pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: A intrincada obra de engenharia política que permitiu a reaproximação de Marília e a família Campos
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sábado, 15 de outubro de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: A intrincada obra de engenharia política que permitiu a reaproximação de Marília e a família Campos

 



A crônica política pernambucana, no dia de hoje, repercute a difícil missão delegada ao prefeito do Recife, João Campos(PSB), durante a visita de Luiz Inácio Lula da Silva(PT) ao Estado, no último dia 14. Mesmo pouco à vontade, o prefeito João Campos, cumpriu uma missão partidária, incumbido de representar o PSB na aliança do petista. Encerrada as eleições do primeiro turno, começaram as tratativas no sentido de reaproximar a candidata do Solidariedade aos setores fisiológicos ou oligáquicos do PT local - sempre refratário aos pleitos de Marília Arraes - e o PSB que, literalmente, havia rompido as relações com a candidata, principalmente o núcleo mais próximo à família Campos. 

Embora as indisposições de Marília com os Campos sejam antigas, elas se intensificaram durante as eleições muncipais de 2020, vencida pelo filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos(PSB), primo de Marília. A obra de engenharia política de reaproximação entre ambos envolveu inúmeros atores - inclusive, segundo dizem, setores nacionais da legenda socialista - sendo antecipado por um diálogo inicial patrocinado por André de Paula, um fiel escudeiro da Escola Macialista, cujo patrono tinha como premissa sempre somar e nunca dividir. Para Marco Maciel, a política era a arte do possível. 

André foi derrotado como postulante ao Senado Federal na chapa de Marília Arraes, perdeu nacos de poder na esfera estadual ao romper com a Frente Popular, mas, mesmo assim, candidatou-se a aparar as arestas entre ambos. Escrevemos um longo artigo sobre o assunto, parte dele publicado aqui. Ali, os leitores poderão saber o que pensamos sobre o assunto. Antecipo, porém, que tal reaproximação constitue-se num grave equívoco da candidata. Mas, vamos em frente. O tempo dirá se este humilde analista teria ou não razão. 

Concretamente, o PT fisiológico fez tal retorno - reabrindo a janela de diálogo com a candidata - contingenciado pela expectativa de poder, onde não precisaria abdicar dos nacos ocupados na burocracia da máquina estadual durante os longos anos de hegemonia socialista. A questão que se apresenta diz respeito ao padrão de relação entre Marília e os Campos, numa eventual vitória no segundo turno dessas eleições. Compete aqui uma pergunta: o que os socialistas teriam negociado com a candidata?   

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