É muito pouco provável que a Direção Nacional do PT revogue a
decisão tomada pela Executiva Nacional,
já confirmada pelo Diretório Muncipal do Recife, no sentido de reafirmar o nome do
senador Humberto Costa como candidato do partido nas eleições de 2012. O
prefeito já entrou com recurso, mesmo antes do prazo anunciado. Tudo estaria
sob controle, não houvessem severas dúvidas sobre as decisões tomadas pela
Direção do Partido, avaliadas como ilegítimas e arbitrárias por alguns, com uma repercussão
bastante negativa nas ruas. Pessoalmente, pensamos que o próprio João da Costa não
acredita na reversão desse quadro. Recorreu, tão somente, em razão de ser
aquela instância o órgão indicado como avaliador da decisão tomada pela
executiva. Nos últimos anos, o PT perdeu muito de sua organicidade, levando a
militância a questionar as decisões
que estão sendo tomadas por uma espécie de aristocracia partidária, que defende
apenas interesses de grupos organizados na agremiação. É sintomático que o
assunto que mais vem sendo enfatizado pela imprensa quando discute as decisões
tomadas pela Executiva Nacional e agora pelo Diretório Muncipal, é a composição
desses núcleos decisórios, hegemonizados pela tendência Construindo Um Novo
Brasil. Sempre vale a pena repetir, não se espere de João nenhuma atitude de corte republicano.A fera está acuada e sem saída. Um acordo entre ele e Humerto Costa, a essa altura
do campenonato, soará muito estranho para parte da militância, com reflexos também nas ruas, onde João da Costa passou a assumir uma estatura política que nunca teve, em razão do "martírio" que vem sofrendo. Se é verdade que
João não foi convencido, a população também não o será, criando-se uma situação inusitadamente adversa para o PT, estimulando, agora, sim, muitos "movimentos" no campo situacionista, para complicar ainda mais o quadro.
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terça-feira, 12 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
O PT num grande dilema: Humberto não conseguirá unir o partido em torno do seu nome.
O prefeito João da Costa permanece em silêncio, mas mantém
firme o propósito de recorrer à Direção Nacional do PT sobre a decisão tomada
pela Executiva Nacional, apeando-o da disputa pela reeleição em favor da candidatura do senador Humberto Costa, no seu
entendimento, desprovida de argumentação política. De acordo com a crônica
política do Estado, o prefeito já estaria com o recurso pronto. Por enquanto,
nenhum aceno de diálogo com o senador Humberto Costa, o escolhido pela executiva
para disputar as próximas eleições no Recife. O impasse, portanto, permanece.
Os prazos dados a Humberto Costa para tentar reunir os destroços do PT no
Estado são exíguos e temerários. Em entrevista concedida recentemente a uma
rádio local, o senador aposta na liderança do governador para “aparar” as
arestas políticas no contexto do PT e da Frente Popular. Sabiamente, o “Moleque”
dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco, pelo menso publicamente, evitou colocar a mão nessa “cumbuca” e
acreditamos que também não será desta vez que irá fazê-lo. Com sua larga margem
de manobra, ele é o menos preocupado com essa confusão em que está metido o PT.
Seria bastante salutar ao senador Humberto Costa que ele passasse a “confiar”
mais no seu feeling político, evitando remeter o problema a um posicionamento do
governador. Tudo nos levar a acreditar na pouca possibilidade de uma
reaproximação ou mesmo uma “acomodação” do grupo liderado pelo prefeito João da
Costa. Alguns anos atrás, Humberto Costa até reuniria as condições políticas
necessárias para contornar as crises internas do PT. Hoje, não mais. Não por
acaso, o governador Eduardo Campos mantém um “time de primeira linha” entricheirado no Campo das Princesas, pronto para entrar na batalha pelo Palácio Antonio
Farias a qualquer momento. São companheiros de sua estrita confiança. O PT vive um momento político muito ruim.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Recebido como astro pop, João da Costa afirma não está convencido da decisão da Executiva do PT.
