pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Eleições Presidenciais de 2026.
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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Editorial: Ministro Luiz Fux será o relator do recurso impetrado pela defesa de Bolsonaro contra a sua inelegibilidade.



Para os bolsonaristas mais radicais, não existe um plano "B" para as eleições presidenciais de 2026. O nome do capitão estará nas urnas eletrônicas ou, de preferência, nas cédulas eleitorais, já que eles desconfiam da tecnologia, conforme depreende-se. Aliás, foi exatamente este descrédito, tornado público junto a embaixadores estrangeiros, em reunião palaciana, que tornou o ex-presidente inelegível pelos próximos 08 anos. O poder indutor do capitão projetou essa versão esdrúxula junto aos seus eleitores e alguns assessores diretos, produzindo uma série de transtornos para o nosso ambiente democrático.  

Segundo avaliações, Bolsonaro possui uma boa banca de advogados. A trincheira jurídica vai continuar operando, mas eles estão abrindo uma outra trincheira, a política, principalmente num ano de renovação dos mandatos dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Juridicamente, não enxergamos alguma solução para o impasse que envolve a inelegibilidade do ex-presidente. As possibilidades de o Supremo Tribunal Federal se contrapor ou revogar uma decisão TSE são quase nulas. 

Do ponto de vista da política, neste terreno tudo é possivel. Os bolsonaristas negociam nas duas Casas Legislativa uma agenda que envolva a anistia aos participantes do 08 de janeiro, além de uma revogação da inelegibilidade do ex-presidente. O poder de barganha é bastante razoável. Afinal, são 102 Deputados Federais, além de 13 senadores filiados à legenda, num momento onde o que conta mesmo são as expectativas de poder efetivo naquelas Casas.  

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Editorial: O governador Tarcísio de Freitas é um moderado?

 


Alguns órgãos da grande imprensa estão fazendo um esforço teórico enorme para enquadrar, ideologicamente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos-SP), praticamente ungido por alguns segmentos sociais conhecidos como o primeiro nome para a disputa presidencial de 2026. Em momentos assim, entende-se que esses órgãos tentem traçar um perfil menos radical - de preferência moderado, conciliador - do nome ungido pelo mainstream. Aliás, pessoalmente, o governador já afirmou que, naquelas eleições, talvez prefira mesmo renovar seu contrato de locação com o Palácio Bandeirantes por mais 04 anos. 

Interessante é que, por vezes, percebo algum grau de sinceridade nessas afirmações. Por outro lado, a centrífuga política conservadora que tenta empurrá-lo como um adversário natural do petismo naquelas eleições mói muito forte. Até recentemente, um dos órgãos de imprensa que integra essa engrenagem dedicou três longas páginas ao governador, já o credenciando como um potencial candidato ao pleito. Recentemente, ele esteve presente num jantar oferecido ao prefeito Ricardo Nunes, com a presença de atores dos mais influentes no cenário político nacional. 

Eles mesmos teriam admitido que, daquele PIB político, se poderiam emitir fumaças que sinalizariam para a sucessão presidencial de 2026. Esse conjunto de forças tenta apresentá-lo ao eleitor como um político de centro e moderado. Esqueceram de combinar, ao que tudo indica, com os chargistas Triscila Oliveira e Leandro Assis, autores da charge que ilustra este editorial, publicada no dia de hoje, primeiro de maio, no Jornal Folha de São Paulo.