pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O sigilo no uso dos cartões corporativos.
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Editorial: O sigilo no uso dos cartões corporativos.



Sugere-se que chegamos a um estágio de banalização do uso indevido ou irregular dos chamados cartões corporativos. Advertíamos por aqui, em inúmeras ocasiões, que, se o Governo Lula3 não tomasse medidas urgentes para republicanizar ou reinstitucionalizar as normas de uso desses cartões em sua gestão, acabaríamos com a sua desmoralização absoluta. Decretar medidas impondo sigilo público ao dinheiro gasto com essa finalidade foi uma medida profundamente infeliz. Antes havia denúncias de que os recursos de nossos impostos foram utilizados até para pagar cachorros quentes de apoiadores, em padarias que se tornaram conhecidas depois que tais denúncias vieram a público, durante as motociatas. Agora vale perguntar se não estariam pagando sanduiches de mortadelas, como se as praticas equivocadas permanecessem. Na medida em que se impõe sigilo, a conclusão é de que há algo a esconder. 

Infelizmente, quem perde com isso é a res publica, o pagador de impostos. Durante a campanha de 2022 este foi um tema dos mais polêmicos, onde ficou combinado com o eleitorado a quebra desse sigilo, para que a sociedade conhecesse, justamente, o que estava se tentando esconder. Tratamos aqui de uma profunda contradição quando o Governo Lula3 decreta sigilo sobre alguns gastos. Um equívoco que, certamente, será explorado durante a campanha de 2026. O PT entrou num circuito bastante complicado. Ontem falávamos aqui sobre os complicadores em praças estratégicas do ponto de vista eleitoral, a exemplo dos colégios eleitorais de São Paulo e Minas Gerais, onde pode-se dizer que o partido não tem nomes competitivos para a disputa. 

O partido perde capilaridade política até em redutos tradicionais, a exemplo da Bahia, onde obteve a maior performance durante as eleições de 2022. Tornou-se vexaminosa a ausência de público no evento realizado na cidade de Parnamirim. No Congresso crescem as expectativas sobre as pautas bombas além das eventuais viabilizações de CPIs contrárias ao Governo. Em seu editorial do dia de hoje, o Estadão sugere que Lula estaria deixando de ser presidente para tornar-se candidato às eleições de 2026. Se assim o for, a chamada colheita fica mais uma vez adiada. Somente para 2026. 

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