quinta-feira, 6 de junho de 2024
Editorial: Professores universitários em greve ocupam sala do Ministério da Gestão e provocam novas negociações.
segunda-feira, 3 de junho de 2024
Editorial: Professores da UFPB entram em greve.
A greve dos professores universitários se constituem num grande problema não apenas para a categoria, mas para o país. Soma-se a este fato, a adesão dos servidores administrativos daquelas instituições de ensino, além das queixas dos reitores sobre as verbas de manutenção dessas instituições, o que também entrou na pauta de discussão do movimento grevista. Esse quadro, definitivamente, não condiz com um governo de corte popular e progressista como o Governo do PT, onde as questões relativas à educação deveriam ser prioritárias.
Ontem este editor leu algumas artigos sobre o assunto, onde articulistas começam a desconfiar sobre o que, de fato, estaria ocorrendo com os rumos que o Governo Lula está tomando. Há um estranhamento, por exemplo, num acordo fechado entre o Ministério da Gestão e Inovação com uma entidade que, a rigor, alijou do processo de discussão outras tantas entidades que, de fato, são bem as mais representativas da categoria de professores universitários.
Outra questão que passou incomodar bastante, até do ponto de vista político, foram as concessões de aumentos salariais às polícias federais, onde o reajuste, em alguns casos, chega a 77%, um índice muito superior ao que está sendo negociado pela categoria de professores e técnicos. Não está em discussão aqui a necessidade de reajuste dessas categorias, mas a inabilidade política e a completa inversão de prioridades. O impasse continua e agora é a vez da Universidade Federal da Paraíba entrar em greve, acompanhando o conjunto das universidades federais que, pelos cálculos, já são mais de 60 instituições, entre IFES e Institutos Técnicos Federais.
sábado, 25 de maio de 2024
Editorial: Permanece o impasse entre professores universitários e o Governo Lula.
Conhecedor desse drama e envolto com um desgaste político inevitável, o Ministro da Educação, Camilo Santana, estabeleceu diversos diálogos com os setores mais afeitos a esta questão na gestão petista. Na nossa opinião, o Governo Lula não dimensionou corretamente as consequências de se estabelecer um ano em branco em termos de recomposições dos reajustes dos servidores. Um cálculo equivocado que produziu inúmeros ruídos, desencadeando o gatilho do movimento grevista de algumas categorias. Talvez tivesse sido mais ajustável diminuir as metas de recomposições para 2025 e 2026, inserindo alguma coisa em 2024.
Algumas categorias de servidores públicos ficaram sensivelmente traumatizada - esta é a palavra correta - com a granada plantada no bolso durante os anos sombrios do bolsonarismo. Sabe-se que estamos pisando num ambiente de terra arrasada, onde se impõe a reconstrução do Estado, com as contas públicas fragilizadas, mas faltou aqui um pouco de habilidade política e uma dose um pouquinho maior de sensibilidade em relação a esta questão. Gatilho grevista disparado, agora estamos diante de um impasse de proporções preocupantes.