Recebido no Aeroporto do Recife como um astro pop, saudado
efusivamente pela militância e partidários, o prefeito do Recife, João da
Costa, parece decidido a continuar lutando. Depois de tentar driblar a imprensa,
argumentando que não havia marcado coletiva, João da Costa, finalmente,
resolveu conceder alguns minutos de entrevista, enfatizando sempre que, em sua
história de militância política na agremiação, sempre fora convencido pela
força dos argumentos políticos. Desta vez, no entanto, vítima de um ato de
força, sente-se indignado e não convencido. Salvo apoios efetivos de alguns
correligionários – como Fernando Ferro, Oscar Barreto, André Campos, Tereza
Leitão, - o prefeito encontra-se isolado politicamente no contexto da Frente Popular
e entre a caciquia do próprio PT, elementos que o fragilizaram, culminando com as urdiduras para a retirada de sua candidatura à reeleição, emboa tenha vencido no processo de escolha interna. Vitimizado por um ato de força da Executiva
Nacional, o prefeito vem crescendo politicamente, angariando
apoios entre militantes e eleitores petistas e não-petistas. As manifestações populares parecem ser espontâneas, não se constituindo como reflexo de qualquer ação planejada no sentido de transformá-lo numa vítima das ações do núcleo duro da agremiação. Por enquanto. Na próxima semana o prefeito deverá se reunir com o seu grupo para definir os rumos desse embate, cujo desfecho ainda não terminou.
Crédito da Foto: Valdecarlos Alves, Blog da Folha
terça-feira, 5 de junho de 2012
Nenhuma surpresa: Humberto Costa é o candidato do PT. Valeu, João.
Ontem, produzimos um texto onde falávamos sobre o resultado da
reunião da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores em relação à decisão
sobre o nome que deverá concorrer às eleições municipais de 2012, no Recife.
Aconteceu o que todos já sabiam que iria ocorrer: o nome indicado é o do
senador Humberto Costa. A reunião da executiva foi uma espécie de reunião
mineira, ou seja, tudo já estava decidido na véspera, devidamente combinado entre
os atores participantes, inclusive as ponderações de Dirceu em favor de João da Costa. A decisão sobre o nome de Humberto foi comunicada a
João da Costa por Rui Falcão, Presidente Nacional do Partido, que nunca escondeu
sua simpatia pelo nome do senador. Em certo aspecto, foi uma grande bobagem
João imaginar que poderia vencer essa tecitura política tão bem tramada,
envolvendo esses pesos pesados do partido, com o concurso do governador Eduardo
Campos, tudo acordado com Lula. João da Costa, em entrevista recente, depois que se ausentou antes do
término da reunião, afirmou que irá se reunir com seus partidários com o
objetivo de traçar os próximos passos. A mobilização em torno do nome de João
da Costa criou um novo cenário político no PT do Estado e, quem, sabe, pode começar a
extrapolar o campo de forças internas da agremiação, estimulando João a continuar na luta. O “martírio” do prefeito que venceu as prévias
angariou a simpatia de muita gente, apesar do desgaste de sua administração. É
neste aspecto que observamos a possibilidade do grupo produizir uma espécie de “cisma”,
não sendo improvável a possibilidade de uma possível candidatura de João por uma outra legenda. As feridas provocadas por essas brigas internas serão de difícil cicatrização. Rigorosamente, o termo "democracia", foi riscado do dicionário da aristocracia petista. No "Manifesto" publicado hoje pelo grupo que apóia o senador Humberto Costa, observa-se, claramente, o deliberado relativismo do verbete. Ou seja, só há democracia quando as decisões tomadas favorecem os nossos interesses. Talvez tenha chegado o momento dos caciques da agremiação voltarem a ler Carlos Nelson Coutinho.
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José Dirceu,
Rui Falcão
Partidários do senador Humberto Costa divulgam manifesto.
À COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PT E AO POVO DO RECIFE
MANIFESTO
EM DEFESA DA VERDADE, DO DIÁLOGO E DA DEMOCRACIA
A indispensável prática do diálogo político e o respeito ao povo recifense, ao Partido dos Trabalhadores, aos seus filiados e a Frente Popular exigem uma posição firme da Executiva Nacional ante o constrangimento provocado pelas más práticas e equivocada postura do prefeito João da Costa e do seu grupo, que se utilizam de um discurso de vitimização para confundir e disfarçar o isolamento político por ele mesmo construído frente à sociedade e às forças políticas aliadas do projeto petista para o Recife.
