pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Eleições municipais
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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Drops Político: Não importa a cor do gato.



Desde que ele cace o rato, como diria o líder chinês Deng Xiaoping, quando a China percebeu que a economia socialista era ineficiente. A esfera política vem sendo perigosamente diluída no país nos últimos anos. O rolo compressor neoliberal, aliado à extrema direita - aqui delimitados apenas simbolicamente - podem explicar este fenômeno. As pautas dos candidatos, em sua maioria, já não se preocupam em estabelecer essas diferenças entre esquerda e direita. Até o radical Partido da Causa Operária já decidiu entrar no jogo da antes abominada democracia burguesa. Há alguns nomes da legenda disputando prefeituras municipais. Inclusive no Recife. 

O PCdoB, aquele mesmo da Guerrilha do Araguaia, está alinhado ao bolsonarismo aqui em Olinda. Não estranha, portanto, que, em entrevista recente, o candidato do PSB à Prefeitura do Recife, João Campos, quando perguntado se seria de esquerda ou de direita, teria respondido que é eficiente. De fato, resta pouca coisa de esquerda no palanque do candidato à reeleição no Recife. A estratégia, inclusive, diz respeito aos cuidados de não afugentar o eleitorado conservador do seu palanque. Um eleitorado, quem sabe até de matriz bolsonarista, que se identifica com a sua candidatura, a julgar pelo sua primeira eleição.  Assinem o nosso perfil na Plataforma Privacy e deixem seus comentários.  

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Editorial: PT tenta uma reaproximação com os evangélicos através de uma agenda social e econômica.

Crédito da Foto: Thiago Coelho\PT


Pelo menos isso o PT entendeu. A identificação dos evangélicos com o o bolsonarismo se dá, sobretudo, através da agenda de costumes. Por aqui o PT jamais construiria uma ponte de reaproximação como esses grupos neopentecostais. A adoção de uma agenda de políticas públicas na área social e econômica, por outro lado, poderia, sim, quebrar, em parte, a resistência desses grupos em relação ao partido. Jamais apostaríamos aqui numa nova lua de mel, como já se verificou num passado distante. A última pesquisa de avaliação do Governo Lula 3, por outro lado, realizada pelo Instituto Quaest\Genial, sugere que as resistências estão sendo quebradas. 

Trata-se de um mingau quente que precisa ser comido pelas beiradas e talvez só fique mesmo nas beiradas. A extrema direita sugere oferecer melhores condições políticas para esses grupos neopentecostais. É como se estivéssemos tratando aqui de um alinhamento natural. Um projeto de poder que não se coaduna-se com o Partido dos Trabalhadores, mas casa como uma luva com o ideário da extrema direita. Daí se entender que tal reconciliação absoluta seria algo impensável.   Até uma pessoa com grande expertise na área, pois é evangélica, a deputada federal Benedita da Silva, desde as últimas eleições, deu este conselho aos dirigentes da legenda. 

Do ponto de vista da área econômica, a trincheira tem sido o Banco Central, apontado pelos líderes da legenda como um órgão que atravanca, deliberadamente, os projetos do partido. Campos Neto deve deixar o cargo, mas já existe quem esteja sugerindo uma devassa da devassa no órgão. Do contrário o partido continuará sofrendo refregas, como esta última do Copom, onde até indicados pela legenda votaram contra as resoluções do Planalto. 


sexta-feira, 19 de julho de 2024

Editorial: Saiu os dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.



Embora aponte alguns indicadores de queda nas taxas de homicídios no país nos últimos três anos, no mais, os dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados recentemente, não são animadores para o país. Na média dos índices de violência em escala global estamos muito mal e, pior, pelas informações apuradas até recentemente através de pesquisas, a questão da segurança pública é hoje um dos assuntos que mais preocupam os brasileiros. Mesmo numa eleição municipal, como a de 06 de outubro, o tema entrou na pauta dos candidatos em todo o país, principalmente nas grandes capitais. 

Aqui em Pernambuco, por exemplo, já existem propostas de armar a Guarda Municipal, agenda defendida pelos principais concorrentes ao Palácio Capibaribe. Para enfrentar este problema, exige-se desprendimento político, ou seja, a conjugação de forças entre Governo, Oposição e Sociedade Civil, algo que se tornou incongruente hoje no país, em razão do clima de acirramento político. O único consenso em torno do assunto diz respeito ao avanço do crime organizado como fator determinante para a ampliação desses índices de violência. Os fatos saltam aos olhos.  Nesses casos, registre-se, igualmente o aumento dos índices de letalidade em operações policiais. 

