pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tragédia no Rio Grande do Sul
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segunda-feira, 3 de junho de 2024

Editorial: A polêmica em torno do "Arroz de Lula".

 



São muitas as crises que o país enfrenta neste momento. Algumas delas cruciais, como as crises institucional e de segurança pública, onde os entes federados vêem, a cada dia, o aumento dos índices de violência em ascendência nas estatísticas. Tragédias ambientais, como a do Rio Grande do Sul, professores universitários e técnicos de universidades em greve, sem que se vislumbre uma negociação favorável entre grevistas e o Governo. Em meio a este turbilhão de problemas, deram agora para implicar com o "Arroz de Lula", que está se tornando uma questão que pode respingar numa discussão parlamentar, que já conta com três denúncias junto ao Tribunal de Contas da União. Só falta agora alguém propor uma CPI do Arroz.  

Antes de eclodir essa tragédia que se abate sobre o Rio Grande do Sul Lula já havia manifestado o interesse em adquirir o produto, uma vez que os preços estavam aumentando nas prateleiras dos supermercados e as sondagens indicavam que o fenômeno poderia estar contribuindo para aumentar sua impopularidade junto à opinião pública. Chegamos a discutir este assunto por aqui. As poderosas associações de produtores de arroz se anteciparam em anunciar que não haveria necessidade de importar o produto. Inclusive no Rio Grande do Sul, onde a safra já havia sido colhida antes das enchentes. 

Até aqui tudo bem. O Governo, inclusive, pode ter se equivocado, embora imbuído das melhores intenções humanitárias. O que é curioso é a narrativa que está sendo disseminada em torno do assunto, afirmando que o presidente Lula, com a medida, estaria tentando se vingar dos produtotes rurais, identificados com o bolsonarismo, ampliando ainda mais as zonas de cizânia entre o presidente Lula e os partidários do ex-presidente, inclusive entre aqueles que o representam no parlamento.  

sábado, 18 de maio de 2024

Editorial: Cataclisma político no sul.


Pelo andar da carrugem política, o Rio Grande do Sul passa por um momento de cataclisma natural, social e, infelizmente, também político. O climão entre o Governo Federal e o Governo do Rio Grande do Sul está definitivamente instaurado. Com a nomeação de Paulo Pimenta para ocupar o cargo de Autoridade Federal para a Reconstrução do Estado, até mesmo termos como intervenção já passam a ser abertamente usados para definir a situação. De birras e intrigas advindas do nosso processo de polarização política era tudo o que o Rio Grande do Sul não precisava neste momento. 

Impotente diante da situação, o governador Eduardo Leite(PSDB) ainda carrega o estigma de não ter se conduzido bem no contexto de adoção de medidas preventivas que pudessem se antecipar ao desastre. Lula, por sua vez, segundo algumas análises, aproveita uma rara oportunidade de, não apenas não repetir o Bolsonaro da Covid-19, mas, sobretudo, dá um alento novo a um Governo que vinha amargando índices indesejáveis de insatisfação junto à população. 

Como o clima político está demasiadamente nublado, os tucanos também passaram a atirar farpas pesadas contra o Governo Lula, a exemplo do Deputado Federal Aécio Neves, tucano da gema, que volta à ribalta para anunciar que Lula perdeu sua condição de estadista ao nomear Paulo Pimenta como Autoridade Federal no Rio Grande do Sul.

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Tucanos podem entrar na justiça contra indicação de Pimenta.

A reação de Eduardo Leite à indicação de Pimenta

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Editorial: A reação de Eduardo Leite à indicação de Paulo Pimenta para o Ministério Extraordinário de Reconstrução do Rio Grande de Sul.

 


No dia de ontem, 15, circularam alguns vídeos tratando de um eventual mau-humor do governador gaúcho Eduardo Leite, quando o presidente Lula anunciou a criação de uma espécie de Ministério Extraordinário para a Reconstrução do Rio Grande do Sul. Lula escalou o companheiro Paulo Pimenta para a missão, gerando algumas especulações sobre o que se reserva para a SECOM - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Tratamos deste assunto por aqui, mas, em princípio, a transisão no órgão ocorreu sem traumas, seguindo os trâmites normais, sendo indicado para assumir o cargo deixado pelo titular, o jornalista pernambucano Laércio Portela, que já exercia o cargo de Secretário-Executivo do órgão. 

Num contexto sensivelmente adverso como o que vem sendo enfrentado pelos gaúchos, seria até natural a tensão do governador diante do grau de sofrimento da população e as dificuldades ou mesmo impotência de enfrentar a situação. Nas coxias, no entanto, especula-se sobre um constrangimento político em curso, motivado, sobretudo, pelo nome indicado para assumir o cargo de Autoridade Federal no Estado. Comenta-se que Paulo Pimenta poderia ser um pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul nas eleições de 2026. 

Pelo sim, pelo não, não foi feliz a indicação do nome de Paulo Pimenta para exercer essa função. Num momento como este o que menos se deseja é a disputa de holofotes. Sabe-se das melhores intenções de Lula, assim como da seriedade do Paulo Pimenta, mas vai ficar sempre essa nuvem nublada de contornos políticos na indicação, indispondo petistas e tucanos. O espectro político do governador, inclusive, é bem mais amplo, quem sabe até uma candidatura presidencial.   

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Editorial: Paulo Pimenta é nomeado Autoridade Extraordinária para Reconstrução do Rio Grande do Sul.


