pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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domingo, 21 de agosto de 2011

Domingueira do Jolugue: "A faxina de Dilma", publicado no Blog do Miro

A faxina de Dilma

20/8/2011 17:55, Por Blog do Miro
No Brasil, o moralismo foi sempre a principal – quando não a única – arma dos setores conservadores contra os governos progressistas. Está fresca na memória de todos a estratégia do demotucanato, em conluio com a mídia, durante os oito anos em que Lula ocupou a Presidência: um jogo de derruba-presidente alimentado por denúncias semanais de corrupção.A prática é antiga, e, em maior ou menor grau, tanto o Getúlio Vargas eleito quanto Juscelino Kubitschek e João Goulart foram alvos de tais táticas – o primeiro tendo toda a imprensa contra si, à exceção da Última Hora de Wainer; JK atacado incessantemente por O Cruzeiro, David Nasser à frente, para quem Brasília era uma mera desculpa para engrossar a corrupção; e quanto a Goulart, basta lembrar que o combate à corrupção foi inúmeras vezes elencado por fontes militares e editoriais jornalísticos como uma das motivações centrais do golpe que o derrubara.Denuncismo vazioNão interessa, nesses denuncismo que ora tem no governo Dilma o seu alvo, se as denúncias procedem ou não. O objetivo não é a moralização do Estado ou de coisa alguma, como fica evidente pelo fato de que tanto a mídia quanto os partidos patrocinadores das denúncias se desinteressam pelos desdobramentos das investigações tão logo o personagem acusado deixa o governo.Os objetivos – cujo fim último é, como os casos de Goulart e de Getúlio evidenciam, o golpe contra o presidente -, são outros:1) Manter a opinião pública permanentemente indignada, com a certeza de que vive no mais corrupto dos países, e ora administrado pelo partido mais vil e pelos mais degenerados dos políticos.2) Impor sucessivos cortes à equipe governista, estreitando sua margem de quadros e de manobras e, ao mesmo tempo, minando suas relações com os partidos da base, que não gostam de ter seus indicados forçados a deixar os cargos.
Dilma na miraFiliam-se à mesma estratégia golpista acima descrita as denúncias de corrupção contra o governo Dilma, ininterruptas desde fevereiro e que já custaram o cargo de quatro ministros. A diferença, agora, é a postura da presidente. Ao invés de denunciar a estratégia midiática, como Lula fazia, ela não só tem se deixado pautar pela mídia mas, ultimamente, vem aceitando o apoio de cardeais tucanos para a sua “faxina”.Ora, é preciso uma enorme dose de ingenuidade para não se aperceber dos riscos que tal estratégia traz consigo. Em primeiro lugar, não é preciso nenhuma expertise para se dar conta de que uma matéria com FHC e Dilma na foto, o primeiro saudando o combate o combate à corrupção promovido pela presidente, leva diretamente ao legado de outro ex-presidente, ausente na foto: se há corrupção a ser combatida e este combate é apoiado até por FHC é porque Lula a deixou.Além disso, a mídia demotucana já se deu conta – graças, entre outros fatores, à repercussão do desempenho da Polícia Federal no governo Lula – de que a opinião pública não tende a associar o aumento de investigações sobre corrupção ao combate desta – pelo contrário. O mito acachapante de que durante a ditadura militar praticamente não havia corrupção alimenta-se precisamente desse paradoxo: como não se podia noticiar a corrupção é como se ela não existisse. De forma inversa, a impressão, amplamente difundida em certos estratos, de que os governos Lula e Dilma são extremamente corruptos viria justamente da profusão de denúncias e anúncios de investigações em curso.Refém em potencial
Por fim, parece evidente que esse apoio público de setores conservadores à “faxina” promovida por Dilma vai retroalimentar e hiperdimensionar o tal combate à corrupção, e que a mídia, a cargo de pautar e ditar o ritmo de ação da “limpeza” pode levar o governo a uma situação vulnerável, tendo de cortar na carne seus quadros no Executivo, gerando atritos cada vez maiores com a base aliada e tornando mais vulnerável a própria autoridade presidencial.
É urgente, portanto, que Dilma Rousseff repense os termos de sua relação com a mídia e com a oposição, de modo a abrir mão do populismo neoudenista implícito no conceito de “faxina” contra a corrupção (sem abrir mão do combate a esta) e sem se deixar pautar. Do contrário, a possibilidade de se tornar refém da agenda tucano-midiática é real.

sábado, 20 de agosto de 2011

Planalto apoia o nome de Aldo Rebelo à vaga do Tribunal de Contas da União.


O Planalto mantém silêncio sobre o assunto, mas apóia o nome do deputado Aldo Rebelo, do PCdoB,  para a vaga que será aberta no Tribunal de Contas da União. O apoio será discreto, sobretudo em função das relações cordiais do Planalto com o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, cuja mãe, Ana Arraes, deputada federal e líder do PSB na Câmara dos Deputados, também concorrer àquela vaga.  O cargo é bastante promissor, garantindo uma aposentadoria tranqüila. São R$ 26 mil reais por mês, de caráter vitalício. Quem vez por outra recebe uma cantada para suar a camisa e voltar a pedir votos aos eleitores é o Ministro daquele órgão, José Múcio Monteiro. Sempre responde que já passou de sua fase de aventuras. E passou mesmo...

Dr. Hélio, prefeito de Campinas, é cassado. Leia matéria completa publicada no Radar do Estadão.