As mudanças na rota do tráfico, por exemplo, representou a incidência de maiores escores de violência em estados como o Amapá, Bahia, Pernambuco e Ceará, ou seja, estados localizados nas regiões Norte e Nordeste. Na Bahia e Ceará, por exemplo, há guerras abertas entre facções nacionais e estaduais. Essas facções estaduais que, em alguns casos disputam espaços com as facções nacionais, estão se multiplicando. Salvo melhor juízo, apenas na Bahia há quatorze delas em atuação. 

Por uma dessas ironias do destino, os estados que apresentam as maiores quedas das taxas de homicídios em 2023 são São Paulo e Santa Catarina, estados governados por bolsonaristas roxos, como Tarcísio de Freitas e Jorginho Mello.  A imagem acima mostra as cidades mais violentas do país. Sete delas se concentram em estados da região Nordeste.  

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Editorial: A força da direita no Ceará.


Ontem, dia 16, saiu mais uma pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura de Fortaleza, desta vez realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, um instituto que conseguiu angariar grande credibilidade nas últimas eleições presidenciais, obtendo os melhores escores de acertos no primeiro e no segundo turno daquelas eleições. Na realidade, o Instituto divulgou dados sobre a corrida eleitoral em Fortaleza e Salvador. Em Salvador, o Carlismo lidera a corrida com Bruno Reis, do União Brasil, apadrinhado por ACM Neto, que tenta a reeleição.  

No Ceará há, pelo menos, três candidatos identificados com a direita, como é o caso do capitão Wagner, do União Brasil, André Fernandes, do PL, e o senador Eduardo Girão, do Novo. Se somarmos os votos desses candidatos, podemos concluir que a direita vai muito na terra de Patativa do Assaré. No campo progressista, o atual prefeito, José Sarto(PDT-CE), é o melhor ranqueado. O candidato do PT, Evandro Leitão, que conta com o apoio dos caciques da legenda no estado e nacionalmente, aparece com apenas 9,4% das intenções de voto, ficando na quarta posição. 

O ex-governador Camilo Santana, que hoje é o Ministro da Educação, mas concorreu ao Senado Federal nas últimas eleições, foi o grande puxador de votos para o atual governador Elmano de Freitas. Caso curioso de um candidato a senador que puxa voto para o governador. Camilo deixou o Governo do Ceará com avaliação nas alturas. Neste caso, porém, estamos tratando de uma eleição para a capital, Fortaleza. As forças do campo progressista vivem às turras naquela praça, o que amplia as expectativas de êxito do projeto conservador. A direita também não vive em completa harmonia, mas leva vantagem neste momento. O capitão Wagner, que lidera a disputa, pontuando com 33% das intenções de voto, não se entende bem com o deputado federal André Fernandes(PL). Motivo? Ambos desejam o apadrinhamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

domingo, 14 de julho de 2024

Editorial: Queiroga festeja segundo lugar na pesquisa de intenções de voto para a Prefeitura de João Pessoa.



O ex-Ministro da Saúde do Governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, comemorou bastante o resultado da pesquisa do Instituto Veritá, divulgada recentemente, onde ele aparece em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de João Pessoa, atrás do atual gestor, Cícero Lucena, que concorre à reeleição. Há motivos para a comemoração? Sim. Trata-se de uma boa performance, principalmente para alguém com o perfil do ex-ministro que, salvo melhor juízo, não teria experiência em disputar eleições. 

Assim como ocorre no Rio de Janeiro, a engenharia eleitoral naquela capital é um pouco complicada, uma vez que há mais de um candidato que poderia conquistar o eleitorado de perfil conservador. O próprio prefeito, Cícero Lucena, filiado ao Progressistas, não tem um perfil muito nítido de identificação com o eleitorado tipicamente de esquerda. Uma parcela de seu eleitorado é de perfil conservador e, quiçá, até simpático ao bolsonarismo. No Rio, Eduardo Paes, apoiado pela esquerda, não esquece de flertar com atores políticos de perfil conservador, o que talvez esteja impedindo o avanço do bolsonarismo, permitindo que ele feche a fatura ainda no primeiro turno.  

