pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Jornal Brasil 247: Kassab sai de férias após 1º turno, comentam tucanos.

Kassab sai de férias após 1º turno, comentam tucanos
Kassab sai de férias após 1º turno, comentam tucanosFoto: Edição/247

Comentário em ato político suprapartidário na noite da quinta-feira dava conta de que decisão já estaria tomada; ausência temporária do prefeito no segundo turno aliviaria a rejeição a José Serra (PSDB); vice-prefeita Alda Marco Antônio estava na roda da conversa; ela já está se preparando para assumir as funções

14 de Setembro de 2012 às 18:28
Marco Damiani 247 – Na quinta-feira 13 à noite, durante ato político a favor da candidatura de José Serra (PSDB) em São Paulo, o comentário que circulava entre personagens como o próprio Serra, o ex-secretário municipal de Esportes Bebeto Haddad, a ex-primeira-dama Alaíde Quércia e a vice-prefeita Alda Marco Antônio era surpreendente: o prefeito Gilberto Kassab vai tirar férias do cargo a partir de 7 de outubro, o domingo em que termina o primeiro turno das eleições municipais.
De acordo com o que eles comentavam na inauguração de comitê suprapartidário de apoio à candidatura Serra, a decisão já está tomada. Além do cansaço natural pelo exercício ininterrupto da função nos últimos quatro anos, a ausência temporária de Kassab da Prefeitura teria um forte componente político. Pesquisas dos tucanos apontam a alta rejeição a Serra, hoje no patamar de 46%, segundo o Datafolha, como derivada da baixa avaliação favorável à administração Kassab.
Tirá-lo da cena durante o decisivo segundo turno seria a fórmula encontrada para evitar mais ataques ao candidato da coligação PSDB-PSD. Ao que pareceu, a decisão já está tomanda. E a vice-prefeita Alda Marco Antôinio já estaria se preparando para cumprir um mês à frente da prefeitura.
 
(Jornal Brasil 247)

Charge!Paixão! Jornal Gazeta do Povo

Paixão

A Queda, o novo livro do jornalista Diogo Mainardi

Diogo Mainardi é um cara polêmico. E por isso mesmo gostamos dele. Sempre adiava as reportagens da revista Veja para ler primeiro sua coluna. Seu humor ácido também nos faz admirá-lo como comentarista do Manhattan Connection, programa do canal Globo News que já foi regra aqui em casa nas noites de domingo (quando ainda era no canal GNT).


Recentemente ele publicou o livro que venho indicar, 'A queda'. Este é a história do nascimento até os 424 passos contínuos e contados de seu primeiro filho, Tito, ocorridos os dois fatos no mesmo local: Hospital de Veneza, pontuando assim o que pontua durante todo o texto: de que a vida de Tito é circular. Tito tem uma paralisia cerebral. Resultado de uma irresponsabilidade da dottoressa F. Diogo nos apresenta fatos incríveis da história de Veneza, de personalidades da política, da arte e da ciência que de uma forma brilhante são colocados como parte da vida de seu filho, responsáveis ou influenciadores, portanto, de sua paralisia cerebral. Tito também nos é apresentado de uma forma linda e parece-me uma criança incrível. Hoje Tito tem um irmão, Nico, que, diferente de Tito, teve um parto responsável e é um garoto 'normal'. Achei linda a foto do pai e dos filhos em sua apresentação do livro. Se vestem idênticos, repare abaixo. Anna, mãe dos meninos, aparece em foto em algum momento do texto. É linda. Por que falo deles assim? Bem... o livro é uma história com muito que se pode aprender de uma cultura européia, de história, de arte, mas é, em primeiro lugar, sobre a vida pessoal deles. De um diagnóstico difícil e de uma dedicação de um pai, de uma família, por um filho com necessidades diferentes. O amor deles nos toca principalmente nas palavras mais fortes e Diogo as usa 'aos montes'. Há brutalidade ali. Há brutalidade de um amor gigante que é, naturalmente, o amor 'verdadeiro' de um pai por um filho.




Blog donaperfeitinha.com

Jhonatan de Sousa é transferido para o Presídio Federal de Campo Grande.

 

Blog do Gilberto Léda
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça (MJ) transferiram, na manhã deste sábado (25), Jhonatan de Sousa Silva, de 24 anos, executor confesso do jornalista e blogueiro Décio Sá, para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ele embarcou em um voo comercial da Gol, por volta das 7h30, no Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, no Tirirical.
 
A Operação Gladiador foi coordenada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que enviou ao Maranhão três agentes penitenciários federais para acompanhar o traslado e escoltar o pistoleiro Jonathan Sousa até a capital sul-mato-grossense. Os trabalhos tiveram o apoio de três equipes do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Maranhão, uma da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e uma da Polícia Federal (PF).
A transferência de Jonathan foi solicitada pelo secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes, ao Depen, por questões de segurança. O pistoleiro estava detido em uma carceragem da PF, no Bairro da Cohama. “Fizemos o pedido ao Depen para garantir a segurança e preservar a vida do executor, e fomos prontamente atendidos. A transferência é válida durante dois anos, podendo ser prorrogada de acordo com a necessidade”, destacou Aluisio Mendes.

Nota do Editor: Ficamos tão chocados com a morte do jornalista e blogueiro Décio Sá, que deixamos de publicar aqui no Blog do Jolugue as notícias sobre o caso. Ocorre, porém, que sempre nos mantivemos informados sobre as investigações que indiciaram várias pessoas que tiveram participação na morte do jornalista. Segundo o depoimento do executor, Jhonatan de Souza Silva, confirma-se aquilo que as primeiras linhas de investigação indicavam, ou seja, o assassinato de Décio Sá foi um crime de encomenda, envolvendo agiotas, políticos e policiais corruptos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Fotografia divulgada pela internet.

Foto: Quem tem luz exterior caminha sem tropeçar, quem tem luz interior caminha sem ter medo de viver.” 

Augusto Cury —

Russomanno sobe e vai a 35%; Serra e Haddad continuam empatados.

 

 
 



A taxa de intenção de voto no candidato Celso Russomanno (PRB) subiu de 31% para 35% em duas semanas, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Já os adversários José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT), empatados tecnicamente em segundo lugar, oscilaram, ambos, um ponto porcentual para baixo e ficaram com 19% e 15%, respectivamente.
Com chances reduzidas de chegar ao segundo turno, Gabriel Chalita (PMDB) oscilou de 5% para 6%, e Soninha Francine (PPS) se manteve com 4%.
Haddad, que havia subido sete pontos porcentuais entre a metade e o final de agosto, impulsionado pela estreia no horário eleitoral, interrompeu a trajetória ascendente e não ultrapassou Serra, que vinha em queda no mesmo período.
O petista e o tucano estão em situação de empate técnico porque a margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
Russomanno cresceu nove pontos porcentuais desde a pesquisa Ibope feita às vésperas do início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, na primeira quinzena de agosto. Isso apesar de ter cerca de um quarto do tempo de TV de seus principais adversários, Serra e Haddad.
Nas simulações de segundo turno, o candidato do PRB venceria tanto o tucano quanto o petista se a eleição fosse hoje – por 52% a 25% e 50% a 25%, respectivamente.
O Ibope ouviu 1.001 eleitores entre os dias 10 e 12 de setembro. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-00835/2012.

MSN, Brasil.

Marta assume ministério e promete deixar "marca" na cultura.