O prefeito João da Costa tenta esconder em seu discurso que não reúne condições para ser o candidato do PT. É rejeitado pela população, como mostram todas as pesquisas, e pelos partidos da Frente Popular. Inflexível para perpetuar o seu projeto personalista, João da Costa tenta jogar o PT contra a sociedade, desqualificando os esforços de todos e da Executiva Nacional para construir uma solução consensual.
O nome do Senador Humberto Costa é a única solução viável hoje para reverter a difícil situação do partido, agravada desde a posse do atual prefeito, cuja eleição foi viabilizada pelos grandes êxitos da gestão do ex-prefeito João Paulo e pelo amplo apoio do PT e da Frente Popular. A candidatura dele contou com a renúncia à disputa de importantes companheiros do partido em favor da unidade que ele agora despreza.
Fazemos essa defesa com a indiscutível legitimidade de filiados e da ampla maioria nas instâncias partidárias estadual e municipal, dos vereadores, deputados estaduais e federais, bem como de lideranças populares e sindicais. Defendemos a autonomia das nossas instâncias partidárias, que está sendo comprometida pela ação do Prefeito e do seu grupo. João da Costa rejeitou todos os esforços para entendimentos, sendo, cada vez mais, movido por uma atitude centralizadora e personalista na gestão administrativa e política. Com indisfarçável desapego ao diálogo e aos acordos políticos, o Prefeito foi progressivamente revelando um extremo apego ao seu cargo e nos desafiou publicamente às prévias.
Aceitamos este desafio, priorizando os nossos compromissos com a cidade e com o seu povo. Apresentamos um excelente candidato com respeitada trajetória política, o deputado Maurício Rands que, mesmo enfrentando ofensas e desaforos públicos, fez uma campanha propositiva e respeitosa. Nas prévias ocorreram manipulações surpreendentes pelo grupo do Prefeito, como adulteração da lista de votantes, utilização, sem limites, de pressões e exonerações, participação de pessoas estranhas ao PT, inclusive de grupos de direita, uso da máquina pública e do poder econômico de forma incompatível com a democracia e as tradições petistas.
Votaram irregularmente 2.540 pessoas e, ainda assim, o prefeito somente conseguiu uma falsa vantagem de apenas 20 % do total desta fraude eleitoral, recorrendo à judicialização para forçar esses votos de filiados não aptos e descumprindo a resolução nacional que determinou o voto em separado para posterior análise. Com isso, João da Costa inviabilizou que fosse apurada a sua derrota para Maurício Rands. As prévias foram anuladas, sem que ele tenha sido vencedor. Fomos vitoriosos e não João da Costa, que tenta enganar a sociedade com sofismas e mentiras. Muito pelo contrário. O único “êxito” do prefeito foi desrespeitar a autonomia do PT e das suas instâncias. Depois da anulação, atendemos à Executiva Nacional com um gesto de grandeza de nosso candidato, que renunciou em prol do entendimento e da unidade. Tal compromisso foi descumprido pelo Prefeito, que continuou insistindo numa candidatura desagregadora.
Repudiamos a tese do prefeito de que tem o “direito natural” à reeleição. Essa atitude é uma violação frontal ao Código de Ética do PT, que, em seu artigo 11, obriga a que todo e qualquer candidato petista se comprometa, por escrito, que “...jamais invocará a condição de parlamentar ou de detentor de mandato junto ao Poder Executivo para pleitear candidatura nata à reeleição, mesmo que a legislação vigente à época admita tal possibilidade”.
Por tudo isso, é urgente que a Executiva Nacional garanta a autonomia do PT local e preserve o modo petista de governar, convocando o senador Humberto Costa a se candidatar a prefeito, tendo em vista que a instância das prévias foi inviabilizada por João da Costa, de forma consciente e planejada.
MANIFESTO
EM DEFESA DA VERDADE, DO DIÁLOGO E DA DEMOCRACIA
A indispensável prática do diálogo político e o respeito ao povo recifense, ao Partido dos Trabalhadores, aos seus filiados e a Frente Popular exigem uma posição firme da Executiva Nacional ante o constrangimento provocado pelas más práticas e equivocada postura do prefeito João da Costa e do seu grupo, que se utilizam de um discurso de vitimização para confundir e disfarçar o isolamento político por ele mesmo construído frente à sociedade e às forças políticas aliadas do projeto petista para o Recife.
