pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Maurício Rands
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terça-feira, 29 de maio de 2012

Acordos entre petistas nem mesmo depois das prévias.


A Executiva Nacional do PT, que já foi taxada por um petista de alta patente de não ser capaz de gerenciar as últimas prévias realizadas no Recife, teria agendado um encontro entre os dois postulantes no sentido de tentar um acordo improvável entre ambos. O PT do Recife chegou a um estágio onde não há mais retorno. O encontro deverá ser muito pouco produtivo, uma vez que ambos os candidatos não estão dispostos a abdicarem de suas candidaturas. Conforme assinalamos numa de nossas postagens no dia de ontem, o nível de acirramento entre ambos é bastante preocupante, com golpes abaixo da linha da cintura e acusações duras de parte a parte. João da Costa, por exemplo, anda com uma pasta ensebada debaixo do braço, fazendo insinuações sobre a administração do seu padrinho político, João Paulo. Seu secretário de Turismo, André Campos, num desses momentos de fúria, tratou os adversários do prefeito de canalhas. A executiva do partido – que, segundo alguns teria sido incompetente para gerir as prévias – também não será capaz de obter um acordo entre os candidatos. Esse processo deverá mesmo ser decidido na próximo domingo, quando os dois voltam a disputar os votos dos militantes da agremiação. Acordos entre os petistas recifenses nem mesmo depois das próximas prévias do PT, agendadas para o domingo, 03 de junho.

domingo, 27 de maio de 2012

O que, afinal, João da Costa esconde naquelas pastas?


Há um consenso de que as rusgas do PT no Recife chegaram ao limite do tolerável. As roupas sujas foram lavadas em público, expondo as lutas fratricidas pelo poder, lideradas por agrupamentos que não poupam seus adversários, conforme os adjetivos já amplamente divulgados pela imprensa. Hoje, em qualquer circunstância, o PT vai chamuscado para o pleito de 2012. As principais lideranças da Frente Popular, temendo o pior, inrtensificam as costuras no sentido de construção de  alternativas, em razão das dificuldades que o partido enfrentará, seja lá qual for o indicado. Até mesmo seu maior trunfo político, o Deputado Federal João Paulo, encontra-se seriamente atingido. Tornou-se um ator coadjuvante no processo, responsabilizado, inclusive, pelos problemas que o partido enfrenta no Recife. De certa forma, João Paulo meteu o PT numa grande enrascada. Transformou um poste num pilotis que, se derrubado, pode comprometer a estrutura do prédio. Se mantido em pé, isola a caciquia petista no Estado, mas pode conduzir o partido a um desastre anunciado nas urnas.Durante os momentos mais acalorados dos embates, há ameaças veladas do atual prefeito no sentido de revelar alguns segredos da administração do seu padrinho político. Há quem afirme que trata-se, tão somente, de um blefe, mas o prefeito e a primeira-dama são bastante incisivos quando tratam do assunto. João da Costa foi à reunião da executiva do partido, em São Paulo, municiado desse suposto dossiê. O imaginário político continua a especular sobre o que teria levado os dois ao rompimento político. A versão mais recorrente – que deixa João Paulo uma arara – é a de que ele gostaria de continuar mandando na Prefeitura do Recife. Embora o prefeito afirme que está com os ânimos desarmados, João Paulo continua firme na sua convicção sobre a impossibilidade de um reatamento político.Em última análise, aquelas pastas de João da Costa, escondem, na verdade, apenas detalhes de um enredo que estão comprometendo, em definitivo, o legado do PT na cidade do Recife. Mesmo sem carisma, mas de posse da caneta e da máquina, João da Costa vem consquistando apoios importantes para o seu projeto de reeleição, sobretudo entre os militantes menos "institucionalizados", mais entricheirados nos trabalhos junto às comunidades. Sua vitória nas últimas prévias - anuladas pela Executiva Nacional do PT - o colocaram na condição de David pela imprensa nacional. João da Costa sempre é apontado como aquele que venceu Lula, um governador de Estado, a Executiva Nacional do PT, e as principais lideranças da aristocracia petista em Pernambuco. 

Crédito da foto: Hesíodo Góes, Folha de Pernambuco.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Executiva Nacional do PT decide por novas prévias no Recife.


