pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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sábado, 24 de junho de 2023

Editorial: O perigo das transições em serviços de inteligência.


Há alguns fatos desconhecidos na biografia de Lavrenti Béria, chefe da temida polícia secreta russa, a NKVD, depois transformada na KGB. Tais fatos ajudaram a alimentar a mística e os mistérios em torno do seu nome. Béria era o homem de confiança do ditador Joseph Stalin, sendo responsável por assassinatos de desafetos ao regime, massacres e expurgos durante a vigência de seu império na extinta URSS. Era um dos homens mais temidos da União Soviética. Talvez mais temido do que o próprio Stalin. 

Numa dessas ocasiões, foi montada uma trama, dentro dos próprios serviços de inteligência daquele país, que culminou em sua eliminação física. Béria foi convidado para uma reunião, algum tempo depois alguns convidados se afastaram, permanecendo no recinto apenas ele e o seu o executor. Béria foi alvejado na cabeça, implorando, de joelhos, para não ser assassinado. Mesmo com toda a espertise acumalada ao longo dos anos em que atuou nos estertores da espionagem e contra-espionagem, Béria não foi capaz de antecipar-se às escaramuças urdidas contra ele. 

Nos Estados Unidos, por ter sido preterido ao cargo de diretor do FBI, o número dois daquela instituição policial, Mark Felt, que ficaria conhecido como o "Garganta Profunda", secretamente, denunciou os escândalos de espionagem eleitorial envolvendo o ex-presidente Richard Nixon, levando-a renúncia. Era a renúncia ou um impeachment certo. Sua identidade permaneceu sob sogredo durante anos.  

No Brasil, o que temos lido e ouvido sobre as transições em nossos serviços de informação já seriam suficientes para construirmos um enredo de romance policial. Relatórios de inteligência falsos poderiam ter sidos emitidos; Existem suspeitas de sabotagens, envolvendo antigos e novos dirigentes, nos períodos de transição de gestão, e coisas do gênero. Tem ajudado bastante neste sentido os depoimentos de alguns atores estratégicos durante as audiências das CPI's dos Atos Antidemocráticos de 08 de janeiro. Por isso é tão importante que eles sejam convocados na condição de convidados e não de investigados. Nesta última condição, eles dispõem da prerrogativa de se manterem em silêncio.       

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Editorial: Discretamente, Geraldo Alckmin está se tornando no grande articulador do Governo Lula.



É curioso como o ex-governador Geraldo Alckmin tentou, durante todo tempo, superar as arestas de setores resistentes do PT contra ele. O staff de campanha de Lula, à época, fazia questão de enfatizar que seu papel na campanha, na realidade, seria aparar arestas, mas não junto aos setores mais radicais da legenda. O objetivo seria a Faria Lima, com a qual ele teria um bom trânsito, construído ao longo do tempo em que governou o Estado de São Paulo. Agora, talvez, se entenda essa sua ideia fixa em aparar as arestas. Na sua cabeça, a relação com a Faria Lima já estava bastante azeitada. Era junto ao PT mais resistente onde ele deveria atuar. 

Hoje, Alckmin goza de um bom trânsito junto àqueles setores. Até recentemente, foi recebido efusivamente numa feira do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Discretamente, ele continuou construindo pontes, inclusive com o parlamento, onde o PT amarga um padrão de relacionamento conturbado. As viagens frequentes de Lula ao exterior vem contribuindo bastante para esse espaço ser ocupado pelo vice Geraldo Alckmin. Sua condição de grande articulador tem sido tão enfatizada que o seu nome já tem sido ventilado para substituir os "articuladores" do Governo, que estão batendo cabeça.

A sua condição de vice é estratégica em qualquer processo de eleições. Mas, por algum motivo, o nome de Alckmin não surge na bolsa de apostas para aleições presidenciais de 2026. Não se vislumbra a possibilidade de um eventual apoio de Lula nesse projeto. O petista estaria mais inclinado a emprestar seu apoio aos companheiros de jornadas, como Rui Costa, Fernando Haddad, entre outros nomes. Política, no entanto, como ensinava Magalhãos Pinto, é como as nuvens. Mudam a todo tempo. 

   

Editorial: O entrave "legal" das CPIs



Os advogados do tenente-coronel Mauro Cid ingressaram com uma ação junto ao STF no sentido de solicitar que o seu constituído não compareça à convocação da CPMI dos Atos Antidemocráticos do dia 08 de janeiro. A ministra Carmem Lúcia já determinou que os membros da CPMI informem em que condição ele está sendo convocado, se como investigado ou se como convidado. Eis aqui um grande dilema enfrentado por essas CPIs. No dia de ontem, por exemplo, em audiência na CPMI do Golpe, na condição de investigado, o senhor George Washington respondeu apenas às perguntas que não o comprometessem, ou seja, quase nada. 

Nada que contribuísse para as investigações. Ele, por exemplo, não agiu sozinho. Havia, inclusive, outros artefatos plantados ou em vias de instalações, envolvendo outros nomes, que precisam ser investigados e punidos. Havia um arsenal em seu poder, recursos financeiros utilizados  muito além de suas condições econômicas. Nenhum fio foi puxado, diante do seu silêncio. O mesmo pode ocorrer em relação ao nome dos principais envolvidos nas tessituras golpistas que culminaram no dia 08 de janeiro. 