O prefeito João da Costa tenta esconder em seu discurso que não reúne condições para ser o candidato do PT. É rejeitado pela população, como mostram todas as pesquisas, e pelos partidos da Frente Popular. Inflexível para perpetuar o seu projeto personalista, João da Costa tenta jogar o PT contra a sociedade, desqualificando os esforços de todos e da Executiva Nacional para construir uma solução consensual.
O nome do Senador Humberto Costa é a única solução viável hoje para reverter a difícil situação do partido, agravada desde a posse do atual prefeito, cuja eleição foi viabilizada pelos grandes êxitos da gestão do ex-prefeito João Paulo e pelo amplo apoio do PT e da Frente Popular. A candidatura dele contou com a renúncia à disputa de importantes companheiros do partido em favor da unidade que ele agora despreza.
Fazemos essa defesa com a indiscutível legitimidade de filiados e da ampla maioria nas instâncias partidárias estadual e municipal, dos vereadores, deputados estaduais e federais, bem como de lideranças populares e sindicais. Defendemos a autonomia das nossas instâncias partidárias, que está sendo comprometida pela ação do Prefeito e do seu grupo. João da Costa rejeitou todos os esforços para entendimentos, sendo, cada vez mais, movido por uma atitude centralizadora e personalista na gestão administrativa e política. Com indisfarçável desapego ao diálogo e aos acordos políticos, o Prefeito foi progressivamente revelando um extremo apego ao seu cargo e nos desafiou publicamente às prévias.
Aceitamos este desafio, priorizando os nossos compromissos com a cidade e com o seu povo. Apresentamos um excelente candidato com respeitada trajetória política, o deputado Maurício Rands que, mesmo enfrentando ofensas e desaforos públicos, fez uma campanha propositiva e respeitosa. Nas prévias ocorreram manipulações surpreendentes pelo grupo do Prefeito, como adulteração da lista de votantes, utilização, sem limites, de pressões e exonerações, participação de pessoas estranhas ao PT, inclusive de grupos de direita, uso da máquina pública e do poder econômico de forma incompatível com a democracia e as tradições petistas.
Votaram irregularmente 2.540 pessoas e, ainda assim, o prefeito somente conseguiu uma falsa vantagem de apenas 20 % do total desta fraude eleitoral, recorrendo à judicialização para forçar esses votos de filiados não aptos e descumprindo a resolução nacional que determinou o voto em separado para posterior análise. Com isso, João da Costa inviabilizou que fosse apurada a sua derrota para Maurício Rands. As prévias foram anuladas, sem que ele tenha sido vencedor. Fomos vitoriosos e não João da Costa, que tenta enganar a sociedade com sofismas e mentiras. Muito pelo contrário. O único “êxito” do prefeito foi desrespeitar a autonomia do PT e das suas instâncias. Depois da anulação, atendemos à Executiva Nacional com um gesto de grandeza de nosso candidato, que renunciou em prol do entendimento e da unidade. Tal compromisso foi descumprido pelo Prefeito, que continuou insistindo numa candidatura desagregadora.
Repudiamos a tese do prefeito de que tem o “direito natural” à reeleição. Essa atitude é uma violação frontal ao Código de Ética do PT, que, em seu artigo 11, obriga a que todo e qualquer candidato petista se comprometa, por escrito, que “...jamais invocará a condição de parlamentar ou de detentor de mandato junto ao Poder Executivo para pleitear candidatura nata à reeleição, mesmo que a legislação vigente à época admita tal possibilidade”.
Por tudo isso, é urgente que a Executiva Nacional garanta a autonomia do PT local e preserve o modo petista de governar, convocando o senador Humberto Costa a se candidatar a prefeito, tendo em vista que a instância das prévias foi inviabilizada por João da Costa, de forma consciente e planejada.
terça-feira, 29 de maio de 2012
Acordos entre petistas nem mesmo depois das prévias.
A Executiva Nacional do PT, que já foi taxada por um petista
de alta patente de não ser capaz de gerenciar as últimas prévias realizadas no
Recife, teria agendado um encontro entre os dois postulantes no sentido de
tentar um acordo improvável entre ambos. O PT do Recife chegou a um estágio
onde não há mais retorno. O encontro deverá ser muito pouco produtivo, uma vez
que ambos os candidatos não estão dispostos a abdicarem de suas candidaturas.