Num processo que será coordenado pela Executiva Nacional do Partido, o PT realizará novas prévias, agendadas para o dia 03 de junho, onde será escolhido, desta vez espera-se que em definitivo, o nome que deverá representar a agremiação nas eleições de 2012. Elói Pietá, que acompanhou as últimas prévias, anuladas ontem, sob o argumento da ocorrência de falhas, não deverá acompanhar o novo pleito, em razão de uma indisfarçável torcida pelo grupo do Secretário de Governo, Maurício Rands. Há uma infinidade de avaliações na crônica política sobre a decisão tomada pela executiva do partido. De um modo geral, prevaleceu a tese de que o partido deveria preservar-se de um desgaste maior, impondo o nome de preferência de sua aristocracia, Maurício Rands, rasgando sua história de respeito pela opinião e decisões tomadas por sua militância. Como o grupo de Rands esperava que isso ocorresse, aparecem alguns derrotados: o próprio Maurício e o senador Humberto Costa que, num momento de fúria, teria esbravejado contra João da Costa, articulando-se em torno de uma decisão arbitrária da executiva. Enfim, prevaleceu o bom-senso. O pouco de bom-senso que ainda resta ao Partido dos Trabalhadores. Ainda sob a refrega do fogo cruzado, João da Costa teria mantido um diálogo áspero com Elói Pietá. Comenta-se, à boca miúda, que o matuto teria ido às lágrimas, mas aceitado as decisões da executiva com resignação. Vai arregaçar as mangas e trabalhar pela confirmação do seu nome no próximo dia 03 de junho. Em todo caso, embora não tivesse o nome homologado, o resultado final das decisões da executiva indicam,sim, uma vitória de João da Costa. A militância pró-João da Costa vem dando demonstrações de que possui fôlego para essa prorrogação. Como está o preparo físico da militância de Rands?

terça-feira, 22 de maio de 2012

Vitória de João da Costa aprofunda a crise no PT


Seja qual for a decisão tomada pela Direção Nacional do PT na próxima quinta-feira, as nuvens negras deverão continuar rondando a agremiação pelos próximos anos. O partido chegou a um estágio de desagregação onde não haverá mais retorno. Fala-se inclusive, na expulsão de João da Costa. A arrogância dos partidários da candidatura do Secretário de Governo, Maurício Rands, e a decepção dos apoiadores do prefeito João da Costa dimensionam a gravidade do problema. Pelo microblog Twitter, o Secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, André Campos, declara-se decepcionado com o rumo que esse processo está tomando. Fernando Ferro, um dos apoiadores do prefeito João da Costa, em suas últimas declarações, não poupa críticas à postura de Maurício Rands, classificando as manobras do grupo como golpistas. A “tríplice aliança” não aceita o nome de João da Costa de “jeito nenhum”. O senador Humberto Costa já esteve com Eduardo Campos e, conforme advertimos, vem chumbo-grosso contra o vencedor das prévias, um instrumento democrático absurdamente solapado pela aristocracia partidária do PT. Ontem começaram a surgir explicações sobre quem poderia assumir a condição de ponto de equilíbrio, mesmo que instável,  na quadra partidária petista no Estado. Nesses momentos, o nome do deputado federal João Paulo sempre volta a ser lembrado. Pelo humor da Executiva Nacional, no entanto, João Paulo parece ser mais uma carta fora do baralho. Há um consenso entre eles de que João Paulo é o principal responsável por essa enrascada em que o PT se meteu. Não há solução milagrosa para o partido. Vai cindido e irremediavelmente comprometido para as eleições de 2012, numa quadra onde, não fosse a fragilidade da oposição, as chances de êxito nas urnas seriam bastante remotas. As principais lideranças da Frente Popular, contingenciadas pelos fatos, já estão se pronunciando, como é o caso do Senador Armando Monteiro. Eduardo aguarda a decisão da Executiva Nacional, de posse de alguns "dispositivos" que podem ser acionados a qualquer momento.

domingo, 20 de maio de 2012

Hoje é o dia "D" para o Partido dos Trabalhadores no Recife.


