pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Ministro mapea os tentáculos do porão fascista.
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Editorial: Ministro mapea os tentáculos do porão fascista.



Até onde sabemos, o deputado federal Francisco Everardo Tiririca Oliveira Silva - mais conhecido como Tiririca - filiado ao Partido Liberal, no tocante aos útimos episódios golpistas, se comportou de forma discreta e não seria, em tese, um potencial elemento perigoso para as instituições democráticas do país. Portanto, é injusta a suposta ilação do advogado de defesa do ex-Ministro da Justiça de Anderson Torres, sugerindo que ele teria escrito a minuta do golpe, em razão dos inúmeros erros de português. Claro que se trata de uma ironia, mas é preciso tomar muito cuidado com esses rompantes ou vazamentos de informações partindo dos bolsonaristas, pois eles se especializaram em criar fatos "novos", plantar notícias falsas ou fomentar cortinas de fumaça para favorecer determinados atores e prejudicar seus desafetos. 

Valademar da Costa Neto, Presidente Nacional do PL, em sua defesa, teria afirmado que sugerir que a minuta do golpe tinha na casa de todo mundo foi apenas uma metáfora, força de expressão. O tal senador Marcos do Val também já caiu em descrédito, depois que mudou a versão de suas declarações para isentar o ex-presidente Jair Bolsonaro de qualquer envolvimento no episódio; desistiu de desistir do seu mandato de senador; e ainda encontrou-se com o filho do principal acusado. Não se pode levar muito a sério uma pessoa com este perfil de comportamento. Alguém observou que, durante sua entrevista a uma emissora de TV, ele parecia falar línguas estranhas. Seria necessário a tal emissora contratar um pastor evangélico para interpretar as suas falas contraditóiras e emboladas. Hoje, há muitas especulações em torno de suas reais intenções. 

O bolsonarismo também é entremeado por esses componentes de esquizofrenia, de exótico,de ridículo, de fantasmagórico. Há até uma leva de cristãos fascistas. Faz todo o sentido a conclusão de um ministro da Suprema Corte afirmando que estávamos sendo governados por gente do porão, formado pela milícia do Rio de Janeiro, que havia ampliado seus tantáculos para o plano internacional. Talvez um pouco tardia essa conclusão, mas se coaduna perfeitamente à nossa experiência de desgovernança recente. O mesmo ministro, outro dia, apontou os desmandos e os projetos políticos - e nada jurídicos, tampouco reoublicanos - da Lava-Jato como a principal causa do estágio de instabilidade social, política e institucional a que fomos submetidos.    

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