Tatiana Fávaro, de O Estado de S.Paulo, e Jair Stangler, do Estadão.com.br

A Câmara Municipal de Campinas cassou o mandato do prefeito Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), no final da madrugada deste sábado, 20, após mais de 44 horas ininterruptas de julgamento. Dr. Hélio foi cassado por 32 votos a 1 – o único voto contrário foi do vereador Sérgio Benassi (PCdoB).
Com a queda do Dr. Hélio, quem assume é o vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), acusado de ter recebido propina de empresários investigados pelo Ministério Público. Vilagra chegou a ser preso. O petista nega as acusações feitas contra ele.
O julgamento começou às 9h da manhã da quinta-feira, 18. Às 10h foi iniciada a leitura do processo, que tinha mais de mil páginas. Até pouco depois da meia noite deste sábado, os vereadores se revezaram na leitura do processo.
Até pouco depois da 1h, foi feita a leitura do relatório final, recomendando a cassação do prefeito. Entre 1h22 e 4h55, os vereadores revezaram-se na tribuna, para justificar seus votos. Depois, a Mesa concedeu 15 minutos para que o prefeito ou seu representante fizesse sua defesa. De acordo com o regimento, ele teria direito a duas horas para se defender.
Passado esse período, os vereadores votaram o pedido de impeachment do prefeito. A votação da primeira acusação aconteceu às 5h20, e isso já bastaria para cassar o mandato do prefeito. Cinco minutos depois, também pelo placar de 32 a 1, o prefeito era condenado pelas outras duas acusações.
O relatório final da Comissão Processante apresentado na terça-feira, 16, apontava as seguintes acusações contra o Dr. Hélio: omissão do prefeito em relação às infrações político-administrativas e atos de corrupção praticados por integrantes do primeiro escalão da administração na Sanasa, irresponsabilidade legal e política de Santos na defesa de bens no caso de parcelamento de solo e comportamento incompatível com a dignidade e decoro de seu cargo ao ignorar tráfico de influência na liberação de alvarás para instalação de antenas de celulares. A defesa do Dr. Hélio deve levar o caso à Justiça.
Veja como foi a sessão que cassou o mandato do Dr. Hélio:
5h27 – A Câmara Municipal de Campinas decreta cassado o mandato do prefeito. Os manifestantes presentes comemoram: “O povo unido jamais será vencido!”
5h25 – Nas outras duas acusações, irresponsabilidade legal e política de Santos na defesa de bens no caso de parcelamento de solo e comportamento incompatível com a dignidade e decoro de seu cargo ao ignorar tráfico de influência na liberação de alvarás para instalação de antenas de celulares, o placar foi o mesmo: 32 a 1.
5h20 – Prefeito Dr. Hélio é cassado na primeira infração político-administrativa, omissão de responsabilidade no caso de corrupção na Sanasa, por 32 votos a 1. Os vereadores votam agora as outras acusações.
5h13 – Os vereadores vão votar. Serafim pede que os vereadores permaneçam sentados e votem. Serão três votações, para cada uma das acusações. Mas basta que o prefeito seja cassado em apenas uma das acusações. O presidente da Mesa pede para registrar em ata que o prefeito não compareceu nem mandou representante.
5h10 – Os manifestantes do movimento Fora Hélio, que não pararam de cantar durante o prazo dado para que o prefeito se apresentasse, fazem uma contagem regressiva, e ao final do prazo, começam a cantar o Hino Nacional, sendo acompanhados por alguns vereadores.
4h58 – É realmente impressionante o pique dos manifestantes que pedem a cassação do prefeito. Às cinco da manhã, eles cantam: “Aiaiaiai, está chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, e o Hélio já vai embora.”
4h50 – Rafa Zimbaldi (PP), presidente da Comissão Processante, agradece à população, “presente às cinco da manhã” ao julgamento. O presidente da Mesa, Pedro Serafim (PDT) dá 15 minutos para que o prefeito ou seu procurador se apresentetm para fazer a defesa.
4h47 – Deputado Valdir Terrazan (PSDB) agradece a mobilização da população nas ruas e nas mídias sociais.
4h21 – O presidente da Mesa, Pedro Serafim (PDT) passa um sermão nos manifestantes, que pedem que o vereador Canário (PT) encerre sua fala. De um modo geral, os vereadores ignoram o pedido feito pelo presidente da Mesa no início dos discursos, para que as falas fossem abreviadas.
3h42 – O líder do PT na Casa, Angelo Barreto, anuncia que os vereadores irão esperar duas horas para que o prefeito apresente sua defesa. O presidente da Mesa, Pedro Serafim, interrompeu o parlamentar e acabou com a tensão no plenário: a espera será de apenas 15 minutos. Se, após 15 minutos de espera não aparecer nenhum representante do prefeito, a votação será iniciada.
3h30 – Benassi faz um discurso corajoso, sob vaias e gritos de ‘propina! propina!’. “Cada um dos vereadores aqui, que irá votar pela cassação, no fundo de suas consciências, sabe que esse é disparado o melhor governo dos últimos tempos.” Abafado pelos manifestantes, Benassi encerra seu discurso, clamando pela presunção da inocência.
3h22 – Benassi afirma que não há ‘nenhum’ elemento provado contra o prefeito. “O julgamento é político, mas não se deve em nome da política cometer arbitrariedades. Ninguém pode abrir mão do Estado de Direito”, afirma o vereador. Segundo Benassi, nada existe que prove que o prefeito soubesse dos crimes que estavam sendo cometidos. “O relatório afirma em seus momentos de verdade: não temos prova, não temos tempo de buscar prova. O relatório diz que o MP já disse tudo. Mas oq eu o MP diz é que não há nada contra o prefeito. Tem que cassar o prefeito? Tudo bem. Tem que prender? Tudo bem. Mas que seja com provas. Não se deve confundir a busca da verdade com a ameação ao Estado de Direito e à democracia!”
3h15 – Sérgio Benassi (PCdoB), que deve ser o único vereador a votar a favor do Dr. Hélio, ouve muitos desaforos da plateia: “Eu não sou manso, sou educado.” “Vivi numa época em que o simples pensar e o alinhamento com ideias consideradas irregulares eram pagas com a vida. Por isso sou educado e quero expor minha opinião”, afirma. “A Câmara representa um milhão de habitantes que escolheram alguém”, continua. Segundo ele, foi correto a Casa acatar as denúncias feitas contra o prefeito. “A Casa deve apurar fatos”, afirma. Cita as denúncias feitas. “Estão julgando o prefeito. É preciso avaliar o prefeito na condição de réu. Quais os atos e o envolvimento do prefeito? Aquelas denúncias e atos do prefeito que possam justificar a cassação? Porque essa é a natureza do julgamento?”, questiona. “Há algum ato contra o prefeito que apurou o Ministério Público?”, insiste, enquanto ouvem-se manifestantes contrariados pelo discurso do vereador.
3h08 – Vereador Peterson Prado (PPS) explica a relação entre o Dr. Hélio e a primeira-dama e chefe de governo do prefeito, Rosely Nassim: “Era um jogo muito bem combinado, em que ele era o bom e ela era a má. Ela ficava com o não. E esse jogo rendeu lucros eleitorais e, como descobrimos nos últimos meses, materiais.”
2h47 – Enquanto o vereador Josias Lech (PT) discursava, a plateia começou a vaiar e pedir o fim da fala do vereador. A luz caiu e agora os vereadores aguardam que o sinal da TV Câmara volte a ser transmitido. Segundo o presidente da Mesa, Pedro Serafim, diz que o problema foi com os geradores. A sessão foi retomada dez minutos após a interrupção.
2h31 – Dário Saadi (DEM) é o 14º vereador a falar. Ainda faltam 14.
2h22 – Leonice da Paz (PDT) diz ter aplaudido a administração do Dr. Hélio, mas “diante dos fatos levantados pela Comissão Processante” vota pela cassação do prefeito.
2h13 – Gilberto Cardoso, o Vermelho (PSDB), fala. Ele é suplente do vereador Artur Orsi (PSDB), impedido de votar por ser autor do pedido de cassação. “Não posso deixar de falar! Porque está faltando o dinheiro! Gostaria de proferir meu voto para cada um dos bandidos que roubou nosso dinheiro! Mas vou proferir para um só, que é o chefe dessa quadrilha!”
2h11 – Flores afirma que os parlamentares de seu partido, que é o mesmo do prefeito, estão peitando a bancada estadual e nacional do PDT para votar a favor da cassação do Dr. Hélio.
2h07 – Antonio Flores (PDT) diz que a bancada vai votar pela cassação: “nossas consciências não estão à venda”.
2h02 – Zé do Gelo (PV) , relator do processo, agradece o apoio de colegas e funcionários da casa para fazer o relatório.
1h59 – Vereador Élcio Batista (PSB) diz que esta noite é a noite do ‘renascimento de Campinas’. Afirma ainda que tão importante quanto dizer não à corrupção é reaver o dinheiro roubado da cidade. Segundo ele, qualquer pessoa é bem vinda à cidade, desde que ame a cidade.
1h57 – Alguns poucos simpatizantes do prefeito tentam tumultuar a sessão. Vereador Pedro Serafim (PDT) ameaça parar a sessão.
1h48 – “Se o povo votou mal, deve pensar em votar bem na próxima eleição”, afirma Arly de Lara (PSB). Chama a atenção para o fato de que, quando deputado federal, Dr. Hélio subscreveu projeto da delação premiada. Declarou o voto pela cassação do prefeito: “Hoje vou dormir triste, mas em paz, por poder olhar nos olhos de meus familiares e eleitores”.
1h39 – Antonio Francisco dos Santos, o Politizador do Brasil (PMN) chora ao fazer seu discurso e lamenta que o advogado do prefeito, Alberto Rollo, não esteja presente ao julgamento.
1h30 – “Esta é uma decisão política da qual nós teremos orgulho de, no futuro, olharmos dentro dos olhos de nossos filhos e netos e dizermos eu participei e colaborei para Campinas resgatasse o devido respeito que merece ter em nosso País. As denúncias que pesam sobre o mandatário máximo de nossa cidade são gravíssimas porque envolvem pessoas diretamente ligadas ao prefeito. Ao nomear essas pessoas – mesmo sabendo serem elas detentas de extensa ficha judicial – sem sombra de dúvidas o sr. prefeito assumiu e evocou para si a responsabilidade de todos os atos que esses agentes praticaram em escárnio à população e total deboche de nossa cidade, daí a razão pela qual seu impeachment é medida de rigor que se impõe”, afirma o vereador Sebá Torres (PSB).
1h22 – Falam os vereadores. O primeiro a falar é justamente Aurélio Cláudio (PDT), que teve divulgada conversa em que aparece falando que negociava o apoio ao prefeito em troca de uma dívida de campanha. “Todo esse episódio não alterou em nada” o voto dos vereadores, afirmou. Aurélio Cláudio diz ter certeza que quem armou “esse imbroglio” tem a assinatura embaixo. O vereador pede desculpas aos vereadores e à população. “Não poderia deixar de agora em público pedir a todos vocês”, afirma. “Mandou bem, Aurelião”, gritam pessoas da plateia.
1h17 – Professor Alberto termina a leitura do relatório, que pede a cassação do prefeito do Dr. Hélio. Plateia canta: “Dr. Hélio chora, chora Dr. Hélio, Dr. Hélio chora, já chegou a sua hora.”
1h08 – Segundo o relatório, o prefeito afirmar que nada sabia do escândalo em Campinas ou é ‘menoscabo e deboche de toda a sociedade’, ‘ou mente descaradamente ou, se fala a verdade, deveria ser interditado por insanidade mental.’ Aplausos na plateia.
0h51 – O relatório diz que se o prefeito nada soubesse, como chegou a afirmar, isso equivaleria a um adultério de sua mulher, a quem jurou amar em meios de comunicação. “O denunciado, ao tentar convencer a todos que nada sabia, assume um cinismo tal”, segue o texto do relator Zé do Gelo (PV), tenta convencer, diz ainda, de “uma ingenuidade que hoje nem mesmo as crianças ainda tem.”
0h49“O aqui ocorrido não guarda igual a nenhuma outra cidade do País, no que diz respeito ao número de pessoas envolvidas e ao volume de dinheiro desviado”, consta do relatório.
0h46 – Até o momento, 16 vereadores estão inscritos para falar após a leitura do relatório final.
0h40 – No relatório, são apresentados os argumentos da defesa do prefeito. Nega que tenha havido negligência ou omissão e afirma que foram tomadas medidas para sanar as irregularidades.
0h30 – Vereador Professor Alberto (DEM) inicia a leitura do relatório final. No momento descreve as denúncias contra o prefeito. O auditório, quase sempre com público baixo durante o período da leitura do processo, ganha um bom público no momento. Presentes apenas manifestantes pedindo a cassação do prefeito.
0h28 – O presidente da Mesa, Pedro Serafim (PDT) pediu que, enquanto o vereador Professor Alberto lesse o relatório final, os parlamentares interessados em fazer uso da palavra por até 15 minutos antes da votação do pedido de cassação se inscrevessem. “Eu rogo aos senhores que façam um pronunciamento curto, já que estamos todos física e emocionalmente desgastados”, pediu o pedetista.