Hoje estarão sendo realizadas no Recife, através de um processo de consulta interna,  a escolha do nome que deverá representar o PT nas próximas eleições municipais de 2012. Já houve um tempo em que podíamos falar de uma “festa da democracia”. Hoje, infelizmente, como afirmamos num artigo recente, não é mais possível medir o pulso da democracia interna do PT através das prévias. Naturalmente, como afirmamos no mesmo artigo, a experiência de democracia interna do PT é única no Brasil e, em nenhuma hipótese, pode ser posta no lixo da história. Por outro lado, essas escolha internas passaram a ser indicadores do grau de tensionamento e divisões internas da agremiação, controlada por uma aristocracia partidária muito mais preocupado em preservar seus espaços de poder e bastante deslocada da organicidade de antes. Essa organicidade juntos aos movimentos sociais, inclsuive, constituia-se num dos fatores que diferenciavam o PT dos demais partidos do sistema partidário brasileiro, conferindo-lhes o status de verdadeiro partido político de massa. Embora seus dirigentes afirmem isso insistentemente, não há possibilidade da construção de consensos depois dessas prévias. As declarações recentes de João Paulo evidenciam isso. O prefeito João da Costa, por sua vez, é um poço até aqui de mágoas. Vencendo ou perdendo as prévias, João da Costa cria um cenário bastante delicado para o Partido dos Trabalhadores e para a Frente Popular no Recife. Em respeito a ambos os candidatos, não gostaria de apresentar um prognóstico, mas essa viagem de João Paulo no dia do esforço final é bastante sintomática. Outro elemento que não pode deixar de ser considerado é aquele bêbado de Brasília Teimosa que, durante a visita de Maurício Rands, como numa crônica de Nelson Rodrigues, impertinentemente, insistia em afirmar: “o João vai ser campeão!!! O João vai ser campeão!!! Ninguém quis perguntar sobre qual o "João" ele se referia.







 

sábado, 19 de maio de 2012

João Paulo viaja no dia "D" do PT.


Depois de esquentar o ambiente político com declarações contundentes no sentido  de que não subiria no palanque de João da Costa de “jeito nenhum”, o Deputado Federal João Paulo está de viagem agendada para África do Sul, no domingo, dia das prévias. Especula-se muito sobre essa viagem de João, exatamente nesse momento crucial para o projeto de Maurício Rands. Todas as especulações giram em torno dos prognósticos sobre o vencedor das prévias. Há quem afirme, por exemplo, que Eduardo Maia, seu astrólogo,  já  o teria avisado sobre a possível vitória do seu desafeto, João da Costa. Se João da Costa ganhar as prévias, além das mudanças na correlação de forças políticas dentro do PT - mas com reflexo no contexto da política local - apesar de ser um militante disciplinadíssimo, João Paulo não teria como continuar nesse projeto, especulando-se sobre qual seria o seu rumo. Ontem a impresna nacional comentou que o próprio governador, caso João da Costa vença as prévias, cogita retirar o Coelho da cartola. Por outro lado, o grupo alternativo liderado pelo senador Armando Monteiro apresentaria um candidato mesmo sem o sinal verde do Campo das Princesas. De qualquer forma, parece-nos estranho essa saída de João Paulo no momento do "impulso final". Mais tarde publicaremos uma crônica sobre o assunto.   

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Como adverte João, cuidado para não passar da conta, Rands.


Ontem tivemos a notícia, também repercutida aqui no Blog do Jolugue, que o PSB de Fortaleza deve lançar um nome para disputar as próximas eleições municipais na capital do Ceará. Pela dificuldade de entendimento entre o governador Cid Gomes e a prefeita Luizianne Lins, isso já era previsível. O anúncio foi feito por Ciro Gomes, durante uma palestra. Aqui no Recife, o PT bate-cabeça. Ora agenda um debate entre os postulantes João da Costa e Maurício Rands, ora adia o debate, ora começa a refletir sobre a real necessidade desse debate. Maurício Rands começa a bater forte na administração do companheiro, enfatizando áreas nevrálgicas da administração, como saúde e orçamento participativo. De certa forma, João da Costa tem razão quando argumenta que talvez seja o momento do deputado colocar o pé na embreagem para reduzir a marcha. Afinal, muitos dos que estão hoje alinhavados com o projeto de Rands, já estiveram na administração de João da Costa, devendo, portanto, dividir os ônus e os bônus. Sobre o orçamento participativo, João da Costa também tem razão ao afirmar que ele foi o principal articulador do programa na gestão de João Paulo, fato que o credenciou, inclusive, a ter sua indicação para sucedê-lo. Hoje, pelos jornais, com ou sem o debate, João da Costa afirma que vai ganhar as prévias do dia 20 de maio, e é um poço até aqui de mágoas, embora afirme que não faz política com ressentimentos. Esse embate vem causando um enorme prejuízo à agremiação, sobretudo porque isso não se consegue disfarçar junto à população. Embora nas entrelinhas das críticas de Rands  perceba-se o apontamento das insuficiências da gestão de João da Costa, fica mais evidente a luta fratricida entre membros de uma mesma agremiação partidária. O núcleo estratégico da candidatura de Rands precisa observar com bastante acuidade essa questão. Se não bater, como se justifica? Se bater exageradamente, porque não outra opção além do PT? Se João levar a melhor, o caldo entorna de vez. Como já se especula entre os integrantes da Frente Popular, o anúncio da "solução Rands" talvez tenha chegado tarde demais. Pay Attention, Rands!