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domingo, 14 de maio de 2017

Claudia Dutra: Qual o futuro é melhor para o marqueteiro Patinhas após dirigir a cena da sua vida?


13 de maio de 2017 às 20h34
 Qual futuro é melhor para o Patinhas?
por Claudia Pereira Dutra*
Encarei ler o enfadonho livro do perfil João Santana – um marqueteiro no poder“, pois as artimanhas da “lava a jato” com o badalado casal delator João e Mônica são um teste à inteligência ou convite à ignorância.
E mais, a vontade de impor “verdade” dos atores jurídicos e midiáticos dessa operação são revoltantes.
O marqueteiro delator é um mestre na arte, segundo raciocínio dele próprio, de criar mais que a emoção, o sentimento.
Eis que agora o negócio do Patinhas (apelido juvenil do delator) é criar o sentimento de que Lula e Dilma são criminosos para o casal sair da prisão e usar tornozeleira em sua mansão.
O agressivo marqueteiro está dirigindo a cena da sua vida e o que está em jogo não é o país e, sim, seus milhões.
O livro mostra um jornalista que já ralou e foi compositor antes das redações de O GloboVeja e IstoÉ, até virar o cara endinheirado, de requinte e luxo, como ele diz, alguém que não é mais visita em Nova Iorque e Paris.
Tem em sua casa de oito quartos em Interlagos/Salvador, uma biblioteca de seis mil obras, mas bancou seu próprio livro tido como um compêndio de sacanagem onde descreve 14 tipos de vaginas, “xotas” de todo tipo.
Mas, sua vida e obra importa?
Contextualiza o fato de que temos, de um lado um homem que não enriqueceu na política, um líder que defende como um patrimônio sua história e sua honra e, de outro lado, seus delatores, que defendem sua pele e seu patrimônio e nada mais.
A vida e obra dessas pessoas são vinhos, lorotas e xoxotas e a mentalidade desprezível e preconceituosaque insiste ofender aos pobres. Isso faz diferença, sim!
Em sua primeira entrevista para o livro João Santana chegou no restaurante Rubayat e disparou “tanta coisa… e você se preocupando com um ‘merda’ com eu”?
Eu concordei, mas segui lendo.
Diz que quando divulgaram que era milionário e que possuía uns US$ 50 milhões ele falou: “como que você me reduz a 10% do que eu valho?”.
Para mim ele não vale nada, mas para Moro, quem se guia pelo utilitarismo é sempre um/a possível delator/a.
Mas, pior é ver a opinião pública medíocre ser cúmplice disso, aquela parte capaz de se deslumbrar com o ser mais cretino que possa existir e se valer de injúrias contra o ex-presidente que, como todos já sabem, não é dono sequer de apartamento em Guarujá.
Claudia Pereira Dutra é professora, ativista de direitos humanos.
(Publicado originalmente no site Viomundo)

Charge!Duke via O Dia

sábado, 13 de maio de 2017

Lima Barreto e o racismo do nosso tempo


Lima Barreto e o racismo do nosso tempo
Lima Barreto/Arte Revista CULT (Foto: Divulgação)

Para Lilia Schwarcz, que em junho lança biografia de Barreto, autor tem muito a dizer à contemporaneidade, especialmente quando se fala em raça e gênero


