pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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terça-feira, 10 de abril de 2012

Lula não gostou da indicação de Marta Suplicy para Embaixada do Brasil em Washington



Complicando ainda mais as relações que já estavam estremecidas, comenta-se que Lula não gostou nenhum pouco de Dilma Rousseff ter quebrado uma regra deixada por ele no Itamaraty, de nomear para o cargo de embaixador apenas funcionários de carreira do órgão. Essa nomeação, conforme discutimos ontem, é mais um capítulo do tumultuado e oneroso gerenciamento das negociações que envolveram o afastamento da senadora Marta Suplicy  da condição de pré-candidato do PT às eleições municipais paulistas, em 2012.  Vamos ver se esse jogo se equilibra em algum momento, posto que, até agora, os acordos tem gerado muitas dores de cabeça para Lula e para o candidato Fernando Haddad.Vaidosa, Marta já teria viajado algumas vezes para a capital americana, com o propósito de familiarizar-se com sua futura residência. A nomeação está gerando muito insatisfação dos diplomatas de carreira, formados na melhor escola de diplomacia do mundo, o Instituto Rio Branco.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pelas redes sociais, esquenta o debate sobre as obras de mobilidade no Recife.



O tradicional Diário de Pernambuco, neste domingo, 08.04.2012, trouxe duas matérias e um artigo que alcançaram ampla repercussão, sobretudo nos grupos que estão se organizando, através das redes sociais, em torno das obras de mobilidade urbana e ocupação que estão previstas para a Avenida Agamenon Magalhães e cais José Estelita. Os grupos de discussão Melhorando o Nosso Recife e Direitos Urbanos, organizados no Facebook estão se mobilizando no sentido de levar ao debate essas intervenções do poder público e da iniciativa privada, acompanhando de perto seus impactos no traçado urbano da cidade, suas consequências ambientais e para a população que vive em seus entornos. No caso da Av. Agamenon Magalhães, está em jogo, inclusive, acessos fundamentais para a Arena da Copa, complexificando ainda mais o debate, dada a premência do evento. Numa longa matéria, o Diário de Pernambuco aborda as grandes intervenções urbanas que ocorreram na cidade do Recife, enfatizando o desastre que essas intervenções provocaram no traçado urbano. Num outro momento, já no seu Caderno Viver, uma matéria sobre o movimento Ocupe Estelita, que se dedica ao debate sobre o impacto das intervenções previstas naquele cais depois que um grupo de imobiliárias adquiriram armazéns que pertenceram à antiga Rede Ferroviária Federal. Em suas páginas de Opinião, um artigo do economista ecológico e pesquisador da FUNDAJ, Clóvis Cavalcanti, tratando dos equívocos do projeto de construção de viadutos na Av. Agamenon Magalhães, algo concebido muito mais como solução rodoviária e não necessariamente de mobilidade urbana, e, para os modais automóvel/ ônibus – um equívoco já apontado por outros pesquisadores. Na realidade, a solução “ônibus” já está superada. Além de caro, a durabilidade é bem menor do que os trens, se possível  - como sugere Clóvis – articulados com bondes. O que se comenta nos bastidores é que isso teria o dedo do escritório de Jaime Lerner. O editor do Blog do Jolugue, integrado a esses grupos, tem participado desse debate, colocando o blog a serviço dessa discussão sobre os rumos da Veneza pernambucana.

Julgamento do mensalão: Ayres Britto garante que ocorrerá este ano.



O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Aires Britto, promete que o julgamento dos envolvidos no escândalo do mensalão ocorrerá ainda este ano, apesar das inúmeras manobras protelatórias. Será o julgamento do século e ele garante que, concluídas as tramitações de praxe, põe para julgamento em 48 horas. Aires Britto concedeu uma longa entrevista à revista Veja, desta semana, onde fala sobre o caso, além de defender o judiciário de alguns acusações. Ayres assume a presidência do órgão no próximo dia 19 e ficará no cargo até novembro, quando completa 70 anos e entra na compulsória. Ayres garante que ele, juntamente com os companheiros do STF já estão estudando o processo com muita abnegação. Vamos aguardar. 

Bem-nascida, a petista Marta Suplicy é uma apreciadora da dolce vita da burguesia.



Ainda repercute – de uma maneira bastante negativa – a nomeação da senadora Marta Suplicy como embaixadora brasileira em Washington. Diante da crise gerada no Itamaraty, comenta-se que o Ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, cogitou da possibilidade de afastar-se do cargo. Ficou acordado no Governo Lula que os cargos de embaixadores seriam uma prerrogativa exclusiva do órgão, que escolheria, entre diplomatas de carreira, quem deveria ocupar esses cargos. Afastada da disputa em São Paulo, Marta teria negociado alguns benefícios. A imposição do nome de Fernando Haddad em São Paulo está gerando um ônus muito pesado para o Partido dos Trabalhadores. Se, não vejamos: a) Lula adoeceu e, conforme comentamos aqui no Blog do Jolugue, não deverá empenhar-se na campanha de 2012, como ocorreu em 2010. Simplesmente suas condições de saúde não permitem; b) O grupo de Marta Suplicy continua criando embaraços na composição da coordenação de campanha de Haddad; c) Haddad não vai bem nas primeiras sondagens e agremiações como o PSB já assumiram compromissos com o candidato Serra, dificultando acordos que estão sendo mantidos entre esse partido e o PT; d)As negociações com o PSD, de Gilberto Kassab, foram interditadas pelo grupo de Marta, que não queriam aproximação com o desafeto; e) Além de Lula, Haddad depende, também, de Marta, que já afirmou que não faz mágica. Haddad precisaria do seu apoio para penetrar em alguns redutos onde sequer é conhecido; f) Para completar o enredo, Marta é uma petista bastante familiarizada com La Dolce Vita da burguesia, não raro, abusando dos benefícios e dos "ritos" proporcionados pelo cargo. Comenta o jornalista Cláudio Humberto que, na condição de Ministra do Turismo, Marta recebia diárias integrais quando viajava a Paris, mas ficava hospedada na casa do seu namorado, Luiz Favre. Outro dia comentávamos aqui no Blog do Jolugue sobre as negociações entre Lula e Eduardo Campos, muito favoráveis ao governador pernambucano.  Não sabemos se em função da doença, mas o ex-presidente - bem aqui para nós - já foi melhor nisso.

As coisas de São Paulo resolvem-se em São Paulo.

Por Carlos Chagas

Todo muro tem o seu tijolo de sustentação, quer dizer, se retirada a unidade fundamental, o risco é de desabar o conjunto inteiro. A vitória de Fernando Haddad nas eleições para a prefeitura de São Paulo tem esse papel, para o PT. Ganhando, o ex-ministro da Educação neutralizará os tucanos na sua maior base eleitoral, poderá ameaçar a reeleição de Geraldo Alckmin em 2014 e, naquele ano, sedimentar a permanência de Dilma Rousseff na presidência da República por mais um mandato. Perdendo...