Alguns parlamentares mais consequentes já sugeriram que todos sejam convocados na condição de convidados pra evitar esse dilema. Por outro lado, como estabelecer esse status aos principais artífices dessa trama golpista? Na CPI do MST o dilema é o mesmo. Convidar José Rainha e João Pedro Stédile para ficarem em silêncio não seria de bom alvitre. Nem para os membros da comissão, nem para nós brasileiros, que gostaríamos de ouvi-los.     

Publisher: General Gonçalves at the district CPI of the coup



After much resistance from sectors of the Lula Government, the name of General Gonçalves Dias, former Chief Minister of the GSI, should finally be heard by the CPMI of the Coup Acts of January 8th. His summons by the District CPI, created to investigate the same matter, seems to have been less problematic. Yesterday, the general appeared in an audience with that commission, when he had the opportunity to present his version of the events that occurred on January 8, when vandals invaded the headquarters of the Three Powers, in Brasília, with the purpose of creating chaos and create a favorable political environment for the enactment of a coup d'état.

The general made an initial presentation, lasting around 40 minutes, where he emphasized his background in the military and the circumstances in which he served in the Lula Government, replacing General Augusto Heleno, who was also heard in that same commission. The climate at the CPI of the Federal District is always calmer, for known reasons. Thus, unlike the atmosphere of yesterday at the CPMI of Atos Golpistas, which heard George Washington, the audience with General Gonçalves Dias took place in an atmosphere of absolute normality. An environment that, most likely, the general will not find in another different battlefield, that of the CPMI of Antidemocratic Acts, when he is heard. But, as a general, he must always be prepared for war.

Interestingly, some facts involving the January 8 coup plot are being revealed at a frightening speed. Even the special forces left traces that were possible to verify. General Gonçalves Dias did not promote the necessary changes - nor in a timely manner - in the command structure of the GSI, allowing names linked to the Bolsonarist ancien régime to be kept in office. The second name in the body's hierarchy was still a general linked to the former minister, General Augusto Heleno, during the January 8 riots. The person responsible for what they called the "blockade of the federal capital" was also linked to General Augusto Heleno and would have informed General Gonçalves Dias that everything was "quiet". We are not going to go into the details here so as not to "offend".

Charge! Mor via Folha de São Paulo

 


Editorial: Clima tenso na CPMI dos Atos Antidemocráticos.



No dia de ontem, em audiência pública, a CPMI do dos Atos Antidemocráticos do dia 08 de janeiro, ouviu o senhor George Washington, responsável confesso pela instalação de um artefato explosivo nas imediações do Aeroporto de Brasília. George Washington já cumpre pena pelo ato hediondo, mas não necessariamente tipificado como um ato terrorista, conforme policiais também presentes àquela audiência, representando a Polícia Civil do Distrito Federal. Estavam presentes dois peritos e um delegado. Como o artefato não chegou a explodir, o assunto é tratado juridicamente como "tentativa".  

Na condição de investigado, o senhor George Washington manteve-se evasivo na maior parte do tempo, irritando profundamente os parlamentares. O presidente dos trabalhos, o deputado federal Arthur Maia, num momento de maior tensionamento, chegou a sugerir a possibilidade de prisão do depoente. George Washington não falou, mas ouviu bastante. Alguns parlamentares mais indignados com a atitude, no momento de suas intervenções, não eocnomizaram nos adjetivos para definir o inquirido, assim como as consequências dantescas do seu ato, caso o artefato fosse detonado. 

Na nossa modesta percepção  o país passou por uma trama golpistas sórdida e os artefatos de caráter antidemocráticos ainda não foram completamente desativados, para usarmos aqui uma analogia com o artefato plantado em Brasília que, felizmente, não chegou a ser detonado. As forças democráticas e legalistas ainda terão um longo trabalho pela frente, se desejam, de fato, desarmarem todos esses artefatos. O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro já se queixou que, em todas as reuniões governamentais, o assunto volta a ser tratado. É ordem do dia, senhor ministro, conforme linguagem militar.  

Editorila: General Gonçalves Dias na CPI Distrital do Golpe.



Depois de muita resistência de setores do Governo Lula, o nome do general Gonçalves Dias, ex-Ministro-Chefe do GSI, finalmente, deve ser ouvido pela CPMI dos Atos Golpistas de 08 de janeiro. Sua convocação pela CPI Distrital, criada para investigar o mesmo assunto, parece ter sido menos problemática. No dia de ontem, o general compareceu em audiência àquela comissão, quando teve a oportunidade de apresentar a sua versão dos fatos ocorridos em 08 de janeiro, quando vândalos invadiram a sede dos Três Poderes, em Brasília, com o propósito de instaurar o caos e criar um ambiente político propício para a decretação de um golpe de Estato. 

O general fez uma exposição inicial, em torno de 40 minutos, onde enfatizou a sua formação na carreira militar e as circunstâncias em que serviu ao Governo Lula, em substituição ao general Augusto Heleno, também ouvido naquela mesma comissão. O clima na CPI do Distrito Federal é sempre mais tranquilo, por razões conhecidas. Assim, diferentemente do climão do dia de ontem na CPMI do Atos Golpistas, que ouviu George Washington, a audiência com o general Gonçalves Dias transcorreu num clima de absoluta normalidade. Ambiente que, muito provavelmente, o general não encontrará num outro campo de batalha distinto, o da CPMI dos Atos Antidemocráticos, na ocasião em que vier a ser ouvido. Mas, na condição de general, ele deve estar sempre preparado para a guerra. 