Negro, morador do subúrbio, desleixado e contraditório: era assim que o próprio Lima Barreto se definia. Ignorado em seu tempo, o autor de Triste fim de Policarpo Quaresma (1915) e Clara dos Anjos (1948) entrou para o cânone da literatura brasileira depois de muito tempo esquecido: neste ano, além de ser homenageado na FLIP, ele ganha uma nova biografia, com previsão de lançamento para junho: Lima Barreto, triste visionário, da historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz.
No livro, Schwarcz investiga os motivos pelos quais Barreto ficou tanto tempo relegado ao esquecimento. “Deixá-lo no lugar de vítima é muito pouco”, disse à CULT na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP), onde apresentou trechos de sua pesquisa de uma década sobre o autor, na última segunda (8).
Nascido em 13 de maio de 1881, o autor era filho de ex-escravos, e vinha de uma família monarquista, protegida pelo visconde de Ouro Preto. Logo cedo, perdeu a mãe, Amália, para a pneumonia e, mais tarde, o pai, João Henriques, para a loucura. Antes disso, porém, Henriques se esforçou, com a ajuda do visconde, para dar ao filho uma educação de qualidade – fato decisivo para o nascimento do Lima Barreto ácido e crítico.
Desde o início de sua vida escolar, no Liceu Popular de Niterói, até sua matrícula na escola Politécnica do Rio, onde era o único aluno negro. “Pele cor de azeitona escura”, como ele mesmo se definia, Barreto sentiu na pele as consequências de ousar ser um homem negro ocupando um espaço completamente dominado por brancos – e via com desconfiança a própria Lei Áurea e a noção de “liberdade” que ela trazia: “Liberdade era uma palavra que eu desconfiava e não confiava”, ele registrou em um diário da época.
Como uma resposta à discriminação racial e à exclusão social sofrida dia após dia, Barreto escrevia sobre estes assuntos de forma dura em uma época em que ninguém estava disposto a falar ou ler sobre isso. A intenção do autor, segundo Schwarcz, era de fato incomodar: “Ele achava que os negros só poderiam ser socialmente integrados através da luta e do constante incômodo. Por isso, denunciava que a escravidão não acabou com a abolição, mas ficou enraizada nos menores costumes mais simples”. Para chegar à dose perfeita de incômodo, Barreto fazia uma literatura do “Rio de Janeiro alargado”: não falava apenas do centro da cidade, mas principalmente dos subúrbios e de seus habitantes; descrevia detalhadamente as estações de trem e os transeuntes, as ruas e os bares, os costumes e as tradições populares, as violências e opressões, deixando a burguesia branca de lado.
Em uma época de racismo exacerbado, porém, essa literatura combativa do autor não encontrava espaço, ainda mais porque Barreto também costumava tecer críticas à mídia: “Seu primeiro livro publicado, Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909), era autobiográfico e trazia uma crítica feroz ao jornalismo da época”, lembra Schwarcz. E não era só a questão de raça ou a crítica ao jornalismo que permeavam a escrita de Barreto: crítico à República e à corrupção, tornou-se anarquista após a Revolução Russa, era defensor dos animais, crítico do academicismo e do feminismo vigente na época, pois considerava que o movimento não acolhia as mulheres negras. Barreto também odiava os bairros nobres do rio, detestava futebol e era absolutamente contrário à moda e copiar tudo o que vinha da Europa e dos Estados Unidos – e inclusive se recusou a participar da revista modernista Klaxon, em 1922, porque considerava-a uma cópia dos movimentos europeus.
Ele sofria tanto com a discriminação racial que tentou três vezes ingressar na Academia Brasileira de Letras, sem sucesso. Por causa de seu estilo peculiar e de sua coragem de falar de temas delicados, o autor acabou ficando preso entre o parnasianismo e o modernismo, sem que fosse encaixado em nenhuma das duas escolas: “Foi um autor muito incompreendido em sua época, tanto que demorou muito e ainda tem demorado para entrar no nosso cânone de autores”, diz a antropóloga.
Sem conseguir nem o reconhecimento que almejava nem o impacto e o incômodo que queria despertar, Barreto começou a beber. Alcoólatra, acabou indo parar no Manicômio Nacional, onde foi internado duas vezes – em 1914 e em 1918 -, mas nem por isso parou de lutar. Pelo contrário: ao perceber que no manicômio a população negra era abandonada quando já não podia mais ser explorada, decidiu escrever um livro sobre sua experiência ali. O resultado foi o inacabado Cemitério dos vivos (publicado postumamente, em 1953), “uma verdadeira análise de como os manicômios apoiavam as teorias darwinistas sociais e a falsa ideia de que a população negra seria uma ‘raça degenerada’”, segundo a historiadora.
Em toda a sua literatura, Lima Barreto esteve atento e militante, propondo assuntos de discriminação social e personagens negros, criticando a República e a hipocrisia brasileira e denunciando, inclusive, a violência contra a mulher. Exemplos não faltam: além de Recordações do escrivão Isaías Caminha, que ataca a imprensa, a autora destaca Triste fim de Policarpo Quaresma (1915), que ela chama de “Uma espécie de Dom Quixote brasileiro, muito avançado para o seu tempo; uma crítica à mania de querer recriar um passado indígena misturado a um futuro progressista, o que leva o protagonista, Policarpo, a morrer desiludido, como o Brasil”.
Já Clara dos Anjos (1922) aborda o que é ser mulher, negra e pobre em um mundo patriarcal e racista: “Clara era o alter ego feminino de Lima Barreto: a menina dos subúrbios que sofre o que ele sabia que sofreria se fosse mulher”(no livro, Clara engravida de um rapaz branco e acaba tendo de criar o bebê sozinha). “O próprio Cemitério dos vivos é uma obra prima, na qual o autor se confunde com o narrador, Vicente Mascarenhas, e não dá para saber se é pela loucura ou se é intencional”, lembra Schwarcz.
Para a historiadora, Lima Barreto tem ainda muito a dizer ao nosso tempo, especialmente quando se fala em raça e gênero: “É um autor de muito alento para essa nossa agenda contemporânea neste momento em que a República vive uma crise tão forte, e que os nossos valores democráticos e direitos de cidadãos estão sendo colocados tão em questão”.
(Publicado originalmente no site da revista Cult)

Em pleno século XXI, quilombolas ainda têm que lutar por direitos básicos

Juliana Gonçalves, Thiago Dezan


PASSADOS 129 ANOS desde a abolição da escravatura, os quilombos continuam sendo locais necessários à resistência da população negra. A ancestralidade negra vira combustível para a luta atual contra o racismo e pelo direito à terra – ameaçado ainda mais pelo governo Michel Temer, que paralisou as demarcações das terras quilombolas. O reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos é uma forma de reparar os danos do período escravagista sentidos ainda hoje. O Brasil tem cerca de 3 mil comunidades quilombolas.