A missão de Queiroga, se deseja continuar competitivo na disputa,  seria a de consolidar esse eleitorado bolsonarista, e, de preferência, adentrar junto a um eleitorado conservador, não necessariamente bolsonarista. Por razões óbvias, ele não teria como penetrar junto ao eleitorado de esquerda. Cícero, por sua  vez, não teria as mesmas dificuldades. Possui o apoio dos socialistas do PSB e, por muito pouco, não contou com o apoio do PT, que lançou um candidato próprio, o deputado estadual Luciano Cartaxo. 

A pesquisa do Instituto Veritá foi realizada no período de 10 a 14 de junho, ouviu 1,202 pessoas, tem uma margem de erro de 3,5 p.p e índice de confiabilidade de 95%. Registro PB-07225\2024. Veja os números: 

Cícero Lucena 27,9%

Marcelo Queiroga 19,5%

Luciano Cartaxo  14,8% 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Editorial: O efeito "Pablo Marçal" nas eleições paulista deste ano.


Crédito: Pablo Marçal\Instagram

Em matéria no site da revista Veja, a jornalista Marcela Hahal, observa que o ex-presiente Jair Bolsonaro teria sido procurado pelo candidato à prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, no sentido de checar a informação de que ele poderia não apoiá-lo em seu projeto de reeleição. A informação teria sido divulgada pelo coach Pablo Marçal, que recenemente lançou sua candidatura à prefeitura pelo PRTB, uma liderança que também tem lá suas afinidades com o bolsonarismo. 

O ex-presidente, no entanto, reafirmou sua disposição de continuar apoiando o projeto de reeleição do prefeito Ricardo Nunes, tranquilizando-o neste sentido. Ricardo Nunes mantém uma postura de equidistância do ex-presidente Bolsonaro. Nem tão próxima que possa identificá-lo com o bolsonarismo mais radical, nem tão distante que possa perder o seu apoio. Ao fim e ao cabo, com o andamento da campanha, será inevitável que essa aproximação se consolide de uma vez. As circunstâncias da campanha determinará esse padrão de relação entre ambos.  

É neste aspecto que a entrada do coach no pleito, de alguma forma, pelo menos nessa linha de raciocínio, favorece o candidato Guilherme Boulos. O eleitorado mais identificado com Boulos jamais faria uma transisão tão drástica, votando em Pablo Marçal. A questão aqui é aquela faixa do eleitorado suscetível, ainda indecisa, não necessariamente orientada ideologicamente, que pode decidir uma eleição. Se parte desse eleitorado, por alguma razão, manifestar simpatia pela candidatura de Pablo Marçal, isso poderia ser suficiente para "embolar" o jogo da disputa pelo Edifício Matarazzo.  

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Editorial: PL e Novo fecham chapa para disputar a capital de João Pessoa.

 


Enquanto o PT permanece num dilema infindável para a definição de uma chapa com o objetivo de concorrer à Prefeitura de João Pessoa nas próximas eleições municipais, O PL de Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde do Governo Bolsonaro, e o Novo, do pastor Sérgio Queiroz, fecharam uma aliança para disputar a gestão da capital dos paraibanos a partir de 2025. Não se pode dizer que o processo ocorreu sem traumas, uma vez que o próprio Jair Bolsonaro não pôs fim à contenda quando esteve naquela praça, com o objetivo de prestigiar seus apadrinhados. 

Mas, a rigor, tudo caminhava para a formalização de uma aliança entre o PL e o pastor Queiroz, como representante do Novo. Queiroga, por exemplo, pediu desculpas reiteradas pelo mal-entendido que ocorreu durante a passagem do ex-presidente. Trata-se de uma chapa do tipo puro-sangue. Queiroga é um bolsonarista renhido, enquanto Queiroz representa setores evangélicos, igualmente mais identificados com o bolsonarismo. Cogitou-se, no início, de uma candidatura própria do pastor Queiroz, mas as movimentações não passaram de fogo de palha. 

Cícero Lucena(Progressistas-PB) lidera as primeiras pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento, mas o prefetio tem o apoio de grupos conservadores do eleitorado pessoense, que, em tese, poderiam migrar para uma condidatura com o perfil da chapa montada pelos bolsonaristas. Enquanto, isso, o PT continua remoendo-se num imbróglio interno, sem uma definição que poderia ser obtida com a realização das prévias, permitindo que os adversários avancem na disputa. 

terça-feira, 21 de maio de 2024

Editorial: Pegou mal a proposta de adiar as eleições municipais no Rio Grande do Sul.


