pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Extrema Direita
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domingo, 8 de dezembro de 2024

Editorial: Os planos "A", "B" e "C" da direita é o próprio Bolsonaro?



É curioso o cálculo político do ex-presidente Jair Bolsonaro em relação às eleições presidenciais de 2026. Na medida em que as encrencas jurídicas se ampliam, ele reforça a disposição de se tornar o candidato único do campo conservador às próximas eleições presidenciais. Por inúmeros fatores, é muito pouco provável que ele esteja naquela disputa. Sugere-se que seja mais um impulso ou um desejo pessoal. A tábua de salvação talvez seja mesmo as articulações no Legislativo no que concerne ao PL da Anistia, em estágio avançado negociações, em razão da disputa pela Presidência da Casa, mas, mesmo assim,  algo ainda incerto, principalmente depois que Hogo Motta sentar no trono.   

Os arranjos indicam que a tendência é o próprio sistema político expelir o ex-presidente Jair Bolsonaro. Pesquisas recentes apontam que 93% do mercado já teria batido o martelo em favor do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Já se conjugam em torno desse ator uma confluência de forças que alicerçam um consenso conservador em torno do seu nome. Ele está sendo lapidado para o cargo, mas alguns dos seus apoiadores diretos acreditam que o momento certo é 2030. Bolsonaro, aliás, na percepção de Gilberto Kassab, estaria dando o termômetro dessa largada de Tarcísio de Freitas rumo ao Planalto. Sugere-se que nem a direita suporta essa intempestividade do ex-presidente Bolsonaro. Na prática, mesmo com as fragilidades das instituições democráticas, oriundas das investidas autoritárias recentes, é improvável que alguém com alto risco de incertezas, a exemplo de Bolsonaro, passe no escrutínio do sistema político. 

A fala recente, afirmando que seria o plano A , B e C é do próprio Bolsonaro, desestimulando disputas internas no campo conservador, inclusive a do filho Eduardo Bolsonaro. Independentemente de Bolsonaro disputar as próximas eleições presidenciais, as forças do campo conservador estão muito bem arregimentadas, enquanto as fragilidades do campo progressista são evidentes. É uma tendência e eles continuarão a fazer um barulho cada vez mais ensurdecedor daqui para frente, seja com o capitão, seja com algum outro nome. 

sábado, 16 de novembro de 2024

Editorial: Seriam os Lundgren simpatizantes do Nazismo?



De antemão, já respondendo por aqui aos leitores que nos questionaram sobre o assunto, recomendaríamos a leitura do nosso romance Menino de Vila Operária, vencedor do Prêmio José Lins do Rego de Literatura, na categoria romance, no ano de 2022, onde, determinados capítulos, abordamos essa questão do ponto de vista teórico e ficcional. Há até um personagem, Seu Pedro, que jura que havia uma cadeia de túneis existentes na cidade de Paulista, ligando a Casa Grande, as Fábrica, a Igreja de Santa Izabel e o Porto Arthur, por onde o ilustre Adolph Hitler, em pessoa, havia visitado a cidade. Seu Pedro é um personagem que acompanha toda a nossa trilogia de romances sobre a industrialização têxtil na cidade-fábrica, que aborda o início das atividades da indústria local, o apogeu e o posterior declínio. Os dois romances seguintes são Cidade das Chaminés e Chaminés Dormentes, que podem ser adquiridos ou lidos gratuitamente pela plataforma da Amazon. O Menino de Vila Operária pode ser adquirido aqui mesmo pelo Blog ou pela Estante Virtual, onde há dois exemplares ainda disponíveis. 

Do ponto de vista ficcional, estamos livres das amarras para nos guiarmos por evidencias factuais sobre aquilo que estamos narrando. Do ponto de vista teórico, não podemos fugir às evidências históricas que confirmem aquilo que estamos afirmando. Pesquisamos sobre o assunto em textos ensaísticos e teses de acadêmicas, onde os pesquisadores se debruçaram em exaustivas pesquisas sobre o assunto. Não há evidência de uma eventual simpatia da família Lundgren em relação aos nazistas, fato negado veementemente pelos herdeiros do espólio industrial deixado pelos comendadores,  como as Lojas Pernambucanas. 

Arquivos do DOPS, por exemplo, pesquisados por Susan Lewis, em sua tese de doutoramento, não deixam evidências sobre este fato. O que ocorreu, segundo a autora, é que, num determinado momento, depois do namoro da ditadura do Estado Novo com o fascismo, quando seus mentores já perfilavam ao lado das forças aliadas, todo e qualquer cidadão estrangeiro que trabalhasse ou residisse no país, seus passos passaram a ser monitorados pelos agentes de inteligência e informação à época. Principalmente os engenheiros alemães que trabalhavam na companhia. 