As consequências da escravidão ficam evidentes nos números que comprovam que a qualidade de vida da população negra tem uma década de atraso em relação à população branca do país, de acordo com o estudo “Desenvolvimento Humano para Além das Médias” divulgado nesta semana pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – órgão da ONU – em parceria com a Fundação João Pinheiro e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). A pesquisa também aponta que a renda per capita dos brancos chega a ser maior que o dobro dos negros: R$1.097,00 ante R$ 508,90.  
Os dados são retrato de um país onde a escravidão é tratada como atração turística – como denunciado por The Intercept Brasil –, um restaurante tem o nome de senzala e um motel oferece grilhões, jaula e correntes, como os usados em torturas de escravos, como atrativo.
“As pessoas começaram a se incomodar de ver que um negro, um quilombola, tem o mesmo direito que um branco”
Nesse cenário de naturalização de abusos históricos, um político racista não causa tanto espanto. No último mês de abril, duas representações foram encaminhadas à Procuradoria Geral da União contra o deputado federal Jair Bolsonaro por prática de injúria racial em palestra no clube Hebraica, quando o deputado comparou quilombolas com animais e disse que, se eleito presidente em 2018 acabaria com as demarcações. Para a Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), o deputado corrobora o discurso racista de ódio que defende que  quilombolas não teriam lugar ou função na sociedade brasileira.
“Quando nós saímos e começamos a reivindicar nossos direitos, aí começou a sair o racismo de baixo do tapete. Porque aí as pessoas começaram a se incomodar de ver que um negro, um quilombola, tem o mesmo direito que um branco, que um rico”, afirma Ivone de Mattos Bernardo, moradora do Quilombo Maria Conga em Magé, na Baixada Fluminense.

Direito à terra

Hoje, 199 comunidades estão aguardando análise do Instituto Palmares para a receber a certificação de Comunidade Remanescente de Quilombos. Já as demarcações das terras ficam a cargo do INCRA.  No entanto, o  governo Michel Temer suspendeu as demarcações de terras quilombolas até que a Ação Direta Inconstituicional – ADI 3239 seja julgada no Supremo Tribunal Federal (STF) – o que não tem data para acontecer.
Essa revisão acontece em um período de forte pressão da bancada ruralista que comanda a CPI Funai-INCRA e questiona as titulações. A disputa por terras causa mortes no campo e perseguições como a da Marinha aos moradores do Quilombo Rio dos Macacos, mostrada pelo The Intercept Brasil em fevereiro deste ano.
De acordo com defensores da política de demarcação das terras, o governo estaria se antecipando à decisão do Judiciário. A paralisação é algo inédito desde o início das demarcações em 1995. Além de lidar com racismo estrutural da sociedade, a comunidade quilombola enfrenta  mais um retrocesso do governo Michel Temer.  
(Publicado originalmente no site do Intercept Brasil)

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Michel Zaidan: Sobre a Reforma Política ( indigna desse nome)


 


Querida, o tema da reforma política trata da tradutibilidade dos votos em mandatos, ou seja das regras do sistema político-partidário que comandam as eleições e a vontade política do eleitor. Como no Brasil, a nossa democracia é de baixíssima intensidade. O eleitor praticamente vota (autoriza aqueles que vão decidir em seu nome) e vai para casa. Não há uma sociedade civil organizada que ajude a formar raciocinalmente a vontade política do eleitor e agendas de interesse público. Então, o exercício da cidadania se resume na mera autorização política do eleitor para outros decidam em seu nome. Uma reforma política digna desse nome deveria traduzir fielmente a chamada verdade eleitoral, ou seja, as preferencias verdadeiras do eleitor em termos de cargos e mandatos eletivos. Infelizmente o sistema político-partidário brasileiro não permite isso. Há muitas distorções no processo eleitoral, desde o abuso do poder econômico, o tempo desigual para os candidatos, o regime eleitoral não estimula a vigilância pelo eleitor do mandato dos eleitos, a lei partidária estimula uma competição interna dos próprios candidatos de uma mesma legenda etc. 


