Este fenômeno deve estar ocorrendo em todo o país, principalmente num contexto onde as eleições para o Senado Federal devem ser mais concorridas do que mesmo a eleição presidencial em 2026. Ou seja, aqui e ali, em alguns estados da Federação, há alguns francos favoritos, mas, no geral, o quadro está bastante embolado. Pernambuco é um desses estados onde o imbróglio se estabeleceu, tornando-se difícil fazer algum prognóstico para aquelas eleições. Pernambuco, aliás, em razão de ser o estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acredita-se na eleição de pelo menos um nome do PT, conforme enfatizamos num dos textos anteriores, possivelmente o senador Humberto Costa, com ampla capilaridade política no estado. Humberto, aliás, foi apontado numa pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas como um dos poucos nomes favoritos do PT ao Senado Federal, juntamente com Renato Casagrande, do Espírito Santo, do PSB, mas, em tese, ainda considerado um aliado de primeira ordem do PT.
Com os acenos e conversas do PT com o MDB, no sentido de uma eventual composição de chapa para a vice no projeto de reeleição de Lula, a coisa muda completamente de conformação. É mais um dos dilemas que os socialistas enfrentam em Pernambuco, uma vez que o presidente Lula continua com o capital político preservado no estado, a despeito das dificuldades no plano nacional. Como distanciar-se do PT no plano nacional, se aqui na província - berço dos socialistas - a conjuntura política indique exatamente um caminho contrário? Não apenas João Campos(PSB-PE), mas a governadora Raquel Lyra é considerada uma aliada do Planalto, nas palavras de um dos homens fortes do entorno de Lula, Rui Costa. Para completar o enredo, João Campos assumiu recentemente a direção nacional do PSB.
Com dois palanques governistas montados no estado, por exemplo, não se sabe como deverá se arranjar o senador Humberto Costa, diante de uma conjuntura de inúmeros pretendentes à disputa pelo Senado, com uma penca de nomes disputando espaço nessas duas chapas principais, já configurada pela imprensa como um clássico da política local. Neste festejo junino, as movimentações foram intensas. Os nomes cotados à disputa estiveram presentes em diversos polos, em várias cidades do estado. O nome da deputada Marília Arraes, em princípio, não aparece entre os nomes mais cotados para compor essas chapas, mas, numa pesquisa recente, realizada pelo Instituto Simplex, de 04 de julho, onde foram entrevistados 600 pessoas nas diversas regiões do estado, com margem de erro de 4 pontos percentuais, indica sua liderança na corrida pelo Senado Federal. Vejam os números:
Marília Arraes - 13,3%
Eduardo da Fonte - 12%
Gilson Machado - 9,3%
Humberto Costa - 8,1%
Miguel Coelho - 6,8%
Sílvio Costa Filho - 4, 8%
Nenhum comentário:
Postar um comentário