveis mesmo. Basta um suspiro, uma declaração inoportuna durante uma entrevista para o dólar aumentar sua cotação no mercado. E, por falar em mercado, este ente anda muito preocupado com as medidas tomadas pelo Governo Lula em relação ao ajuste das contas públicas. O que está sendo proposto no momento está muito aquém das expectativas. 

É este um dos grandes gargalos que o Governo Lula3 deverá enfrentar a partir de amanhã, depois do feriado de ações de graça. Não há mais tempo a perder. Lula terá dois anos para colocar as finanças públicas em ordem, conter o avanço da inflação, ajustar o passo com o mercado  e com as entregas às suas bases históricas de sustentação, criando a marca ou identidade deste terceiro mandato, algo que ainda não foi feito. Do contrário não se reelege, tampouco o nome que o campo progressista indicar como seu sucessor. E olha que nem mencionamos aqui o nó górdio do imbróglio político, uma dor de cabeça desde o início do governo. 

As Casas Legislativas estarão sob nova direção, mas isso não quer dizer muita coisa. Os nomes que ascenderam aos seus comandos já estão comprometidos até a medula com grupos oposicionistas, assim os que deixam o cargo estão articulando formação de federações políticas com partidos ligados ao bolsonarismo. Como se tudo isso não fosse o suficiente, o PT abriu uma dissidência com potencial de criar alguns embaraços daqui para frente, sobretudo porque essa dissidência representa os verdadeiros anseios da população que se identifica com a legenda e com o Governo, a chamada base histórica de sustentação.  

Editorial: Para começarmos o ano com uma Cioba a R$750,00.



Não seria, em  princípio, aconselhável começarmos o ano falando de notícias ruins, mas, convenhamos, nos despedimos de 2024 num ambiente nada otimista. Algumas ocorrências do ano que passou podem sugerir algumas premissas, sejam positivas ou negativas, para o ano vindouro. O blog Contexto Político passará por algumas mudanças editorias em 2025, onde incorporará matérias relativas à educação e cultura, com um foco maior na literatura. Três notícias que repercutiram bastante neste final de ano, sugerem as expectativas, neste caso talvez não muito otimistas - com o perdão dos leitores otimistas - sobre o que possa ocorrer em 2025. 

Repercute bastante nas redes sociais a degradação ambiental em que se encontra o outrora paraíso de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Ocupação da orla com prédios altos, sob a complacência do poder público; intervenções de engorda da praia, que não deram certo, formando lagoas de fezes que invadem o asfalto durante as chuvas; esgotos a céu aberto, que tornaram a balneabilidade praticamente impossível. Como Santa Catarina hoje é administrada por um bolsonarista, os nordestinos de todos os quadrantes, inclusive este editor, convidaram os catarinenses para conhecer as praias da orla da região nordestina, a exemplo, de Fortaleza, Bahia, Paraíba, Maceió, entre outras. Um desses vídeos, comparando Camboriú a uma praia de Fortaleza, viralizou na rede X. 

Agora, você que vem para o Nordeste precisa preparar o bolso. Também repercutiu bastante um peixe Cioba, vendido na Ilha de Areia Vermelha, na realidade uma croa que se forma com a maré baixa, localizada na praia do Saco, em Cabedelo, vendido por R$ 750 reais, acompanhado de arroz, pirão e vinagrete. O peixe deveria ter no máximo uns cinco quilos, o que significa dizer que o seu preço numa peixaria normal deveria custar algo em torno de R$ 200,00, calculado ao preço de R$40,00 o quilo. O valor assusta, está acima do mercado e remete-nos ao fantasma da inflação, que começa a nos ameaçar nas gôndolas dos supermercados. Claro que há muitas variáveis em jogo, sobretudo se considerarmos que o produto está sendo comercializado numa área de praia, onde a última coisa a ser pedida é um peixe, onde há muita exploração. Mesmo assim, sugere aquele "descontrole" de expectativas produzidos em tempos de inflação alta.  Aproveitem que o peixe ainda não foi vendido. 

Para encerrar, permitam-me a mudança de pessoa no texto,  se alguém me informasse que até meados de 2025 minha vida teria uma reviravolta eu não me sentiria ameaçado. Como os ânimos estão bastante acirrados - reflexos desses tempos políticos bicudos de 2024, que devem continuar em 2025 - a insinuação foi lida como uma ameaça e rebatida na mesma medida pelo integrante do Governo Lula3, que adiantou não ter medo de miliciano. Aproveitamos o ensejo para desejarmos tudo de bom para os nossos eleitores e leitoras em 2025. 

Charge! Pedro Vinício via Folha de São Paulo