Além do que a ausência de verticalização das coligações, nas eleições majoritárias e a permissão de coligação nas proporcionais falsem por completo a representação politica. Uma reforma se faz, portanto, necessária. Mas quem tem a devida legitimidade para fazê-la? - É aí onde mora o perigo. Um congresso que não foi eleito apenas para fazer esta reforma, não tem a devida legitimidade de para fazê-la. Porque legislará em causa própria, garantindo , por meio das regras votadas, a sua própria sobrevivência política. Daí porque a campanha por uma constituinte exclusiva só para fazer a reforma. Os atuais parlamentares não estão legitimados para tal. Farão, se muito, uma reforma casuísta, contra os pequenos partidos, a fazer do financiamento privado, diminuindo o tempo de campanha , retirando a obrigatoriedade do voto e a prorrogação de mandatos. Isso não será uma reforma política. Será um golpe parlamentar contra os eleitores.

A proposta dessa PEC vem atender à vontade e a os interesses dos golpistas do ano passado. Eles querem prosseguir em seus cargos e mandatos, sem necessidade da autorização popular. E o seu único objetivo e levar adiante a agenda desconstrutivista das conquistas de 1988 (na saúde, na educação, na seguridade social etc.) Vai beneficiar diretamente o mandatário de plantão, que carece da mínima legitimidade e arrostar uma formidável rejeição popular.A lista fechada seria uma boa medida se os partidos dos fossem suficientemente institucionalizados no Brasil. Mas eles têm donos, chefes, proprietários. São verdadeiras oligarquias familiares ou de interesses. A lista fechada, que evitaria a competição interna e reforçaria o poder da legenda partidária, num ambiente de exacerbado personalismo e precária institucionalização dos partidos, pode aumentar ainda mais a oligarquização das agremiações partidárias, já que será o chefe quem organizará a lista. O ideal seria fazer um sistema misto: parte dos candidatos seria livre, outra conforme a lista, como se faz com o voto distrital misto. Mas isso não evitaria ainda o caciquismo dos donos dos partidos. 

A dilatação do mandato para 5 anos não seria de todo mau, se fosse garantida a igualdade de competição entre os candidatos. Ou seja, Extinguir-se-ia a reeleição, aumentar-se-ia o mandato, mas tem que haver garantia de que o ocupante do cargo não use e abuse da máquina política e administrativa para se beneficiar ou ajudar a eleger seus aliados.Enfim, a discussão da reforma política é muito antiga no Brasil. A nossa engenharia institucional é muito ruim. E esse mal chamado "presidencialismo de coalização" , com um regime multi/pluripartidário só produz crises, atrás de crises. Mas nenhuma reforma dará certo se for feita pensando-se no curto prazo e para atender interesses casuísticos, pontuais, corporativos ou meramente de indivíduos ou pessoas. 


Michel Zaidan Filho é filósofo, historiador, cientista político, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia. 


Publisher: Curitiba: An eminently political audience.

Resultado de imagem para Lula/Curitiba


Like all Brazilians who were minimally informed, yesterday I accompanied the interrogation of former President Luiz Inacio Lula da Silva at the 13th Federal Court of Justice in Curitiba, presided over by Judge Sérgio Moro, who was in charge of Lava Jato investigations. This specific criminal action related to a supposed reform of a triplet in the neighborhood of Guarujá, which was contracted by contractors, supposedly with money from tips, of which the former president could be a beneficiary. The first thing that needs to be said about this is that there is absolutely no proof that President Lula is the owner of that triplet, although he admits that he visited, just as there was an initial interest in the acquisition of the property, manifested by his wife Dona Marisa, already dead. In these difficult times of institutional instability, legal insecurity and judicial activism are among the most visible aspects of the monster in the pond. In the Black Bloc investigation, which was installed by the DEIC, State Department of Criminal Investigations of the Paulista Civil Police, during the popular demonstrations on the occasion of the June Days, it was recommended that even a certain Russian philosopher, Mikhail Bakunin, tapped in telephone conversations With the demonstrators. What are these times?

Until very recently, law manuals established that the burden of proof lies with whoever is accusing. As the journalist Fernando Brito observed, in a text in the Tijolaço blog, actori incumbit onus probandi. It is the nature of things, as Emperor Justinian remarked. If we go back to the period before Christ, the writing is the same and even more rigorous, as the Code of Hammurabi advocates, that is, if one accuses another, but can not prove it, he who accused should be killed. " These moments of institutional instability - with its correlative of absolute legal insecurity - must be causing a tremendous confusion in the head of the boys who today attend the courses of law for the country. And here it is not a matter of defending or condemning Lula, but be oriented By the technical principles of law, of the prerogatives of justice. "According to the journalist Fernando Brito, for the justice Lula would be acquitted, but, by" justice "he will be fatally condemned ... and fast, as the press claims.