Conforme assinalamos numa de nossas postagens no dia de ontem, o nível de acirramento
entre ambos é bastante preocupante, com golpes abaixo da linha da cintura e
acusações duras de parte a parte. João da Costa, por exemplo, anda com uma
pasta ensebada debaixo do braço, fazendo insinuações sobre a administração do
seu padrinho político, João Paulo. Seu secretário de Turismo, André Campos, num
desses momentos de fúria, tratou os adversários do prefeito de canalhas. A
executiva do partido – que, segundo alguns teria sido incompetente para gerir
as prévias – também não será capaz de obter um acordo entre os candidatos. Esse
processo deverá mesmo ser decidido na próximo domingo, quando os dois voltam a
disputar os votos dos militantes da agremiação. Acordos entre os petistas recifenses nem mesmo depois das próximas prévias do PT, agendadas para o domingo, 03 de junho.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
As veias abertas do PT no Recife
Não haverá vitoriosos nessa disputa interna do Partido dos
Trabalhadores. A cada dia surgem mais acusações e agressões de ambos os grupos
que estão disputando a indicação do nome que deverá concorrer às eleições de
2012, pelo partido. Numa clara demonstração de insatisfação pela anulação das
últimas prévias, o Secretário André Campos – aliado do prefeito – chegou a
tratar seus adversários de “canalhas”. O Deputado Federal, Fernando Ferro, também
do grupo de João da Costa, tratou a Executiva Nacional da agremiação como
obtusa. O partido mergulhou numa crise profunda. Os aliados de Rands estão
exigindo que André Campos se retrate. Quais seriam os próximos lances dessa
disputa que está expondo as fraturas de uma agremiação política forjada num
projeto que pretendia ser tão inovador para país? Ontem, durante entrevista ao Progrma Em OFF, o Deputado Federal Paulo Rubem, hoje no PDT, lembrou que o projeto petista exauriu-se. Um partido de massas tornou-se um partido de quadros, controlado por uma oligarquia partidária que não mede consequências pra impor os seus interesses, completamente deslocada dos interesses coletivos dos militantes.
domingo, 27 de maio de 2012
O que, afinal, João da Costa esconde naquelas pastas?
Há um consenso de que as rusgas do PT no Recife chegaram ao
limite do tolerável. As roupas sujas foram lavadas em público, expondo as lutas
fratricidas pelo poder, lideradas por agrupamentos que não poupam seus
adversários, conforme os adjetivos já amplamente divulgados pela imprensa. Hoje, em qualquer circunstância, o PT vai chamuscado para o pleito de 2012. As
principais lideranças da Frente Popular, temendo o pior, inrtensificam as costuras no sentido de construção de alternativas, em razão das dificuldades
que o partido enfrentará, seja lá qual for o indicado. Até mesmo
seu maior trunfo político, o Deputado Federal João Paulo, encontra-se
seriamente atingido. Tornou-se um ator coadjuvante no processo,
responsabilizado, inclusive, pelos problemas que o partido enfrenta no Recife.
De certa forma, João Paulo meteu o PT numa grande enrascada. Transformou um
poste num pilotis que, se derrubado, pode comprometer a estrutura do prédio. Se mantido em pé, isola a caciquia petista no Estado, mas pode conduzir o partido a um desastre anunciado nas urnas.Durante os momentos mais acalorados dos embates, há ameaças veladas do atual
prefeito no sentido de revelar alguns segredos da administração do seu padrinho
político. Há quem afirme que trata-se, tão somente, de um blefe, mas o prefeito
e a primeira-dama são bastante incisivos quando tratam do assunto. João da
Costa foi à reunião da executiva do partido, em São Paulo, municiado desse
suposto dossiê. O imaginário político continua a especular sobre o que teria
levado os dois ao rompimento político. A versão mais recorrente – que deixa
João Paulo uma arara – é a de que ele gostaria de continuar mandando na
Prefeitura do Recife. Embora o prefeito afirme que está com os ânimos
desarmados, João Paulo continua firme na sua convicção sobre a impossibilidade
de um reatamento político.Em última análise, aquelas pastas de João da Costa, escondem, na verdade, apenas detalhes de um enredo que estão comprometendo, em definitivo, o legado do PT na cidade do Recife. Mesmo sem carisma, mas de posse da caneta e da máquina, João da Costa vem consquistando apoios importantes para o seu projeto de reeleição, sobretudo entre os militantes menos "institucionalizados", mais entricheirados nos trabalhos junto às comunidades. Sua vitória nas últimas prévias - anuladas pela Executiva Nacional do PT - o colocaram na condição de David pela imprensa nacional. João da Costa sempre é apontado como aquele que venceu Lula, um governador de Estado, a Executiva Nacional do PT, e as principais lideranças da aristocracia petista em Pernambuco.