Perdendo, em especial se for para José Serra, ficará ameaçado o sonho dos companheiros de governar o país por 30 ou 40 anos. No meio dessa equação inconclusa encontra-se o Lula. Recuperado, 16 quilos mais magro, o ex-presidente planeja reentrar no debate político e elevar o candidato por ele lançado dos pífios 3% nas preferências paulistanas. Impossível não é, mas o PT precisará gastar muita sola de sapato. Tendo pés para calçá-los, tudo bem, ainda que o risco seja de alguns líderes petistas fixarem prazo para a virada do jogo: junho, mês das convenções partidárias. Sem ter dado a volta por cima naquele mês, ninguém garante a sobrevida de Haddad. Ele precisará chegar reforçado em agosto, quando começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Substituí-lo será missão quase impossível, dada a presença do Lula no processo, mas deixar que marche para o cadafalso em outubro equivalerá a ver o muro desabando dois anos depois.

Espera-se que a própria presidente Dilma embarque na campanha, ainda que sem a participação da máquina administrativa federal. A base parlamentar do governo encontra-se dividida entre Haddad, do PT, e Gabriel Chalita, do PMDB, com o PTB, PSB, PDT, PP e PR sem saber onde se abrigarão, aberta até a oportunidade para José Serra. Na verdade, as coisas de São Paulo resolvem-se em São Paulo.

domingo, 8 de abril de 2012

Salário de 13 ministros extrapola o teto de R$ 26,7 mil.


Artifício largamente empregado em governos passados para proporcionar uma remuneração de mercado a integrantes do primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios, os conselhos de administração e fiscal de estatais e empresas públicas continuam a ser usados para turbinar os salários de ministros de Estado.
Levantamento feito pelo Estado nos 38 ministérios do governo da presidente Dilma Rousseff aponta que um terço dos ministros integra hoje uma elite do funcionalismo com supersalários que ultrapassam o teto salarial de R$ 26.723,15. São 13 ministros que engordam seus rendimentos com jetons por participação em conselhos de empresas.
O campeão é o ministro da Defesa, Celso Amorim, que acumula seu salário com o pró-labore de R$ 19,4 mil pagos pela participação no Conselho de Administração da Itaipu Binacional. São R$ 46,1 mil mensais brutos de remuneração.
A renda do ministro poderia ainda ser maior, se não houvesse o abate teto, mecanismo que impede Amorim de acumular na integralidade seus vencimentos de ministro da Defesa com a aposentadoria do Itamaraty. Diplomata de carreira, Amorim é aposentado do Ministério das Relações Exteriores desde 2007.
No comando da área econômica do governo, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, estão empatados na segunda posição do ranking dos mais bem pagos da Esplanada, com renda mensal bruta de R$ 41,5 mil.
Ambos são conselheiros da Petrobrás e da BR Distribuidora, com jetons que alcançam quase R$ 15 mil mensais. Miriam Belchior poderia ganhar ainda mais: como titular da pasta do Planejamento, ela é obrigada a fazer parte do Conselho de Administração do BNDES mas, segundo sua assessoria, abriu mão de receber o pró-labore de R$ 6 mil por essa participação.
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) engorda o salário com jetons de dois conselhos: é presidente do Conselho de Administração do BNDES, onde ganha R$ 6 mil mensais brutos, e integra também o BNDESPar, recebendo R$ 5,3 mil.
Braço direito de Dilma, Pimentel usufrui de R$ 38,1 mil por mês de renda. O vencimento do ministro da Ciência e Tecnologia é inferior ao do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que acumula o salário de ministro com os jetons de duas empresas: BrasilPrev e BrasilCap, chegando a ganhar R$ 38,7 mil mensais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"O presidente Demóstenes em Nova Iorque", do jornalista Elio Gaspari


Setembro de 2015: eleito presidente da República em novembro do ano passado, Demóstenes Torres chegou ontem a Nova Iorque para abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas. Reuniu-se com o presidente Barack Obama, de quem cobrou uma política mais agressiva contra os governos da Bolívia, do Equador e da Venezuela, ‘controlados por aparelhos partidários que sonham em transformar a América Latina numa nova Cuba’. Antes de embarcar, Demóstenes abriu uma crise diplomática com o Paraguai, anunciando sua intenção de rever o Tratado da Hidrelétrica de Itaipu.
O presidente brasileiro assumiu prometendo fazer ‘a faxina ética que o país precisa’. Para isso, criou um ministério com superpoderes, entregue ao ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Numa reviravolta em relação a suas posições anteriores, o presidente apoiou um projeto que legaliza o jogo no país. Ele reestruturou o programa Bolsa-Família, reduzindo-lhe as verbas e criando obstáculos para o acesso aos seus benefícios. Patrocinou projetos reduzindo a maioridade penal para 16 anos e autorizando a internação compulsória de drogados. Determinou que uma comissão especial expurgue o catálogo de livros didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação. Atualmente, percorre o país pedindo a convocação de uma Assembleia Constituinte. A oposição do Partido dos Trabalhadores denuncia a existência de uma aliança entre o presidente e quase todos os grandes meios de comunicação do país.
Ao desembarcar no aeroporto Kennedy, Demóstenes ironizou as críticas à presença de uma jovem assessora na sua comitiva: ‘Lamentavelmente, ela não é minha amante, porque é linda’. À noite, o presidente compareceu a um jantar no restaurante Four Seasons, organizado pelo empresário Claudio Abreu, que até março de 2012 dirigia um escritório regional de relações corporativas da empreiteira Delta. Abreu é o atual secretário-executivo da Comissão de Revisão dos Contratos de Grande Obras, presidida pelo ex-procurador geral Roberto Gurgel. Chamou a atenção na comitiva do presidente o fato de alguns integrantes carregarem celulares habilitados numa loja da rua 46. Eles são chamados de ‘Clube do Nextel’.
Em 2012, a carreira do atual presidente foi ameaçada por uma investigação que o associava ao empresário Carlos Augusto Ramos, também conhecido como ‘Carlinhos Cachoeira’, marido da ex-mulher do atual senador Wilder Pedro de Morais, que era suplente de Demóstenes. O trabalho da Polícia Federal foi desqualificado pela Justiça. O assunto foi esquecido quando surgiram as denúncias do BolaGate contra o governo da presidente Dilma Rousseff envolvendo contratos de serviços e engenharia de estádios para a Copa do Mundo cancelada em 2013. A eleição de campeões da moralidade é um fenômeno comum no Brasil. Em 1959, Jânio Quadros elegeu-se montando uma vassoura. Em 1989, triunfou Fernando Collor de Mello. O primeiro renunciou numa tentativa de golpe de Estado e terminou seus dias apoquentado por pressões familiares para que revelasse os números de suas contas bancárias no exterior. O segundo deixou o poder acusado de corrupção e viveu por algum tempo em Miami, elegeu-se senador e apoiou a candidatura de Demóstenes. O tesoureiro de sua campanha foi assassinado.
Presente ao jantar do Four Seasons, o empresário Carlos Augusto Ramos não quis falar à imprensa. Ele hoje lidera o setor da indústria farmacêutica brasileira beneficiado pelos incentivos concedidos no governo anterior. Ramos chegou acompanhado pelo ministro dos Transportes, Marconi Perillo, que governou o Estado do presidente e foi o principal articulador do apoio do PSDB à sua candidatura. Uma dissidência do PT, liderada pelo deputado Rubens Otoni, também apoiou a candidatura de Demóstenes. O presidente anunciou que a BingoBrás será presidida por um ex-petista.
Abril de 2012: quem conhece o tamanho do conto do vigário moralista de Fernando Collor e Jânio Quadros sabe que tudo o que está escrito aí em cima poderia ter acontecido.