Lilian Venturini, de O Estado de S.Paulo
A petista Marta Suplicy assumiu o Ministério da Cultura na manhã desta quinta-feira, 13, e prometeu deixar uma “marca cultural” no governo da presidente Dilma Rousseff. Durante a cerimônia, a ex-senadora procurou demonstrar sua experiência na área e se disse disposta a dialogar com todos os setores culturais. A petista assume após uma gestão conturbada de sua antecessora, a cantora Ana de Hollanda.
A mudança ocorre no mesmo momento em que Marta aceitou se engajar na campanha do petista Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A ex-senadora havia desistido da sua pré-candidatura na capital por imposição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela negou que a indicação ao ministério tivesse relação com as eleições municipais.
Em seu discurso na cerimônia de posse, a presidente Dilma procurou enfatizar a experiência de Marta na área cultural e afirmou ter certeza de que a ex-senadora vai “dar conta” do desafio. “Te disse [Marta]: Não peço só a Deus, peço a você, que coordene a área da cultura, trabalhe por ela e leve ela à frente.” Em 2013, o orçamento do ministério será 65% maior em relação ao deste ano.
Marta destacou projetos culturais que elaborou durante sua gestão como prefeita de São Paulo (2001 a 2004). Prometeu ainda tratar como prioridades o acesso à cultura e propostas que unam o setor à produção digital. “Como cultura é algo em permanente transformação, a internet também presta serviço quando ela permite questionar o que está cristalizado”, afirmou.
Incompreendida. Em sua despedida do cargo, a ex-ministra Ana de Hollanda disse ter sido incompreendida em alguns momentos de sua gestão. Assim que assumiu, em 2011, ela enfrentou a resistência de artistas e militantes da área cultural, que questionavam sua competência e decisões como a de frear a tramitação do projeto de reforma da lei de direitos autorais. “Me perguntam por que defendo tanto a criação. Se penso a criação, tenho que pensar em quem vive disso. Isso nem sempre foi bem compreendido”, afirmou.
A presidente Dilma também defendeu Ana de Hollanda: “Sei que nem sempre foi fácil. Essa experiência [de ocupar um cargo público] raramente é fácil. Mas agradeço de coração por sua lealdade, pela maneira histórica com que enfrentou as pressões, muitas vezes injustas e excessivas.”
A saída de Ana de Hollanda já era prevista, mas foi antecipada depois do vazamento de uma carta enviada por Ana ao Ministério do Planejamento, no último dia 27, em que cobrava mais recursos para a pasta. Ana de Hollanda é a 13ª ocupante da Esplanada a deixar o governo.
 
Nota do editor: Nem a própria Marta Suplicy sabe muito bem o que fará na área cultural. Sua nomeação para cargo atendeu, tão somente, a um rearranjo político, conforme já comentamos anteriormente. Nem mesmo como legisladora, Marta manifestou qualquer interesse pela condução das políticas públicas para o setor. Ontem, o jornalista Carlos Chagas, comentando o assunto, chegou a conclusão - correta - de que sua nomeação atende às articulações, já em jogo, visando as eleições majoritárias de 2014, para o Palácio Bandeirantes. Essa movimentação, inclusive, colocou Aloízio Mercadante com as barbas de molho. Marta já fez alguns comentários concluindo que essa união palaciana - Marta/Dilma/Lula - salva a candidatura de Fernando Haddad em São Paulo.  

Flagrante Tumblr!!!

Charge!Amarildo! Tatu Bola!!!

Brasil 247: "O dedo aponta que a bola da vez é Daniel Coelho

                       
O dedo aponta que a bola da vez é Daniel CoelhoFoto: Edição/247

Crescendo rapidamente nas pesquisas e empatado tecnicamente com o candidato petista Humberto Costa, o tucano Daniel Coelho agora é o alvo com o ressurgimento de uma denúncia na época em que era vereador, em 2008; A quem interessa brecar a candidatura do PSDB à Prefeitura do Recife?

13 de Setembro de 2012 às 14:18
Leonardo Lucena_PE247 – O Escândalo das Notas Frias, em 2008, caracterizado pelas acusações referentes a falsificações de notas fiscais e desvio de dinheiro público, veio à tona novamente e o alvo é o candidato tucano à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho. Chama a atenção o “pano de fundo” da disputa pela prefeitura, uma vez que o tucano vem crescendo rapidamente nas pesquisas eleitorais, estando tecnicamente empatado no segundo lugar com o petista com Humberto Costa. Segundo alguns tucanos graúdos, o caso teria sido retomado por ordem do Palácio do Campos das Princesas.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) quer que os deputados estaduais Daniel Coelho (PSDB) e Francismar Pontes (PSD) recebam punição do Tribunal de Justiça (TJ-PE) pelos crimes de peculato e uso de documentos falsos quando o tucano ainda era vereador, em 2008. Na ocasião, o Tribunal de Contas do Estado abriu processo contra 26 parlamentares no que ficou conhecido como escândalo das notas frias.
“Não tenho nada a esconder, não houve um real de prejuízo ao cofre público. Quem quiser tocar neste assunto nos debates, pode perguntar que a gente responde. Tenho até uma declaração assinado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) de que não temos nenhum débito”, disse Daniel Coelho, em entrevista à Rádio Folha. Coelho também declarou em entrevista que “é um absurdo que o procurador-geral, indicado pelo governador Eduardo Campos, exatamente na véspera da eleição, quando todas as pesquisas indicam que vamos estar presentes no segundo turno, venha mexer em um processo que estava arquivado”, afirmou.
A suspeita de cunho político na reabertura do processo recai sobre o o procurador geral do MPPE, Aguinaldo Fenelon de Barros, que foi indicado pelo governador Eduardo Campos (PSB) para ocupar o cargo. Em apenas dois dias, o processo, que se encontrava parado desde meados de março, foi movimentado onze vezes. Daí a razão para a suspeita dos tucanos de que a “máquina política” estaria em curso para minar o crescimento de Daniel Coelho, que se for para o segundo turno poderá se tornar uma dor de cabeça aos planos do PSB em comandar a capital pernambucana.
Recentemente, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) não acatou a denúncia sob o argumento de que a mesma teria sido assinada pelo então sub-procurador do MPPE, Paulo Varejão, o que, na avaliação do órgão, deveria contar a assinatura de Fenelon. No entanto, o MPPE informou que isso é o que causa estranhamento, pois outras denúncias com assinatura de sub-procuradores não foram rejeitadas, refutando, assim, a hipótese de haver interesse político. Fenelon já deu a entender que vai recorrer a outras instâncias, se for necessário.
As acusações que permeiam o escândalo dão conta de que um total de 26 parlamentares da Câmara Municipal do Recife falsificaram notas fiscais, caracterizando-se, assim, como crime de peculato – quando um funcionário público usa o erário para em proveito próprio. A punição varia de R$ 2,5 mil a R$ 9 mil. Cada vereador tinha direito a gastar R$ 14,3 mil para suas despesas, como combustível e alimentação. Mas a denúncia foi de que houve um prejuízo de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos.
Paralelamente, atendo-se ao cenário político-eleitoral, de acordo com a última pesquisa da Datafolha, feita nos dias 10 e 11 deste mês, o tucano, na terceira posição, conquistou 19% do eleitorado, enquanto que o segundo colocado, Humberto Costa (PT) esteve com 23%. Ou seja, já um empate técnico entre ambos os candidatos e isso significa que aumentam as chances do parlamentar ir para o segundo turno. No levantamento anterior, realizado nos dias 28 e 29 de agosto, Coelho tinha 12%, em terceiro lugar, e Costa 29%, na primeira colocação.
Em meio a um cenário fervoroso marcado pelas alfinetadas entre PT e PSB somadas ao rápido crescimento de Daniel Coelho nas pesquisas, resta saber como este caso irá repercutir no atual quadro eleitoral no recifense.
 
(Jornal Brasil 247)
 

Cahiers du Cinéma: Um Amor Para Toda Vida - Filme Completo


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CULT: A política do espetáculo.