Crédito da foto: Hesíodo Góes, Folha de Pernambuco.
Crédito da foto: Hesíodo Góes, Folha de Pernambuco.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Executiva Nacional do PT decide por novas prévias no Recife.
Num processo que será coordenado pela Executiva Nacional do
Partido, o PT realizará novas prévias, agendadas para o dia 03 de junho, onde
será escolhido, desta vez espera-se que em definitivo, o nome que deverá representar a
agremiação nas eleições de 2012. Elói Pietá, que acompanhou as últimas prévias,
anuladas ontem, sob o argumento da ocorrência de falhas, não deverá acompanhar
o novo pleito, em razão de uma indisfarçável torcida pelo grupo do Secretário
de Governo, Maurício Rands. Há uma infinidade de avaliações na crônica política
sobre a decisão tomada pela executiva do partido. De um modo geral, prevaleceu
a tese de que o partido deveria preservar-se de um desgaste maior, impondo o
nome de preferência de sua aristocracia, Maurício Rands, rasgando sua história
de respeito pela opinião e decisões tomadas por sua militância. Como o grupo de Rands
esperava que isso ocorresse, aparecem alguns derrotados: o próprio Maurício e o
senador Humberto Costa que, num momento de fúria, teria esbravejado contra João
da Costa, articulando-se em torno de uma decisão arbitrária da executiva. Enfim,
prevaleceu o bom-senso. O pouco de bom-senso que ainda resta ao Partido dos Trabalhadores.
Ainda sob a refrega do fogo cruzado, João da Costa teria mantido um diálogo áspero
com Elói Pietá. Comenta-se, à boca miúda, que o matuto teria ido às lágrimas,
mas aceitado as decisões da executiva com resignação. Vai arregaçar as mangas e
trabalhar pela confirmação do seu nome no próximo dia 03 de junho. Em todo
caso, embora não tivesse o nome homologado, o resultado final das
decisões da executiva indicam,sim, uma vitória de João da Costa. A militância pró-João da Costa vem dando demonstrações de que possui fôlego para essa prorrogação. Como está o preparo físico da militância de Rands?
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quinta-feira, 24 de maio de 2012
Qual seria o destino do matuto que tomou água de barreira?
Ainda não sabemos quais seriam as medidas a serem tomadas
pelo grupo que apóia o prefeito João da Costa, caso sejam confirmadas as nossas
previsões sobre a decisão da Executiva Nacional do Partido, ou seja, a possível anulação
do processo de escolha interna do último domingo, possibilidade mais concreta, embora os partidários do prefeito não suportem nem ouvir falar. Além de continuar brigando no
PT, uma outra possibilidade seria o prefeito sair da agremiação ou até mesmo ser expulso, como advogam seus adversários. Neste caso, é
difícil predizer se o prefeito se preparou para essa eventualidade. Ontem um
colunista de política local lembrou o epísódio envolvendo o ex-prefeito e hoje
senador da República, Jarbas Vasconcelos, quando teve que sair do PMDB numa
circunstância bastante semelhante. Na realidade, o Waterloo petista está apenas
começando e o grau de animosidade gerado pelas prévias terá conseqüências nefastas
para a agremiação pelos próximos anos. Vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela. O ex-prefeito João Paulo não teria sido convocado pela direção nacional para a reunião decisiva da cúpula partidária petista. Mal presságio, Eduardo Maia.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Vitória de João da Costa aprofunda a crise no PT
Seja qual for a decisão tomada pela Direção Nacional do PT na
próxima quinta-feira, as nuvens negras deverão continuar rondando a agremiação
pelos próximos anos. O partido chegou a um estágio de desagregação onde não
haverá mais retorno. Fala-se inclusive, na expulsão de João da Costa. A arrogância dos partidários da candidatura do Secretário