Multidão participa da caminhada penitencial, na sexta-feira santa, ao Cristo de Garanhuns.


Crédito da Foto: Diocese de Garanhuns.

sábado, 7 de abril de 2012

Lula avisa aos companheiros que não reúnde as mesmas condições das eleições de 2010



Lula já avisou aos companheiros de que não pretende dedicar-se à campanha política de 2012, no mesmo ritmo de 2010, quando se dedicou de corpo e alma à candidatura de Dilma Rousseff. Este anúncio traduz-se como um péssimo indicador para os candidatos que dependem dele para alavancar seu sucesso nas urnas, como Fernando Haddad, em São Paulo.  Antes do diagnóstico de câncer, Lula estava articulando como nunca, envolvido no projeto de criar as condições políticas necessárias ao êxito do PT nas eleições de 2014. Diante do imponderável, não resta outro caminho a Lula se não atender às recomendações médicas, observadas rigorosamente por sua esposa, Dona Mariza.

Eduardo Campos viaja à Washington para liberar os US$ 500 milhões do BIRD


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, viajou à Washington para acertar o empréstimo que o Banco Mundial (BIRD) fará a Pernambuco, no valor de US$ 500 milhões. A operação envolveu uma grande articulação do governador, uma vez que esse montante de recursos serão importantes para a economia do Estado. Os recursos serão aplicados na construção de UPAS, escolas técnicas, na malha rodoviária do Estado. O governador se faz acompanhar de outros governadores do Nordeste, confirmando sua liderança na região, como já assinalou o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, do PSDB.    

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Cahiers du Cinéma : Os Irmãos Karamazov (filme completo).

Charge!Tiago Recchia - Bacalhau ou sardinha?

Tiago Recchia

Umgiro pelas semanais: Época - Chega de arroz com feijão

Com novas fórmulas, as séries de gastronomia ganham audiência


ISABELLA AYUB

 
Que marravilha! | GNT  Claude Troisgros visita casas  de pessoas que são verdadeiras catástrofes na cozinha e lhes ensina uma receita. Depois, elas reproduzem o prato sozinhas  e recebem uma nota do chef (Foto: lexandre Campbell)
Depois de passar décadas repetindo receitas consagradas na televisão, os programas de gastronomia aprenderam a inovar. Desde o sucesso internacional de Top chef, que renovou o gênero ao filmar uma disputa entre talentosos mestres da cozinha, os programas passaram a colocar mais pimenta na fórmula tradicional: em vez de dar aulas de culinária diante da câmera, os novos astros da gastronomia promovem as mais variadas gincanas para ensinar truques da cozinha sem deixar de entreter o espectador.
Na nova temporada de seu programa Que marravilha!, o chef francês Claude Troisgros visita pessoas com pouca aptidão culinária. Depois de receber lições, elas cozinham sozinhas e são avaliadas pelo chef e por convidados famosos. “Pensei em fazer um programa diferente daquele tipo careta, em que todos olham a receita, mas ninguém faz em casa”, afirma Troisgros. Para atrair o espectador e convencê-lo a tirar a poeira das panelas, é preciso sair de trás do balcão.
No Brasil, a maioria dos programas de gastronomia ainda segue o padrão criado nos anos 1960 pela americana Julia Child, que ensinava receitas francesas em frente às câmeras da TV. Há outras tentativas de inovação além do programa de Troisgros. O chef francês Olivier Anquier tenta enriquecer a receita ao aliar história e cultura a suas andanças gastronômicas. “É preciso ter coragem e ousar”, afirma Anquier. O programa Mais você, da TV Globo, organiza anualmente o “Super chef” – uma competição nos moldes do Top chef, mas com voto popular em vez de uma banca de jurados. O vencedor leva R$ 50 mil.
The great food truck race | Fox Life  Na disputa por um prêmio em dinheiro, veteranos da culinária de  rua caem na estrada com seus furgões e disputam o apetite do público em várias cidades americanas. Quem vender menos é eliminado (Foto: Isaac Brekken)
Ace of cakes | Fox Life  Dono de uma confeitaria  de alto nível, Duff Goldman tem de entregar encomendas difíceis.Num episódio, o cineasta George Lucas pede uma réplica comestível do robô R2-D2, de Star wars  (Foto: Divulgação)
Man vs. food | Travel Channel  O apresentador Adam Richman viaja pelos Estados Unidos em busca de restaurantes que sirvam porções enormes, capazes de desafiar seu apetite. Entre os pratos enfrentados há burritos de 3 quilos (Foto: Divulgação)
Kitchen nightmares | Fox O chef inglês Gordon Ramsay, dono de restaurantes premiados, usa sua experiência para salvar estabelecimentos à beira da falência. Ele reformula o cardápio, muda a decoração e põe a cozinha em ordem (Foto: Everett Collection)
No exterior, a tendência está consolidada. Em canais internacionais de variedades como Fox Life ou Travel Channel, a ordem é competir, sob as mais variadas regras. No australiano Junior master chef, criado em 2010, a disputa é entre competidores de 8 a 12 anos. Em The great food truck race, que estreou no Brasil no final de 2011, os competidores disputam consumidores em furgões que vendem comida. Outros programas fazem sucesso com desafios solitários. O mais conhecido é o do apresentador Adam Richman. Em Man vs. food, ele percorre os Estados Unidos em busca de restaurantes que o recebem com porções enormes. Há espaço até para truques de engenharia: Ace of cakes retrata o dia a dia de uma confeitaria de alto nível, que faz bolos com formatos variados, de castelos a carrinhos de controle remoto. A variedade atrai mais espectadores e diversifica o público. Nos Estados Unidos, o canal Food Network, dedicado a programas do gênero, atinge quase 100 milhões de pessoas – e os homens, que fugiam dos programas tradicionais de receitas, representam quase 50% da audiência.

 

Um giro pelas semanais: Veja: Cachoeira negociou licitação milionária no DF

 

Um integrante do governo Agnelo Queiroz participou de uma operação para direcionar um contrato milionário, que vai girar até 60 milhões de reais por mês

Carlinhos Cachoeira, em foto de 2004 Carlinhos Cachoeira, em foto de 2004 (Weimar Carvalho/O Popular/AE)