Curiosamente, alguns fatos envolvendo a trama golpista de 08 de janeiro estão sendo revelados numa velocidade assustadora. Até as forças especiais deixaram rastros que foram possíveis de se verificar. O general Gonçalves Dias não promoveu as mudanças necessárias - tampouco em tempo hábil - na estrutura de comando do GSI, permitindo que nomes ligados ao ancien régime bolsonarista fossem mantidos no cargo. O segundo nome na hierarquia do órgão ainda era um general ligado ao ex-ministro, o general Augusto Heleno, quando dos distúrbios do 08 de janeiro. A pessoa responsável pelo que eles denominam de "bloqueio da capital federal" também era ligado ao general Augusto Heleno e teria informado ao general Gonçalves Dias que estava tudo "tranquilo". Não vamos aqui entrar nos detalhes para não "melindrar".    

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Publisher: Miriam Leitão detonates Central Bank interest rates.



Depending on her opinions, the journalist Miriam Leitão can be massacred or deified by the PT hosts that act on social networks. This is the conclusion we reached today, when it ranks first on Trending Topics Twitter Brasil, after a speech stating that the biggest obstacle to the resumption of growth in the country are the high interest rates practiced by the Central Bank, today at 13.75%. For a long time the president of that institution, Campos Neto, has been criticized for keeping these interest rates at such high standards, creating, in fact, some obstacles for some sectors of the economy.

Who celebrates these rates is only the speculative capital, linked to the financial sector. Although the Central Bank has the prerogative of autonomy, critics of the Government already advocate that Lula could be more incisive in this confrontation. In fact, as stated by the journalist, such fees constitute obstacles to the country's economic development. Numerous dialogues have already been held by the Government in this regard, but Campos Neto is adamant, leading some PT supporters to credit him with the condition of a cursed inheritance, left by Bolsonarism, with far from friendly intentions.

Campos Neto would certainly not be nominated for the exercise of such a role if he did not have strong links with Bolsonarism. Campos Neto, for obvious reasons, always argues in technical terms, avoiding this bias of a political nature, stating that such rates result from a concern to keep inflation under control.

Editorial: Miriam Leitão detona as taxas de juros do Banco Central.


Dependendo de suas opiniões, a jornalista Miriam Leitão pode ser massacrada ou endeusada pelas hostes petistas que atuam nas redes sociais. É essa a conclusão a que chegamos no dia de hoje, quando ela ocupa o primeiro lugar no Trending Topics Twitter Brasil, depois de uma fala afirmando que o maior entrave à retomada do crescimento no país são as altas taxas de juros praticadas pelo Banco Central, hoje em 13,75%. Há muito tempo o presidente daquela Instituição, Campos Neto, vem sendo criticado por manter esses juros em padrãos tão elevados, criando, de fato, alguns entraves para alguns setores da economia. 

Quem festeja essas taxas é apenas o capital especulativo, ligado ao setor financeiro. Embora o Banco Central tenha a prerrogativa de autonomia, críticos do Governo já advogam que Lula poderia ser mais incisivo nesse enfrentamento. De fato, como afirma a jornalista, tais taxas se constituem em entraves para o desenvolvimento econômico do país. Inúmeros diálogos já foram mantidos pelo Governo neste sentido,mas Campos Neto é irredutível, levando alguns petistas a creditarem a ele a condição de uma herança maldita, deixada pelo bolsonarismo, com intenções nada amigáveis. 

Campos Neto, certamente, não seria indicado para o exercício de tal função se não houvesse ligações fortes suas com o bolsonarismo. Campos Neto, por razões óbvias, sempre argumenta em termos técnicos, evitando esse viés de natureza política, afirmando que tais taxas decorrem de uma preocupação em manter a inflação sob controle.     

Editorial: A aposta de Cid Nogueira em Bolsonaro



A torcida do PT é a de que o ex-presidente Jair Bolsonaro torne-se inelegivel no julgmento de logo mais. Há, entretanto, dentro das hostes bolsonaristas, o sentimento de que tal possibilidade, se ocorrer, poderá transformar o ex-presidente num grande cabo eleitoral das próximas eleições presidenciais. O senador Cid Nogueira, bolsonarista raiz, é um dos que vislumbram essa condição, apostando que ele se tornará o maior cabo eleitoral do país, emprestando um grande capital político a qualquer candidatura que vier a apoiar na raia do campo conservador. Quem ele apoiar, na previsão do senador, será o próximo Presidente da República.  

Outra aposta do senador é a de que o PT não fará nenhum prefeito de capital nas próximas eleições, conforme informe da coluna do jornalista Cláudio Humberto. De fato, desde algum tempo o desempenho do partido nas capitais não é dos melhores. O fenônemo pode se repetir, sim, nas eleiçoes municipais de 2024. Há algumas boas apostas contra essa tese do senador, quando se conjuga o espectro das alianças eleitorais. Aqui em Recife, por exemplo, se continuar com os bons índices de aprovação atuais, o prefeito João Campos deve continuar como inquilino do Palácio Antonio Farias. Na capital pernambucana o PT é aliado do PSB. 

Em todo caso, ao tratarmos das chapas do tipo "puro sangue", talvez o senador tenha chances de acerto em seu prognóstico. Quem precisa ouvir o senador é o impaciente Valdemar da Costa Neto, Presidente Nacional do PL, que anda bastante preocupado com os investimentos em Jair Bolsonaro. Sobre o julgamento do dia de hoje, a esperança dos bolsonaristas é a de que o ministro Nunes Marques possa pedir vista do processo, adiando os festejos dos petistas por mais alguns meses.  