Folha de Sao Paulo: New irregularities in tourism.






Doing some research on maroon communities in the State of Maranhão, especially those located in the city of Alcântara, often we received information that some impoverished neighborhoods on the outskirts of the capital St. Louis was home to former residents of quilombos, driven from their homelands. Expulsions motivated by many factors, such as a survival strategy, undue intervention in their natural habitat - the term let me - committing the resources necessary for survival of the group. Certainly the residents of Casa Grande did not migrate to the slums, but this subject deserves to new posts. One of these neighborhoods is quoted in the article the newspaper Folha de Sao Paulo: Carandiru. The district would house the headquarters of a company that signed an agreement for $ 1 million with the Ministry of Tourism, this time through amendment of the then deputy Pedro Novais, in 2010. I gather reporters Dimma Amora, Andreza matais and Felipe Seligman, it is a shell company, even a beautiful facade, as recommended former executive secretary of that folder management Marta Suplicy, who is accused of embezzlement, in research Federal Police. As stated by the journalist Josias de Souza, the process is well known: parliamentary amendment, fraudulent agreements, shell companies on behalf of oranges: diversion of resources, and add, damage to the Widow. This time Pedro Novais can not say that he knew nothing about these facts. The budget reportedly had not yet been released and their fate would be to build a bridge in the municipality of Barra do Corda.

Aécio Neves afirma que "faxina ética" de Dilma é apenas marketing.


Comenta-se que Fernando Henrique Cardozo teria recomendado ao PSDB o apoio à faxina ética que a presidente Dilma Rousseff impôs ao seu Governo, afastando servidores e ministros envolvidos em denúncias de corrupção. A relação entre ambos é a melhor possível, chegando o ex-presidente a sugerir a Dilma, através de artigo, mudanças no seu sistema de alianças. Aqui no HTTP://blogdojolugue.blogspot.com chegamos até a perguntar, em tom de brincadeira, se ele estaria interessado em entrar. Quanto à propalada CPI da corrupção, que a oposição tenta viabilizar no Congresso, FHC também teria aconselhado ao partido não assinar a petição. Dois grãos-tucanos assumem posições diametralmente opostas. Se, por um lado, FHC vem demonstrando solidariedade aos problemas enfrentados por Dilma, o senador Aécio Neves aproveita a oportunidade para criticar o seu Governo. Em cerimônia recente, afirmou que o PT formou verdadeiros feudos na máquina pública, elemento propício à corrupção. Neste aspecto, ele tem razão. Máquina pública gerenciada por parentes, amigos ou indicados constitui-se num problema. Ele só não tem razão ao afirmar que Dilma está fazendo dessa “faxina ética” um marketing para reeleger-se me 2014, com apenas 08 meses de Governo. Ainda é cedo para astear bandeiras.  Dilma tem alguns problemas na condução política do Governo, mas sua retidão de caráter é inquestionável. Ela não compactua com a bandalheira e só não radicaliza em nome dessa tal governabilidade.

Folha faz denúncia de novas irregularidades no Ministério dos Transportes.


Realizando algumas pesquisas sobre comunidades quilombolas no Estado do Maranhão, sobretudo as localizadas na cidade de Alcântara, não raro recebíamos informações de que alguns bairros empobrecidos da periferia da capital São Luiz abrigava ex-moradores de quilombos, expulsos de suas terras de origem. Expulsões motivadas por inúmeros fatores, como estratégia de sobrevivência, intervenções indevidas em seu habitat natural - permitam-me o termo -  comprometendo os recursos necessários à sobrevivência do grupo. Certamente, os moradores da Casa Grande não migraram para as favelas, mas esse assunto merece novas postagens.  Um desses bairros é citado em reportagem do Jornal Folha de São Paulo: Carandiru. O bairro deveria abrigar a sede de uma empresa que celebrou um convênio de 1 milhão de reais com o Ministério do Turismo, desta vez através de emenda do então deputado Pedro Novais, em 2010. Segundo apuraram os repórteres Dimmi Amora, Andreza Matais e Felipe Seligman, trata-se de uma empresa de fachada, sequer uma fachada bonita, conforme recomendava o ex-secretário-executivo daquela pasta na gestão Marta Suplicy, acusado de desvio de recursos, em investigação da Polícia Federal. Como afirma o jornalista Josias de Souza, a tramitação é bastante conhecida: emenda parlamentar, convênios fraudados, empresas fantasmas em nome de laranjas: desvio de recursos, e, acrescentaríamos, prejuízos para a Viúva. Desta vez Pedro Novais não poderá alegar que nada sabia sobre esses fatos. A verba, segundo consta, ainda não teria sido liberada e o seu destino seria a construção de uma ponte no município de Barra do Corda. Ainda há uma chance do Estado brecar essa liberação. 

RANKING DA POLITICA PERNAMBUCANA


EM ALTA: Jarbas Vasconcelos. Pela postura assumida no Congresso Nacional em favor da cruzada ética da presidente Dilma Rousseff. Sem demonstrar espírito corporativo que subverta os proncípios éticos, Jarbas, em pronunciamento no Senado Federal, sugeriu a presidente adotar com o PMDB, o seu partido, a mesma postura que vinha adotando em relação ao Ministério dos Transportes, ou seja, passando o rodo sem piedade, punido com rigor os curruptos. Essa posição de independência de Jarbas já é bastante conhecida e teve seu apogeu com a histórica entrevista concedida à Revista Veja. Jarbas paga um preço alto por suas posições. É execrado e isolado pelos companheiros de agremiação, que tem por ele um desprezo indisfarçável. Não é fácil e o autor do Blog conhece isso muito bem. Por sua coragem cívica, o http://blogdojolugue.blogspot.com o coloca em alta.
EM BAIXA: Comenta-se que na viagem que o governador Eduardo Campos fez a cidade de Curitiba, uma das coisas que mais o impressionou foi o estado de conservação das calçadas. Trata-se de uma grande prioridade para a gestão pública daquele cidade, comandada pelo prefeito Beto Richa. Brincando com o assédio de Eduardo Campos ao PSDB, Aécio Neves teria telefonado  implorando que o governador de Pernambuco deixasse um pouco para ele. No Recife, no entanto, o quadro é caótico. Além de mal cuidadas - responsabilidade do poder público - ainda há o desrespeito de motoristas, que estacionam seus carros nas calçadas, impedindo o tráfego de pedestres.  

BUNGE anuncia investimentos no país.


Em conversa reservada com a presidente Dilma Rousseff, o presidente internacional da Bunge, Alberto Weisser, informou que a empresa deverá investir algo em torno de 2,5 bilhões no Brasil, sobretudo em açúcar e bioenergia. Segundo comenta-se, um dos locais desses investimentos seria o Estado da Paraíba, precisamente na cidade do Conde, distrito de Jacumã. Jacumã concentra as melhores praias do litoral sul daquele Estado e, ultimamente vem recebendo grandes investimentos imobiliários. Um dos suportes da economia do município é o grande fluxo de turistas, atraídos pela beleza de suas praias, sobretudo Coqueirinho e Tambaba, uma das raras praias de naturismo da região Nordeste.  

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

FUNDASP(PUC-SãoPaulo) firma contrato suspeito com o Ministério da Agricultura.