Grampos da Polícia Federal indicam que um integrante do governo Agnelo Queiroz (PT) participou de uma operação para direcionar um contrato milionário, que vai girar até 60 milhões de reais por mês ao grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no Distrito Federal. Diálogos interceptados na Operação Monte Carlo evidenciam que Milton Martins de Lima Junior, diretor financeiro e administrativo do DFTrans, órgão que gerencia o transporte público do governo do Distrito Federal, negociou com os contraventores para que a organização obtivesse a concessão para a bilhetagem eletrônica dos ônibus. A PF suspeita de eventual pagamento de propina. O diretor nega.
As conversas, gravadas em junho de 2011, mostram Carlinhos Cachoeira orientando um de seus principais aliados, Gleyb Ferreira da Cruz, a negociar o contrato com o governo do DF. O objetivo do contraventor era firmar uma sociedade com a Delta Construções, empresa suspeita de participação no esquema, para explorar o serviço. Dias antes, o governo do DF havia assumido a bilhetagem eletrônica, antes a cargo dos empresários do setor, e buscava um novo parceiro privado para operá-la.
Ao ouvir do parceiro que o negócio podia render, conforme estimativa, o equivalente a 60 milhões de reais por mês, Cachoeira se anima e avisa que acionará outro emissário para negociar com o diretor do DFTrans: "Pois é, porra! Tem que fazer contratar direto a Delta... tem que por o Cláudio amanhã com o Milton, entendeu?"
Em duas situações, o chefe do esquema pergunta a Gleyb quem é Milton, ouvindo que se trata do diretor que foi nomeado para organizar o DFTrans e detalhes de sua vida pregressa, como a atuação na Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). "Pois é, agora nós temos que pegar o negócio, então, nós temos que fazer o edital, uai", anima-se Cachoeira na conversa gravada. Ao ouvir que o governo do DF tinha urgência no serviço, ele sugere que o contrato seja feito sem licitação, em caráter emergencial.
Em conversa gravada em 14 de junho, Gleyb diz ao chefe, por volta das 19h30, que está aguardando Milton para um jantar. "Tem que chamar o cara, porque esse cara tem que tá junto... Fala assim, ó, não, a Delta tem interesse...", comenta Cachoeira. "A gente puxa o negócio lá e a Delta é que faz o serviço", responde Gleyb.
Por volta das 22h45, depois do horário do encontro, o contraventor ouve de seu emissário o que seria o resultado da negociação: "O Milton, ele topa, num tem problema, não, agora tem que ver... a porcentagem que eu falei com ele... que eu falei pra gente fazer gestão cinquenta cinquenta e a gente usaria a nossa empresa usando a tecnologia da EB no negócio".
Esquema - No dia seguinte, por volta do meio-dia, Carlinhos Cachoeira pede a Cláudio (que não é identificado) que converse com o diretor da DFTrans e diz que Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, avaliará se entra no negócio, que poderá ser firmado sem licitação. "Nós temos que pegar pra tocar e contratar, porque eles estão apaixonados no sistema dos coreanos", explica. "A gente contrata o sistema e faz o negócio do DFTrans. Rapaz, é um negócio de sessenta pau por mês, e dá pra aumentar trinta por cento, quer dizer, se a gente pegar um porcentual do aumento na licitação".
O DFTrans ainda não definiu qual será a nova parceira para a bilhetagem. Segundo a empresa, a contratação ainda deve ser feita, possivelmente no mês que vem e em caráter emergencial, após a licitação recém-lançada para a escolha das novas concessionárias do transporte público.
Quedas em série - Nesta terça-feira, o senador Demóstenes Torres pediu a desfiliação do DEM por estar envolvido em relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira. Foi o primeiro passo concreto daquilo que deve ser a morte política do parlamentar. No mesmo dia, a chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), Eliane Golçalves Pinheiro, solicitou a exoneração do cargo depois da divulgação de gravações em que aparece recebendo informações sigilosas de Cachoeira sobre operações policiais e repassando aos envolvidos. Assim como o parlamentar, Eliane usava um rádio Nextel com linha habilitada nos Estados Unidos para se comunicar com o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás.

(Com Agência Estado)

Um giro pelas semanais: CartaCapital: artigo de Wálter Maierovitch

O exemplo de García Lorca

Sua pena tinha mais força do que as armas de fogo empregadas pelos militares e direitistas fanáticos que lograram derrubar a Segunda República espanhola e instalar a ditadura de Franco, de 1939 a 1975. Essa força foi a justificativa usada pelo ex-deputado Ramón Ruiz Alonso para, em Granada, realizar a arbitrária detenção de Federico García Lorca, de quase 38 anos, poeta admirado e intelectual liberal inconformado com a injustiça social.
García Lorca nunca quis se filiar ao Partido Comunista e dizia detestar a política partidária. Mesmo assim incomodava os direitistas fanáticos e a Igreja antirrepublicana. Pelo relatado em livros, Lorca foi, em caminhão, no dia 18 de agosto de 1936, retirado da sede do governo de Granada, onde estava detido por iniciativa do supracitado Ruiz Alonso. Desapareceu depois. Pelo que se sabe, o poeta foi sumariamente fuzilado sob acusações de ser espião russo e homossexual.
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Homofobia: De Bolonha ao Club Paulistano
Ditadura: À caça dos militares
No Brasil, no curso da ditadura, ocorreram 125 sequestros realizados por agentes da autoridade militar e não se tem notícia sobre o paradeiro das vítimas. Pelas leis brasileiras, o sequestro de pessoa, o plágio de produção intelectual e o cárcere privado são crimes permanentes. Isso quer dizer que esse tipo de crime estará em consumação enquanto a vítima não -re-cuperar a liberdade de locomoção ou aparecer o seu cadáver.
Para Baltazar Garzón, que atua junto ao Ministério Público do Tribunal Penal Internacional (TPI), o desaparecimento forçado (para nós, sequestro de pessoas) está tipificado no elenco de crimes contra a humanidade, de delito de efeito permanente e, conforme a jurisprudência do TPI, da Corte Europeia de Direitos Humanos e da Corte Interamericana de Direitos Humanos, não alcançado pela prescrição. A propósito, Garzón, quando juiz de instrução e antes de se afastar por arguição feita por um seu colega de toga, por conflito positivo de competência, determinou diligências voltadas a localizar fossas coletivas, e numa delas, como se dizia, estariam os restos de García Lorca.
No nosso país, e para assegurar a impunidade, elaborou-se, em 1979, um projeto de autoanistia. E logrou-se convertê-lo em lei, num Legislativo de fachada e com senadores biônicos. Com isso, imaginava-se um bill de indenidade vitalício em favor de mandantes e autores de terrorismo de Estado e de crimes de lesa-humanidade, perpetrados durante a ditadura. Vale frisar que delitos de sangue não são, à luz da jurisdição internacional, considerados crimes políticos, mas de lesa-humanidade. Também é assim considerado o sequestro-desaparecimento.
Em 2008, e referentemente à autoanistia, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou a iniciativa do conselheiro Fábio Konder Comparato, jurista e professor emérito, no sentido de propor, o que de fato ocorreu, uma arguição de descumprimento de preceito fundamental estabelecido na Constituição de 1988 (ADPF-153). Por 7 votos a 2, em maio de 2010, o STF, pelo voto condutor do ministro Eros Grau, entendeu em manter intacta a Lei da Anistia: votaram pelo deferimento da arguição em face da inconstitucionalidade da lei de 1979 apenas os ministros Ayres Brito e Ricardo Lewandowski. Pelo voto canhestro do ministro Eros Grau, assegurou-se a impunidade a assassinos, torturadores, sequestradores e estupradores.
O Conselho da OAB, por meio de embargos de declaração, quer esclarecimentos do STF, dadas as omissões do acórdão e com relação às variadas questões não enfrentadas por Eros Grau, como, por exemplo, a dos crimes permanentes de sequestro. O julgamento dos embargos, previsto para quinta-feira 22, foi adiado para a próxima semana e o relator será o ministro Luiz Fux. Pelo regimento, não caberá sustentação oral.
Caso rejeitados os embargos, a decisão do STF será reformada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, que já condenou o Brasil no caso Gomes Lund e a respeito de violações a direitos humanos durante a denominada Guerrilha do Araguaia.
Nossa Constituição aceita a jurisdição internacional com relação a Direitos Humanos. Ela reconhece as decisões da Corte Interamericana, conforme expresso no artigo 7º dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias. Por sua vez, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, também conhecida por Pacto de San José da Costa Rica, foi recepcionada no Brasil pelo Decreto nº 678, de 6 de novembro de 1992. E a convenção é expressa ao estabelecer que os “Estados Parte comprometem-se a cumprir a decisão da Corte em todos os casos em que forem partes”.
Como o preceito é de clareza solar, só restará o jus esperniante e, para isso, não faltarão atores a exibir as suas artes de Procusto. Um deles, que é Nelson Jobim, poderá voltar à sua conhecida tese de ocasião, quando aparecia envergando costumes castrenses.