Much has been commented on the possible biases of justice in the context of a capitalist system where some citizens do not even qualify for a fair trial. In the recent relaxation of the imprisonment of former Minister José Dirceu, for example, there was no shortage of comments about the fact that 1/3 of prisoners in our prison system were in the same condition as the former minister, that is, provisionally arrested without a conviction In the second instance. The statistics of blacks and the poor in our prison system are evidence that those who have access to justice - because their economic condition allows them to afford it - may not escape a punishment, but their right to full defense is assured. But this is a structural problem, which provides good arguments for jurists and sociologists, especially those with a Marxist orientation. What is observed now is a kind of court of exception, which is no longer guided by technical precepts and criminal codes, but establishes a political judgment of the accused.

In some cases, judgments are being managed by ideology, conviction, and media repercussions. Some political actors are a priori condemned, whether or not they are guilty of something. It is a common voice, for example, that there is no chance that Lula will be acquitted. On the floor of the political carriage, this certainty exists today even among its supporters. It will happen to Lula something similar to what happened with former President Dilma Rousseff, meaning that while the militants were shouting "No Goes to Hit" the operators droned the gear that took her away from power. The same project is to make the ex-president politically unfeasible, moving him away from the 2018 electoral game, which must be disputed by radicals and trustworthy actors in the establishment, such as the "novices", as former president Fernando Henrique Cardoso suggested. The biggest political capital of this country should be left out of the game. This is not good for our already weak democratic experience.

Por que trabalharemos até morrer?

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

POR QUE TRABALHAREMOS ATÉ MORRER?

Devido às características do mercado de trabalho brasileiro, a capacidade de contribuição dos trabalhadores é bastante limitada. Consideremos apenas o alto nível de informalidade, a rotatividade elevada e a baixa remuneração. Isso implica que, ao chegar aos 65 anos, parte das pessoas não terá atingido os 25 anos de contribuição exigidos e não poderá se aposentar
por: Lucas Salvador Andrietta
8 de maio de 2017
temer morte
Fica cada vez mais claro para todos que as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo Temer se apoiam em justificativas rasas, numa estratégia midiática agressiva e numa violência policial desmedida e antidemocrática.
A postura do governo é consequência de um fato evidente: não há nenhum apoio social às reformas. Nem ao governo. Num país que tenta entender e lidar com a recente polarização na superfície da esfera político-partidária, pesquisas de diversos vieses mostram importantes pontos de convergência. Coxinhas, mortadelas e outros quitutes do nosso variado espectro político-gastronômico ampliam cada dia mais arejeição a Temer. As pesquisas indicam ainda que o tema da Previdência, juntamente com a corrupção, tem sido determinante no aumento da rejeição ao governo.
É nítido, também, que o governo intensifica a sua estratégia midiática para propagar o slogan falso e ameaçador de que é preciso reformar a Previdência hoje para que ela não acabe no futuro. E faz isso abandonando abertamente qualquer tipo de pudor e recheando o noticiário de absurdos éticos, como encontros casuais no cabeleireiro com empresários da comunicação, intermediação de amigos comuns para decidir sobre questões de interesse público, jantares opulentos para conquistar apoio e outros expedientes. Lembremos ainda da crescente verba pública destinada à publicidade, as amigáveis entrevistas dadas por ministros em programas de TV e a cobertura pasteurizada e parcial das notícias relativas à reforma.
É claro, também, como toda e qualquer forma de resistência vem sendo sistematicamente repreendida pelas forças policiais de todo o país. Os episódios ocorridos durante a greve geral do dia 28 de abril são apenas amostras do papel que a polícia tem desempenhado – desde muito antes do golpeachment, é sempre necessário lembrar – na contenção da resistência às reformas impopulares.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a polícia iniciou a agressão aos manifestantes antes mesmo que o ato tivesse início. Em Goiânia, um policial quebrou um cassetete no rosto de um cidadão durante a manifestação. Dias antes, Rafael Braga foi condenado a onze anos de prisão por uma acusação forjada.
Esses episódios são lembretes pontuais de que a violência e o racismo da polícia e do judiciário não são casos isolados que podem ser resolvidos apenas administrativamente, pelo “afastamento dos envolvidos”, pela “abertura de inquérito”, pela “apuração dos fatos” ou por outras declarações de boa intenção por parte dessas instituições. Enquanto isso, um economista influente reduz a complexa reforma trabalhista a uma trivialidade qualquer, desdenha do “esperneio” da maioria da população, ao mesmo tempo que elogia a restrição do debate público ao uso de gás lacrimogêneo.
A postura do governo demonstra que não há espaço aberto para debater questões relativas aos direitos sociais que estão sendo retirados da população. Apesar das justificativas rasas apresentadas na propaganda, a reforma se apoia em argumentos meramente orçamentários. A questão parece reduzir-se à ideia de que a Previdência é um luxo que o Brasil não pode mais pagar. Isso se soma à ideia de que os cortes de gastos sociais serão suficientes para reverter a crise que o Brasil enfrenta.