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 21 de junho de 2023

Editorial: Moro diz que não ficou confortável com as respostas de Cristiano Zanin.



Havia uma grande expectativa em torno do embate entre o ex-juiz da Lava Jato, o hoje senador Sérgio Moro, e o advogado Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, que participava de sua sabatina no Senado Federal, rito que ele precisava cumprir para ter seu nome homologado como ministro do Supremo Tribunal Federal. Moro chegou cedo ao plenário, consoante alguns comentários de senadores antes do início da sessão. Sinceramente? Não ficamos nenhum pouco decepcionado com as arguições de senador Sérgio Moro, que informou que faria apenas perguntas de ordem técnica, mas acabou inquirindo Zanin até mesmo sobre uma eventual apadrinhamento do casamento entre Luiz Inácio Lula da Silva e Rosângela Lula da Silva, a Janja. 

Logo em seguida ao rito de passagem, um portal de notícia entrevistou o senador Moro e ele se declarou não se sentir confortável com as respostas dadas pelo já ministro do STF. Pelas mesmas razões, ou seja, pelas perguntas formuladas, igualmente, não nos sentimos confortáveis com a arguição do senador Sérgio Moro. Esperávamos algo mais. 

Outros senadores da bancada de senadores presentes formularem questões, ao nosso juízo, bem mais interessantes, envolvendo temas sobre como irá se dá sua relação com o conflito evidente entre as áreas de interesse, competência e atuação dos Três Poderes da República que, não raro, estão entrando em rotas de colisão com uma frequência indeseável no escopo de um regime democrático. Outra inquietação diz respeito ao nosso ordenamento jurídico, vilependiado nos últimos anos, onde requisitos primários estão sendo desrespeitados, como a presunção de inocência, o contraditário e o devido processo legal. Reputaçães estão sendo atiradas na lata de lixo, apenas através do expediente nefasto das fake news.      

Editorial: A esperança de Bolsonaro no julgamento de amanhã.



Amanhã, 22, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem uma das ações  contra ele julgadas no STE. Na bolsa de apostas da capital federal é dada como certa uma possível decretação de inelegibiludade do ex-presidente. Um dos votos será a do Ministro do STF, Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro para aquela Corte. A expectativa - ou torcida, melhor dizendo - dos bolsonaristas é a de que o ministro possa pedir vista do processo, o que poderia adiar uma decisão para mais alguns meses. Neste intervalo de tempo, algumas novos fatos poderam ocorrer e, quem sabe, a tendência de inegibiludade de hoje possa vir a ser revertida amanhã. 

É pouco provável a reversão dessa tendência de inelegibilidade, mas existe, sim, uma possibilidade de pedido de vista, como ocorreu, recentemente, num outro julgamento polêmico, por um outro ministro indicado pelo ex-presidente. Mesmo que o ex-presidente, neste momento, possa livrar-se, temporareamente, desta condição, existem outras tantas ações que podem prejudicá-lo posteriormente. No dia ontem, publicamos por aqui um texto tratando deste assunto, basicamente tecendo alguns comentários sobre como essa questão está sendo analisada pelos dirigentes do seu partido, o PL.

Valdemar da Costa Neto, presidente da legenda, possivelmente desejava que ele pudesse tornar-se uma espécie de grande líder da oposição ao Governo Lula. Ao longo do tempo, alvejado por uma série de adversidades, o ex-presidente Jair Bolsonaro não reuniu as condições ideais de assumir esse papel. Assim, o partido já anda à procura de alternativas para as eleições de 2026, passando pelas eleições municipais de 2024, onde  partido pretende eleger 1.500 prefeitos pelo Brasil afora.     

Publisher: Government strengthens Nísia Trindade in the Ministry of Health.



One of the great successes in the appointment of president Lula's ministry was the appointment of researcher Nísia Trindade to the Ministry of Health. Nísia brings together three fundamental qualities: Solid academic background in the area; commitment to the population and an impeccable career in the public sector. In the previous administration, the Ministry of Health went through a management blackout, with disastrous consequences for Brazilian society. It was fundamentally important that things be corrected there in this government. Occasionally, advances are being observed, with the resumption of actions that seek, in fact, to meet the demands of Brazilian society in this key area.

With the largest budget on the Esplanada dos Ministérios, however, the Ministry of Health became the target of Centrão's greed as soon as Lula took office. It is good to say that Centrão's pressure for the ministry is not recent. Faced with contingencies, the Ministry of Health expands the strategy of presenting the portfolio's actions to the population, through new communication expedients, in clear evidence that the minister has prestige. It is a signal from Lula in the sense of informing that he does not intend to make changes in that ministry, a message that has already been sent to the leaders of the Centrão.

Centrão's interest in that ministry does not concern republican concerns, as everyone is tired of knowing. The issue is that, in addition to generous funds, the Ministry of Health is a great facilitator of the so-called amendments by the rapporteur, which explains why it has become the target of greed by the parliamentarians who are part of that political group. Lula needs to become aware of how far he can concede, under penalty of completely mischaracterizing his Government, which already has some visible grooves.

Editorial: Estadão sugere que Senado rejeite Zanin na sabatina de logo mais.