Um giro pelas semanais - IstoÉ: Cachoeira chega a Perillo

Gravações revelam que o esquema de Carlinhos Cachoeira recebia proteção do governo de Goiás. Assessores do governador Marconi Perillo antecipavam operações policiais para o bicheiro

Claudio Dantas Sequeira

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RELAÇÕES PERIGOSAS
Cachoeria (abaixo) indicava auxiliares de Perillo (acima)
e assim influenciava setores estratégicos do governo
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A organização criminosa montada pelo bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, revela-se aos poucos muito mais ampla do que se pensava. Após a derrocada do senador Demóstenes Torres, que foi obrigado a abandonar o DEM e corre o risco de perder o mandato por suas ligações com Cachoeira, o dilúvio de informações que constam no inquérito da Operação Monte Carlo chega ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). De acordo com a PF, pessoas ligadas diretamente a Perillo vazaram previamente a Cachoeira informações sigilosas sobre ações policiais, permitindo ao bicheiro se antecipar a operações de repressão à jogatina. Além disso, o monitoramento de Cachoeira também identificou laços estreitos com políticos e empresários e sua influência na nomeação de dezenas de pessoas para ocupar funções públicas no governo de Goiás.

Em diálogo gravado pela PF, obtido com exclusividade por ISTOÉ, Carlinhos Cachoeira pede ao ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia Wladimir Garcez, apontado pela PF como arrecadador de campanha de Perillo, informações sigilosas sobre ações do grupo tático (GT3), a unidade de elite da Polícia Civil local. Wladimir, então, promete apurar com o corregedor-geral de Segurança Pública do Estado, Aredes Correio Pires, e com “Edmundo”, que a PF identifica como o delegado Edemundo Dias Filho, também tesoureiro do PSDB de Goiás. “Vai lá no Aredes pra ver o que que tá acontecendo”, ordena Cachoeira, a quem Wladimir se refere como “chefe”. “É, tô indo aqui do Edmundo. Já tô chegando aqui. Vou ligar pro Aredes.” Horas depois, Wladimir retorna com a informação sobre uma atuação policial na região de Valparaíso, no entorno de Goiás. “Não. Tava previsto só essa ação e uma em Val. Ele vai ver, mas não tem nada previsto mais, não. Mas ele vai confirmar isso para mim agora. Só tava previsto isso... essa aí e... GT3 não tá mais previsto pra lá, não em nenhuma ação”.
Numa outra conversa, Wladimir descreve para Cachoeira um diálogo que manteve com Aredes Pires, em que o corregedor de Segurança Pública fala no “governador” ao tratar de um “processo do Edmundo”. “É o seguinte: eu tava com o Aredes aqui, agora, ficamos um tempão. Ele tá tentando pegar os locais pra gente na inteligência agora”, disse Wladimir Garcez. “Aí eu perguntei pra ele o negócio da... o Edmundo. O Edmundo não tá preocupado com isso, não? Ele falou: ‘Não, tá nem um pouco preocupado’. O governador disse que ia resolver para ele. Tá confiando no governador.”
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Cachoeira pede então ao ex-vereador que determine a Edemundo Dias Filho a transferência de responsabilidade sobre as operações de repressão ao jogo do GT3 para a Força Nacional. “Liga no celular do Edmundo, rapaz. Vai lá na casa dele”, manda Cachoeira. Em seguida, Cachoeira fala com o próprio corregedor sobre as ações da polícia no combate ao jogo ilegal. Falando como quem tivesse prestando contas, Aredes tenta tranquilizar o contraventor. “Eu tenho que conversar com o pessoal da inteligência de lá. Lá tem um grupo grande que tava fazendo o serviço. Mas num tá previsto pra esse final de semana, não tá”. O chefe da Polícia Civil e tesoureiro tucano negam qualquer relação com o bicheiro. Na análise dos áudios, a PF indica que Cachoeira pagava regularmente aos integrantes do governo Marconi Perillo “para ter acesso a informações de interesse financeiro ou político da organização criminosa”. Além de Aredes, outro chefe da segurança em Goiás comprovadamente envolvido é o coronel Massatoshi Sérgio Katayama, o “Japão”, comandante da PM. Nos diálogos gravados pela PF, o auxiliar de Katayama, conhecido como Ananias, chamava Cachoeira de “chefe”, a exemplo de Wladimir. O empresário do jogo também exercia influência sobre a Secretaria de Indústria de Comércio, onde trabalhariam seis parentes de Cachoeira e do ex-presidente da Câmara Municipal. O presidente do Detran goiano, Edivaldo Cardoso, também é citado no inquérito da operação.

Segundo os investigadores, Wladimir Garcez, que também explorava máquinas caça-níqueis, mantinha contato frequente com Perillo, tendo trocado dezenas de torpedos pelo celular com o governador. Ele até ajudou na coordenação da campanha de 2010, quando teria atuado como um dos arrecadadores. O próprio Perillo, na quarta-feira 4, admite que vendeu a mansão onde morava para o ex-vereador e que este a repassou a um empresário, que, por sua vez, emprestou a casa justamente para Cachoeira. “Não sabia que Cachoeira estava morando lá”, alegou Perillo. O governador disse que suas relações com o bicheiro eram apenas “esporádicas”. Lembrou que esteve com ele em “um aniversário e dois jantares” e acreditava que Carlinhos “havia abandonado a contravenção”. Durante a semana passada, o governador começou a mobilizar sua defesa com advogados e uma tropa de especialistas em comunicação. A turma foi engrossada pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que teve que emitir uma nota e defesa de Perillo.
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PROTOCOLAR
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, teve que vir
a público fazer uma defesa do governador Perillo
Mesmo negando qualquer relação com o esquema do jogo, Perillo não conseguiu explicar por que o bicheiro e sua chefe de gabinete, Eliane Pinheiro, mantinham comunicação frequente. A PF, em seu relatório, revela que ambos trocaram uma série de telefonemas e mensagens de texto por celular. Cachoeira teria dado a Eliane detalhes dos alvos da Operação Apate, que investigou em 2011 supostas fraudes tributárias em prefeituras do interior goiano.