O debate dentro da ordem
Independentemente das sofisticadas teorias econômicas que elaboram e divergem sobre a política econômica, o gasto público e o ciclo atual vivido pelo país, chama a atenção a má qualidade do material apresentado pelo governo para defender a reforma previdenciária. Veja-se, por exemplo, as projeções grosseiras feitas pelo governo para 2060, que foi analisada e contraposta por um estudo recente.
Os propositores da reforma apoiam-se no senso comum a respeito do tema. Na percepção geral e entre quem estuda o tema, há grande consenso de que a Previdência precisa ser reformada. As políticas públicas são formuladas em contextos históricos específicos e podem deixar de responder às transformações sociais posteriores.
Por essa razão, muitos países do mundo estão rediscutindo seus regimes previdenciários para dar respostas a questões como a desigualdade entre beneficiários, o envelhecimento populacional, o aumento da expectativa de vida e as mudanças no mercado de trabalho.
Mas reformar a Previdência não implica necessariamente reduzir direitos. Se houver o interesse em mantê-los, é preciso pensar em como garanti-los na prática: não apenas definindo suas regras de acesso, mas também sua estrutura de financiamento. A sociedade deve decidir quem é que paga a conta.
Mais do que isso, para nós, coloca-se o desafio de pensar num sistema adequado à realidade brasileira. Não apenas copiando parâmetros e tendências de outros países, mas considerando nossas desigualdades sociais e regionais, a realidade do nosso mercado de trabalho, nossa estrutura tributária, entre outros elementos. No contexto atual, isso passa por contrapor os argumentos do governo sobre esses temas, como tem sido oesforço de muitos especialistas.
O governo, ainda que ilegítimo, optou por cumprir os ritos formais da nossa democracia representativa no encaminhamento da reforma. Note-se, por exemplo, a realização de audiências públicas sobre o tema, em que importantes contrapontos e denúncias foram apresentados. Como era previsível, esta fase encerrou-secom alguns recuos do governo em pontos marginais da proposta, sem que o essencial fosse revertido.
Assim conclui-se formalmente a participação direta da sociedade nas mudanças, deixando claros os limites da ordem estabelecida. A partir de agora, o destino da reforma depende da articulação parlamentar – amplamente favorável ao governo – e da capacidade de enfrentamento e resistência nas ruas.