O jornal paulista tem se notabilizado pelos editorias críticos ao Governo Lula. A insistência é tanta, que tornou-se alvo das hordas petistas pelas redes sociais - sim, também temos as hordas petistas - que passaram a fazer piadas com o assunto, inclusive indicando os procedimentos para os assinantes deixarem de assinar o jornal. Faz parte desse ambiente político polarizado em que o país está mergulhado. Embora esse editorial seja emblemático, posto que publicado no dia da sabatina de Cristiano Zanin no Senado Federal, a rigor, os argumentos são os mesmos, ou seja, os editorialistas advogam que a indicação não se orientou por critérios republcanos, tampouco fica evidente que o advogado possui os requisitos de notório saber jurídico. 

Pelas contas feitas até este momento, o nome de Cristiano Zanin será aprovado sem maiores dificuldades na sabatina de logo mais. Embate mesmo, se houver, deve ficar por conta das arguições do senador e ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, por razões óbvias. O bom deste momento é que, finalmente, o advogado Cristiano Zanin terá a oportunidade de falar livremente, externando seus pontos de vista sem ser constantemente interrompido, como ocorria durante as audiências na República de Curitiba. 

Já estamos aqui, de plantão, preparando a pipoca, pois a TV Senado fará uma transmissão ao vivo da sabatina. Sérgio Moro teria sido o primeiro a chegar ao plenário do Senado Federal. Muito curioso para saber como ele deverá orientar suas aguições, se orientadas por cretérios de natureza jurídica ou, o mais provável, com colorações políticas.    

Editorial: Governo fortalece Nísia Trindade no Ministério da Saúde.



Um dos grandes acertos na escalação do ministério do presidente Lula foi a indicação do nome da pesquisadora Nísia Trindade para o Ministério da Saúde. Nísia reúne três qualitativos fundamentais: Sólida formação acadêmica na área; compromisso com a população e uma carreira irretocável na máquina pública. Na gestão anterior, o Ministério da Saúde passou por um apagão de gestão, de consequências funestas para a sociedade brasileira. Era fundamentalmente importante que as coisas fossem corrigidas por ali neste governo. Pontualmente, os avanços estão sendo observados, com a retomada de ações que procuram, de fato, atender às demandas da sociedade brasileira nesta área nevrálgica. 

Com o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, no entanto, o Ministério da Saúde passou a ser alvo da cobiça do Centrão assim que Lula assumiu o Governo. É bom que se diga que a pressão do Centrão pelo ministério não é recente. Diante das contingências, o Ministério da Saúde amplia a estratégia de apresentar as ações da pasta para a população, através de novos expedientes de comunicação, numa clara evidência de que a ministra está prestigiada. É uma sinalização de Lula no sentido de informar que não pretende fazer mudanças naquele ministério, recado que já foi enviado aos líderes do Centrão.

O interesse do Centrão por aquele ministério não diz respeito às preocupações de natureza republicanas, como todo mundo está cansado de saber. A questão é que, além de verbas generosas, o Ministério da Saúde é um grande facilitador das chamadas emendas do relator, o que explica tornar-se o alvo da cobiça dos parlamentares que integram aquele grupo político. Lula precisa tomar consciência sobre até onde pode ceder, sob pena de descaracterizar completamente o seu Governo, que já se encontra com algumas ranhuras visíveis.  

Charge! Leandro Assis e Triscila Oliveira

 


terça-feira, 20 de junho de 2023

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


Editorial: O lado pragmático de Valdemar da Costa Neto

 


Alguns sites estão divulgando a informação de que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, não estaria satisfeito com o desempenho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Seria como um investimento que não estaria produzindo os resultados esperados. Como se sabe, o partido banca as despesas com o ex-presidente, o que incluiriam mansão, salário, advogados, assessores. No proximo dia 22, emblematicamente, já que esse é o número do partido, o ex-presidente Jair Bolsonaro será julgado no TSE. Um julgamente que, segundo se prevê, poderá determinar a sua inelegibilidade. 

Algumas bolsas de apostas políticas da capital federal têm o desfecho da inelegibilidade como favas contadas. Caso tal hipótese se confirme, reforça os argumentos do presidente da legenda liberal no sentido de que está sendo oneroso manter o ex-presidente nessas condições. Quando o ex-presidente voltou dos Estados Unidos, Valdemar da Costa Neto formou uma grande expectativa em torno do assunto, sugerindo que Bolsonaro iria liderar a oposição contra o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva. 

As circunstâncias políticas, no entanto, não foram muito favoráveis a que o ex-presidente assumisse esse protagonismo. O presidente não enfrentou um único momento de paz depois que voltou daquele país. Até mesmo a sua viagem está sendo questionada pelos órgãos de controle, exigindo explicações sobre as despesas com recursos da União ali realizadas, num momento, inclusive, que ele já havia deixado a Presidência da República, quando as regalias diminuem sensivelmente. Curioso que ele seguiu viagem na condição ainda de presidente, condição que foi perdida logo depois, onerando os cofres públicos com imensas despesas com a sua comitiva.    

Editorial: A CPMI do Golpe volta com todo gás nesta terça-feira.



A CPMI do Golpe, salvo melhor juízo, já entra na fase das audiências públicas nesta terça-feira. As últimas revelaçãos sobre as tessituras do golpe de Estado que estava sendo urdido no país emprestam um clima natural de tensionamento nas sessões daquela comissão. O Deputado Federal Arthur Maia, que preside os trabalhos daquela comissão, já antecipou que todos os envolvidos na engrenagem golpista serão convocados. Como o Governo é hegemônico na composição daquela comissão, a tendência é a de que alguns nomes  sejam poupados, a exemplo do general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI. 