de Governo, Maurício Rands, e a decepção dos apoiadores do prefeito João da
Costa dimensionam a gravidade do problema. Pelo microblog Twitter, o Secretário
de Turismo da Prefeitura do Recife, André Campos, declara-se decepcionado com o
rumo que esse processo está tomando. Fernando Ferro, um dos apoiadores do
prefeito João da Costa, em suas últimas declarações, não poupa críticas à
postura de Maurício Rands, classificando as manobras do grupo como golpistas. A
“tríplice aliança” não aceita o nome de João da Costa de “jeito nenhum”. O
senador Humberto Costa já esteve com Eduardo Campos e, conforme advertimos, vem
chumbo-grosso contra o vencedor das prévias, um instrumento democrático
absurdamente solapado pela aristocracia partidária do PT. Ontem começaram
a surgir explicações sobre quem poderia assumir a condição de ponto de
equilíbrio, mesmo que instável, na
quadra partidária petista no Estado. Nesses momentos, o nome do deputado
federal João Paulo sempre volta a ser lembrado. Pelo humor da Executiva Nacional, no entanto, João Paulo parece ser mais uma carta fora do baralho. Há
um consenso entre eles de que João Paulo é o principal responsável por essa enrascada em
que o PT se meteu. Não há solução milagrosa para o partido. Vai cindido e
irremediavelmente comprometido para as eleições de 2012, numa quadra onde, não
fosse a fragilidade da oposição, as chances de êxito nas urnas seriam bastante
remotas. As principais lideranças da Frente Popular, contingenciadas pelos fatos, já estão se pronunciando, como é o caso do Senador Armando Monteiro. Eduardo aguarda a decisão da Executiva Nacional, de posse de alguns "dispositivos" que podem ser acionados a qualquer momento.
domingo, 20 de maio de 2012
Hoje é o dia "D" para o Partido dos Trabalhadores no Recife.
Hoje estarão sendo realizadas no Recife, através de um
processo de consulta interna, a escolha do nome que deverá
representar o PT nas próximas eleições municipais de 2012. Já houve um tempo em
que podíamos falar de uma “festa da democracia”. Hoje, infelizmente, como
afirmamos num artigo recente, não é mais possível medir o pulso da democracia
interna do PT através das prévias. Naturalmente, como afirmamos no mesmo
artigo, a experiência de democracia interna do PT é única no Brasil e, em
nenhuma hipótese, pode ser posta no lixo da história. Por outro lado, essas
escolha internas passaram a ser indicadores do grau de tensionamento e divisões
internas da agremiação, controlada por uma aristocracia partidária muito mais
preocupado em preservar seus espaços de poder e bastante deslocada da organicidade de
antes. Essa organicidade juntos aos movimentos sociais, inclsuive, constituia-se num dos fatores que diferenciavam o PT dos demais partidos do sistema
partidário brasileiro, conferindo-lhes o status de verdadeiro partido político
de massa. Embora seus dirigentes afirmem isso insistentemente, não há
possibilidade da construção de consensos depois dessas prévias. As declarações recentes de João Paulo evidenciam isso. O prefeito
João da Costa, por sua vez, é um poço até aqui de mágoas. Vencendo ou perdendo as prévias,
João da Costa cria um cenário bastante delicado para o Partido dos
Trabalhadores e para a Frente Popular no Recife. Em respeito a ambos os candidatos, não
gostaria de apresentar um prognóstico, mas essa viagem de João Paulo no dia do
esforço final é bastante sintomática. Outro elemento que não pode deixar de ser
considerado é aquele bêbado de Brasília Teimosa que, durante a visita de
Maurício Rands, como numa crônica de Nelson Rodrigues, impertinentemente,
insistia em afirmar: “o João vai ser campeão!!! O João vai ser campeão!!! Ninguém quis perguntar sobre qual o "João" ele se referia.
sábado, 19 de maio de 2012
João Paulo viaja no dia "D" do PT.
