pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : PT da Paraíba
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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Editorial: Cida Ramos fez tudo conforme as regras internas do PT. É o nome que deveria ser escolhido para a disputa.



Há alguns anos atrás, quando produzimos um trabalho acadêmico sobre o Partido dos Trabalhadores, o jornalista que está assumindo a SECOM - Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal - Laércio Portela, era então um colunista de política do tradicional Diário de Pernambuco. Láercio fez uma entrevista com este editor, publicada numa página inteira do jornal, o que à época, já era uma cortesia significativa.  Por essa época o PT ainda guardava algumas reservas ao processo de oligarquização\burocratização, embora essa tendência já pudesse ser observado em alguns processos internos de tomada de decisões da legenda.

O fato é que os setores mais orgânicos daquela organização partidária, por aqueles idos, mesmo diante de mudanças que se tornariam inevitáveis, ainda preservavam os valores que caracterizavam o PT como um caso único no escopo do sistema partidário brasileiro. O cientista político italiano Ângelo Panebianco, afirma que essas características iniciais nunca são abandonadas definitivamente. Talvez ele tenha razão. Observar, em algumas praças, como Fortaleza, por exemplo, a realização de uma prévia para a escolha de um candidato é algo dos mais alvissareiro. 

No caso de João Pessoa, o processo seria o mesmo. Apenas a Deputada Cida Ramos cumpriu todo o rito, conforme um militante da legenda declarou recentemente em entrevista, conversando com as bases, construindo em conjunto as diretrizes de um eventual programa de governo, assumindo compromissos com os segmentos sociais de base da agremiação. Cida Ramos é o nome que deveria ser escolhido para representar o partido na disputa. A outra escolha será protética, burocrática, imposta, e já começa perdendo, por não contar com o apoio de amplos setores de base do partido.Na realidade, o PT - leia-se aqui algumas instâncias deliberativas da legenda - ao recuar das prévias se meteu numa tremenda enrascada.  

Editorial: Executiva Nacional do PT se reúne no dia 20 para definir a situação do Recife e de João Pessoa. Agora vai?

 


No Recife a única alternativa possível ao PT será acompanhar o projeto de reeleição do prefeito João Campos(PSB-PE), conforme já enfatizou um morubixaba local da legenda, mesmo sem a prerrogativa de indicar o nome que comporá a chapa de reeleição do prefeito, na condição de vice. Em João Pessoa a situação foi se tornando mais complicada, à medida em que a legenda abdicou dos processos naturais e orgânicos de escolha, que seriam as prévias, antes previstas, conforme ocorreu em Fortaleza.  

Desde então, o imbróglio só se amplia, criando uma situação cada vez mais complicada, cujo desfecho, muito possivelmente, terá reflexos no desempenho do partido naquelas eleições municipais. Hoje, em matéria do site ClicPB, o Deputado Estadual Luciano Cartaxo, que já foi prefeito da capital por dois mandatos, afirma sua convicção numa candidatura própria do partido naquela praça que, seria, obviamente, ele mesmo. É bom que se diga que Cartaxo foi contra o processo de escolha através das prévias, onde teria que disputar a indicação com a também Deputada Estadual, Cida Ramos.

Os arranjos indicam que o PT caminha para a definição de uma candidatura própria naquela praça. O problema é mais interno. Cida Ramos teria maior penetração nos setores de base e orgânicos da legenda, enquanto Luciano Cartaxo possui maior capilaridade junto à burocracia partidária. Sem as prévias, as chances de Cida Ramos diminuem na mesma proporção em que aumentam as chances de Cartaxo na escolha através de uma deliberação das instâncias partidárias.