A oposição, naturalmente, não medirá esforços para que o requerimento de sua convocação seja aprovado. Os fatos revelados pelas gravações e mensagens do telefone celular do ajudante de ordens, amplamente divulgados pela imprensa, põem praticamente uma pá de cal nas narrativas fastásticas da oposição em relação assunto. Vamos ver se eles mantém a mesma estridência de antes, ao defenderem uma tese estapafúrdia, sem a menor possibilidade de comprovação, principalmente depois dessas revelações. É uma questão estratégica tal narrativa. Eles também objetivam investigar, tão somente, os atos de vandalismo do dia 08 de janeiro, sem se ater sobre os preparativos do golpe.   

Outro elemento que deve polemizar naqueles trabalhos é uma proposição governista no sentido de afastar o senador Marcos do Val(Podemos) da comissão, depois da operação de busca e apreensão realizada ela Polícia Federal em seus endereços. Na condição de investigado -  por uma eventual suspeita de obstrução da justiça - ele ficaria desconfortável em compor a comissão. O danado é explicar isso para ele e para os seus pares o que, muito provavelmente, deve render discussões acaloradas.      

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Publisher: A Kafkaesque nightmare at the Ministry of Tourism



I had been reading Franz Kafka since I was a teenager, but without the same concerns I have today, when we are poring over the composition of three novels that are similar to the themes explored in their narratives. We all, at some point, go through some Kafkaesque experience in life. With this editor it would not be different, especially living in a country like ours, of favors, subservience, far from the effective ideal of recognition of rights or institutionalized and republican practices, as observed by Victor Nunes Leal.

The magnificent biography written by Max Brod on the Jewish-Czech writer helps a lot in this endeavor. Both met in their teens, studied at the same university and became friends for the rest of their lives. Max Brod had as much talent as Kafka, but he ended up being eclipsed by his friend, who would become a world famous writer, although works by him were not published until after his death. Max Brod would only be known as the person who wrote the definitive biography of the author of The Process and twice saved his work from destruction, including the Nazi rage against books.

He was wronged, since, in reality, he was also a talented writer, having published dozens of books. 83 in all. The reference to the Czech writer, here, is justified when we become aware of the scabrous skirmishes that occur in the corridors of the federal capital, involving the death throes of the relationship between the Legislative and Executive powers. Yesterday, in a meeting with Federal Deputy Celso Sabino, from the União Brasil do Pará, Lula practically sealed the fate of Daniela Carneiro in the management of the Ministry of Tourism. On the way back from your trip to Europe, the hammer must be beaten.

Daniela Carneiro's head was requested by her own party, União Brasil. And we are not dealing here with a management reorientation, or a concern with the results achieved by the ministry, with regard to the benefits produced by the sector, with the population as beneficiaries, naturally. Even so, in a Kafka-like way, we are dealing here with a "management" problem, but with the funds allocated to the body, which the zealous members of the party would like to have free access to, but they run into resistance from the minister.

Editorial: Quem, afinal, é o responsável pelas casas de 15 metros quadrados?



Essas casas de 15 metros quadrados estão gerando muitas polêmicas e desinformações. Até recentemente, a assessoria do Palácio do Planalto precisou fazer um desmentindo de que essas casas integrava um programa habitacional Governo Federal. A assessoria foi rápida no gatilho, evitando as consequências previsíveis, quando uma falsa notícia se espalha como um rastilho de pólvora. A veiculação da fake news é de responsabilidade de um jornalista com muitos anos de batente, o que nos surpreende.

Como estamos num clima de intensa polarização política, por outro lado, a responsabilidade sobre a construção dessas moradias, erroneamente, também foi atribuída ao Governo de São Paulo. Coisas da trupe petista mais radical. Na realidade são 116 casas que estão sendo construída, com o propósto de abrigar uma população vulnerável que reside na favela Mandela, que fica próxima ao Aeroporto de Viracopos. 

As casas são de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Campinas. Não sabemos quem elaboru o projeto, mas ele fere bastante a dignidade humana, principalmente quando se discute o direito à cidade, que vão muito além de uma moradia digna, o que não se atende com este projeto. Na realidade, não se atende ao mínimo exigido, pois está previsto que uma família de até sete pessoas possam residir nesses cubículos.  

Editorial: Um "pesadelo" Kafkiano no Ministério do Turismo.



Lia Franz Kafka desde a adolescência, mas sem as mesmas preocupações de hoje, quando estamos debruçados na composição de três romances que guardam similaridades com as temáticas exploradas em suas narrativas. Todos nós, em algum momento, passamos por alguma experiência kafkiana na vida. Com este editor não seria diferente, principalmente vivendo num país como nosso, de favores, subserviências, distante do efetivo ideal do reconhecimento de direitos ou práticas institucionalizadas e republicanas, como observava Victor Nunes Leal. 

Ajuda bastante nessa empreitada a magnífica biografia escrita por Max Brod sobre o escritor judeu- tcheco. Ambos se conheceram na adolescência, estudaram na mesma universidade e se tornaram amigos para o resto de suas vidas. Max Brod tinha tanto talento quanto Kafka, mas acabou sendo eclipsado pelo amigo, que se tornaria um escritor mundicalmente famoso, embora suas obras tenham sido publicadas apenas depois de sua morte. Max Brod ficaria conhecido apenas como aquele que escreveu a biografia definitiva do autor de O Processo e salvou sua obra da destruição por duas vezes, inclusive da sanha nazista contra os livros.  