Segundo a PF, a chefe de gabinete alertou o prefeito Geraldo Messias (PP), de Águas Lindas de Goiás, que é aliado de Perillo. Dessa maneira, de acordo com o Ministério Público Federal, Cachoeira causou “prejuízo à administração pública ao passar informação de que haveria operação de busca na casa do prefeito”. Nas conversas, o bicheiro indaga Eliane. “Falou com o maior?”, e ela responde: “Falei, estou com ele aqui. Tá aqui. Imagina como que tava.” Eliane também usou um rádio Nextel com uma linha habilitada nos EUA, assim como o senador Demóstenes Torres. A turma de Cachoeira acreditava que os aparelhos eram imunes aos grampos da PF. Na terça-feira 3, Eliane pediu demissão do cargo. Na carta, disse que foi confundida pela PF com “outra Eliane”. “Injustamente fui vítima de um grande equívoco. Não tenho nada a temer”, escreveu. Antes, no entanto, disse que se lembrava das mensagens de Carlinhos Cachoeira e que avisou Geraldo Messias por “amizade”. “Eu queria falar para o Geraldo Messias tirar os filhos de casa porque haveria uma operação lá”, disse.

A ex-chefe de gabinete cuidava da agenda de Marconi Perillo, atividade que exercia desde o governo passado. Ainda na gestão de Alcides Rodrigues (PP), antecessor de Perillo, ela atuou na articulação do tucano para que prefeitos do PP apoiassem a campanha de Marconi ao governo estadual. Eliane Pinheiro afirmou que foi apresentada a Cachoeira em 2003 pelo ex-chefe Fernando Cunha, secretário de Assuntos Estratégicos, morto no ano passado. Uma filha de Cunha é casada com um dos irmãos de Cachoeira. Esse tipo de relação familiar, aliás, se repete no esquema Cachoeira. O bicheiro casou-se com a ex-mulher do suplente do senador Demóstenes Torres, o empresário Wilder Pedro de Morais, que vem a ser secretário de Infraestrutura do governo de Marconi Perillo.
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A partir de conversas mantidas entre o bicheiro e o senador Demóstenes Torres, a Polícia Federal firmou a convicção de que Cachoeira pretendia ampliar seus negócios para além das fronteiras de Goiás e do Distrito Federal. Um dos passos idealizados pelo grupo seria a transferência do senador para o PMDB. Em um telefonema, Cachoeira faz essa recomendação e diz que seria bom para o grupo que Demóstenes se aproximasse da presidenta Dilma Rousseff. Fora de Goiás, no entanto, os negócios de Cachoeira caminhavam para Tocantins. Em conversa gravada em abril de 2011, o bicheiro pede a Demóstenes que interceda junto ao ministro Luiz Fux, do STF, para garantir a posse do ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda no Senado. Sua posse estava em julgamento, pois fora condenado por abuso de poder político durante a campanha de 2006. “Ele é um cara nosso”, disse Cachoeira. Demóstenes prometeu ajudar, mas Fux julgou contra Miranda e na semana passada afirmou que nunca fora procurado por Demóstenes para tratar desse caso. A decisão, no entanto, não atrapalhou completamente a ação do grupo em Tocantins. Em uma conversa em maio de 2011 com o empresário Cláudio Abreu, na época diretor da Delta Construções, o bicheiro diz que o secretário de Relações Institucionais de Tocantins e filho do governador, Eduardo Siqueira Campos, apesar de inimigo político de Miranda é amigo do grupo e afirma: “Foi ele quem mandou dar o negócio lá para nós. A inspeção veicular em Tocantins.”

Segundo as investigações da PF, ao lado de 38 pessoas não vinculadas diretamente ao poder público, foram identificados 43 agentes públicos – sendo seis delegados da polícia civil, 30 PMs, dois policiais federais e um agente administrativo, além de um policial rodoviário federal – que teriam participado do esquema comandado pelo contraventor. Por motivos óbvios, a área de segurança pública era o foco de Cachoeira. Vale lembrar que Demóstenes foi secretário de Segurança Pública do primeiro governo de Perillo (1999-2002). No fim de 1999, ISTOÉ denunciou a complacência do governo tucano com o jogo do bicho. Após a reportagem, Demóstenes garantiu que faria uma operação limpeza no Estado. Hoje, sabe-se que o então secretário limpou, sim, a área, mas para Carlinhos Cachoeira, eliminando seus concorrentes.
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Capa do Jornal do Commércio - edição de 06.04.2012

Capa do Jornal - 06/04/2012

FUNDAJ exibirá vídeos vencedores do Concurso Rucker Vieira na segunda, dia 09.



A Massangana Multimídia, produtora de audiovisual da Fundação Joaquim Nabuco vai lançar, na segunda-feira (09/04), ás 19h, os vídeos produzidos a partir dos roteiros vencedores da 7ª edição do Concurso de Roteiros Rucker Vieira. Os documentários "Alexina - Memórias de um Exílio", de Cláudio Bezerra e Stella Maris Saldanha (PE); e "Desterro", de Cláudio Marques e Marília Haghes(BA) serão apresentados em pré-estréia no Cinema da Fundação, na Fundaj Derby.
"Alexina – Memórias de um Exílio" retrata um passeio pelas memórias afetivas do exílio cubano de Alexina Crespo, uma das principais lideranças das Ligas Camponesas, na década de 1960.
"Desterro" resgata as memórias de Dona Pequenita e Tereza Batalha sobre uma das maiores intervenções do Estado brasileiro, a construção da Barragem de Sobradinho(BA). Nos anos 70, a barragem de Sobradinho foi construída para resolver a questão energética do Nordeste e de boa parte do país. Quatro cidades foram submersas, com 70 mil pessoas deslocadas. Duas mulheres viveram intensamente essa história. Tereza Batalha, indignada com o tratamento dado aos sertanejos, passou a registrar numa câmara super oito o cotidiano das cidades que em breve desapareceria; e Dona Pequenita, que foi a única moradora a não deixar a Região. As memórias dessas duas mulheres são o tema desse documentário.
A 7ª edição do Concurso de Roteiros Rucker Vieira, da qual sagraram-se vencedores "Alexina - Memórias de um Exílio" e "Desterro", registrou 85 projetos inscritos, de todas as Regiões do Brasil.

Serviço:
Pré-lançamento dos documentários "Alexina - Memórias de um Exílio" e "Desterro"
segunda-feira, 09 de abril de 2012, às 19h
Cinema da Fundação - Fundaj Derby
Mais informações: (81) 3073-6694.
(Portal da FUNDAJ)

Cid Gomes: "Nao permito tráfico de influência."


A Secretaria do Planejamento não aceitou as explicações da empresa ABC sobre o crédito consignado e irá notificá-la até a próxima semana, podendo vir a cancelar contrato. Cid falou com exclusividade para O POVO
O governador Cid Gomes foi enfático, ontem, ao determinar que as questões relativas ao crédito consignado sejam esclarecidas. “Não permito tráfico de influência e não permito desonestidade”, disse, em entrevista exclusiva ao O POVO, por telefone, do Uruguai, onde passa o feriado da Semana Santa. A declaração foi dada pouco depois de o titular da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), Eduardo Diogo, dizer que o Governo não ficou satisfeito com as informações prestadas pela Administradora Brasileira de Cartões (ABC) sobre os empréstimos consignados.