A política do espetáculo

Leia ensaio em que Jacques Rancière mostra que diante da arte é preciso abandonar a passividade
JACQUES RANCIÈRE


Este livro teve origem no pedido que me foi feito há alguns anos de introduzir a reflexão de um grupo de artistas dedicado ao espectador, a partir das ideias desenvolvidas em meu livro Le Maître Ignorant (O Mestre Ignorante. De início, essa proposta causou-me alguma perplexidade. O Mestre Ignorante expunha a teoria excêntrica e o destino singular de Joseph Jacotot, que causara escândalo no início do século XIX ao afirmar que um ignorante pode ensinar a outro ignorante aquilo que ele mesmo não sabe, ao proclamar a igualdade das inteligências e ao opor a emancipação intelectual à instrução pública. Suas ideias caíram no esquecimento a partir de meados de seu século. Achei bom reavivá-las na década de 1980 para balançar o coreto dos debates sobre as finalidades da escola pública com os ventos da igualdade intelectual. Mas, no âmbito da reflexão artística contemporânea, que uso dar ao pensamento de um homem cujo universo artístico pode ser emblematizado pelos nomes de Demóstenes, Racine e Poussin?
Pensando melhor, porém, pareceu-me que a ausência de relações evidentes entre reflexões sobre a emancipação intelectual e a questão do espectador nos dias de hoje também era uma possibilidade. Poderia ser uma oportunidade de distanciamento radical em relação aos pressupostos teóricos e políticos que, mesmo na forma pós-moderna, ainda sustentam o essencial do debate sobre o teatro, a performance e o espectador. Mas, para trazer à tona a relação e dar-lhe sentido, seria preciso reconstituir a rede de pressupostos que põem a questão do espectador no cerne da discussão sobre as relações entre arte e política. Seria preciso delinear o modelo global de racionalidade sobre cujo fundo nos acostumamos a julgar as implicações políticas do espetáculo teatral. Emprego aqui essa expressão para incluir todas as formas de espetáculo – ação dramática, dança, performance, mímica ou outras – que ponham corpos em ação diante de um público reunido.
As numerosas críticas às quais o teatro deu ensejo ao longo de toda a sua história podem ser reduzidas a uma fórmula essencial. Eu lhe daria o nome de paradoxo do espectador, paradoxo mais fundamental talvez que o célebre paradoxo do ator. Esse paradoxo é simples de formular: não há teatro sem espectador (mesmo que um espectador único e oculto, como na representação fictícia de Fils Naturel [O Filho Natural] que dá ensejo aos Entretiens [Colóquios] de Diderot). Ora, como dizem os acusadores, é um mal ser espectador, por duas razões. Primeiramente, olhar é o contrário de conhecer. O espectador mantém-se diante de uma aparência ignorando o processo de produção dessa aparência ou a realidade por ela encoberta. Em segundo lugar, é o contrário de agir. O espectador fica imóvel em seu lugar, passivo. Ser espectador é estar separado ao mesmo tempo da capacidade de conhecer e do poder de agir.
Esse diagnóstico abre caminho para duas conclusões diferentes. A primeira é que o teatro é uma coisa absolutamente ruim, uma cena de ilusão e passividade que é preciso eliminar em proveito daquilo que ela impede: o conhecimento e a ação, a ação de conhecer e a ação conduzida pelo saber. É a conclusão outrora formulada por Platão: o teatro é o lugar onde ignorantes são convidados a ver sofredores. O que a cena teatral lhes oferece é o espetáculo de um pathos, a manifestação de uma doença, a doença do desejo e do sofrimento, ou seja, da divisão de si resultante da ignorância. O efeito próprio do teatro é transmitir essa doença por meio de outra: a doença do olhar subjugado por sombras. Ele transmite a doença da ignorância que faz as personagens sofrerem por meio de uma máquina de ignorância, a máquina óptica que forma os olhares na ilusão e na passividade. A comunidade correta, portanto, é a que não tolera a mediação teatral, aquela na qual a medida que governa a comunidade é diretamente incorporada nas atitudes vivas de seus membros.
Ser espectador é estar separado da capacidade de conhecer e do poder de agir; “Dias Sim, Dias Não” (2012), objeto do artista baiano Tuti Minervino
É a dedução mais lógica. Contudo, não é a que prevaleceu entre os críticos da mimese teatral. Estes, na maioria das vezes, ficaram com as premissas e mudaram a conclusão. Quem diz teatro diz espectador, e isso é um mal, disseram eles. Esse é o círculo do teatro que nós conhecemos, que nossa sociedade modelou à sua imagem. Portanto, precisamos de outro teatro, um teatro sem espectadores: não um teatro diante de assentos vazios, mas um teatro no qual a relação óptica passiva implicada pela própria palavra seja submetida a outra relação, a relação implicada em outra palavra, a palavra que designa o que é produzido em cena, o drama. Drama quer dizer ação. O teatro é o lugar onde uma ação é levada à sua consecução por corpos em movimento diante de corpos vivos por mobilizar. Estes últimos podem ter renunciado a seu poder. Mas esse poder é retomado, reativado na performance dos primeiros, na inteligência que constrói essa performance, na energia que ela produz. É sobre esse poder ativo que cabe construir um teatro novo, ou melhor, um teatro reconduzido à sua virtude original, à sua essência verdadeira, de que os espetáculos assim denominados oferecem apenas numa versão degenerada. É preciso um teatro sem espectadores, em que os assistentes aprendam em vez de ser seduzidos por imagens, no qual eles se tornem participantes ativos em vez de serem voyeurs passivos.
Essa inversão conheceu duas grandes fórmulas, antagônicas em princípio, embora a prática e a teoria do teatro reformado as tenham frequentemente misturado. Segundo a primeira, é preciso arrancar o espectador ao embrutecimento do parvo fascinado pela aparência e conquistado pela empatia que o faz identificar-se com as personagens da cena. A este será mostrado, portanto, um espetáculo estranho, inabitual, um enigma cujo sentido ele precise buscar. Assim, será obrigado a trocar a posição de espectador passivo pela de inquiridor ou experimentador científico que observa os fenômenos e procura suas causas. Ou então lhe será proposto um dilema exemplar, semelhante aos propostos às pessoas empenhadas nas decisões da ação. Desse modo, precisará aguçar seu próprio senso de avaliação das razões, da discussão e da escolha decisiva.
De acordo com a segunda fórmula, é essa própria distância reflexiva que deve ser abolida. O espectador deve ser retirado da posição de observador que examina calmamente o espetáculo que lhe é oferecido. Deve ser desapossado desse controle ilusório, arrastado para o círculo mágico da ação teatral, onde trocará o privilégio de observador racional pelo do ser na posse de suas energias vitais integrais.
Tradução de Ivone Castilho Benedetti
O Espectador EmancipadoJacques RancièreEd. Martins Fontes
Preço e número de páginas a definir

CAFÉ FILOSÓFICO - O QUE PODEM OS AFETOS? 02/07


Petrolina: Lóssio continua firme na liderança. Uma dor de cabeça para o PSB.





Pesquisa de intenção de votos realizada pelo Instituto Opinião, aponta uma folgada dianteira do médico Júlio Lóssio, do PMDB, em Petrolina. Petrolina é uma das cidades do chamado “Triângulo das Bermudas”, enclaves estratégicas no Estado, que irradiam sua influência por microrregiões inteiras. No último pleito majoritário, pode-se dizer que o Palácio do Campo das Princesas foi derrotado naquela cidade. Desta vez montaram um palanque competitivo, com apoios robustos, encabeçado por Fernando Bezerra Coelho Filho, mas não tem sido suficiente, pelo menos no momento, para reverter uma tendência de voto favorável a Júlio Lóssio, quadro que se mantém desde as primeiras sondagens. Júlio tem uma administração bem avaliada e, se derrotar a máquina do Palácio do Campo das Princesas mais uma vez, desponta, como já afirmamos, como uma das maiores lideranças políticas do São Francisco, com uma eleição de deputado federal garantida depois que sair da prefeitura e em condições de colocar nos seus planos um projeto majoritário, de olho no Campo das Princesas. Até às eleições de 2010, ainda não havia sido firmada uma aproximação entre o PMDB e o PSB, do governador Eduardo Campos. Ganhar as eleições naquela cidade é um trunfo para o PMDB e, embora Jarbas viva uma lua de mel com o Campo das Princesas, ainda é cedo para avaliar sua influência sobre o prefeito. Por outro lado, já ocorreram algumas “rusgas” entre Michel Temer e Eduardo, sobretudo depois da possibilidade de um “aborto” dos planos do “Moleque” dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco ainda para 2014. Neste caso, o que passa a ser jogado é o “grude” ao candidato petista que, embora as condições não sejam as mesmas, sai como favorito para continuar inquilino do Palácio do Planalto. Observo que Lóssio é um caro muito independente. Outro dia provocou o Palácio com os números favoráveis do IDEB naquela cidade. Embora o PSB tenha adotado a política do catch all, é imprevisível como seriam as relações entre Eduardo e Lóssio caso ele derrote, mais uma vez, a máquina do Palácio do Campo das Princesas. Petrolina tem sido uma dor de cabeça para os palacianos. Até Romário já foi escalado para tentar reverter o quadro em favor de "Fernadinho".