Tornou-se um injustiçado, uma vez que, na realidade, era, igualmente, um escritor de talento, tendo publicado dezenas de livros. 83 ao todo. A remissão ao escritor tcheco, aqui, se justifica quando tomamos conhecimento das escabrosas escaramuças que ocorrem nos corredores da capital federal, envolvendo os estertores da relação entre os poderes Legislativo e Executivo. No dia de ontem, em encontro com o Deputado Federal Celso Sabino, do União Brasil do Pará, Lula praticamente selou o destino de Daniela Carneiro na gestão do Ministério do Turismo. Na volta de sua viagem à Europa, o martelo deve ser batido. 

A cabeça de Daniela Carneiro foi pedida pelo seu próprio partido, o União Brasil. E não estamos tratando aqui de uma reorientação de gestão, ou uma preocupação com os resultados alcançados pelo minitério, no que concerne aos benefícios produzidos pelo setor, tendo como beneficiários, naturalmente, a população. Ainda assim, kafkianamente, estamos tratando aqui de um problema de "gestão", mas das verbas destinadas ao órgão, que os zelosos membros da legenda gostariam de ter acesso livre, mas esbarram na resistência da ministra.          

Editorial: Cristiano Zanin desmonta eventuais problemas com a sabatina no Senado Federal.



Conversando bastante, estabelecendo diálogos republicanos, quebrando as arestas ideológica, o advogado Cristiano Zanin, aos poucos, vai removendo eventuais dificuldades no que concerne à sua sabatina no Senado Federal, pressuposto para ratificar o seu nome como futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pastor Silas Malafaia já fez um pronunciamento favorável ao advogado, indicando que ele se identifica com os princípios cristãos; o senador Ciro Nogueira, notório bolsonarista, afirmou que irá votar nele e até a Damares se disse simpática ao futuro ocupante de uma das cadeiras da Suprema Corte. 

Neste sentido, as vozes dissonantes foram isoladas, o que quer dizer que ele não encontrará muitas dificuldades durante o processo. Geralmente, essas sabatinas cumprem um rito de caráter meramente burocráico, mas os tempos são outros e a polarização encontra-se no ordem do dia. Na realidade, salvo por algumas vozes conhecidas no Senado Federal, a maior resistência à indicação de Lula partiu mesmo de uma parte da imprensa, sob o argumento da impessoalidade de do republucanismo, que deveria reger tais indicações. 

Não nos referimos a este caso em particular, mas, no geral, tais critérios, de fato, não tem sido observado por próceres petistas ou atores políticos aliados da legenda, quando, por exemplo, não sentem nenhum constrangimento ao trabalharem pela indicação de suas esposas para ocuparem cargos de conselheiras em tribunais de conta nos estados, ganhando salários e benefícios exorbitantes, de forma vitalícia. Um bom exemplo por aqui cairia muito bem para a imagem da agremiação.  

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


domingo, 18 de junho de 2023

Editoral: Bolsonaro se desculpa, após fala infeliz sobre vacina.



Até recentemente, os jornalistas tentavam, em vão, obter uma fala do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a indicação do advogado Cristino Zanin ao Supremo Tribunal Federal. Possivelmente atendendo aos apelos dos seus auxiliares ou advogados, o ex-presidente emitia sinais de que o seu tempo era o de submergir. Há tempo para emergir e tempo para submergir, sobretudo num ambiente político de clima instável como o nosso. No dia 22 próximo deve ser iniciado o processo de um julgamento, no TSE, de uma das ações contra ele, que pode, no final, torná-lo inelegível. 

Dizem que o julgamento deve ser longo, mas até mesmo seus advogados trabalham com a hipótese concreta de uma inelegibilidade. Em princípio, não haveria um plano "B" e eles tentariam usar dos recursos legais possíveis para reverter a situação, caso ela se confirme. Sua prudência no falar estava sendo uma estratégia bastante interessante. Até ele deve ratificar o que estamos afirmado por aqui, uma vez que acaba de pedir desculpas por um pronunciamento infeliz, mais uma vez sobre as vacinas contra a Covid-19. 

Ele teria afirmado que um dos seus eventuais componentes, o grafeno, se alojaria nos ovários ou nos testículos, sendo logo desmentido pelas autoridades sanitárias. Assim, podemos estar diante de mais uma fake news envolvendo este assunto, dando margem a mais uma encrenca jurídica.    

Publisher: Janja's power, according to Estadão.



This communication vehicle has been noted for the publication of editorials critical of the Government of President Luiz Inácio Lula da Silva. As the subject of the appointment of lawyer Cristino Zanin to the STF has already been much discussed, they now thought of picking on the first lady, Rosângela Lula da Silva, better known as Janja. The newspaper informs that Janja would have superpowers in the Planalto, interfering in areas such as social, defense, communication and even the economy. In principle, what is concretely known is that Janja has an office next to the president's and that she would be responsible for organizing his agenda.

The rest would be nothing more than speculation, which is an open path for fake news. The good thing about freedom of expression is that the right to criticize is non-negotiable, providing citizens with the possibility of exercising it freely, with due responsibility. Here in the Northeast, however, when we start to repeat a lot on a single key, it is said that we are teasing. This maxim seems to apply to the São Paulo newspaper, which is always looking for a way to direct its editorials towards criticizing the Lula government.