Algumas propostas são rejeitadas logo de início. Este seria o caso da sugestão do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, propondo que as eleições municipais sejam adiadas para uma outra data. Enquanto as águas, felizmente, começam a deixar de atormentar a população daquele Estado, a temperatua política continua em alta. Há, por exemplo, sérios questionamentos sobre a conduta do governador no que concerne às medidas preventivas contra as intempéries da natureza. 

A edição de ontem do Jornal Nacional, por exemplo, relatou qua algumas obras, que já estariam previstas no PAC, não avaçaram sob a sua gestão. O Planalto ainda ressente-se dos danos e ruídos produzidos com a indicação de Paulo Pimenta para o cargo de Auridade Federal para a reconstrução do Estado. Consoante as divergências políticas inevitáveis, torna-se pouco provável um trabalho em sintonia ou harmônico do Planalto com o Governo Estadual. A indicação, que, a princípio, poderia ser entendida como uma prova do prestígio do subordinado, ja começa a levantar a suspeita de tratar-se, na realidade, de uma manobra no sentido de afastá-lo da condução da SECOM. 

A proposta de adiar as próximas eleições municipais naquele Estado foi rejeitada de imediato. Isso poderia abrir um precedente preocupante. É curioso como autoridades eleitorais e amplos segmentos da imprensa se contrapuseram em relação a esta proposta. Pelo andar da carruagem política, vamos ter eleições em outubro, a despeito das intempéries. 

 

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Editorial: Executiva Nacional do PT se reúne no dia 20 para definir a situação do Recife e de João Pessoa. Agora vai?

 


No Recife a única alternativa possível ao PT será acompanhar o projeto de reeleição do prefeito João Campos(PSB-PE), conforme já enfatizou um morubixaba local da legenda, mesmo sem a prerrogativa de indicar o nome que comporá a chapa de reeleição do prefeito, na condição de vice. Em João Pessoa a situação foi se tornando mais complicada, à medida em que a legenda abdicou dos processos naturais e orgânicos de escolha, que seriam as prévias, antes previstas, conforme ocorreu em Fortaleza.  

Desde então, o imbróglio só se amplia, criando uma situação cada vez mais complicada, cujo desfecho, muito possivelmente, terá reflexos no desempenho do partido naquelas eleições municipais. Hoje, em matéria do site ClicPB, o Deputado Estadual Luciano Cartaxo, que já foi prefeito da capital por dois mandatos, afirma sua convicção numa candidatura própria do partido naquela praça que, seria, obviamente, ele mesmo. É bom que se diga que Cartaxo foi contra o processo de escolha através das prévias, onde teria que disputar a indicação com a também Deputada Estadual, Cida Ramos.

Os arranjos indicam que o PT caminha para a definição de uma candidatura própria naquela praça. O problema é mais interno. Cida Ramos teria maior penetração nos setores de base e orgânicos da legenda, enquanto Luciano Cartaxo possui maior capilaridade junto à burocracia partidária. Sem as prévias, as chances de Cida Ramos diminuem na mesma proporção em que aumentam as chances de Cartaxo na escolha através de uma deliberação das instâncias partidárias.    

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Editorial: O vice de João Campos no Recife não será do PT. É ponto pacificado.



O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de passagem aqui pela Veneza brasileira, onde cumpriu agenda oficial da Presidência da República, aproveitou o ensejo para reforçar um nome do PT na composição da chapa do prefeito João Campos, do PSB, que disputa a reeleição.  Desde o início das negociações entre as duas legendas, o PT reinvidica indicar um nome a vice na chapa do socialista, tendo, inclusive indicado alguns nomes da legenda para o cargo, como é o caso do assessor especial do ministério comandado por Padilha, o médico Mozart Salles, além de Carlos Vera. Em sua fala, o ministro leventa a bola do assessor. 

Conforme observou um jornalista local, o ministro sugere estar desatualizado no tocante ao assunto, pois o prefeito já teria deixado claro, tanto para o presidente Lula, quanto para a deputada Gleisi Hoffmann, que preside nacionalmente o partido, que o nome escolhido para a vice não será da legenda. Assim como ocorre no Rio de Janeiro, as eleiçoes de 2024 no Recife é apenas uma transição para as eleições de 2026, quando o atual gestor deverá disputar o Palácio do Campo das Princesas, no caso do Recife, independentemente de condições favoráveis ou não. 