Por outro lado, para aqueles que advogam eventuais alinhamentos ou simpatias - também há trabalhos  acadêmicas defendendo tal hipótese -   há, igualmente, motivos de eventuais especulações em torno do assunto. Os dois encontros do Partido Nazista ocorrido no Nordeste aconteceram exatamente em Paulista e Rio Tinto, onde o grupo mantinha suas indústrias de tecido. Os Lundgren mantinham um arsenal de armas considerável, apreendido por um promotor indicado por Agamenon Magalhães com o propósito de garantir a presença do aparelho de Estado naquela quase-cidade. Centenas de armas e milhares de munições. Inclusive metralhadoras sofisticadas, que foram utilizadas, algum tempo depois, pelas volantes que perseguiam o bando de Lampião pela Caatinga nordestina. 

Como tantas armas entraram na cidade? Com que propósito? Apenas para armar a milícia mantida pelo grupo? Os Lundgren tinham uma relação estreita com um general que era considerado um facínoras fascista. Nelson Werneck Sodré se recusa, em prefácio de livro, a mencionar o seu nome, dada as atrocidades por este cidadão cometidas. O general ficou incumbido da prisão do escritor alagoano, Graciliano Ramos. Certa vez, Agamenon Magalhães, sempre ele, peitou esse general, depois que ele prendeu alguns desafetos dos Lundgren, inclusive Torres Galvão e sindicalistas do então Sindicato dos Tecelões de Paulista, sob o argumento dos Lundgren de que esses senhores estavam prejudicando os interesses de suas fábricas na cidade.  

Em despacho, sua intenção era a de matá-los. Só estaria aguardando ordens superiores. Agamenon Magalhães mandou sua polícia buscar seis homens ligados aos Lundgren, e, em resposta ao general, afirmou que também já havia encomendado os seus caixões. Caso não fosse libertado Torres Galvão e os demais presos sob sua custódia, eles só sairiam do Campo das Princesas mortos. Depois da queda de braços, a própria família Lundgren pediu que o "Seu" general retrocedesse em sua decisão.  

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Drops Político: A extrema direita está tocando fogo no país.



Há alguns anos atrás, numa universidade pernambucana, alguns estudantes foram agredidos por grupos de extrema direita durante a exibição de um filme. Logo em seguida, foi divulgada uma lista apócrifa, com o nome de diversos docentes que deveriam ser banidos da universidade, consoante os critérios ideológicos estabelecidos por esses grupos. Alguns professores sequer sabiam porque seus nomes constavam daquela lista. Não eram comunistas, não tinham como horizonte teórico o filósofo alemão Karl Marx, também não eram vinculados a algum partido de esquerda. 

O que mais causou indignação e estranhamento em alguns docentes é que nenhuma providência foi tomada no sentido de repelir atitudes do gênero, o que significa concluir por uma espécie de degenerescência legal, republicana de algumas instituições brasileiras durante aquele período. Desde então, os grupos nazistas e fascistas apenas cresceram no país. Aliás, o Brasil se tornou o país onde essas células mais crescem. O sociólogo Boaventura de Sousa Santos costumava advertir que, a despeito da derrota do bolsonarismo em 2020, não ficássemos acomodados porque a estrema direita internacional já havia escolhido o Brasil como um laboratório para as suas experiências macabras. Diante dos fatos, alguém tem dúvida sobre isso? Eles estão tocando fogo no país. Dizem que até literalmente.  Assine nosso perfil na Privacy e deixem os seus comentários. 

Editorial: Tabata parte para cima de Marçal.




Curioso como não é o candidato Guilherme Boulos, do antes radical PSOL, que resolveu partir para cima do candidato Pablo Marçal. Esta missão está sendo cumprida pela candidata Tabata Amaral, do PSB, que, a rigor, não seria aquela esquerda dos sonhos, a julgar pelo conjunto dos seus apoiadores. Boulos, por sua vez, está se tornando light, cumprindo um script previamente acordado com o Planalto, tentando desconstruir alguns estigmas da sua trajetória política do passado. O PSOl, com raras e honrosas exceções pelo Brasil - a candidata Dani Portela, do Recife, é uma delas - entrou de sola na chamada bacia semântica de Gilbert Durand.  

No Rio de Janeiro, o combativo Marcelo Freixo resolveu apoiar o nome de Eduardo Paes(PSD-RJ), hoje um candidato de centro-direita. Ele celebrou alianças tão radicais, que impediu, até este momento, a ascendência do bolsonarista delegado Ramagem. É a política cedendo espaço para o gerenciamento. Aqui no Recife, o candidato João Campos(PSB-PE) desconversou quando perguntado sobre se era de esquerda ou de direita. As supostas "contradições" do Governo Lula 3 com os chamados grupos históricos de apoio, como os professores universitários, já não podem mais serem consideradas apenas contradições, mas deliberações sobre os contornos políticos que o seu governo está assumindo. 

Tabata vem cumprindo bem este papel. Seja nos debates, seja nas redes sociais, seja através de sua assessoria jurídica, que conseguiu, por meio de uma decisão da Justiça Eleitoral, derrubar as redes sociais do empresário. Se ficar comprovado que ele pagava aos seguidores que faziam os chamados cortes dos seus vídeos, ele pode até perder a candidatura. Segundo comenta-se, o empresário teria retomado os seus perfis, de maneira célere, com a abertura de novas contas. Suspeita-se que de forma irregular. Vamos ampliar essas discussões? Assine o nosso perfil na Privacy e deixem seus comentários.