Em sua edição de hoje, o Jornal Folha de São Paulo e a coluna do jornalista Josias de Souza repercutem uma reportagem sobre um contrato firmado entre o Ministério da Agricultura e a FUNDASP, Fundação mantenedora da PUC-São Paulo, com o objetivo de capacitar funcionários daquele órgão, cujas cifras chegam a R$ 9,1 milhões de reais. O contrato, para variar, é suspeito e foi assinado na gestão de Wagner Rossi. Envolve, inclusive, a assinatura de funcionários da Fundação Getúlio Vargas, dizem, falsificadas. Pelo andar da carruagem, a Polícia Federal terá muito trabalho pela frente, depois que decidiu investigar os contratos do Ministério da Agricultura. De um modo geral, isso já deveria ter alertado os órgãos fiscalizadores do Estado. Há muitos problemas envolvendo essas fundações ligadas às universidades. No Estado de Pernambuco, para ficarmos na província, as duas principais universidades tiveram problemas com suas fundações.  

João Paulo já não consegue disfarçar seu desconforto no PT.


O foto estampada na capa do jornal Folha de Pernambuco, em sua edião de hoje, onde o deputado federal João Paulo estampa uma visível expressão de impaciência, logo abaixo uma declaração atribuída a ele, de que o PT parece desejar perder as eleições no Recife, é o reflexo dessas conversas intermináveis na agremiação, que insiste em não submeter-se aos fatos: se o PT insistir na candidatura de João da Costa, corre um sério risco de perder as eleições no Recife, uma praça prioritária para as pretensões de poder da agremiação. Na foto, que não é esta que publicamos, não sabemos se por infelicidade do fotógrafo, João Paulo aparece com uma fisionomia carregada. Nem as sessões de meditação estão sendo suficientes para reanimar o petista, envolvido numa grande celeuma com os antigos companheiros de militância. No encontro que manteve com lidranças petistas em Brasília, logo após a conversa com Lula, cujo teor  foi mantido a sete chaves, João teria adiantado o que haviam conversado, inclusive o seu desconforto na agremiação.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dilma Rousseff: Faxina sim, mas na miséria.


Consciente dos limites impostos pela governabilidade que, neste país, exige dos governantes a convivência com um certo grau de corrupção da máquina pública, a presidente Dilma Rousseff anunciou hoje que irá usar o estoque de sabão do Planalto para fazer uma faxina sim, mas na miséria brasileira. É como o HTTP://blogdojolugue.blogspot.com afirma, o Governo Dilma já teria entregue os cadáveres necessários, suficientes para evitar tumultos na frente do prédio do IML. Sem muita habilidade para fazer o meio de campo político; com uma assessoria muito mal escalada; Dilma, a partir de agora, irá liberar as emendas, atender os telefonemas dos parlamentares da base aliada, recebê-los no Planalto para os canapés e, se deixarem, tentar “tocar o seu Governo”. Disposto a ajudar a sua afilhada, Lula teria recomendado ao PT que parasse com as especulações em torno do seu nome para 2014. Os petistas que estão se orientando nessa direção estariam prestando, na realidade, um grande deserviço a Dilma.É verdade. O autor do Blog, assim como os eleitores de Dilma, já estão impacientes com esse engessamento do Governo, motivado pelas chantagens da base aliada.

Wagner Rossi está vendo chifre em cabeça de cavalo.



De acordo com o jornalista Josias de Souza, do Jornal Folha de São Paulo, O ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi, nos últimos parágrafos de sua carta de demissão enviada a presidente Dilma Rousseff, teria feito algumas insinuações sobre quem poderia estar por trás da “perseguição implacável” movida contra ele pelos veículos Veja e Folha de São Paulo. Sua carta, como um todo, além de enfatizar logicamente suas realizações naquele ministério, é um rosário de lamentações sobre a imprensa, que não estaria fazendo jornalismo, mas cometendo um “assassinato de reputação”. Mais tarde, já um pouco aliviado e refeito da refrega, teria apontado o nome de José Serra como o responsável pela definição de pauta da Revista Veja e do Jornal Folha de São Paulo. Wagner atribui essas ações de José Serra a interesses paroquianos, como a disputa pela Prefeitura da Cidade de São Paulo, em 2012, onde Serra, possivelmente seria candidato. Trata-se, obviamente, de um delírio de Wagner Rossi. Não é de hoje que esses veículos de comunicação seguem uma linha editorial orientada pelo jornalismo investigativo, denunciando irregularidades no poder público. Rossi também vai abrir uma consultoria? Não esqueça, Wagner, de convidar o “Dr. Júlio”.

Dilma Rousseff em fase de lua de mel com Eduardo Campos.


Permanentemente orientada a “fazer política”, algo que, definitivamente, não é sua praia, a presidente Dilma Rousseff até que tem se esforçado. Recomendou aos seus ministros que não deixassem de atender os telefonemas ou receber em seus gabinetes os congressistas; abriu as portas do Planalto para os canapés e os chás da cinco; autorizou a Ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a liberar as emendas dos parlamentares. Diante das “baixas” na sua base aliada, quem mereceu os afagos da presidente foi o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e  o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que parece ter superado aquela fase de animosidade entre ambos, depois que Eduardo passou uma reprimenda na ministra Ideli Salvatti, ativando o espírito de corpo de Dilma. Conforme já afirmamos aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com, ai de quem mexer nesse triunvirato. Jobim que o diga. Comenta-se em Brasília que o almoço com Eduardo, causou uma ciumeira danada. Dilma o recebeu sozinho e o “moleque” dos jardins da Fundação Joaquim Nabuco ainda teve direito a um "pudim" de sobremesa.

Paulo Sérgio Passos: um depoimento fraco na Câmara dos Deputados.


Diferentemente da carta de demissão de Wagner Rossi, disponibilizada no site do Ministério e também publicada no HTTP://blogdojolugue.blogspot.com, neste aspecto, bastante transparente, a carta de demissão de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do DNIT, entregue a presidente Dilma Rousseff, lacrada, suscitou muitas especulações. Essas especulações vieram a público durante depoimento do atual Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, na Câmara dos Deputados. Passos afirmou que não havia nada de mais nessa correspondência, salvo aquele rosário de lamentações freqüentes. A oposição não pensa assim e insinua que Pagot teria revelado detalhes da engenharia de falcatruas naquela pasta. No mais, os parlamentares não ficaram satisfeitos com as explicações de Paulo Sérgio Passos, alegando que ele tergirversou bastante, deixando de responder questionamentos cruciais. O que fica claro, depois de uma afirmação de Pagot ao deixar o DNIT – publicada em artigo postado aqui no Blog e no www.fundaj.gov.br – é que Paulo Sérgio conhecia todos os passos. Depois dos escândalos dos Ministérios do  Turismo e da Agricultura, os secretários-executivos ficaram com o prestígio mais baixo do que poleiro de pato. Paulo Sérgio que se cuide.

The Economist: Vai sobrar alguém no Governo Dilma?


A revista inglesa The Economist é considerada a bíblia do conservadorismo inglês. Não raro o Brasil tem ocupado suas páginas, sobretudo em razão do nosso potencial econômico ou questões relativas aos altos índices de violência urbana. Desta vez, no entanto, em reportagem, o semanário pergunta, depois da queda do quarto ministro do Governo Dilma Rousseff, em apenas 08 meses de mandato: vai sobrar alguém? Realmente, o Governo Dilma herda a herança maldita de um “jeitinho brasileiro” de fazer política, extramamente nocivo ao interesse público. Dilma até que gostaria de usar todo o estoque de sabão do Planalto, mas deixaria seus corredores bastante escorregadio. O afastamento de Wagner Rossi foi pontualmente acordado com Michel Temer, de maneira a na ampliar as áreas de atrito entre o Planalto e a famigerada base aliada. Pode parecer exagero o que estamos afirmando, mas Dilma não ousaria demití-lo sem pedir autorização a Temer.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Wagner Rossi entrega o cargo a presidente Dilma Rousseff. (Íntegra da carta de demissão)