A ABC é a empresa contratada, por licitação, pelo Governo do Estado para administrar o crédito consignado. Na prática, ela faz a intermediação entre servidores públicos com bancos, controlando o limite de endividamento dos funcionários. Em setembro, o deputado Heitor Férrer (PDT) denunciou a taxa de juros que vinha sendo cobrada , segundo ele, acima das praticadas no mercado. Além disso, chamou atenção para o fato de que a ABC contratou uma terceira empresa, a CCI, para administrar o consignado. A empresa é de propriedade de Luis Antonio Ribeiro Valadares, genro do secretário-chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho.

Ontem, Cid deixou claro que a Seplag é a responsável por conduzir a apuração do caso. “Ninguém tem ingerência sobre a Secretaria do Planejamento, só o Eduardo Diogo. No meu governo, não permito um secretário interferir na secretaria do outro. Ninguém fala em meu nome”.

Em entrevista ao O POVO, Diogo explicou porque não aceitou as informações da ABC. Segundo ele, a Seplag não tem o detalhamento das ações da empresa. “Quais são os agentes que a ABC utiliza? A Seplag não tem detalhamento das informações. O que queremos é que a ABC mostre como funciona sua rede de relacionamentos na concessão do crédito consignado”, afirmou.

Sanções
Segundo Diogo, na próxima semana a ABC será notificada a prestar mais esclarecimentos e, dependendo da resposta, poderá vir a sofrer sanções. “Isso é assunto de interesse público, já que envolve recursos descontados em folha de pagamento do Estado”. Em nota, a Seplag disse que “refuta e repudia quaisquer eventuais benefícios, próprio ou de terceiros, advindo do proveito de interfaces públicas”. A nota destaca ainda que tomará as providências que avaliar cabíveis, podendo, inclusive, rescindir contratos.

“O que o Governo puder fazer para resguardar os servidores do Estado do Ceará, fará. Se buscarmos equações outras que se evidenciem como mais favoráveis ao servidor, caminharemos nesse sentido”, garantiu Diogo.

O POVO tentou contato com a empresa ABC durante a tarde de ontem, mas a assessoria de comunicação não atendeu às ligações. No número disponibilizado pela empresa em seu site, a reportagem não conseguiu acessar os diretores do grupo.

Portal O Povo online.

Flagrante Tumblr!!!

Flagrante Tumblr!!!

Charge!Paixão! O strik de Cachoeira!

Paixão

Bananeiras se prepara para realizar o melhor São João da Paraíba. É a dica de viagem da semana.



Localizada a 130 km da capital João Pessoa, na microrregião do Brejo Paraibano, a cidade de Bananeiras já se prepara para realizar o São João mais concorrido do Estado. Atrativos não faltam e a cidade já conta com uma excelente infraestrutura gastronômica e de hospedagem. Bananeiras está para a Paraíba, assim com Gravatá está para Pernambuco. Neste período, no friozinho da Serra da Borborema, além das festividades, os turistas poderão saborear os melhores pratos da gastronomia rural, preparados pelos restaurantes e hotéis da cidade, para o festival gastronômico, que coincide com o Circuito do Frio paraibano. Vá preparado para curtir bastante os atrativos da cidade, como as trilhas rurais, as cochoeiras, a visita aos engenhos, como o Goiamunduba, que produz a cachaça Rainha desde 1877. Neste período, a cidade fica repleta de turistas, sobretudo do Rio Grande do Norte, atraídos pelos encantos da cidade. As reservas nos hotéis precisam se feitas com bastante antecedência, evitando a possibilidade de transtornos. Bananeiras, no passado, já foi a maior produtora de café do Estado, constituindo-se num pólo exportador do produto. Hoje, sua economia se concentra na pecuária, no turismo, nos investimentos imobiliários e na produção de bananas, produto muito bem adaptado ao clima da região. No sábado, não perca por nada a oportunidade de conhecer a feira de Solânea.  A prefeita da cidade, Marta Ramalho, nas últimas eleições, foi a primeira a aderir à candidatura do atual governador, Ricardo Coutinho. A foto que ilustra a matéria é do editor do Blog. 

Moqueca de peixe à baiana é a dica de gastronomia da semana

Moqueca de peixe à baiana

Receita enviada por Patricia Queiroz Guedes Faria
 
Ingredientes
  • 2 kg de peixe em postas
  • 3 pimentões grandes cortados em tiras (1 verde, 1 amarelo e 1 vermelho)
  • 2 cebolas médias cortadas em rodelas
  • 4 tomates médios (maduros) sem pele e sem semente
  • 1 xícara (chá) de azeite de dendê
  • 2 xícaras (chá) de leite de coco
  • 2 xícaras (chá) de vinagre ou vinho branco seco
  • 4 xícaras (chá) de suco de limão
  • 5 dentes de alho amassados
  • 2 xícaras (chá) de cheiro verde
  • Pimenta vermelha e sal (a gosto)


  • Modo de Preparo
  1. Tempere as postas de peixe com o alho, sal, suco de limão e o vinagre
  2. Deixe descansar por 20 minutos
  3. Em outra panela faça um molho com os pimentões, cebola, tomates, pimenta, e o azeite de dendê
  4. Deixe cozinhar até que o molho tenha consistência
  5. Coloque as postas uma ao lado da outra, deixe até o peixe estar cozido
  6. Acrescente o leite de coco, cozinhe por mais uns 10 minutos, desligue o fogo e coloque o cheiro verde
  7. Sirva com arroz branco


PSDB avalia chapa puro sangue nas eleições deste ano

 



A possibilidade de o PSDB em São Paulo apostar numa chapa puro sangue nessas eleições para a Prefeitura de São Paulo começa a ganhar força nos bastidores da legenda. Encabeçada pelo ex-governador José Serra, que venceu as prévias do partido, o posto de vice vem sendo cogitado por alguns dos partidos que apoiam o tucano neste pleito, como o PSD e o DEM, mas a tese de uma chapa composta apenas pelo PSDB pode vingar porque agregaria um nome da chamada nova geração da sigla nessa disputa, manteria a hegemonia da legenda e seria estratégica para as eleições gerais de 2014, caso o ex-governador decida alçar voos mais altos, como a disputa pela Presidência da República, se vencer essas eleições municipais.

Caso vingue a tese da chapa puro sangue, um dos nomes mais cotados é o do secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas. O nome do secretário tem apoio irrestrito do Palácio dos Bandeirantes. Além da simpatia do governador Geraldo Alckmin, o secretário abriu mão das prévias partidárias em prol da unidade do partido e do pré-candidato José Serra. Além disso, Bruno representa a nova geração do PSDB, tem bom trânsito com a juventude e traria para a disputa um sobrenome de peso, de um dos maiores líderes tucanos e que ainda tem força em boa parte do eleitorado paulista, em razão dos bons resultados de sua gestão, o falecido governador Mário Covas.

