A mesma movimentação política observa-se em relação ao jovem prefeito de Petrolina, Miguel Coelho(MDB-PE), que já aduba as bases há algum tempo e, naturalmente, aguarda o tempo certo para colher os frutos produzidos. E, o tempo certo, parece ser mesmo as próximas eleições previstas para 2022. Como o MDB parece ter outros planos, todo o grupo político pode desembarcar do partido e ingressar no DEM, onde o prefeito objetiva viabilizar sua candidatura. O deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho já é filiado ao Democratas, assim como o deputado estadual Antonio Coelho.
Como as eleições estauduais são casadas com as eleições nacionais para a Presidência da República, há uma série de arranjos em jogo, o que envolve acordos com os candidatos para montagem de palanques estaduais, assim como os inevitáveis ajustes ou composições partidárias, o que transforma a tarefa de construção de consensos ainda mais complexa. Tão complexas que, não raro,ocorrem situações onde os estados federados não reproduzem, necessariamente, as alianças celebradas no plano nacional. Comenta-se, por exemplo, sobre a possibilidade do grupo político dos Coelho se afinarem com a candidatura presidencial de Ciro Gomes(PDT-CE), quando se sabe dos acordos entre os Democratas e o presidente Jair Bolsonaro(Sem Partido) no plano federal. Pelo acordo, o pastor Silas Malafaia abocanha um naco político importante no Estado do Rio de Janeiro.
P.S: CONTEXTO POLÍTICO: Raposa política cevada no "carlismo', o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, celebra acordos políticos com Deus e com o Diabo. Na semana passada se noticiou que ele teria construído uma ponte com o Governo Jair Bolsonaro(Sem Partido), sobretudo direcionado ao Rio de Janeiro, com o objetivo de isolar o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que acaba de ser nomeado para um cargo no Governo de João Doria(PSDB-SP). O acordo, na medida em que interdita a influência da família Maia no diretório do partido naquele Estado, abria as porteiras para o pastor Silas Malafaia, assim como Moisés, cruzar o mar Vermelho - se é que me entendem - e conduzir seu rebanho para o suporte da candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Hoje, porém, já se dá como certo a celebração de uma aliança entre Democratas e Pedetistas, capitaneados por ACM Neto e Carlos Lupi, colocando o neto de Antonio Carlos Magalhães no projeto de Ciro Gomes(PDT-CE) presidente, arranjo que, no plano local, viabilizaria a candidatura de Miguel Coelho ao Governo do Estado de Pernambuco nas eleições de 2022. O senador Fernando Bezerra Coelho, líder do Governo Bolsonaro no Senado Federal, também estaria se filiando ao Democratas.
Cabe, aqui, um outro adendo, já devidamente tratado num editorial, consoante a necessidade de esclarecer as eventuais dúvidas produzidas por esta política de alianças partidárias e dança de cadeiras entre os atores políticos. A aliança que o DEM celebrou com o candidato Ciro Gomes(PDT-CE) é uma aliança do tipo "regional", ou seja, vale apenas para a região Nordeste, o que, possivelmente, não o impediu de fechar alguns acordos com o presidente Jair Bolsonaro no que concerne à arena política específica do Estado do Rio de Janeiro. Em todo caso, o ex-governador e grande lideraça política brasileira, Leonel Brizola, deve estar revirando na tumba.
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