Leia, a seguir, a íntegra da carta de demissão do Ministro

Brasília, 17 de agosto de 2011
Neste ano e meio na condição de ministro da Agricultura do Brasil, consegui importantes conquistas. O presidente Lula fez tanto pela agricultura e a presidenta Dilma continuou esse apoio integralmente.
Fiz o acordo da citricultura, anseio de mais de 40 anos de pequenos e médios produtores de laranja, a quem foi garantido um preço mínimo por sua produção.
Construí o consenso na cadeia produtiva do café, setor onde antes os vários agentes sequer se sentavam à mesma mesa, com ganhos para todos, em especial os produtores.
Lancei novos financiamentos para a pecuária, recuperação de pastagens, aquisição e retenção de matrizes e para renovação de canaviais.
Aumentei o volume de financiamento agrícola a números jamais pensados e também os limites por produtor, protegendo o médio agricultor sempre tão esquecido.
Criei e implantei o Programa ABC, Agricultura de Baixo Carbono, primeiro programa mundial que combina o aumento de produção de alimentos a preservação do meio ambiente, numa antecipação do que será a agricultura do futuro.
Apoiei os produtores de milho, soja, algodão e outras culturas que hoje desfrutam de excelentes condições em prol do Brasil.
Lutei por nossos criadores e produtores de carne bovina, suína e de aves que são protagonistas do mercado internacional.
Melhorei a atenção a fruticultura, a apicultura e a produtos regionais, extrativistas e outras culturas.
Apoiei os grandes, os médios e os pequenos produtores da agricultura familiar, mostrando que no Brasil há espaço para todos.
Deus me permitiu estar no comando do Ministério da Agricultura neste momento mágico da agropecuária brasileira.
Mas, durante os últimos 30 dias, tenho enfrentado diariamente uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública.
Respondi a cada acusação. Com documentos comprobatórios que a imprensa solenemente ignorou. Mesmo rebatida cabalmente, cada acusação era repetida nas notícias dos dias seguintes como se fossem verdades comprovadas. As provas exibidas de sua falsidade nem sequer eram lembradas.
Nada achando contra mim e no desespero de terem que confessar seu fracasso, alguns órgãos de imprensa partiram para a tentativa de achincalhe moral: faziam um enorme número de pretensas “denúncias” para que o leitor tivesse a falsa impressão de escândalo, de descontrole administrativo, de descalabro. Chegou-se à capa infame da “Veja”.
Tudo falso, tudo rebatido. Mas a campanha insidiosa não parava.
Usaram para me acusar, sem qualquer prova, pessoas a quem tive de afastar de suas funções por atos irregulares ou insinuações de que tinham atuado com interesses menos republicanos nas funções ocupadas. O principal suspeito de má conduta no setor de licitações passou a ser o acusador de seus pares. Deram voz até a figuras abomináveis que minha cidade já relegou ao sítio dos derrotados e dos invejosos crônicos. Alguns deles não passariam por um simples exame de sanidade.
Ainda assim nada conseguiram contra mim. Aí tentaram chantagear meus colaboradores dizendo que contra eles tinham revelações terríveis a fazer, mas que não as publicariam se fizessem uma só acusação contra mim. Torpeza rejeitada.
Finalmente começam a atacar inocentes, sejam amigos meus, sejam familiares. Todos me estimularam a continuar sendo o primeiro ministro a, com destemor e armado apenas da verdade, enfrentar essa campanha indecente voltada apenas para objetivos políticos, em especial a destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo onde, já perceberam, não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios.
Embora me mova a vontade de confrontá-los, não os temo, nem a essa parte p odre da imprensa brasileira, mas não posso fazer da minha coragem pessoal um instrumento de que esses covardes se utilizem para atingir meus amigos ou meus familiares.
Contra mim nem uma só acusação conseguiram provar. Mas me fizeram sofrer e aos meus. Não será por qualquer vaidade ou soberba minha que permitirei que levem sofrimento a inocentes.
Hoje, minha esposa e meus filhos me fizeram carinhosamente um ultimato para que deixasse essa minha luta estóica mas inglória contra forças muito maiores do que eu possa ter. Minha única força é a verdade. Foi o elemento final da minha decisão irrevogável.
Deixo o governo, agradecendo a confiança da presidenta Dilma, do vice-presidente Michel Temer, do presidente Lula e dos líderes, deputados, senadores e companheiros do PMDB e de todos os partidos que tanto respaldo me deram.
Agradeço também a todos os leais colaboradores do Ministério da Agricultura, da Conab, da Embrapa e de todos os órgãos afins. Penso assim ajudar o governo a continuar seu importante trabalho, retomando a normalidade na agricultura.
Finalmente, reafirmo: continuo na luta pela agropecuária brasileira que tanto tem feito pelo bem de nosso Brasil. Agradeço as inúmeras manifestações de apoio incondicional da parte dos líderes maiores do agronegócio e de suas entidades e também aos simples produtores que nos enviaram sua solidariedade.
Deus proteja o produtor rural e tantos quanto lutem na terra para produzir alimentos para o mundo. Deus permita que tenham a segurança jurídica necessária a seu trabalho que o Congresso há de lhes garantir. Lutei pela reforma do Código Florestal. É importante para o Brasil. Outros, talvez mais capazes, haverão de continuar essa luta até a vitória.
Confio que o governo da querida presidenta Dilma Rousseff supere essa campanha sórdida e possa continuar a fazer tanto bem ao nosso país.
Sei de onde partiu a campanha contra mim. Só um político brasileiro tem capacidade de pautar “Veja” e “Folha” e de acumular tantas maldades fazendo com que reiterem e requentem mentiras e matérias que não se sustentam por tantos dias.
Mas minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra.
Wagner RossiMinistro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Pedro Taques, o touro indomável. A estrela sobe.


Nesses últimos dias, somente o http://blogdojolugue.blogspot.com, mencionou inúmeras vezes o nome do senador do PDT, Pedro Taques, o touro indomável, como é conhecido pelos amigos. Ex-procurador da República, Pedro Taques vem ganhando projeção em função de suas posições e dos seus pronunciamentos em defesa da res publica. É um dos senadores alinhavados com o movimento em favor da faxina, um grupo de congressistas éticos que se propuseram a cerrar fileiras em favor das ações que a presidente Dilma Rousseff iniciou em seu Governo, atingindo, sobretudo o Ministério dos Transportes. Sobre este assunto, ontem, em cadeia nacional, o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos cortou na própria pele e pediu que a presidente usasse o mesmo propósito que a moveu em relação ao seu partido, o PMDB. Altivez e independência que merece os cumprimentos do Blog. Pedro Taques defende penas mais duras para magistrados envolvidos em casos de currupção – também cortando na prápria pele-, e, no caso das polêmicas algemas utilizados nos envolvidos em corrupção no Ministério do Turismo, na Operação Vaucher, Pedro Taques afirmou que a reação se deu unicamente em função de atingir as mãos sensíveis dos moradores da Casa Grande. Quando se usa algemas nos moradores da favela, afirma, ninguém se importa.É um parlamentar cuja estrela está em ascendência. Se o Blog do Jolugue tivesse um ranking da política brasileira – similar ao publicado semanalmente em relação à política pernambucana – Pedro Taques, certamente, estaria em alta. Parabéns ao senador do PDT, que honra a memória do combativo Leonel Brizola.

Wagner Rossi, Ministro da Agricultura, pede demissão do cargo.


O Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, entrou num inferno astral que parece não haver saída. Agora é um servidor daquele órgão que o acusa de subverter os processos licitatórios, contratando pessoas estranhas ao ministério, numa espécie de “terceirização” dessa função. O servidor reafirma que a cúpula do ministério, conforme denúncia de revista Veja, é íntima do “Dr. Júlio”, que tinha gabinete no ministério, preparando, ele mesmo, os processos a serem assinados pela autoridades públicas, liberando recursos. A revista Veja, desta semana, em matéria publicada no http://blogdojolugue.blogspot.com, traz uma série de denúncias contra o Ministro, que tratou de refutá-las no própria site do Ministério da Agricultura, também reproduzida pelo Blog. Wagner Rossi classificou a matéria da revista como “um assassinato de reputação”. Dilma Rousseff, que parece ter esgotado seu estoque de sabão na dispensa do Planalto, tratou logo de reafirmar sua confiança no apadrinhado do seu vice, Michel Temer. O servidor que faz a acusação, afirma que o Dr. Júlio distribuía, com freqüência, dinheiro entre os servidores do órgão. O currículo do Dr. Júlio, conforme é público e notório, é extenso. Ele, no entanto, teria revelado que vem sendo muito mal tratado. Um afago que seja e ele estaria disposto a descrever o caminho das pedras entre o ministério e a vice-presidência. Logo no início da semana, surgiram novas acusações contra Wagner Rossi, desta vez acusando-o de pegar carona num jatinho de empresa que tinha negócios com o Ministério da Agricultura, numa clara violação de conduta. Uma longa matéria do Jornal Nacional, ontem, também informa que essa empresa teria apresentado uma evolução patrimonial incomum. Numa situação que fez o autor do http://blogdojolugue.blogspot.com lembrar as famosas fitas do escândalo Watergate, o PSDB pediu ao Procurador-Geral da República que requisite as fitas do circuito interno daquele ministério, que poderão mostrar Wagner Rossi tomando um cafezinho com o tal Dr. Júlio. Diante de tantas acusações, a permanência de Wagner Rossi no Ministério da Agricultura tornou-se insustentável. Em carta a Dilma, ele pede demissão do cargo. Ainda nesta edição, o Blog publicará, para os seus leitores, a carta de demissão de Wagner Rossi. É mais um que o jornalismo investigativo demite.  Tem comemoração na redação de Veja

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Múcio Monteiro: O preferido de Eduardo Campos para 2014? Alguém ouviu falar?