 

 

 

Por que Marta virou ministra? por Carlos Chargas

POR QUE MARTA VIROU MINISTRA?

Por Carlos Chagas


Fica difícil entender porque Marta Suplicy virou ministra da Cultura. Se foi como compensação por haver entrado na campanha de Fernando Haddad, mesmo com atraso de oito meses, a pergunta imediata seria saber se vale tanto por tão pouco. Ou que outros ministros serão sacrificados, além de Ana de Holanda, para satisfazer o capricho do ex-presidente Lula em ver eleito seu ex-ministro da Educação. Porque quantos votos Marta teria conquistado para Haddad numa única carreata em companhia do candidato, no fim de semana que passou? Como ele precisa de muito mais votos, seria de presumir ampla reforma ministerial?
Não é por aí, inclusive porque, éticamente, ministros não devem fazer campanhas eleitorais. Indaga-se que relações especiais a nova ministra dispõe com a pasta que assumirá amanhã. No início de sua carreira política foi sexóloga na televisão, tendo transplantado discutível conceito de sua antiga profissão quando ocupou o ministério do Turismo no governo Lula, ao recomendar a passageiros amontoados horas a fio nos aeroportos “que relaxassem e gozassem”.
É verdade que muitos ministros do governo Dilma pouco tiveram a ver com as pastas para os quais foram nomeados, valendo lembrar que Marta é a décima-terceira de uma longa fila de substituições.
Sendo assim, importa continuar garimpando as razões dessa mudança. Ana de Holanda encontrava-se sob fogo batido do PT, que jamais conseguiu ocupar o ministério da Cultura. Os companheiros entraram em guerra com ela desde suas primeiras semanas no exercício do cargo, precisamente por conta dos singulares conceitos praticados pelos petistas. Para eles, cultura seria tudo o que lhes permitisse usufruir da arte, da literatura, da música, da poesia e até da História em proveito de sua ideologia, mais ou menos como nos tempos de Hitler e de Stalin. Tudo em favor de suas concepções, aliás, cada vez mais confundidas com a obsessão de ocupar o poder e valer-se de suas benesses. Como Ana de Holanda não cedeu à investida, virou alvo prioritário. É acusada até mesmo de haver recebido camisetas do Império Serrano para desfilar no carnaval. Estaria o PT a serviço da Portela, da Mangueira ou da Beija-Flor?
Mas por que Marta? – continua a pergunta. Por haver desafiado o Lula, custando tanto tempo para participar de só uma carreata em favor de Haddad? Se a moda pega, será a desagregação do modo petista de eleger pessoas. Ou de governar.
Vale seguir adiante. Com um misto de arrogância e desprezo pela imprensa, a nova ministra disse que conversa muito com a presidente Dilma, “e vocês não sabem de todas as conversas que temos”. Nem queremos saber, daquelas que envolvem receitas de bolo, mas temos esse direito se as duas senhoras cuidam de cultura. Qual a meta do governo, a partir de agora? Meses atrás um bispo-senador foi feito ministro da Pesca, tendo confessado jamais haver empunhado um anzol ou segurado numa minhoca. Outros exemplos se encontrarão com facilidade na atual equipe da presidente Dilma, que nada justificam mais essa falta de sintonia entre os agentes e suas obrigações.
Resta uma ilação: Marta virou ministra para incomodar menos do que vinha incomodando...
 
Nota do Editor: Muito lúcida a análise do jornalista Carlos Chagas sobre a nomeação de Marta Suplicy para o Ministério da Cultura, envolvendo o emaranhado das eleições municipais paulistas, onde o PT joga todas as suas cartas na eleição do ex-ministro Fernando Haddad. Marta passou 08 meses "amuada", revoltada pelo fato de ter sido rifada da disputa, de relações estremecidas com o Planalto, que insistia no seu engajamento na campanha. O prestígio de Ana de Hollanda nunca foi dos melhores nos corredores palacianos, cuja gestão à frente da pasta sempre sofreu duras críticas, embora, em muitas situações, ela tenha posto o dedo na ferida e cometido o pecado do sincericídio.O que continua intrigando é esse arranjo político que culminou com a nomeação de Marta para a pasta, quando estava em negociação uma possível indicação dela para a Embaixada do Brasil em Washington, algo bem mais próximo de sua conhecida vaidade, mesmo que contrariando normas estabelecidas pelo Ministério das Relações Exteriores, que determina que esses cargos devem ser preenchidos por funcionários de carreira.  

Charge!Paixão! Jornal Gazeta do Povo: Relaxa, Marta!!!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Flagrante Tumblr!!!




(Photo by Halex)

Charge!Amarildo!

Nova ministra da Cultura, Marta se diz "horanda"

                    
Nova ministra da Cultura, Marta se diz Foto: Sérgio Lima/Folhapress

Senadora classificou o convite da presidente Dilma para assumir o Ministério como "honroso e surpreendente" e negou que tenha qualquer relação com sua participação na campanha de Fernando Haddad: "Desde o começo da campanha eu disse que na hora que fosse fazer a diferença entraria e entrei"

11 de Setembro de 2012 às 18:44
247 - Colunista do 247, a senadora Marta Suplicy assume o Ministério da Cultura na próxima quinta-feira. Marta recebeu nesta terça-feira o convite da presidente Dilma Rousseff, que classificou como "surpreendente". "É um convite honroso e surpreendente. Vou assumir o ministério, um desafio interessante e estou muito honrada com o convite. Sou do governo e se a presidenta acha que eu devo exercer a função no ministério, vou atendê-la", disse Marta.
A senadora destacou que terá muito trabalho pela frente. "Vou tomar contato do ministério, estudá-lo antes de me pronunciar. Vou, com muita humildade, estudar todas as questões do ministério, que considero fantástico, e temos muitas coisas para fazer", disse, desmentindo que sua indicação tenha qualquer relação com a sucessão à Prefeitura de São Paulo.
A senadora vinha se mantendo afastada de eventos públicos em favor do candidato Fernando Haddad até a semana passada. "Não [tem relação]. Desde o começo da campanha do Haddad eu disse que na hora que fosse fazer a diferença entraria e entrei. Não tem nenhum vínculo [com a indicação]", disse.
Expectativa
Para o presidente da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, Eduardo Barata, que a nomeação de Marta pode resultar em mais recursos e maior força política para o MInistério da Cultura.
“Além de ter sido uma escolha política da presidenta Dilma Roussef, Marta Suplicy transita junto ao Poder Executivo com mais força. Eu tenho certeza de que haverá um outro olhar, o MinC passará a ter mais importância”, disse Barata à Agência Brasil.
Para ele, faltava à ministra Ana de Hollanda uma boa interlocução com o Parlamento, o que não ocorre com a senadora Suplicy. Duas políticas para o teatro adotadas por Marta quando prefeita de São Paulo foram elogiadas pelo presidente da APTR: a iniciativa de levar espetáculos profissionais aos CEUs (centros educacionais unificados) e a Lei de Fomento ao Teatro, que concede financiamento a grupos teatrais, dentro da meta de levar espetáculos para as regiões periféricas da cidade.
Ex-prefeita da cidade de São Paulo, a senadora petista foi ministra do Turismo durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
Nota do Editor: Por essa, nem a senadora esperava. Estava sendo articulada a sua nomeação para a Embaixada do Brasil em Washington, como parte do acordo em razão da sua desistência de candidatar-se a prefeita de São Paulo, abrindo o caminho para Fernando Haddad. Ao longo desse processo, amuada, Marta criou uma série de embaraços para o candidato indicado por Lula. Bem situada nas primeiras pesquisas de opinião - onde aparecia bem como postulante - Marta era uma peça importante na engrenagem da candidatura petista. Ora porque mantém o controle e influência sobre ala estratégica da composição do PT naquele Estado, ora porque possui densidade eleitoral onde o candidato sequer é conhecido, na periferia de São Paulo. No último domingo, abandonou a Louis Vuitton e o salto alto para acompanhar o candidato, o que já se prenunciava um acordo com o Planalto. É embaraçoso especular sobre o futuro de Marta naquele Ministério. Desde o início de sua gestão, Ana de Hollanda vinha enfrentando problemas de toda ordem, conforme exaustivamente apontado pela imprensa, seja movidos por integrantes do Governo com os quais se indispôs, seja por entidades de classe. Com a solução, Dilma Rousseff corrige alguns problemas: a) Coloca Marta de uma vez na campanha de Fernando Haddad em São Paulo, fazendo as pazes com Lula; b) Evita um problema com o Itamaraty, diexando de nomear para o cargo de embaixadora alguém que não é do quadro de carreira do órgão. Diante dos impasses que o PT está enfrentando nessas eleições, São Paulo passou a ser a maior prioridade da agremiação, uma vez que a toalha já foi jogada em  praças como Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte. 

