pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Greve dos professores universitários
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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Editorial: Professores universitários em greve ocupam sala do Ministério da Gestão e provocam novas negociações.


Permanece o impasse entre o Governo Lula e os professores universitários. O Ministério da Gestão e Inovação chegou a comunicar que não haveria uma nova proposta para oferecer aos professores em greve, diante do que já havia sido oferecido, o que significa, objetivamente, na ausência de qualquer perspectiva de recomposição alguma para o ano de 2024. O Governo oferece algo em torno de 9% para 2025 e 3,5% para o ano de 2026. O drama ainda é maior entre os servidores adminsitrativos, que estão sem qualquer recomposição salarial há 08 anos, o que se configura, realmente, como um grande absurdo. 

O momento é realmente muito difícil. Servidores Públicos de um modo geral, em particular os professores universitários, sempre mantiveram um alinhamento com governos de perfil progressista, como o do PT. Como se diz por aí, trata-se de uma categoria que sempre fez o "L". O massacre imposto pelo Governo obscurantista de Jair Bolsonaro às instituições acadêmicas, aliás, vem no bojo do mesmo raciocínio estabelecidos por essas federações autoritárias, que reconheceram ali um locus de resistência histórica. 

O grande dissabor dos professores é o entendimento de que o Governo não vem tratando esta categoria com o respeito que eles merecem. Não restam dúvidas sobre os acertos sobre algumas políticas educacionais. No Governo anterior, por exemplo, mais de 90% das verbas do CNPq foram cortadas abruptamente, praticamente inviabiizando as ações do órgão. As bolsas de pesquisas de Mestrado e Doutorado estavam sem reajustes há mais de quatro ano. Foram recompostas integralmente neste Governo. O Governo cometeu um grave equívoco ao não prevê qualquer tipo de resjuste aos servidores civis no orçamento de 2024. Um erro político e não apenas orçamentário. Uma esmagadora maioria de serviodres civis, principalmente do Executivo, já haviam dado a sua cota de sacrífico e se encontram no limite.  
 
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segunda-feira, 3 de junho de 2024

Editorial: Professores da UFPB entram em greve.


A greve dos professores universitários se constituem num grande problema não apenas para a categoria, mas para o país. Soma-se a este fato, a adesão dos servidores administrativos daquelas instituições de ensino, além das queixas dos reitores sobre as verbas de manutenção dessas instituições, o que também entrou na pauta de discussão do movimento grevista. Esse quadro, definitivamente, não condiz com um governo de corte popular e progressista como o Governo do PT, onde as questões relativas à educação deveriam ser prioritárias. 

Ontem este editor leu algumas artigos sobre o assunto, onde articulistas começam a desconfiar sobre o que, de fato, estaria ocorrendo com os rumos que o Governo Lula está tomando. Há um estranhamento, por exemplo, num acordo fechado entre o Ministério da Gestão e Inovação com uma entidade que, a rigor, alijou do processo de discussão outras tantas entidades que, de fato, são bem as mais representativas da categoria de professores universitários. 

Outra questão que passou incomodar bastante, até do ponto de vista político, foram as concessões de aumentos salariais às polícias federais, onde o reajuste, em alguns casos, chega a 77%, um índice muito superior ao que está sendo negociado pela categoria de professores e técnicos. Não está em discussão aqui a necessidade de reajuste dessas categorias, mas a inabilidade política e a completa inversão de prioridades. O impasse continua e agora é a vez da Universidade Federal da Paraíba entrar em greve, acompanhando o conjunto das universidades federais que, pelos cálculos, já são mais de 60 instituições, entre IFES e Institutos Técnicos Federais. 

sábado, 25 de maio de 2024

Editorial: Permanece o impasse entre professores universitários e o Governo Lula.



Praticamente tudo o que precisava ser dito sobre este assunto estão nos inúmeros textos publicados aqui pelo blog. Voltamos a abordá-lo apenas em razão do impasse estabelecido entre o Governo Lula, através do Ministério da Gestão e Inovação, e as entidades representativas dos docentes universitários e servidores administrativos das IFES. Depois de algumas rodadas de negociações, o quadro permanece inalterado, com as assembléias da categoria demonstrando que os professores e professoras mantém a disposição de permanecerem em greve. Já são mais de sessenta instituições federais de ensino superior paradas, produzindo um ônus pesado para os estudantes e a sociedade. 

Conhecedor desse drama e envolto com um desgaste político inevitável, o Ministro da Educação, Camilo Santana, estabeleceu diversos diálogos com os setores mais afeitos a esta questão na gestão petista. Na nossa opinião, o Governo Lula não dimensionou corretamente as consequências de se estabelecer um ano em branco em termos de recomposições dos reajustes dos servidores. Um cálculo equivocado que produziu inúmeros ruídos, desencadeando o gatilho do movimento grevista de algumas categorias. Talvez tivesse sido mais ajustável diminuir as metas de recomposições para 2025 e 2026, inserindo alguma coisa em 2024. 

Algumas categorias de servidores públicos ficaram sensivelmente traumatizada - esta é a palavra correta - com a granada plantada no bolso durante os anos sombrios do bolsonarismo. Sabe-se que estamos pisando num ambiente de terra arrasada, onde se impõe a reconstrução do Estado, com as contas públicas fragilizadas, mas faltou aqui um pouco de habilidade política e uma dose um pouquinho maior de sensibilidade em relação a esta questão. Gatilho grevista disparado, agora estamos diante de um impasse de proporções preocupantes.