Depois de esquentar o ambiente político com declarações
contundentes no sentido de que não subiria no palanque de João da
Costa de “jeito nenhum”, o Deputado Federal João Paulo está de viagem agendada
para África do Sul, no domingo, dia das prévias. Especula-se muito sobre essa
viagem de João, exatamente nesse momento crucial para o projeto de Maurício
Rands. Todas as especulações giram em torno dos prognósticos sobre o vencedor
das prévias. Há quem afirme, por exemplo, que Eduardo Maia, seu astrólogo, já o teria avisado
sobre a possível vitória do seu desafeto, João da Costa. Se João da Costa ganhar as prévias, além das mudanças na correlação de forças políticas dentro do PT - mas com reflexo no contexto da política local - apesar de ser um militante disciplinadíssimo, João Paulo não teria como continuar nesse projeto, especulando-se sobre qual seria o seu rumo. Ontem a impresna nacional comentou que o próprio governador, caso João da Costa vença as prévias, cogita retirar o Coelho da cartola. Por outro lado, o grupo alternativo liderado pelo senador Armando Monteiro apresentaria um candidato mesmo sem o sinal verde do Campo das Princesas. De qualquer forma, parece-nos estranho essa saída de João Paulo no momento do "impulso final". Mais tarde publicaremos uma crônica sobre o assunto.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Como adverte João, cuidado para não passar da conta, Rands.
Ontem tivemos a notícia, também repercutida aqui no Blog do
Jolugue, que o PSB de Fortaleza deve lançar um nome para disputar as próximas
eleições municipais na capital do Ceará. Pela dificuldade de entendimento entre
o governador Cid Gomes e a prefeita Luizianne Lins, isso já era previsível. O
anúncio foi feito por Ciro Gomes, durante uma palestra. Aqui no Recife, o PT
bate-cabeça. Ora agenda um debate entre os postulantes João da Costa e Maurício
Rands, ora adia o debate, ora começa a refletir sobre a real necessidade desse
debate. Maurício Rands começa a bater forte na administração do companheiro,
enfatizando áreas nevrálgicas da administração, como saúde e orçamento
participativo. De certa forma, João da Costa tem razão quando argumenta que
talvez seja o momento do deputado colocar o pé na embreagem para reduzir a
marcha. Afinal, muitos dos que estão hoje alinhavados com o projeto de Rands, já
estiveram na administração de João da Costa, devendo, portanto, dividir os ônus e
os bônus. Sobre o orçamento participativo, João da Costa também tem razão ao
afirmar que ele foi o principal articulador do programa na gestão de João
Paulo, fato que o credenciou, inclusive, a ter sua indicação para sucedê-lo.
Hoje, pelos jornais, com ou sem o debate, João da Costa afirma que vai ganhar as
prévias do dia 20 de maio, e é um poço até aqui de mágoas, embora afirme que não
faz política com ressentimentos. Esse embate vem causando um enorme prejuízo à
agremiação, sobretudo porque isso não se consegue disfarçar junto à população.
Embora nas entrelinhas das críticas de Rands perceba-se o apontamento das
insuficiências da gestão de João da Costa, fica mais evidente a luta fratricida
entre membros de uma mesma agremiação partidária. O núcleo estratégico da
candidatura de Rands precisa observar com bastante acuidade essa questão. Se
não bater, como se justifica? Se bater exageradamente, porque não outra opção além do
PT? Se João levar a melhor, o caldo entorna de vez. Como já se especula entre
os integrantes da Frente Popular, o anúncio da "solução Rands" talvez tenha
chegado tarde demais. Pay Attention, Rands!
sábado, 5 de maio de 2012
Está se aproximando o day after do Partido dos Trabalhadores.
O Secretário Geral do PT Nacional, Elói Pietá, ex-prefeito de
Guarulhos, esteve no Recife acompanhando os preparativos da agremiação para as
prévias agendadas para o próximo dia 20. Tratou a visita como uma rotina a
todas as praças onde ocorrem situações congêneres e, com uma diplomacia
peculiar, antecipou-se em elogiar o partido em razão da fluidez com que o processo
está se desenrolando. Esse é o discurso da boca do palco. Nas coxias, Pietá sabe que o processo é bem mais
complexo. Os dois pré-candidatos fogem de um tema crucial nesse embate: o day
after. O que ocorrerá logo depois do anúncio dos resultados das prévias. Os dois postulantes
ou evitam falar sobre o assunto ou, quando o fazem, é sempre de uma forma pessimista.
Ontem, durante entrevista a uma rádio local, por exemplo, Maurício Rands teria afirmamdo que, caso
João da Costa vença as prévias, o PT amargará uma derrota nas urnas nas
eleições de 2012, numa insofismável demonstração de que, sem ele, o partido perderá a Prefeitura da Cidade do Recife.
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