pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Ronnie Lessa
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terça-feira, 28 de maio de 2024

Editorial: Ronnie Lessa está mentindo?



 É muito pouco provável que o ex-militar Ronnie Lessa, que cumpre pena pelo assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes, esteja mentindo em seus depoimentos no curso de uma delação premiada negociada com a Polícia Federal. Os advogados dos implicados como mandantes do crime têm até mesmo a obrigação de questionar tudo, sempre em defesa dos seus constitúidos, cumprindo, inclusive, preceitos constitucionais. A riqueza de detalhes com as quais o ex-militar se pronuncia sobre as tessituras e engendramentos criminosos que culminaram com a morte da vereadora são de uma transparência e veracidade de quem entregou os pontos e resolveu abrir o bico. 

Não precisamos de detector de mentiras para verificar a espantosa tranquilidade com que ele trata deste assunto, inclusive com uma frieza digna de assassinos sem remorsos ou arrependimentos. Qualquer psiquiatra forense que estivesse em seu lar durante a entrevista concedida ao Programa Fantástico sairia do sofá convencido de que ele fala a verdade. O Lessa se manteve calado durante anos, mesmo já cumprindo pena. Estava no seu limite quando resolveu entrar nessa delação premiada.

Mas não seja por isso. Há outros tantos implicados no caso que podem confirmar a sua versão. Exceto, naturalmente, aqueles que desejam se livrar das graves acusações, assim como das punições legais previstas em lei. Fica aqui uma obsevação do Marcelo Freixo, quando ele afirma que, no Rio, polícia e política estão demasiadamente irmanados, fenômeno que igualmente começa a se verificar em São Paulo. 


segunda-feira, 27 de maio de 2024

Editorial: Ronnie Lessa receberia 100 milhões pelo assassinato de Marielle Franco. Era um sócio e não um matador de aluguel.



Continua repercutindo os trechos do depoimento do ex-militar, Ronnie Lessa, à Polícia Federal, divulgados por uma emissora de televisão, neste domingo. Ronnie Lessa está preso e assume que disparou a arma que matou a vereadora Marielle Franco e o seu mororista, Anderson Gomes.  Depois de se indignar com esses atos atrozes, talvez o dado mais importante desse depoimento seja mesmo o de entender os mecanimos das ações desse grupos milicianos, cada vez mais sofisticados, que agem no Rio de Janeiro e em outras regiões do país. 

A princípio, estimava-se que o ex-policial havia prestado um serviço para o Escritório do Crime, pelo qual seria regiamente recompensado, em razão do status do alvo atingido. Neste depoimento, entretanto, o ex-policial admite que não foi convidado apenas para uma execução. Lessa se refere à formação de uma sociedade, proposta pelos mandantes do crime, onde estava em jogo uma cifra de R$ 100 milhões, além de dois loteamentos que seriam comercializados e depois passariam pela implantação de um novo grupo miliciano no local, com a exploração de uma série de serviços, integrado pelos seus comparsas no assassinato da vereadora. 

No depoimento, amplamente divulgado pela imprensa, Lessa fornece detalhes sobre os encontros secretos mantidos com os mandantes em locais esmos de ruas do Rio de Janeiro, bem ao estilo de grupos mafiosos. A cada nova revelação, torna-se mais complicada a situação dos mandantes do crime da vereadora. Um deles já andou rogando até a Deus para ser ouvido por uma autoridade do STF. Curioso como o nome de Deus só é invocado nessas ocasiões. 

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Editorial: Polícia Federal prende mais dois envolvidos na morte de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.



A Polícia Federal acaba de prender mais dois supostos envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. A delação do ex-militar Ronnie Lessa foi determinante para a inclusão desses novos suspeitos, pois revelou detalhes sobre a primeira reunião agendada com o propósito de planejar a morte da vereadora. Um deles, inclusive, teria arranjado as armas para a execução do crime, na área de favela onde a milícia dele atuava. São curiosas as entranhas e os interesses vis em jogo, que determinaram a decisão sobre eliminação física da ex-vereadora, que atrapalhava os negócios imobiliários em áreas de atuação dos milicianos cariocas. 

Dizem até que o alvo principal seria o deputado Marcelo Freixo(PSOL-RJ), em virtude das denúncias públicas sobre a atuação criminosa desses grupos, o que deu até CPI na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Isso é o mesmo que mexer num vespeiro. O indivíduo atrai um enxame contra ele. O pior é que o aparelho de Estado já se encontra bastante contaminado por agentes que agem de dentro, em benefício desses grupos marginais. Esses falsos agentes públicos não fazem isso de graça. Recebem suas mesadas regulares. Conhecido banqueiro do jogo do bicho tinha uma folha de pagamento de propina que superavam os R$ 200 mil.   

Desta vez foram presos Robson Calixto da Fonseca, ex-assessor do Tribunal de Conta do Estado, e o ex-militar Ronald Alves de Paula, mais conhecido como Major Ronald, que já se encontra preso num Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Vamos enaltecer por aqui o excelente trabalho realizado pela Polícia Federal.