Já afirmamos, em mais de um momento, que o nome escolhido pelo governador Eduardo Campos para sucedê-lo no Palácio do Campo das Princesas, a partir de 2014, pode preparar o terno da posse. Há alguns nomes cotados e consolidados e outros que podem vir a compor esse grupo, dependendo, sobretudo, da conjuntura e das articulações de Eduardo Campos em torno do seu projeto nacional. Consolidada uma aliança com o PSDB, por exemplo, de repente, o nome do deputado federal Sérgio Guerra poderia entrar na bolsa de apostas. Não por acaso, o PT local tem um ciúme danado dos churrascos de Sérgio Guerra com Eduardo Campos, na fazenda Macambira, em Caruaru. O diálogo de Eduardo Campos com o PSDB, por sua vez, tem sido cada vez melhor e trata-se de uma costura que vem se desenvolvendo desde as eleições passadas. A presidente Dilma Rousseff montou uma trinca de mulheres no Planalto, ela, Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann, que, longe de resolver os problemas do seu Governo, estão se notabilizando pela criação de atritos. Ai de quem se indispor com essa trinca.  Comenta-se que Dilma ainda não teria perdoado Eduardo pela reprimenda imposta à Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, durante um encontro em Brasília, com os governadores da região. A questão de Dilma com Eduardo Campos é bastante simples: ela deseja continuar no Palácio do Planalto e Eduardo prepara a mudança para aquela Casa. O que nos surpreendeu neste final de semana, foi uma notícia, publicada na coluna de política do jornal Folha de Pernambuco, onde o nome do Ministro do Tribunal de Contas da União, surge como o favorito de Eduardo Campos para sucedê-lo em 2014.  Que o Pernambucano Múcio é bem articulado, que fez um excelente trabalho como Ministro das Relações Institucionais, que cultiva uma amizade pessoal com Lula e Eduardo, tudo bem. Quanto a ser o nome preferido de Eduardo Campos para sucedê-lo em 2014... trata-se de uma barriga? Possivelmente. Múcio Monteiro já passou do tempo das aventuras.

O Blog do Jolugue abre espaço para as suas denúncias.


O Blog do Jolugue abre espaço para as suas denúncias. Os leitores já identificaram o perfil do Blog e, não raro, enviam e-mails relatando fatos que estão ocorrendo em nossa cidade e em outras localidades, merecedores da atanção do poder público. Estacionamentos irregulares, buracos, sujeiras, abandono de logradouros públicos, atos de vandalismo, abusos de poder, críticas à administração pública, flagrantes de desrespeito às pessoas e animais, denúncias de corrupção  são alguns dos assuntos abordados nas mensagens que recebgemos. Para serem publicadas, se faz necessário que essas mensagens seja acompanhadas de documentação pertinente, se possível com registro fotográfico. Portanto, se você gostaria de se manifestar sobre essas questões, envie sua mensagem para o e-mail do Blog do Jolugue ou para as redes sociais a ele vinculadas, como o Twitter ou Facebook, identificadas no canto direito da página, que teremos prazer em publicá-las, cumprindo nosso papel de zelar pelo interesse público.

Começa o toma lá dá cá: Ideli Salvatti anuncia a liberação de emendas parlamentares.


A Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, anuncia a liberação de emendas aos parlamentares. Neste primeiro momento, a expectativa é que sejam liberados recursos da ordem de 01 bilhão de reais. Se, por um lado, isso significa uma sinalização clara de que o Governo objetiva retomar o diálogo com o Congresso – bastante chamuscado -, por outro, ocorre num momento inoportuno, quando são anunciadas a prisão de 38 pessoas, alguns servidores do Ministério do Turismo, acusadas de desvios de dinheiro público a partir dessas emendas. Os recentes desvios de recursos naquela pasta tem origem na liberação de emenda da deputada do PMDB, Fátima Pelaes. Essas emendas,consorciadas às ONGs picaretas, constituem-se num dos maiores mecanismos de corrupção do Estado. Não exagera o senador do PDT, Pedro Taques, ao afirmar que “as emendas são o pai e a mãe da corrupção”. Comenta-se, entretanto, que o gesto do Governo não será suficiente para acalmar a base aliada, sobretudo os caciques do PMDB, que passaram a se reunir em Brasília para, entre uma e outra baforada de charutos cubanos, conspirarem no sentido de uma possível abertura de CPI contra o PT. O Objetivo seria chantagear a presidente Dilma Rousseff.O mais entusiasmado com a idéia seria o senador pelo Estado de Alagoas, Renan Calheiros. A partir de um determinado momento, o PMDB e o PR passaram a acreditar que estão sendo vítimas do Partido dos Trabalhadores. Seria o PT que estaria por trás do vazamentos de informações comprometedoras.

A revolta dos revoltantes!

Duke

domingo, 14 de agosto de 2011

Homenagem do Blog do Jolugue ao dia dos pais. Parabéns!

Matéria da Revista Veja com graves acusações ao Ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

O ministro Wagner Rossi, da Agricultura, gastou a semana passada tentando convencer a presidente Dilma Rousseff e o Brasil inteiro de que não tinha ligações com as interferências do lobista Júlio Fróes nos negócios da pasta que comanda, como havia sido revelado por VEJA. Apesar da demissão de Milton Ortolan, segundo na hierarquia e seu braço direito há 25 anos, e das provas de que Fróes tinha sala dentro da Comissão de Licitações da Agricultura, Rossi posava de marido traído. Chamado ao Congresso para dar explicações, disse que Ortolan era ingênuo, e que ele, como ministro, não podia controlar a portaria do ministério para impedir a entrada de Fróes. Sobreviveu uma semana, mas vai precisar de muito mais do que frases de efeito se quiser continuar na cadeira de ministro.
Cristiano Mariz
 

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado mostra que Wagner Rossi, paulistano de 68 anos, é um colecionador de problemas, um daqueles políticos que costumam deixar um rastro de histórias esquisitas por onde passam.
A primeira história relatada por VEJA remonta ao tempo em que Rossi presidia a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, vinculada ao ministério da Agricultura. No final de 2007, a estatal doou 100 toneladas de feijão para a prefeitura de João Pessoa, então comandada por Ricardo Coutinho, do PSB, hoje governador da Paraíba. O feijão deveria ser distribuído entre famílias de baixa renda, mas como havia uma eleição municipal em 2008, o prefeito decidiu guardar parte do estoque. Funcionário da Conab há 25 anos, Walter Bastos de Moura descobriu a irregularidade e a denunciou diretamente a Wagner Rossi, em abril de 2008. Rossi prometeu tomar providências.
Como nada aconteceu, Walter Bastos passou a vigiar a mercadoria estocada. Em setembro, a poucos dias eleição, ele recebeu a informação de que o feijão seria enfim distribuído e acionou a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral. Para evitar o flagrante, diz ele, a prefeitura decidiu sumir com as provas e despejou 8 toneladas de feijão no aterro sanitário de João Pessoa. A cena do lixão inundado por grãos foi registrada no vídeo abaixo.
A história chegou a ser explorada como denúncia contra o prefeito, mas era muito mais grave: tratava-se de um flagrante do uso político da Conab para favorecer aliados do governo federal. Num acesso de sinceridade, o ex-presidente da empresa Alexandre Magno Franco de Aguiar, que sucedeu Rossi na empresa e hoje é seu assessor especial no ministério, confessou a VEJA que o próprio Rossi usou o expediente de distribuir alimentos para conseguir votos, inclusive para favorecer eleitoralmente o filho, Baleia Rossi, deputado estadual e presidente do diretório do PMDB de São Paulo.
Já no cargo de ministro da Agricultura, para o qual foi nomeado em março de 2010 por Lula, Rossi não tardou a implantar seu método de lidar com a coisa pública. Em 8 de dezembro do ano passado, a Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura estava reunida para abrir as propostas técnicas de quatro empresas que disputavam um contrato para prestar serviços de comunicação à pasta. Um dos representantes de empresas ali presente fez uma denúncia grave. Disse, em alto e bom som, que aquilo era um jogo de cartas marcadas e que já estava acertado um “pagamento de 2 milhões de reais ao oitavo andar”. No oitavo andar, fica o gabinete do ministro.
O presidente da Comissão de Licitação, Israel Leonardo Batista, disse que registraria a acusação em ata e a encaminharia à Polícia Federal. Não demorou para que fosse chamado à sala da então coordenadora de logística do ministério, Karla Carvalho, onde recebeu a ordem de não tomar nenhuma atitude. Karla já era, na época, figura de confiança de Rossi. De lá para cá, só subiu na hierarquia da pasta. Até a semana passada, era a poderosa secretária-executiva do ministério. Trabalhava diretamente com Milton Ortolan, demitido horas após a última edição de VEJA chegar às bancas com as revelações sobre Júlio Fróes.
Não bastassem as suspeitas que rondam seu gabinete na Agricultura, o ministro ainda deve esclarecimentos sobre sua atuação na Companhia Docas de São Paulo (Codesp), cargo ao qual chegou também pelas mãos do amigo Michel Temer. Quando presidia a Codesp, uma estatal, Rossi descobriu que empresas contratadas pelo Porto de Santos deviam 126 milhões de reais à Previdência. Em vez de exigir que acertassem as contas, decidiu pagar ele mesmo a fatura – com dinheiro público da Codesp, é claro. A lista de beneficiários do dinheiro público inclui 99 empresas privadas que jamais quitaram os débitos assumidos pela estatal. Em 2005, seis anos depois do acordo, apenas 20.000 reais haviam sido ressarcidos à empresa.
Amigo há 50 anos e leal servidor do vice-presidente Michel Temer, Wagner Rossi entrou para a política em 1982, quando concorreu pela primeira-vez a deputado federal. Até então, levava uma vida modesta de professor universitário. Morava em uma casa de classe média em Ribeirão Preto, tinha uma Kombi, uma Belina e um Fusca Laranja, com o qual fez a campanha. “Ele não tinha dinheiro nem para bancar os santinhos”, lembra João Gilberto Sampaio, ex-prefeito de Ribeirão Preto. Depois de dois mandatos como deputado estadual, dois como deputado federal, a presidência da Codesp, da Conab e dois anos como ministro (funções cujo salário máximo é de 26 mil reais), sua ascensão patrimonial impressiona.
O homem do fusca laranja e sua família são, hoje, proprietários de empresas, emissoras de rádios, casas e fazendas. Wagner Rossi mora numa das casas mais espetaculares de Ribeirão Preto, no alto de uma colina, cercada por um bosque luxuriante, numa área de 400 mil metros quadrados. Adquirida em 1996, quando ele era deputado, a mansão é avaliada hoje em 9 milhões de reais. Tudo, nas palavras do ministro, conquistado com o esforço de 50 anos de trabalho e uma herança recebida.