Humberto Costa quer ministros ao seu lado

                       
Humberto Costa quer ministros ao seu ladoFoto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr e Tarsio Alves/Divulgação

A vinda do primeiro escalão do Governo dilma Roussef daria um gás novo à campanha petista, que vem caindo nas pesquisas, e que perdeu ainda mais força com a não confirmação do ex-presidente Lula nos eventos programados pela legenda no Recife; junto com o apoio ministerial, partido eleva o tom das críticas ao PSB no guia eleitoral

11 de Setembro de 2012 às 12:41

Leonardo Lucena_PE247 – Com a tentativa de “carimbar” a afirmação do ex-presidente Lula em seu guia de que possui “experiência política e competência administrativa”, o candidato à Prefeitura do Recife (PCR) pelo PT, Humberto Costa, está juntando todas as suas forças para trazer ao Recife oito ministros para participarem de sua campanha no que seria uma demonstração de prestígio junto ao Governo Federal. A vinda do primeiro escalão do Governo dilma Roussef daria um gás novo à sua campanha, que vem caindo nas pesquisas, e que perdeu ainda mais força com a não confirmação da participação do ex-presidente Lula nos eventos programados pela coordenação de campanha.
As informações dão conta de que o atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desembarcará no Recife no próximo dia 20. Com o programa Clínicas da Família, cujas unidades ainda não foram construídas na Capital, o senador pretende deixar claro à população que não terá maiores dificuldades para captar recursos. E, neste caso, trata-se de uma área, ao lado da segurança pública, a qual os recifenses estão mais insatisfeitos. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também integra a lista do candidato petista.
Enquanto Lula não confirma sua vinda à capital pernambucana, o postulante almeja mostrar que sua articulação política encurta o caminho para a concretização de seus objetivos relacionados à gestão administrativa, caso seja eleito. Uma tecla que vem sendo batida constantemente é reafirmar que a experiência política de Humberto Costa - nas Câmaras Federal e Municipal, Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), Senado Federal, Secretaria Estadual das Cidades, Secretaria Municipal e Ministério da Saúde – têm mais peso que a história de Geraldo Júlio, que nunca exerceu nenhum cargo eletivo.
Ao mesmo tempo, as cutucadas em Geraldo Júlio não param. Mas, agora, as alfinetadas estão mais severas. Na última apresentação do guia eleitoral, a equipe de Humberto Costa está tentando desconstruir o candidato Geraldo Júlio, alegando que o mesmo, indevidamente, amplia seu currículo atribuindo para si a execução de alguns projetos.
Entram nesta lista, por exemplo, o Pacto pela Vida, que segundo o guia, foi coordenado pelo sociólogo José Luiz Ratton, e a fábrica da Fiat, em Goiana, Zona da Mata Norte, fruto de uma articulação entre o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e o hoje ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
Sobre este assunto, um alto integrante do PSB socialista comentou que “a campanha de Humberto Costa está chegando ao desespero. Desde as eleições de 1988, quem partiu para este tipo de ação, com ataques desta natureza, acabou perdendo o pleito. É o que vai acontecer agora”, observou.
Paralelamente, integrantes do PT querem que a participação do ex-prefeito e atualmente candidato a vice, João Paulo, seja mais “viva”. A partir daí, abre-se uma nova expectativa sobre os impactos que isso terá na campanha de Costa. É sabido que, até o momento, o alto grau de popularidade de Lula não foi um instrumento para manter o senador na liderança das pesquisas eleitorais. E no caso de um ex-gestor que deixou o governo com quase 90% de aprovação? Até o momento este impacto também não tem refletido nas pesquisas de opinião.
Agora, é esperar para ver o que vai ser do PT nessa reta final de campanha e se as estratégias de constantes ataques a Geraldo Júlio somadas ao peso que o nome de João Paulo tem em meio ao eleitorado recifense serão suficientes para fazer de Humberto Costa vitorioso nessas eleições.

Nota do Editor: Ontem o senador Humberto Costa e o Deputado Federal João Paulo tiveram uma longa conversa com Lula, testemunhada por Rochinha. Não sei se há muito coisa a fazer diante do quadro, como já informamos em outras ocasições. A presença de Lula term sido constantemente posta em dúvida, ora em razão de seus problema de saúde, ora em razão das contingências políticas que estão em jogo, como a de ter que explicar porque o Recife e não outras cidades onde o partido enfrenta as mesmas dificuldades. Por outro lado, os grãos-petistas começam a por em dúvida as reais possibilidades de mudança do quadro com a presença de Lula. Consideramos que a situação do Recife já está definida, uma vez que Eduardo Campos, aparentemente, apesar de se constituir numa alternativa real de poder, refreou suas aspirações, deixando Lula, Dilma e caciques do PT mais tranquilos. A bem do It's true, acho que não interessa mais a Lula vir ao Recife. Seus problemas maiores com o Eduardo não estavam relacionados às querelas com o PT, mas, sobretudo, em razão de suas ambições pelo Planalto.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Nota Oficial do Candidato Roberto Numeriano.

 
 
"Não há Direito para o pobre. Ao rico tudo é permitido". (Letra da "Internacional Comunista", hino internacional dos trabalhadores)

No domingo à noite, dia 09, fomos barrados no debate da RedeTV, que não nos convidou, mas, por força de uma liminar concedida pelo juiz eleitoral, ganhamos o direito de participar. A mesma liminar foi cassada depois, e por isso ficamos de fora. Nunca me encantei pelo Direito e suas formalidades porque, nunca sociedade de classes, as leis e a maior parte das decisões judiciais são feitas conforme a ideologia dominante dos magistrados (em geral, gente de direita e até reacionária que, quando jovem, nos bancos universitários, exibe tintas liberais, mas depois, talvez por conta de um "complexo das origens pobres", começa a pensar conforme os patrões togados). Esse dado é produto de várias pesquisas de mestrado e doutorado. Não sei e não me interessa o nome de quem cassou a liminar. Mas o fato é que não devemos esperar muito de um Direito exercido sob o peso do capital privado, sobretudo na esfera pública. Esse "Direito" dos ricos sempre encontra uma "brecha", um argumento supostamente jurídico para embasar o que até pode ser "legal", mas em essência é ilegítimo.

Foi o caso flagrante de ontem, quando fomos barrados. Estávamos lá para discutir a cidade, o Recife e as demandas de seus habitantes, conforme a crítica e o projeto de sociedade da Frente de Esquerda PCB-PSOL, que sem dúvida é a única que rompe, no conceito e na prática, com a apropriação privada do interesse público recifense, com o controle privado por parte de empresas (construtoras, concessionárias de ônibus, entidades patronais, grandes empresários do comércio e indústria), que hoje definem e decidem o que deve ser o Recife e a vida do recifense. Esse poder econômico escarnece da democracia, mesmo formal, conquistada a duras penas por militantes sociais e políticos de várias gerações. Esse poder corrupto, desumano e degenerado impõe quando, o que e onde devemos falar. Esse poder reacionário abusa da liberdade de expressão para ser contra a liberdade de expressão.