A velhice que nos espera
Entre as lacunas deixadas pelo material que o governo apresenta, a que mais chama a atenção é a ausência completa de alternativas aos direitos sociais que serão retirados. O texto demonstra a falta de preocupação com as consequências esperadas da reforma e uma profunda insensibilidade com a situação que grande parte da população deve enfrentar quando envelhecer.
As mudanças propostas dificultam o acesso à aposentadoria. Consideremos apenas as quatro principais: 1) a imposição da idade mínima de 65 anos; 2) o aumento da carência mínima de 15 para 25 anos; 3) as mudanças na aposentadoria rural; e 4) as mudanças no BPC.
A imposição da idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres extingue a Aposentadoria por Tempo de Contribuição. Hoje, essa modalidade abrange um terço dos 30 milhões de aposentados brasileiros. Ela afeta principalmente aquelas pessoas que conseguem, ao longo da vida de trabalho, contribuir por 35 ou 30 anos e que hoje conseguem se aposentar em torno dos 55 anos. Além disso, as mudanças na regra de cálculo dos benefícios impõem um fator previdenciário que deve reduzir ainda mais o valor dos benefícios.
Atualmente, quase 70% dos beneficiários do INSS recebe apenas um salário mínimo. Para o governo, esses são os “privilegiados” do mercado de trabalho brasileiro e a reforma teria o grande mérito de promover a igualdade entre os trabalhadores, já que todos se aposentarão com a mesma idade mínima. Num país onde as pessoas entram no mercado de trabalho, em média, antes dos 17 anos, isso significa prolongar a vida de trabalho de todos. Em vez de melhorar as condições dos mais prejudicados pelo sistema, fazemos a opção de nivelar os direitos por baixo. Mas essa não é a mudança que terá o maior impacto sobre a população idosa.
O aumento da carência mínima afeta a maior parte dos trabalhadores brasileiros, que se enquadram na modalidade de Aposentadoria por Idade, cerca de dois terços dos aposentados hoje. Com as regras atuais, os trabalhadores que chegarem aos 65 anos podem solicitar a aposentadoria, desde que tenham contribuído com 180 mensalidades (15 anos) ao longo de toda a sua vida de trabalho. O governo propõe aumentar essa exigência para 300 mensalidades (25 anos).
Na prática, essa mudança deve impedir que um grande contingente de pessoas se aposente. Devido às características do mercado de trabalho brasileiro, a capacidade de contribuição dos trabalhadores é bastante limitada. Consideremos apenas o alto nível de informalidade, a rotatividade elevada e a baixa remuneração. Isso implica que, ao chegar aos 65 anos, parte das pessoas não terá atingido os 25 anos de contribuição exigidos e não poderá se aposentar.
As desigualdades, portanto, podem se manter ou se acentuar, pois aqueles que têm uma inserção mais precária no mercado de trabalho tenderão a prolongar sua vida de trabalho ou, eventualmente, não conseguirão se aposentar de forma alguma. Isso significa, na prática, dificultar o acesso ao direito de aposentar-se para uma população que começa a trabalhar muito cedo, trabalha por muito tempo, com muita intensidade e chegará à velhice totalmente desamparada. Se somarmos a isso os efeitos da reforma trabalhista, as condições de acesso à aposentadoria deverão ser ainda mais prejudicadas.
O desprezo pelos direitos sociais fica mais explícito quando se trata das mudanças propostas para aAposentadoria Rural. Esse direito foi inicialmente pensado para atender a um grupo grande de trabalhadores, que executa um trabalho socialmente necessário e árduo e que, por não ter um rendimento constante na sua atividade, tinha baixa capacidade de contribuir nos moldes dos trabalhadores urbanos assalariados. Por isso, sua contribuição é feita no momento da venda de sua produção e, ao atingir a velhice, aqueles trabalhadores que comprovarem ter trabalhado por quinze anos em atividade rural têm o direito de solicitar uma aposentadoria no valor de um salário mínimo. A proposta do Governo para essa modalidade é igualar as regras de acesso ao do trabalhador urbano, exigindo contribuições mensais por longos períodos de tempo, sem considerar a irregularidade da renda das famílias atingidas pela mudança. Na prática, a mudança inviabiliza a aposentadoria de um grande contingente de pessoas que atualmente trabalham nessas condições.
Por fim, aqueles que, hoje, não conseguem se aposentar, podem solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC), popularmente conhecido como LOAS, que oferece um salário mínimo para maiores de 65 anos ou deficientes físicos cuja renda domiciliar per capita não ultrapassa um quarto do salário mínimo. O governo propôs – e recuou levemente – que a idade para acessar o BPC subisse para 70 anos e, além disso, que o valor dos benefícios deixasse de acompanhar a valorização do salário mínimo.

A seletividade e o “déficit”
O aspecto mais perverso das reformas previdenciárias talvez seja o fato de que, nos termos em que se coloca a questão, elas nunca resolverão os problemas para os quais supostamente são realizadas. Isso fica explícito no debate sobre o déficit da Previdência.
Desde que respeitemos a Constituição Federal, é evidente que as contribuições e tributos que arrecadamos para financiar a seguridade são mais do que suficientes para pagar os benefícios. Na prática, é o INSS quem transfere recursos para que o governo gaste com outras finalidades.
Mesmo considerando os gastos previdenciários totais, que incluem servidores públicos, fica claro que os maiores responsáveis pelo tal “rombo” na Previdência são precisamente as categorias que não serão afetadas por essas reformas. É preciso parar de referir-se aos aposentados do setor público como uma grande massa homogênea de privilegiados, uma vez que a maior parte deles é composta por pessoas com remunerações baixas e médias: professores, enfermeiros, assistentes sociais, policiais, escriturários em geral e outras ocupações. Esses serão afetados pelas reformas.
Por outro lado, um grupo pequeno de funcionários de alto escalão, do Poder Judiciário, das Forças Armadas, recebe benefícios suficientes para pagar dezenas de salários mínimos. Além disso, conseguirão provavelmente aposentar-se mais cedo que a maioria.

Vida que segue?
Portanto, não é possível aceitar os argumentos apresentados pelo governo sem nenhum questionamento sobre a seletividade das reformas, à falsa ideia de que não há alternativas de financiamento – por exemplo, o imposto sobre grandes fortunas –, e de que o Brasil deve acompanhar os “parâmetros internacionais”, desconsiderando a sua realidade.
Não faltam propostas e discussões sobre como a Previdência Social – e cada um dos direitos sociais por ela garantidos – poderia ou deveria ser. Poderíamos ainda pensar, de forma radical, em como explorar as muitas possibilidades de combinação entre o trabalho e o tempo livre, considerando os avanços que nos permitem produzir cada vez mais riqueza e viver vidas cada vez mais longas.
Porém, o que está colocado nesse momento é a retração dessas possibilidades, como se não houvesse alternativas a seguir. Como se a única alternativa para o nosso envelhecimento fosse trabalhar mais. Como se o prolongamento das nossas vidas não fosse algo a se comemorar, mas um fardo insustentável que temos que pagar. Que pelo menos possamos envelhecer resistindo de todas as formas possíveis.