Wagner Rossi, Ministro da Agricultura, rebate acusações de Veja.


A casa de Wagner Rossi, em Ribeirão Preto: propriedade avaliada em 9 milhões de reais


Em nota oficial, ministro da Agricultura responde às acusações veiculadas pela revista da editora Abril: “Isso não é jornalismo. É assassinato de reputação”

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, divulgou nota neste sábado rebatendo as acusações veiculadas por Veja. Na edição deste final de semana, a revista publica matéria de capa, intitulada “A praga da corrupção”, apontando supostas irregularidades cometidas por Wagner Rossi. “Isso não é jornalismo. É assassinato de reputação”, diz o ministro. “É uma campanha orquestrada com interesses políticos”.
Sobre as informações publicadas pela revista Veja:

“NOTA À IMPRENSA

Sábado, 13 de agosto de 2011

Na quinta-feira e sexta-feira, repórteres da revista Veja encaminharam perguntas, cobrando explicações sobre meu patrimônio pessoal, listando supostas irregularidades em empresas estatais em que fui diretor, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Companhia Docas de São Paulo (Codesp), além questionar uma licitação no Ministério da Agricultura.

Encaminhei as respostas que estão transcritas abaixo. Todas as perguntas enviadas a mim na quinta-feira foram respondidas em menos de 24 horas. Nada, porém, foi aproveitado por repórteres e editores. Agora, pela terceira semana consecutiva, sou obrigado a me explicar.
A informação de que eu teria pedido “propina” de R$ 2 milhões numa licitação, cujo contrato para a prestação de serviços era de R$ 2,9 milhões, fere a lógica e o bom-senso. Pior. É lançada sem qualquer prova ou indício de materialidade. Nem o valor da licitação, que foi anulada por erro de quem estaria fazendo as denúncias agora, é destacado pela revista. Os repórteres baseiam-se na declaração de um funcionário que perdeu a função pública por uma ilegalidade cometida e admitida por ele mesmo.

Mas a lógica não parece nortear os diretores de jornalismo da editora Abril.

Ouvir o outro lado, um princípio basilar do jornalismo, não existe para a revista Veja. Essa é mais uma campanha orquestrada com interesses políticos. Não querem apenas desconstruir minha credibilidade ou acabar com minha imagem, mas destruir a aliança política vitoriosa nas urnas em outubro do ano passado. As acusações são levianas.

Isso não é jornalismo. É assassinato de reputação.

Vou pedir à Justiça o direito de resposta.
Abaixo, a íntegra das minhas respostas encaminhadas à revista na sexta-feira:

1. Sobre evolução patrimonial e declaração de bens
1.1. Minha família desfruta de situação econômica confortável, fruto do trabalho de gerações, que constituíram um patrimônio considerável. Pessoalmente, trabalhei durante os últimos 50 anos em diferentes empregos e empreendimentos. Alem disso, todos os meus filhos e três de minhas noras são empresários e executivos de sucesso em diferentes áreas econômicas: agricultura e pecuária, mercado imobiliário, comunicação e finanças. Nenhum deles exerce qualquer posição como homem público, com exceção do deputado Baleia Rossi, que tem mandato eletivo.

1.2. Com relação ao meu patrimônio, preciso esclarecer que perdi minha esposa, Liliana Tenuto Rossi, mãe de meus cinco filhos, há 17 anos. Parcela importante do patrimônio familiar correspondia a heranças sucessivas recebidas de parentes dela. Naquela ocasião, entendi que deveria destinar a meus filhos o patrimônio integral da família, processo que completei quando, três anos depois, casei-me com Sinei Biancoli Rossi, união celebrada com separação total de bens. Exponho aqui a intimidade de minha família para dar clareza absoluta às indagações. Meu patrimônio pessoal é inferior a R$ 1 milhão. Eu e todos os meus filhos declaramos renda e patrimônio à Receita Federal, anualmente. No meu caso, faço as competentes declarações há quase 50 anos. Nunca sofri qualquer reparo por parte da Receita. Todas as variações patrimoniais, minha e de meus familiares, são absolutamente compatíveis com as receitas. As vendas e compras imobiliárias, bem como os resultados empresariais, foram sempre indicados às autoridades fiscais.

1.3. O imóvel descrito por Veja é de propriedade de minha família, tendo a escritura de compra e venda sido lavrada em 24 de maio de 1996, matrícula 65296 no 4º Cartório de Notas de Ribeirão Preto, livro 1.036, folha 233, no valor de R$ 195 mil reais. Quando adquirido, tal imóvel encontrava-se em área exclusivamente rural. Pela expansão urbana da cidade, a propriedade passou por um processo de valorização. Quanto a meu patrimônio pessoal, pelos motivos descritos na resposta anterior, sofreu pequena variação no período.

1.4. Minha declaração de bens está à disposição de Veja para consulta em minha presença ou de meus representantes legais a partir de agora. Esclareço que a declaração sempre esteve nos órgãos apropriados, como a Comissão de Ética da Presidência da República.

1.5. Apenas para pontuar, a revista Veja procurou pessoas de bem, respeitadas em Ribeirão Preto, e ouviu opiniões sobre mim e minha família. Espero que as declarações delas estejam presentes na reportagem. Os repórteres da revista entrevistaram também notórios desafetos pessoais meus. Alguns, sem qualquer credibilidade na cidade. É preciso apontar que um deles já responde a processos movidos por mim. Tendo sido, inclusive, condenado e responsabilizado criminalmente por agressão a um dos meus filhos em 11 de dezembro de 2008. Suas velhas denúncias levaram o Ministério Público de Ribeirão Preto a me investigar. E essa apuração culminou com a constatação de que se tratavam de alegações falsas e mentirosas. As denúncias, vazias, foram arquivadas, conforme certidão à disposição, em 17 de agosto de 2006.
2. Sobre o caso Codesp
2.1. Trata-se da ação popular 0000595-36.2002.403.6102 (antigo processo 2002.61.02.000595-2), movida, em janeiro de 2001, por Antônio Marques contra a Companhia Docas de São Paulo (Codesp). Eu fui presidente da Codesp em 1999 e 2000, por um ano e sete meses.
2.2. Quando assumi a Presidência da Codesp, a empresa sofria o bloqueio de suas contas bancárias por ordem judicial, em virtude de débitos apurados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Todos os débitos eram de épocas anteriores à minha gestão e muitos decorriam do princípio da responsabilidade solidária em questões previdenciárias.