O Ministro da Secreataria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, foi confirmado como Autoridade do Governo Federal para a reconstrução do Rio Grande do Sul. A informação aqui é de fonte oficial. Convém fazer tal ressalva, depois da enxurrada de notícias falsas envolvendo os problemas que os gaúchos estão enfrentando neste momento, algo que já se tornou caso de polícia, uma vez que a Polícia Federal foi acionada para investigar os irresponsáveis que estão plantando essas fake news. O próprio Paulo Pimenta já foi vítima de uma tentativa de lacração. Teve um diáologo gravado por um prefeito de um município do Estado.  

Há una série de questões envolvendo aquele Estado, inclusive sobre a gestão do governador Eduardo Leite(PSDB-RS), mas preferimos não abordá-las neste momento para evitar maiores polêmicas. Uma em particular, porém, chama muito a nossa atenção pelo inusitado da situação. Há um vídeo onde se sugere que o governador do Estado estaria preocupado com o montante de doações de alimentos e roupas enviadas, em razão dos problemas que isso poderia acarretar para o comércio local.

É preciso que isso seja, de fato, confirmado ou não, uma vez que a tal da inteligência artificial está sendo utilizada para fins escusos. No Estado vizinho da Paraíba, ocorreu de uma gravação ser veiculada com a fala fake de um parlamentar, o que está dando uma tremenda confusão por aquelas bandas. Como repetimos sempre, estamos vivendo tempos sombrios ou bicudos, onde as precauções se impõem.       

terça-feira, 14 de maio de 2024

Editorial: Era necessário mesmo importar arroz?


Em discurso recente, durante cerimônia oficial, falando de improviso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu ter errado ao não importar arroz. Isso ocorreu um pouco antes da tragédia que se abateu sobre os nossos irmãos do sul. Com as enchentes inundando algumas plantações do produto no Rio Grande do Sul, um dos nossos grandes produtores de arroz, essa tese ficou ainda mais reforçada, desta vez traduzida em milhões de toneladas do produto, que serão importadas, segundo anúncio oficial do Governo. Os números são expressivos. Seriam um milhão de toneladas ao custo de R$ 416 milhões.  

É sempre bom ouvir as pessoas que estão lidando no dia-a-dia com a situação. O presidente da Federarroz ( Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), Alexandre Velho, sugere que não há a menor necessidade da importação do produto, pois não haveria hipótese de desabastecimento, uma vez que a safra fora colhida antes das enchentes. Existe o problema do escoamento da safra,mas, mesmo assim, seria um problema menor, contornado em pouco tempo.   

Em meio a esse impasse, de antemão, já estamos aqui diante de dois problemas, sobretudo como reflexo desses tempos bicudos que o país atravessa, de banalização de fake news, que não respeita nem os momentos de calamidades públicas. Divergências sobre a questão entre produtores e o Governo, cujas relações já não são das melhores, além de uma onda de boataria que começa a tomar conta do varejo, com denúncias de desabastecimento artificial com o propósito de especulação sobre o preço do produto e eventuais estoques de arroz pela população, o que seria desnecessário. 

Convém salientar aqui, entretanto, conforme observamos antes, que a decisão do Governo Lula em importar o produto foi tomada antes das ocorrências no Rio Grande do Sul. Por essa época, já se observava, por algum motivo, o aumento do preço do produto nas gôndolas dos supermercados, o que, muito possivelmente, estaria contribuindo para a perda de popularidade do Governo. Curioso que Lula passou a incorporar, desde então, o arroz nos seus discursos de improvisos.  

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Editorial: A tragédia no Rio Grande do Sul não superou as divergências políticas.


A tragédia da enchente que se abate sobre o Estado do Rio Grande do Sul seria suficiente para deixar cidades como o João Pessoa, Cabedelo e Santa Rita completamente submersas, segundo um infográfico publicado hoje, dia 09, no site ClicPB. Os leitores podem bem imaginar as consequências para uma cidade como o Recife, que não suporta sequer uma maré alta. Nem mesmo essas tormentas, por outro lado, conseguem selar um armistício entre Governo e Oposição ou entre os Três Poderes da República. Já andam reclamando que o Senado Federal e a Câmara dos Deputados fizeram a sua parte, aguardando-se agora a atitude do Governo Federal no que concerne ao destravamento da burocracia que envolvem os recursos públicos. Outro gravíssimo problema é que esses recursos emergenciais para serem usados em situações como esta não ficam previstos no orçamento.   

No dia de ontem, um governador de oposição, bolsonarista roxo, aparece em vídeo denunciando que caminhões com mantimentos enviados para socorrer as vítimas estariam sendo barrados ou multados. Sugere-se, pelo raciocínio tosco, que os mantimentos enviados pelos Estados aliados são diferentes dos mantimentos enviados por Estados governados pela oposição. Até uma rede de televisão repercutiu o assunto, retirando os vídeos postados do ar logo em seguida.

O país entrou numa rinha de consequências extremamente preocupantes, onde as divergências políticas conseguem se sobrepor aos interesses da população. Se o meu governo não cuidou bem das pessoas durante a pandemia da Covid-19, vocês também não estão gerenciando bem o recrudescimento dos casos de dengue. Se faltou vacina naquela época, o que não dizer dos dias atuais? É neste estágio que as coisas se encontram. Lamentável que tenhamos chegado a esta situação, sobretudo porque quem acaba sendo penalizada é a população. Não faz muito tempo, um Ministro de Estado quase foi às vias de fato com um relator de um projeto por não chegarem a um acordo sobre uma questão de grande interesse público. O projeto está parado. Uma marcha da insensatez.