Outro nome da sigla que também vem sendo cogitado é o do ex-secretário da Cultura Andrea Matarazzo, muito ligado ao próprio Serra e que também abriu mão das prévias em prol do ex-governador. Se a chapa puro sangue sair e Bruno Covas não for o escolhido, Matarazzo é a opção mais forte, até porque já deixou a secretaria para atuar como um dos coordenadores da campanha do PSDB na Capital. Matarazzo poderá também disputar uma vaga na Câmara dos Vereadores. Seu nome, contudo, não tem o apoio integral do Palácio dos Bandeirantes, como tem o nome de Bruno Covas. O neto de Mário Covas também está com o registro eleitoral em dia para integrar a eventual chapa puro sangue tucana, isso porque transferiu seu domicílio eleitoral de Santos para a Capital, no ano passado, por sugestão do governador Geraldo Alckmin, que antes da entrada de Serra no pleito, pensava em lançá-lo como candidato à Prefeitura de São Paulo.

A indicação do candidato a vice na chapa encabeçada por José Serra também aguarda a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a participação do PSD, partido recém-fundado pelo prefeito Gilberto Kassab, no horário eleitoral gratuito. Caso o PSD ganhe tempo no rádio e na TV, poderá valorizar o seu passe para tentar emplacar um vice na chapa tucana. Neste caso, o nome mais forte é o do ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider, que deixou o PSDB para ingressar no PSD. Schneider foi chefe de gabinete das secretarias dos Transportes e da Segurança Pública na gestão de Mário Covas e secretário-adjunto de governo durante a gestão Serra na Prefeitura (em 2005), no ano de 2006, foi alçado ao posto de secretário da Educação. Apesar de o PSD estar cotado para integrar a chapa tucana na condição de vice, o prefeito Gilberto Kassab já declarou que seu apoio a Serra é incondicional, independentemente dessa questão.

Renovação. Na avaliação do cientista político Humberto Dantas, conselheiro da ONG Voto Consciente, caso o PSDB opte mesmo por uma chapa puro sangue, com o nome do secretário Bruno Covas de vice, seria a indicação de que o partido está mesmo preocupado com a renovação e a formação de novas lideranças política, o que é um desejo do próprio eleitorado. "Isso canalizaria a abertura de espaço para as novas lideranças e é sempre um bom caminho para a política", destaca Dantas.

Apesar de a chapa puro sangue ser uma alternativa que vem sendo levada em conta pelos tucanos, o cientista político adverte que se o caminho for esse mesmo, poderá haver um aumento expressivo na fatura cobrada pelos aliados de Serra, como o PSD e o DEM. "Se a chapa tucana for vitoriosa nessas eleições municipais, os aliados poderão cobrar uma fatura mais alta, exigindo mais cargos e participação na nova administração, pois a vice-prefeitura já estará ocupada por um membro do próprio PSDB."
Fonte: Agência Estado

"XINGU" estréia hoje nos cinemas de todo o Brasil.

CINEMA. Uma das produções nacionais mais aguardadas do ano, o épico Xingu estreia hoje nos cinemas com a missão de revelar a história de três heróis nacionais ainda pouco conhecidos pelo público

OS SONHADORES

Foto: DIVULGAÇÃO

No filme, João Miguel, Felipe Camargo e Caio Blat interpretam o trio de irmãos desbravadores

Foto: DIVULGAÇÃO

Por: LUIZ CARLOS MERTEN - AGÊNCIA ESTADO

São Paulo, SP – Seu pai foi um imigrante judeu alemão que queria muito ser brasileiro. Ele pedia ao filho – o futuro cineasta Cao Hamburger – que pusesse nomes de índios em seus netos. Cao não realizou esse desejo do pai, mas hoje ele admite que, consciente ou inconscientemente, talvez esteja levando adiante sua busca, ou desejo, de brasilidade.

Em sua produção audiovisual, ele já falou de duas grandes paixões do povo brasileiro – futebol (O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias) e carnaval (a minissérie Os Filhos do Carnaval, na HBO).

Cao não deu aos filhos os nomes de índios que seu pai pedia, mas ele vem agora com Xingu, que estreia hoje (06) nos cinemas. O filme conta uma epopeia brasileira, a luta dos irmãos Villas Bôas para criar o Parque Nacional do Xingu, uma vasta área de reserva das culturas da Amazônia, em que os últimos remanescentes das tribos selvagens podem viver com liberdade, em meio a espécimes animais e vegetais nativas.
Gazeta de Alagoas
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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Summer of '42

Etica e moral - da pena de morte ao aborto

José Dirceu agora faz tabela com José Maria Marin, da CBF.


Desde que deixou a Casa Civil de Lula e teve o mandato de deputado passado na lâmina, José Dirceu dedica-se a prospectar negócios. No campo das consultorias, tornou-se um craque. Nas últimas semanas, achegou-se ao mundo da bola. Faz tabelinha com o novo presidente da CBF, José Maria Marin.
Há quatro dias, na manhã de segunda-feira (2), Dirceu e Marin protagonizaram uma cena que dá idéia do potencial da parceria. Após desembarcar de um voo da Air France, procedente de Paris, a dupla aguardava as malas na esteira do aeroporto de Guarulhos. Súbito, foram avistados por dois conhecidos da política.
Vindos de Nova York, o deputado Jorge Tadeu Mudalen e o ex-deputado José Carlos Aleluia também buscavam suas malas. Vice-presidente do DEM federal, Aleluia cumprimentou Dirceu. Presidente do DEM de São Paulo, Mudalen trocou um dedo de prosa com Marin, seu velho amigo.
Sem entrar em detalhes, Marin contou a Mudalen que Dirceu o acompanhara num jantar realizado na capital francesa. Dias antes, em Zurique, Marin participara de uma reunião com a cúpula da Fifa, a primeira desde que assumiu a cadeira de Ricardo Teixeira na CBF, há 24 dias.
Ficou subentendido que o ex-todo-poderoso da Era Lula move-se na grande área em que são tricotados os acertos para a Copa do Mundo de 2014. Na política, Dirceu e Marin são como água e azeite. O primeiro migrou da resistência à ditadura para as arcas do mensalão. O outro foi da Arena à cartolagem futebolística.
Aproximados pela bola, parecem cultivar interesses comuns. Dirceu tem nova oportunidade de exibir seus dotes de consultor. Marin enxerga no craque uma ponte que pode ajudá-lo a driblar as resistências que encontra nos gabinetes de Brasília, até aqui fechados para ele.

Jornalista Josias de Souza, Portal UOL.

Carlinhos Cachoeira ameaça entrar no programa de "delação premiada". Tremei, República!



Enquanto os advogados do senador Demóstenes Torres trabalham com o argumento da ilegalidade da operação Monte Carlo – que realizou escutas ilegais, sem a autorização do Supremo Tribunal Federal, uma vez que se tratava de um senador da República, Carlinhos Cachoeira atua na frente da intimidação. Vazou para os deputados que, caso o cerco se aperte de vez, pode contribuir com o programa de “delação premiada”, comprometendo os alicerces da República. O que se comenta é que Carlinhos Cachoeira tinha por hábito gravar as suas conversas com políticos e, dizem, até com gente do Judiciário. Carlinhos Cachoeira era o tipo de sujeito que, para você ter segurança de não estar sendo grampeado, conversa com ele só mesmo de tanga, dentro da piscina, sem segurança por perto. Demóstenes seria apenas um dos envolvidos nos esquemas do contraventor.