O estudo é simples, mas denso, preciso e sobretudo preocupante. O site Poder 360 publica, no dia de hoje, 09, um estudo que deve trazer muita dor de cabeça ao Palácio do Planalto. Desde algum tempo o PT se envolveu num enrosco sem tamanho junto a um eleitorado que tem se tornado cada vez mais decisivo nas eleições do país: O eleitorado evangélico. O PT já fez de tudo para recuperar terreno junto a este nicho eleitoral, mas tudo se mostrou insuficiente para reconquistar a capilaridade do partido neste segmento do eleitorado. Como se sabe, em tempos idos, nos primórdios do PT, a relação era de outro padrão. Abrir espaço no Governo para seus representantes no parlamento? Fazer acenos específicos para o grupo ou capturá-los através da melhoria de indicadores econômicos, sem tanta especificidade, conforme alguns recomendam desde as eleições de 2022?
O fato concreto é que o hiato foi mantido desde então. Aliado a este fato, conforme aponta a pesquisa realizada pelo Mar Asset Management, há o agravante do aumento desse contingente eleitoral evangélico, algo capaz de impedir a eleição de Lula em 2026, caso o grupo mantenha-se refratário ao PT. Em 2022 os eleitores evangélicos perfaziam o índice de 32,1% do eleitorado total do país. Considerando-se o ritmo de crescimento, prevê-se para 2026 os escores de 36,7% do eleitorado, o que, na prática, mantida as atuais condições de rejeição ao petista, conforme aponta o estudo, seria suficiente para inviabilizar a sua reeleição.
Nem precisamos informar por aqui que a direita ou extrema direita sempre contou com maior simpatia entre este estrato do eleitorado. Reforça este prognóstico sombrio a queda de popularidade do petista, o que seria um outro grande dificultador do processo de reeleição. Estudos apontam que gestor com escores inferiores a 40% de ótimo e bom não se reelegem. Enquanto isso, a SECOM, hoje comandada pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, faz um esforço concentrado para recuperar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Algumas investidas, como a dos bonés, não deram certo.
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