Assim, ele precisa ter a confiança necessária sobre quem deverá deixar em sua cadeira no Palácio Capibaribe. Quatro dos seus principais assessores estão sendo preparados para a missão, todos já devidamente filiados aos partidos de sua base de sustentação, sendo a sua secretária de infraestrutura, Marília Dantas, a mais cotada atualmente. 

Você precisa ler também: 

PT desiste do vice no Rio de Janeiro.   

sábado, 27 de abril de 2024

O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Apesar das chuvas, João Campos segue sem céu de brigadeiro.



No dia de ontem, 26, o Instituto AtlasIntel\CNN divulgou os dados de uma pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura do Recife, nas próximas eleições municipais. A pesquisa foi realizada no período entre 18 e 23 de abril. Confirma aquilo que a população recifense já sabia, ou seja, o franco favoritismo do prefeito João Campos(PSB-PE), ancorado nos bons índices de aprovação de sua gestão. Os índices obtidos pelo prefeito sugerem que ele pode ser reeleito ainda no primeiro turno daquelas eleições. Trata-se da melhor perfomance obtida por um candidato entre os levantamentos de intenção de voto realizados pelo Instituto em todo o Brasil. 

O prefeito crava 71% de aprovação entre bom é ótimo, segundo o levantamento de AtlasIntel\CNN. No final deste post divulgaremos os escores obtidos por todos os pré-candidatos à Prefeitura do Recife. Antes, porém, vamos fazer algumas considerações. No dia de ontem, 26, publicamos por aqui uma postagem informando que os eleitores de Lula preferem votar em João Campos a um candidato do próprio partido do presidente. Embora não se declare pré-candidato, o ex-prefeito João Paulo, que já governou a cidade por dois mandatos, aparece com 7,7% das intenções de voto nesta mesma pesquisa. 

Com todo o respeito que temos pelo candidato, é pouco provável que a cúpula burocrática da legenda aposte suas fichas numa candidatura do ex-prefeito. O embate seria bom, uma vez que colocaria frente a frente a discussão sobre quem cuidou melhor das pessoas na capital pernambucana. Mas já faz algum tempo que a burocracia do partido afastou-se desses temas, movida por um pragmatismo eleitoral atroz. Isso passa apenas pela cabeça de alguns cientistas políticos. Assim como o seu pai, em épocas passadas, Campos emparedou o PT, não dando outra opção à legenda. Irão apoiá-lo mesmo sem a indicação do vice na chapa, uma vez que, assim como o pai, João também guarda lá suas desconfianças da tribo política. 

A centrífuga da polarização política também produz seus efeitos na capital de todos os pernambucanos. A pesquisa do AtlasIntel constatou um crescimento da candidatura do representante do bolsonarismo no Estado, O ex-Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. Isso deve se repetir em todo o país. Infelizmente. O debate de propostas para as metrópolis fica ofuscado pela rivalidade de duas forças políticas cada vez mais programaticamente parecidas. 

A essa altura do campeonato político, os assessores do candidato do bolsonarismo devem estar se debruçando sobre os resulados das eleições presidenciais passadas, prospectando a votação que o capitão obetve no Recife. O primeiro objetivo seria a fidelização desses votos bolsonaristas, o que nos parece que já está sendo sinalizado pelo resultado da pesquisa AtlasIntel. Em junho o capitão desembarca no Aeroporto Internacional dos Guararapes para prestigiar o afilhado. Aproveita para ir até a Princesa do Agreste para prestigiar o candidato do bolsonarismo por lá, Fernando Rodolfo. Torçam para que a recepção ainda no saguão do aeroporto não seja proibida, como ocorreu em João Pessoa, o que deixou Jair Bolsonaro enfurecido e praticamente estragou sua visita à capital paraibana.

João Campos(PSB) - 57,3%

Gilson Machado(PL) - 21,4%

João Paulo(PT) - 7,7%

Dani Portela(PSOL) - 4,6%

Daniel Coelho (PSD) - 3%

Técio Teles (Novo) - 1,8%

Túlio Gadelha (Rede) - 0,8%

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Eleitor de Lula no Recife prefere João.