pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Os sincericídios de Paulo Guedes
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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Editorial: Os sincericídios de Paulo Guedes



Como não poderia ser diferente - depois da erosão civilizatória e democrática com a qual passasmo a conviver nos últimos anos - a disseminação de mentiras ou fake news continua desenfreada pelas redes sociais, sem que a sociedade utilize os filtros necessários, causando enormes prejuízos às pessoas e instituições atingidas. Para completar esse enredo nefasto, ainda existem alguns mecanismos psicológicos - talvez de Psicologia de Massas - que contribuem para que essa praga se prolifere de uma maneira tão efetiva. A recepção da "mentira' talvez seja mais eficiente do que a recepção da "verdade". 

Tornou-se algo tão doentio, que a "clivagem' hoje resume-se ao seguinte. Se é meu inimigo ou desafeto, então a mentira que estão dizendo sobre ele é verdade. Se é meu amigo, a verdade que estão dizendo sobre ele é mentira. Em meio a esse turbilhão de informações que estão circulando pelas redes sociais - impossível saber se procedentes ou não - o Ministro da Economia do Governo Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, passou a integrar a campanha de Bolsonaro pela TV para fazer alguns desmentidos, como o da proposta de mudança de indexadores dos aumentos dos aposentados do INSS e do salário mínimo, assim como a extinção de restituição dos gastos com eduacação e saúde, quando da declaração do Imposto de Renda. 

Naturalmente, ele nega veementememte todas essa informações, admitindo, inclsuive, que o salário mínimo terá recomposição acima da inflação, sobretudo em razão do bom momento da economia brasileira. Em função das contingências impostas pela função exercida, frequentemente, se expõe às entrevistas aos meios de comunicação. Em momentos distintos, o senhor Paulo Guedes acabou cometendo dois sincericídios: Admitiu uma eventual derrota do chefe nessas eleições, sugerindo que daqui a quatro anos Bolsonaro poderia voltar, e admitiu que há roubo no governo, embora numa proporção menor do que na era petista. Desta útima fala ele acabou se refazendo, corrigindo a informação: nós não roubamos.  

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