*Lucas Salvador Andrietta é economista, mestre em Economia Social e de Trabalho pela Unicamp e doutorando pela mesma instituição.
(Publicado originalmente no site do Le Monde Diplomatique)

Charge! Benett via Folha de São Paulo

Benett

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Charge!Benett via Folha de São Paulo

Homenageada em exposição, Conceição Evaristo encara a escrita como ato político


Homenageada em exposição, Conceição Evaristo encara a escrita como ato político
A escritora mineira Conceição Evaristo, 70 (Foto: Richner Allan/Divulgação Itaú Cultural)

Autora mineira quer chamar atenção para a produção de mulheres negras e romper com o imaginário de que os lugares reservados a elas são sempre de ‘subalternidade’


Na infância, durante as aulas de redação na escola, Conceição Evaristo escrevia por prazer. Na adolescência, o fazia para tentar escapar do cotidiano duro e entender o mundo que a cercava. Hoje, aos 70 anos, escreve motivada, também, por algum grau de vingança.
“A minha história pessoal e a história da minha coletividade são marcadas por interdições. E a escrita me liberta, me coloca num espaço em que eu normalmente não estaria, que não é comum às mulheres negras”, diz à reportagem da CULT às vésperas da abertura de uma exposição em sua homenagem no Itaú Cultural, em São Paulo.
A escritora mineira, nascida e criada na favela do Pindura Saia, em Belo Horizonte, tem seis livros publicados, quatro deles custeados integral ou parcialmente pelo próprio bolso: Ponciá Vivêncio(2003), Becos de memória (2006), Poemas de recordação e outros movimentos (2008) eInsubmissas lágrimas de mulheres (2011).
Isso porque Evaristo encara seu ofício como um ato político do qual “não tem como se esquivar”. Entende a importância de colocar em circulação suas “escrevivências” em um país que ainda reluta para reconhecer a legitimidade literária de vozes excluídas dos centros econômicos e sociais – como Carolina Maria de Jesus, por exemplo.
Recentemente, durante um evento em homenagem à Carolina na Academia Carioca de Letras, o escritor e professor Ivan Cavalcanti Proença afirmou que o livro Quarto de despejo (1960) não pode ser considerado literatura, em si, mas um “documento sócio-econômico e cultural”.
“Existe esse racismo estrutural na sociedade brasileira em que certas categorias são vistas como competentes para tudo, e outras são competentes para algumas coisas”, afirma. “Na dança, você vai ver mulheres negras sambistas, mas dificilmente uma bailarina negra. Na música, até vai encontrar muitos cantores negros, mas dificilmente um maestro. Na literatura também é assim.”
Em seus romances, contos e poemas, Evaristo coloca a mulher negra no centro da cena – processo que, se um dia foi bastante natural, hoje aparece como uma opção consciente da autora. São personagens complexas e cheias de conflitos, filhas, tias, esposas e especialmente mães, papel pouco atribuído a mulheres negras no percurso da literatura canônica brasileira, já que a elas geralmente restam dois tipos de estereótipos, segundo a autora: o da mulher negra “perigosa”, objeto de constante desejo sexual; ou o da mulher negra “abnegada”, que faz tudo pelo senhor da Casa Grande.
“A literatura brasileira canônica torna as mulheres negras infecundas. Estou falando de personagens principais como Rita Baiana, Bertoleza [de O cortiço], Gabriela [de Grabriela, cravo e canela]”, critica a autora. “Será que com essa falta de imaginário a sociedade brasileira não estaria negando a presença de mulheres africanas, das culturas africanas na formação da nação? Isso tem sido uma pergunta para mim.”
Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Evaristo vive hoje em Maricá, no Rio de Janeiro. Com a atenção, ainda que tardia, que vem recebendo desde que venceu o prêmio Jabuti, em 2016 com o livro de contos Olhos D’água (2014) – e agora com a exposição -, a autora espera chamar atenção para a produção literária de outras mulheres negras.
“Elas cozinham, passam, tomam conta dos filhos delas e dos outros, fazem faculdades, são médicas, arquitetas, filósofas, escritoras, bailarinas”, diz. “Que essa ocupação sirva para ajudar a quebrar com esse imaginário de que as mulheres negras estão sempre nos lugares da subalternidade.”
Ocupação Conceição Evaristo

Onde: Itaú Cultural, av. Paulista, 149
Quando: até 18/06
Quanto: grátis