In a recent meeting, in his political stronghold, the state of Ceará, the former candidate for the Presidency of the Republic, Ciro Gomes, again criticized the Lula Government. We don't know if it was due to some editing error on his lines, the concrete fact is that Ciro, at least this time, was less careful in his statements. He always had a "blunt" style, but always anchored in good arguments. On this occasion he seems to have overlooked this second part.

Editorial: O poder de Janja, segundo o Estadão.



Este veículo de comunicação tem se notabilizado pela publicação de editoriais críticos ao Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como o tema da nomeação do advogado Cristino Zanin para o STF já foi muito batido, eles agora acharam de implicar com a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, mais conhecida como Janja. O jornal informa que Janja teria superpoderes no Planalto, interferindo em áreas como o social, a defesa, comunicação e até na economia. Em princípio, o que se sabe de concreto é que Janja tem um gabinete junto ao do presidente e que ficaria responsável por organizar sua agenda. 

O mais não passaria do plano das especulações, o que é um caminho aberto para as fake news. O bom da liberdade de expressão é que o direito à critica é inegociável, facultando aos cidadãos e cidadãs a possibilidade de exercê-lo livremente, com a devida responsabilidade. Aqui no Nordeste, porém, quando começamos muito a repisar numa única tecla, se diz que estamos de implicância. Esta máxima parace se aplicar ao jornal paulista, que está sempre procurando alguma maneira de direcionar seus editorais nos sentido de criticar o Governo Lula.

Num encontro recente, em seu reduto político, o estado do Ceará, o ex-candidato à Presidênfia da Repúlica, Ciro Gomes, voltou a criticar o Governo Lula. Não sabemos se por algum erro de edição sobre as suas falas, o fato concreto é que Ciro, pelo menos dessa vez, foi menos cuidadoso em suas afirmações. Ele sempre teve um estilo "contundente", mas sempre ancorado em bons argumentos. Nesta ocasião, pareceu ter negligenciado esta segunda parte.   

Editorial:O serviçais dos regimes autoritários.



Não causou nenhum espanto a este editor a notícia recente de que o poeta chileno, Pablo Neruda, não teria morrido de causas naturais, mas como resultado de um possível envenenamento. Pouco antes de morrer, ele queixava-se de uma transferência inusitada de uma unidade hospitalar para outra, assim como a administração de uma medicação, segundo ele, fora da rotina. Aqui no Brasil, durante aqueles dias sombrios da ditatura militar, existiam médicos que acompanhavam as sessões de tortura de presos políticos com o propósito de informar aos torturadores sobre as reais condições físicas dos torturados.

Alguns deles foram além, estabelecendo conluios mais efetivos com os ditadores, aplicando injeções letais nos desafetos do regime, levando-os a óbito. Um deles foi justiçado quando transitava tranquilarmente pelo calçadão de Copacabana. Está sendo massacrado pelas redes sociais um jurista que teria emprestado seus conhecimentos do direito para dar suporte legal às investidas autoritárias daqueles que estavam articulando o mais recente projeto de um regime autoritátio no país, flagrados no celular do ajudante de ordens.

A formação acadêmica, em muitos casos, não quer dizer muita coisa não. Um dos nomes mais fortes da ditadura do Estado Novo em Pernambuco, entre as décadas de 30\40 do século passado, havia cumprido todas as etapas acadêmicas - da graduação ao doutorado - e tinha no currículo uma passagem pelo mais tradicional ginásio do estado à época, como professor catedrático, onde os professores só eram admitidos depois de defenderem uma tese de livre-docência. Antes havia passado pela Faculdade de Direito do Recife.

Editorial: Aprovação de Lula permanece estável.

 


Hoje, dia 17, saiu mais uma pesquisa sobre a quantas andam o humor dos brasileiros e brasileiras sobre o Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Siva. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Datafolha, onde o pestista crava 37% de aprovação, praticamente o mesmo escore de uma pesquisa anterior, realaizada pelo IPEC. A pesquisa anterior orientou o staff de Lula a acender uma luz amarela, principalmnte por ele ter perdido dois pontinhos preciosos em seu principal reduto eleitoral, a região Nordeste do país. 

Muito se comenta nos escaninhos políticos de Brasília que o petista já não mantém o mesmo feeling político de décadas passadas, cometendo alguns equívocos verbais desnecessários, assim como perdendo sua capacidade de articulação e persuasão. Até a conhecida paciência para engolir sapos vem diminuindo ao longo do anos. Agora mesmo, durante um encontro político no estado do Pará, ao lado do ministro Jáder Barbalho Filho, ele chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro de gângster. Nem precisava, uma vez que o peixe morre pela boca. Bolsonaro, que surpreendentemente se mantinha num silêncio sepulcral, voltou a atacar as vacinas.

Sua gestão enfrenta dois grandes gargalos, de alguma forma impostos pelo ancien régime. As altas taxas de juros praticadas pelo Banco Central e o grave problema de relacionamento com o Poder Legislativo, que impede o avanço de algumas pautas de Governo. Segundo alguns observadores, o Governo também peca no quesito das comunicações. Haveria, por outro lado, uma disputa cega entre seus principais auxiliares no sentido de ver quem será ungido como seu sucessor nas eleições presidenciais de 2026.