2.3. Isto quer dizer o seguinte: se a Codesp permitia a utilização de trabalhadores de empresas fornecedoras de mão-de-obra no âmbito do porto, e tais empresas terceirizadas não recolhessem suas obrigações previdenciárias, a estatal, como contratante dos trabalhos no porto, seria responsabilizada pelos débitos decorrentes e pelos eventuais direitos daqueles trabalhadores.
2.4. Impossibilitada de operar em função do bloqueio das contas pela Justiça, a Codesp buscou um acordo para o parcelamento das dívidas com o INSS, o que efetivamente ocorreu. O acordo não ocasionou prejuízo a qualquer das partes.

2.5. Tão logo foi celebrado o acordo, a Codesp ajuizou ações regressivas contra cada uma das empresas de terceirização de mão-de-obra. As providências cabíveis foram tomadas a tempo e com correção pelo Departamento Jurídico da empresa estatal.

2.6. Sobre o referido processo judicial levado por Antônio Marques à Justiça, é preciso esclarecer que a ação foi considerada inepta pela juíza de Santos, ainda em 2003.

2.7. Na ação, Antônio Marques pedia, entre outras demandas, a anulação dos acordos estabelecidos entre a Codesp e o INSS para o pagamento de antigas dívidas da empresa estatal e a responsabilização dos administradores da Codesp.

2.8. No despacho, a juíza declinou da competência para apreciar a ação popular e indeferiu a petição inicial, julgando extinto o processo. Ela se fundamentou nos artigos 267, inciso primeiro, e artigo 295, inciso terceiro, do Código de Processo Civil. E pediu provas, que não foram anexadas ou incluídas nos autos pelo autor da ação.

2.9. O advogado entrou com embargos declaratórios, mas a juíza rejeitou o pedido. Um novo recurso foi interposto. E, novamente, negado. Ouvido, o Ministério Público considerou o caso encerrado. Em junho deste ano, houve nova tentativa do advogado, de reabrir o caso. Ainda não fui citado. Não tenho a menor dúvida de que esta tentativa de reviver algo já cabalmente explicado terá o mesmo destino do primeiro processo.
3. Sobre o processo de Concorrência nº 01/2010
3.1. Trata-se do processo licitatório para contratação de empresa de comunicação social especializada na prestação de serviços técnicos, na elaboração e execução de planejamento estratégico de comunicação integrada, consultoria e assessoria, incluindo análise editorial, serviço de clipagem de notícias, gerenciamento de crises, elaboração de diagnóstico e monitoramento das ações do Ministério da Agricultura. A previsão orçamentária para a contratação era de R$ 2.956.092,00.

3.2. A licitação foi aberta em 26 de novembro de 2010, pelo então presidente da Comissão de Licitação, Israel Leonardo Batista, e outros cinco membros da comissão. Compareceram representantes de seis empresas: RRN Comunicação e Marketing SS Ltda, Andreolli/Manning, Selvage & Lee Ltda, Hill & Knowlton Brasil Ltda, New Ideas Comunicação Ltda, CDN Comunicação Corporativa Ltda e FSB Comunicação Ltda.

3.3. Em 26 de novembro de 2010, foram apresentados pelas empresas os envelopes com documentos para habilitação, proposta técnica e proposta de preço. Como exigido no edital, foram abertos, naquela data, os envelopes que continham os documentos de habilitação das empresas.
3.4. Constatou-se e foi lavrado em ata, assinado por todos os representantes das seis empresas, que não constavam no envelope da Hill & Knowlton Brasil Ltda, os documentos relativos à comprovação de regularidade fiscal e declaração de que a empresa não utilizava mão-de-obra direta e indireta de menores, além do atestado de capacidade técnica. Tal exigência estava explícita no edital de licitação. Informada, a representante da empresa anunciou que interporia recursos, caso fosse considerada inabilitada.

3.5. Ainda no mesmo dia, a Comissão de Licitação, presidida por Israel Leonardo Batista, procedeu o julgamento da habilitação das seis empresas para disputar a concorrência. A empresa Hill & Knowlton foi considerada inabilitada pela não apresentação do atestado de capacidade técnica. As outras cinco empresas foram julgadas habilitadas a participar da licitação. Inabilitada, a referida empresa apresentou, posteriormente, recurso, que acabou rejeitado.

3.6. Em 8 de dezembro de 2010, houve a reabertura da sessão pública da concorrência, marcada para as 14h, presidida novamente por Israel Leonardo Batista. O objetivo dessa segunda reunião foi abrir os envelopes com as propostas técnicas, o que aconteceu, permanecendo lacrada a proposta da empresa inabilitada. De acordo com a ata da reunião, ao ser “perguntado se havia alguma observação a fazer”, representantes das empresas concorrentes apontaram não terem sido informados sobre o recurso interposto pela Hill & Knowlton.

3.7. Em despacho endereçado à Coordenação Geral de Logística e Serviços Gerais, em 10 de dezembro de 2010, dois dias após a sessão para abertura dos envelopes com propostas técnicas, o então presidente da Comissão de Licitação manifestou ter cometido “um lapso na condução do julgamento da Concorrência 01/2010”, deixando “de atender ao prescrito no parágrafo 3º do artigo 109 da Lei 8.666/93”. Ele reconheceu não ter comunicado aos concorrentes a interposição de recurso da empresa Hill & Knowlton, abrindo o prazo de cinco dias para q ue as outras empresas se manifestassem.

3.8. Em função da ilegalidade cometida pelo presidente da Comissão de Licitação, como ele próprio admitiu no Despacho 473, encaminhado à chefe da Coordenação Geral de Logística e Serviços Gerais, Karla Carvalho, o processo de concorrência para a prestação dos serviços acabou anulado.

3.9. Objetivamente, em relação às perguntas encaminhadas pela revista Veja, esclareço que não chegou a meu conhecimento a informação de que representantes de empresas teriam apontado que a concorrência tinha “cartas marcadas”.

3.10. Tal denúncia deveria ter sido lavrada na ata preparada pelo então presidente da Comissão de Licitação, assinada pelos representantes das empresas.

3.11. A coordenadora-geral de Logística e Serviços Gerais nega ter ordenado a alteração da ata, lavrada e assinada pelos representantes de todas as empresas que participaram do certame, no próprio dia 8 de dezembro. É importante mencionar que caberia ao presidente da Comissão de Licitação apontar em ata as supostas alegações ou denúncias formuladas durante a sessão de 8 de dezembro de 2010.

3.12. Esclareço que não procede a informação de que houve concentração de contatos com representantes de empresas prestadoras de serviços na chefia de gabinete do ministro e, depois, na Secretaria Executiva, como questiona a revista.

3.13. Por fim, informo que o senhor Israel Leonardo Batista responde a processo administrativo disciplinar por sua conduta funcional no Ministério da Agricultura.


4. Sobre doação de alimentos pela Conab na Paraíba
4.1. Fui alertado de que parte de um carregamento de 100 toneladas de feijão enviado à Paraíba estaria estocado além do prazo previsto e teria destinação eleitoral. Informo que o produto a ser doado era oriundo do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar.

4.2. A doação para a Prefeitura de João Pessoa foi realizada para atender a um pedido das autoridades municipais, obedecendo as normas estabelecidas no convênio celebrado pela Conab com o Ministério do Desenvolvimento Social.

4.3. Funcionários da prefeitura de João Pessoa retiraram o produto da unidade da Conab na capital da Paraíba em perfeitas condições, levando-o para depósito em unidade armazenadora de sua responsabilidade.

4.4. Com relação ao funcionário Walter Bastos de Souza, informo que foi aberto processo de sindicância, conduzido por funcionários da Conab de fora da Paraíba, para apuração da denúncia, considerada vazia ao final da investigação. O processo foi instaurado em 23 de abril de 2009. O funcionário foi suspenso por 16 dias e recorreu da decisão. O recurso foi rejeitado e o caso transitou em julgado.

Wagner RossiMinistro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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Dilma Rousseff: Congresssitas éticos saem em sua defesa.



Um conjunto de parlamentares estão organizando a defesa da presidente Dilma Rousseff no Congresso: Entres eles, Pedro Simon, Cristovam Buarque, Pedro Taques.  A revista Veja desta semana – execrada pelos petistas – Elogia, em editorial, a conduta da presidente Dilma Rousseff, que age com rigor em relação às denúncias de irregularidades em seu Governo. A mesma revista, praticamente, após longa matéria, com direito à chamada de capa, pede a cabeça do Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que será difícil de entregar, conforme expusemos onterm aqui no http://blogdojolugue.blogspot.com .Para o senador Pedro Simon, a presidente segue uma linha de conduta correta, mas estariam tentando boicotá-la. O senador Jarbas Vasconcelos, que já concedeu uma longa e polêmica entrevista à veja, onde disseca o DNA corrupto do seu partido, o PMDB, bem que poderia se integrar ao grupo.