Não haverá vitoriosos nessa disputa interna do Partido dos
Trabalhadores. A cada dia surgem mais acusações e agressões de ambos os grupos
que estão disputando a indicação do nome que deverá concorrer às eleições de
2012, pelo partido. Numa clara demonstração de insatisfação pela anulação das
últimas prévias, o Secretário André Campos – aliado do prefeito – chegou a
tratar seus adversários de “canalhas”. O Deputado Federal, Fernando Ferro, também
do grupo de João da Costa, tratou a Executiva Nacional da agremiação como
obtusa. O partido mergulhou numa crise profunda. Os aliados de Rands estão
exigindo que André Campos se retrate. Quais seriam os próximos lances dessa
disputa que está expondo as fraturas de uma agremiação política forjada num
projeto que pretendia ser tão inovador para país? Ontem, durante entrevista ao Progrma Em OFF, o Deputado Federal Paulo Rubem, hoje no PDT, lembrou que o projeto petista exauriu-se. Um partido de massas tornou-se um partido de quadros, controlado por uma oligarquia partidária que não mede consequências pra impor os seus interesses, completamente deslocada dos interesses coletivos dos militantes.
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segunda-feira, 28 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Como adverte João, cuidado para não passar da conta, Rands.
Ontem tivemos a notícia, também repercutida aqui no Blog do
Jolugue, que o PSB de Fortaleza deve lançar um nome para disputar as próximas
eleições municipais na capital do Ceará. Pela dificuldade de entendimento entre
o governador Cid Gomes e a prefeita Luizianne Lins, isso já era previsível. O
anúncio foi feito por Ciro Gomes, durante uma palestra. Aqui no Recife, o PT
bate-cabeça. Ora agenda um debate entre os postulantes João da Costa e Maurício
Rands, ora adia o debate, ora começa a refletir sobre a real necessidade desse
debate. Maurício Rands começa a bater forte na administração do companheiro,
enfatizando áreas nevrálgicas da administração, como saúde e orçamento
participativo. De certa forma, João da Costa tem razão quando argumenta que
talvez seja o momento do deputado colocar o pé na embreagem para reduzir a
marcha. Afinal, muitos dos que estão hoje alinhavados com o projeto de Rands, já
estiveram na administração de João da Costa, devendo, portanto, dividir os ônus e
os bônus. Sobre o orçamento participativo, João da Costa também tem razão ao
afirmar que ele foi o principal articulador do programa na gestão de João
Paulo, fato que o credenciou, inclusive, a ter sua indicação para sucedê-lo.
Hoje, pelos jornais, com ou sem o debate, João da Costa afirma que vai ganhar as
prévias do dia 20 de maio, e é um poço até aqui de mágoas, embora afirme que não
faz política com ressentimentos. Esse embate vem causando um enorme prejuízo à
agremiação, sobretudo porque isso não se consegue disfarçar junto à população.
Embora nas entrelinhas das críticas de Rands perceba-se o apontamento das
insuficiências da gestão de João da Costa, fica mais evidente a luta fratricida
entre membros de uma mesma agremiação partidária. O núcleo estratégico da
candidatura de Rands precisa observar com bastante acuidade essa questão. Se
não bater, como se justifica? Se bater exageradamente, porque não outra opção além do
PT? Se João levar a melhor, o caldo entorna de vez. Como já se especula entre
os integrantes da Frente Popular, o anúncio da "solução Rands" talvez tenha
chegado tarde demais. Pay Attention, Rands!
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