A RedeTV, dentre outras, se arvora no direito de negar a voz de quem quer falar aos recifenses. Se alguma lei assim permite, devemos dizer que esse direito é ilegítimo, porque autoritário. Se alguma lei nos impõe o silêncio, devemos protestar e gritar, pois essa lei é fascista e merece total desobediência civil. Peço que boicotem a programação de todas as emissoras de rádio e TV que não respeitam o direito de candidatos iguais disputarem em condições de igualdade o voto do recifense. Ingressei aos 21 anos na militância política, ainda sob a ditadura militar. Não admito ter lutado tanto, junto com meu Partido ( o PCB, que teve dezenas de militantes mortos e desaparecidos na luta pela democracia), para ter cassado o meu direito de debater a cidade com o povo recifense. Como cidadão recifense, jornalista, político, cientista político e professor estou revoltado e indignado, sobretudo pela humilhação imposta pela RedeTV, que, embora sabendo da cassação da liminar, solenemente nos ignorou no hall do Empresarial JCPM, cujos seguranças, quando abríamos a cancela para obter explicações (pois, de fato, nos tratavam com solene desprezo), vieram acintosa e rispidamente nos barrar, como uma ameaça velada de que nos bateriam se passássemos da cancela. Estávamos com uma liminar na mão e fomos tratados como invasores, como bandidos. Não basta a humilhação da mídia impressa, que nos "invibiliza" diariamente?

E o fato é que as redes de emissoras de rádio e TV, além dos jornais, são concessões públicas. O Estado Democrático de Direito, se estivéssemos numa democracia verdadeira, deveria garantir o acesso igualitário a esses meios, para o debate livre e democrático de idéias. Mas garante, desde que a voz fique amestrada, fale nos termos da ordem burguesa autoritária e restritiva de direitos, como o direito e garantia fundamental da expressão da opinião. Essa é, concretamente, a democracia dos ricos, dos poderosos, da elite corrupta que tornou nossa cidade degradada, uma cidade capturada por grupos empresariais que imaginam calar para sempre a voz do povo recifense. Esse Império do Mal, esse banquete de horrores, um dia vai cair. Todos os impérios caem, não será esse, sob esse Direito feito para a elite escarnecer dos outros, que vai durar para sempre. O povo sempre percebe, cedo ou tarde, o que está em jogo.

Perdoem, caros recifenses, meu desabafo e indignação. Mas há momentos em que ou falamos ou sufocamos sob o peso de tanta injustiça política, moral e jurídica. Peço que divulguem pela rede esse protesto.

Roberto Numeriano é candidato da Frente de Esquerda PCB-PSOL.
 

domingo, 9 de setembro de 2012

Cristovam Buarque: O PT envelheceu

                      
“O PT envelheceu”Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) participou de ato de campanha em apoio ao candidato Geraldo Julio (PSB) à Prefeitura do Recife e criticou a postura adotada pelos petistas na campanha; parlamentar avaliou sentimento da população em relação ao PT como “esgotamento”

08 de Setembro de 2012 às 17:48
PE247 - Quem prestigiou a campanha do candidato à Prefeitura do Recife pelo PSB foi o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Durante uma caminhada neste sábado (8) na Zona Norte da capital pernambucana, ao lado do prefeiturável e do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, o parlamentar criticou o processo de desconstrução do PT em relação ao à chapa que seu partido integra, dizendo que avalia a atitude dos petistas como um processo de “esgotamento”.
“Em física, se chama fadiga de material. Em política se chama esgotamento. As caras ficaram velhas e o PT envelheceu”, cutucou o pedetista. Além disso, o senador também afirmou que “o Recife não é o quintal de São Paulo”, além de reforçar que PDT e o PSB não são “vassalos” dos petistas.
“Vim aqui para dizer a vocês a responsabilidade de cada um nesse momento. O Brasil inteiro está observando”, continuou. Apesar do discurso, Cristovam acredita que não há afronta na disputa entre o PSB e PT no âmbito federal e que isso não irá interferir na relação com o governo Dilma e com o ex-presidente Lula. “A presidente não pode dizer que o Brasil é do PT. O Brasil é dos brasileiros”, finalizou.

sábado, 8 de setembro de 2012

Apoio do Professor Michel Zaidan a Edilson Silva 50.000


The Economist: Asian Welfare States

New cradles to graves

The welfare state is flowering in Asia. Will it free the continent from squalor? Or sink it in debt?


A CARTOON cat decorates the T-shirt worn by Agus Kurniawan, a two-year-old cradled in his mother’s lap. But the cat is hard to see, because young Agus cannot hold himself upright. His body is bowed by microcephaly, an undersized skull and brain, which plays havoc with his motor functions.
His mother has been advised to seek therapy in Bandung, 60km (37 miles) away from their home in Gunturmekar, a village in the Indonesian province of West Java. The family’s medical bills there would in principle be paid by the government under a scheme called Jamkesmas, which has covered over 76m of Indonesia’s poorer citizens since 2008.
But his mother says she cannot afford to make the trips. Her hopes now rest with another scheme called PNPM Generasi. It gives funds to the village (about 47m rupiah, or $5,300 last year) which a board of 11 villagers decides how to spend. But it is doubtful Agus will qualify. PNPM Generasi is dedicated to improving school attendance, maternal health and infant nutrition. But feeding is not Agus’s problem, his mother admits. He’ll eat anything.
For decades Indonesia’s government has tried to improve the lot of villages like Gunturmekar through piecemeal projects. Some, like Jamkesmas, have breadth but no depth: it has an annual budget of less than $10 per person. Others, like PNPM Generasi, respond to the community’s demands not the individual’s. But Indonesia is now embarking on something more systematic: it is laying the foundations of a welfare state.
Last October Indonesia’s parliament passed a law pledging to provide health insurance to all of the country’s 240m citizens from January 1st 2014. One government agency will collect premiums and foot the bills, making it the biggest single-payer system in the world, says Dr Hasbullah Thabrany of Universitas Indonesia in Jakarta. The same law also committed the government to extend pensions, death benefits and worker-accident insurance to the nation by July 2015. The government has said little about the cost or generosity of these broader benefits. If Indonesia tried to universalise the kind of package now enjoyed by civil servants and 9m salaried employees, it would have to collect over 18% of wages to fund the scheme fully, according to calculations by Mitchell Wiener of the World Bank. Passing the law is always easier than paying for it.
Indonesia is not the only country in developing Asia rapidly expanding health insurance. In the Philippines, 85% of the population are now members of PhilHealth, the government-owned health insurer, compared with 62% in 2010. China’s rural health-insurance scheme, which in 2003 covered 3% of the eligible population, now covers 97.5%, according to official statistics. India has also extended (albeit modest) health insurance to roughly 110m people, more than twice the number of the uninsured Americans whose plight motivated Obamacare; this is, as America’s vice-president once said about his boss’s reforms, a “big fucking deal”.
This new Asian interest in social welfare goes far beyond health. Thailand, which achieved universal health care in 2001, introduced pensions for the informal sector in May 2011. China’s National Audit Office last month declared that the country’s social-security system was “basically” in place. India expanded its job-guarantee programme to every rural district in 2008, promising 100 days of minimum-wage work a year to any rural household that asks for it.
Tigers turning marsupial
Rich countries like South Korea and Taiwan have gone further. In 2008 Korea introduced an earned-income tax credit, a universal basic pension and an insurance scheme providing long-term care for the elderly. December’s presidential election is fast becoming a game of welfare one-upmanship. Even Singapore, long opposed to the idea of a “crutch economy”, offered cash handouts, disguised as tax rebates, to people with low incomes and low-rent homes in this year’s budget.
Although poorer countries still limit themselves to ad hoc welfare offerings, fitting the spending level to revenues one budget at a time, there is an increasing trend towards entitlements served by statutory institutions that will outlive the budgetary cycle. As these systems mature, welfare provision will be demand-led, not supply-driven; welfare will become integral to the state. Asia’s tigerish economies are turning marsupial, carrying their dependants along with them as they prowl.
Some of the national leaders who unleashed those tiger economies would be shocked and disturbed by the development. To them the welfare state was a Western aberration that would serve only to undermine thrift, industry and filial duty. Those virtues, they argued, underpinned their economic miracles and won envious admiration abroad, not least in Western countries bent under the weight of their social obligations.
That is not to say that Asia boomed in the complete absence of welfare provisions. But its arrangements took a distinctive form which Ian Holliday of Hong Kong University has termed “productivist”. This model subordinated social policy to economic goals. In Europe, some politicians like to say growth is necessary to pay for health care and other goodies. Productivism reversed that logic: welfare provision is a means to the end of economic progress, not the other way around.
Institutionalised welfare provision was reserved not for the neediest cases, but for workers in the most productive industries. Even for these lucky few, welfare was not a right or an entitlement; it was more like an investment in manpower. Welfare services (injury insurance, health care, pensions) were delivered by state-owned corporations rather than ministries, in part so that no one would come to think of pensions and health as the state’s responsibility. This model of welfare tried to keep savings high and work incentives sharp. In Korea, for example, anyone aged 18-65 used to be ineligible for public assistance.
Thus Asia’s tigers kept social spending low as a percentage of GDP while their economies grew at unprecedented rates. This rapid economic progress was combined with big social advances in literacy and life expectancy. But the model fell foul of two closely linked disruptions and one implacable trend.
The trend was a steep decline in fertility. The average South Korean woman can now expect to give birth to only 1.39 children in her lifetime; in Singapore, the figure is 1.37; in Hong Kong, only 1.14. This welfare model assumed that Asia’s tightly knit families would take care of the social responsibilities its governments refused to shoulder. But asked to tutor their children, care for their parents and supplement their husband’s income, women have rebelled. The Singaporean women interviewed by Shirley Hsiao-Li Sun, a sociologist at Nanyang Technological University in Singapore, “want more direct and universal state subsidies, especially for education and health care,” she writes.
The disruptions were the interruption of miracle growth and the erosion of authoritarian rule. The Asian financial crisis of 1997-98 resulted in a spike in lay-offs among industrial workers, and governments found it impossible to leave the jobless masses to their fate. Before 1998, none of Taiwan’s unemployed got state benefits. By 2001, all of them did. In South Korea President Kim Dae-jung pushed through a controversial 1999 act guaranteeing a minimum income to the poor, even if they could work. That minimum is now about 97% of America’s poverty guideline, measured at purchasing-power parity, in a country with only about 67% of America’s GDP per head.
Asian values and welfare
At the same time, in much of Asia, newly assertive opposition parties showed that the distaste for welfare expressed by authoritarian leaders was not shared by the population at large. Welfare promises won votes. Even in China, where there are no national votes to win, policymakers began to promise a “harmonious society” not just a fast growth rate.

