pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Hugo Motta nega que houve uma tentativa de golpe de Estado no país.
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sábado, 8 de fevereiro de 2025

Editorial: Hugo Motta nega que houve uma tentativa de golpe de Estado no país.



Há alguns assuntos controversos, outros nem tanto. Desde algum tempo que as nossas instituições democráticas sofrem o assédio sistemático de forças conservadoras, que tentam estabelecer no país um regime de governo autoritário. Não se pode negligenciar essas movimentações de caráter golpistas, que se intensificaram desde de 2013, sob pena de entrarmos numa espiral perigosa, marcada pela privação das liberdades individuais e coletivas, de consequências inimagináveis para toda a sociedade. A democracia precisa ser defendida com todas as nossas forças. Neste contexto, causa estranheza e preocupações quando um dos dirigentes do Poder Legislativo encampa teses negacionistas, sugerindo que deverá dar prosseguimento ao pleito da oposição no que concerne à proposta de anistia aos envolvidos no 08 de janeiro. 

Hugo Motta, pragmaticamente, estaria apenas cumprindo acordos de campanha assumidos com a bancada do PL, que congrega boa parte dos bolsonaristas. Ontem ficamos sabendo que até mobilizações de ruas estão sendo programadas para março com este mesmo propósito, assim como esta será a bandeira prioritária da oposição para as eleições de 2026. Houve uma tentativa de golpe no país, envolvendo civis e militares de várias patentes, inclusive com a anuência de alguns militares de alto coturno. As investigações encetadas pela Polícia Federal já demonstraram isso de formal cabal, com dezenas de indiciados. O relatório da CPI do Golpe aponta e pede providências sobre os autores dessa tentativa de solapar as instituições democráticas do país. 

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche afirmava que todo discurso era uma farsa e toda palavra uma fraude, uma vez que não externavam as verdadeiras intenções de seus autores. Fica claro que as indisposições entre os Três Poderes estão longe de ser contornadas. Ao contrário, tendem a agravarem-se, uma vez que o Judiciário e o Executivo, sobretudo no tocante a esta questão, assumem posições diametralmente opostas. Com um Executivo fraco, perdendo, por inúmeros motivos, apoio da população, o cenário que se vislumbra não é nada promissor. 

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