It seems that every country that can afford to build a welfare state will come under mounting pressure to do so. And much of Asia has hit the relevant level of prosperity (see chart 1). Indonesia is now almost as developed as America was in 1935 when it passed the landmark Social Security Act, according to figures compiled by the late Angus Maddison, an economic historian. China is already richer than Britain was in 1948, when it inaugurated the National Health Service (NHS) which, to judge by political ructions—and Olympic opening ceremonies—has become crucial to its sense of national identity.
Asian welfare still looks lean by Western standards. Public health spending is still only 2.5% of GDP, compared with about 7% in the OECD group of rich nations. That will change as Asia ages, but high co-payments (in South Korea), low payments to hospitals (in Thailand) and sparse facilities (in Indonesia and elsewhere) have also contained costs.

The results of the region’s welfare-state-building are neatly summarised by the Asian Development Bank’s Social Protection Index (see chart 2). It divides a country’s social spending by the number of potential beneficiaries and expresses the result as a percentage of the country’s GDP per head. If Japan’s social-security spending were divided in this way, each beneficiary would receive about 13% of the country’s GDP per head. For South Korea, even after two decades of democracy, that figure is only 7.1%
Asian countries have tended to spread their spending thin. South Korea’s means-tested basic pension covers about 70% of the elderly but pays only 5% of the average wage, according to Randall Jones of the OECD. Indonesia’s Jamkesmas scheme purports to cover everyone in the bottom 30%. But in reality, about 80% of cardholders do not know what they are entitled to, and some, like Agus’s mother, could not make it to a hospital even if they did.
The paucity of Asia’s coverage partly reflects distinctive problems. One is informal workers, who remain a big share of the labour force by rich-world standards even in relatively prosperous countries, where they include everyone from day labourers to self-employed lawyers. When Thailand tried to enroll people who were neither poor nor employed by big firms in a voluntary health-insurance scheme in the 1990s, the sick tended to join but the healthy stayed away, leaving a large share of the population uncovered. In 2001 the government decided it was cheaper to pay for their coverage itself, demanding only a 30-baht co-payment per visit to the doctor.
Just as contributions are hard to collect, so beneficiaries are often hard to identify. Many Asian programmes are intended only for the poor, but they can be hard to distinguish from everyone else. Over half of the Indonesians who now hold the free Jamkesmas health-insurance card do not belong to the bottom 30% for whom such cards are intended, says Matthew Wai-Poi of the World Bank. With the bank’s help, the government has drawn up a new list of the indigent, based on proxies for poverty (dirt floors, unprotected wells, shared toilets without drains, and so on) that are easier to verify and harder to manipulate. That said, in other countries people have been known to hide their motorbike and borrow the neighbours’ kids to seem more deserving than they are.
At least Jamkesmas attempts to target the poor. One of Indonesia’s biggest fiscal giveaways subsidises motor fuel regardless of who uses it, and thus mostly ends up with the car-owning rich. Last year those subsidies cost the government nine times what health care did.
The third problem is the sheer size of some countries and their range of living standards. Enforcing national welfare standards in a country like China, India or Indonesia is more akin to establishing common standards, not in a single country like Germany or Greece, but in the European Union as a whole—not something that has advanced noticeably far in 50 years.
Second-mover advantage
Under the current system migrant workers in China worry that their pension entitlements will not follow them if they move from one province to another. The owner of the Fukang Market store in a village outside Beijing is originally from Shanxi province, 500km away. He and his wife have not joined the local pension scheme, worried that if, say, their store were torn down, they would have to move—but their pension would not follow.
However, as latecomers to the welfare state, Asian countries also have certain advantages. They can learn from the West’s mistakes, and they can leapfrog some of its obsolete practices.

The starkest lesson they can learn is fiscal. Bambang Widianto, the head of Indonesia’s task-force against poverty, confesses to being scared by the example of Greece. Unlike Singapore, where citizens are required to contribute to a provident fund from which their pensions will be drawn, the pensions Indonesia has promised to offer to the nation in 2015 will be partly on a “defined benefit” basis, under which a person’s pension may not necessarily match his contributions. The government thus has crucial decisions to make about the size of the benefits and the distribution of the burden. Unfortunately, Mr Widianto says, “no one is doing those calculations right now.”
Statutory retirement ages tend to be low in developing Asia: averaging 59 for men and 58 for women, according to the OECD. In Thailand, people can withdraw their pension fund at 55 and many workers are required to retire at 60. Thai women can expect to live for 27 years after retirement, the OECD calculates; Sri Lankan women for almost 35 years. Fortunately, the fiscal problems implicit in such longevity can be headed off before the new schemes mature. As M. Ramesh of the Hong Kong Institute of Education points out, South Korea cut the benefits offered by its national pension scheme, introduced in 1988, before anyone had made the 20 years of contributions required to qualify for it.
New technological possibilities should make Asia’s schemes cheaper to run than the West’s old ones. Britain’s NHS spent almost ten years and £6.4 billion trying to get its records digitised before abandoning the effort last year. India’s new health-care scheme for the poor aims to be cashless and paperless from the start, using swipeable smart cards to make payments and convey information. In Pakistan over 140,000 poor people have received cash transfers over the phone under the Benazir Income Support Programme.
Some Asian countries will increasingly stake out the welfare frontier. The region has already set some records. Singapore must be the only capitalist society to house more than 80% of its population in public housing. South Korea beats the world in college enrolment (it has more students than 18- to 23-year-olds).
Beyond catch-up

But Asian countries will also face new challenges—or at least old challenges accelerated (see chart 3). Singapore, South Korea and Hong Kong are ageing faster than any other countries. By 2040 they will have fewer than two people of working age to support every person aged 65 or more. They will have to pioneer ways to lighten that burden and keep the elderly active. In the West, the welfare state rescued the elderly from indigence. In the East, it will have to spare them from indolence.
South Korea already subsidises the employment of the elderly. It is now also beginning to socialise the burden of caring for them. In 2008 it introduced insurance for long-term geriatric care. Needy cases are given a score out of 100 for decrepitude, based on whether they can brush their teeth, remember their birth date, and so on. If their score is bad enough, they may get help from the state with daily tasks like bathing or housework.
Singapore is helping people to flog their homes rather than to tidy them. It is offering S$20,000 ($16,000) to over-54-year-olds if they sell their flat, save the proceeds and move into one of the small studios the government is building.
By 2030 Asia (excluding Japan) will account for over half of the world’s elderly and about half of the global burden of non-communicable diseases, like cancer and diabetes. If Asia’s welfare provision continues to widen and deepen, the region will host most of the world’s pensioners and patients. Asia may no longer boast a distinctive welfare model. But by the time Agus’s mother retires, the world of welfare will have become increasingly Asian.

Caiu o "ibope" do IBOPE.

Caiu o 'ibope' do Ibope


 

Há dois dias um dos assuntos mais comentados entre jornalistas paraibanos é o episódio do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), que foi flagrado aplicando questionários de pesquisa de intenção de voto em João Pessoa, nos quais o nome da candidata Estela não aparecia.

Desde então, confesso, tenho pensado muito sobre o assunto. Como homem de comunicação, desde muito cedo aprendi a respeitar o nome do Ibope e, de certa forma, até temê-lo. Afinal, é o Ibope quem afere os níveis de audiência dos programas que apresento, tanto de rádio quanto de TV, garantindo a estes programas o primeiro lugar em audiência, consecutivamente.

Em períodos eleitorais, a pesquisa do Ibope é uma das mais esperadas, afinal o Instituto é o único que conseguiu entrar nos dicionários de língua portuguesa como sinônimo de pesquisa de opinião pública para medir preferências e orientar propaganda e venda e, como uma espécie de neologismo cujo significado é “prestígio”.

Acredito que, como eu, o povo pessoense – e paraibano – se sentiu imensamente desprestigiado pelo Ibope quando foi informado, por ocasião do flagrante erro gravíssimo cometido pelos entrevistadores, de que não era o Ibope quem estava coordenando a pesquisa aqui em João Pessoa, mas uma empresa terceirizada: a XT Comunicação, de Pernambuco.

Ou seja, João Pessoa, uma das cidades mais importantes do Nordeste e uma das 27 capitais brasileiras, não é merecedora da atenção do Ibope, que para cá terceiriza serviços de uma empresa absolutamente desconhecida e sem nenhuma referência que a qualifique para cumprir uma missão tão importante quanto a de aferir a tendência do eleitorado local.

Outro ponto que não pode ser omitido é o contratante do Ibope – e não da XT Comunicação – para fazer a tal pesquisa: o Sistema Paraíba de Comunicação, do qual faz parte a afiliada da Rede Globo na Paraíba, a TV Cabo Branco (Grupo São Braz).

Será que a empresa não sabia que o Ibope terceirizava os serviços e sequer se dava ao trabalho de conferir os questionários de pesquisa? Será que foi coincidência deixar de fora das cédulas o nome de Estela, candidata que tem a bênção do governador Ricardo Coutinho, que o Sistema Paraíba de Comunicação faz tanta questão de combater?

Se não sabia, cometeu um erro grave, uma vez que pagou por uma pesquisa Ibope, registrando-a como tal junto ao Tribunal Regional Eleitoral, e não verificou o que estava recebendo.

Se sabia, cometeu um erro gravíssimo, pois anuncia aos seus telespectadores a pesquisa do Ibope e não da XT Comunicação, que é quem de fato realizaria o levantamento.

Na Paraíba, quando o assunto é pesquisa de intenção de voto, o Ibope já não era lá tão bem quisto. Ainda está fresco na memória o que o Ibope fez em 2010, quando realizou pesquisa de boca de urna e fez um dos maiores apresentadores de TV do Brasil, Wiliam Bonner, passar um vexame em cadeia nacional, anunciando às 17h02 que na Paraíba não haveria segundo turno e que José Maranhão estaria eleito com 56% dos votos. Todo mundo sabe que houve segundo turno e que neste Ricardo Coutinho teve maior votação e se sagrou governador da Paraíba no segundo turno.

Acredito que Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope, seja um homem sério e que não macularia a imagem de seu instituto em troca de vantagens, promovendo esse tipo de safadeza. Mas, o Ibope tem diretores, coordenadores e outras pessoas que podem, sim, usar o nome do instituto para prejudicar candidatos que são desafetos de seu contratante.

O pesquisador ouvido por ocasião do flagrante disse que é comum o Ibope terceirizar serviços em alguns estados. Pode até ser. Mas, me recuso a acreditar que o instituto não tenha critérios nessas terceirizações e se alie a uma empresa que não tem seque página na internet e da qual ninguém nunca ouviu falar.

Pessoas como o marqueteiro Jurandir Miranda, proprietário da Agência Mix, que fez campanhas eleitorais em Pernambuco, como a de Miguel Arraes, e Paulo André, secretário de comunicação de Pernambuco e ex-secretário de Comunicação de Recife, que são meus amigos, também nunca ouviram falar na XT Comunicação.

Estranho, né?

O caso ainda está sendo apurado pela Justiça Eleitoral, mas se sabe que das cédulas apreendidas, em pelo menos 10% não consta o nome da candidata Estela como uma das opções de voto do pessoense.

Já pensou o prejuízo irreparável que a candidata Estela teria se a fraude não tivesse sido descoberta a tempo e a tal pesquisa fosse amplamente divulgada pelos veículos de comunicação do Sistema Paraíba?

O Ibope precisa se explicar sobre o episódio. E, por respeito aos seus telespectadores, o senhor Eduardo Carlos, presidente do Sistema Paraíba de Comunicação, também deve a todos nós – eleitores – explicações sobre o assunto. Afinal, seja por omissão ou por conivência, o Sistema é tão responsável quanto o Ibope e a XT Comunicação, sua parceira nessa lambança.

Fonte: Fabiano Gomes, www.politicapb.com.br

Lula estaria alimentando as desavenças entre Eduardo e Ciro Gomes.


 
Embora seja perfeitamente possível uma reavaliação do quadro nas eleições municipais do Recife, contingenciado, até mesmo, uma reaproximação entre PT e PSB, por enquanto, as animosidades permanecem sendo alimentadas e até mesmo provocadas, como ocorreu recentemente quando Lula convocou um inimigo do governador Eduardo Campos, Cid Gomes, para participar de um comício pró-Haddad, em São Paulo. A ideia, segundo afirmam, seria a de “apimentar” as disputas internas do PSB, provocando, quem sabe, um cisma que o mandachuva do partido tenta evitar a todo custo. Não há interesse de Eduardo Campos em alimentar suas desavenças com a família Ferreira Gomes. Num momento delicado da disputa presidencial de 2010, o próprio Eduardo interveio para evitar uma candidatura de Ciro Gomes, facilitando a vida do casal presidencial Lula/Dilma. Vejam quantas voltas a política é capaz de proporcionar.