pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em pernambuco: Afinal, o Contexto Político acertou todas.
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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em pernambuco: Afinal, o Contexto Político acertou todas.



Há alguns anos atrás, este editor publicou, num site institucional, um artigo prevendo a vitória de um dos concorrentes à Prefeitura da Cidade do Recife. O artigo tornou-se emblemático para o staff de campanha do candidato que ganharia aquelas eleições - sendo amplamente repercutido nas redes sociais - mas trouxe alguns aborrecimentos ao editor, como um ato de censura - de uma autoridade de Brasília - exigindo que o artigo fosse retirado da página, por conta de suas ligações com o candidato que seria derrotado naquele pleito. Nada de mais no artigo, apenas o prenúncio de uma derrota iminente, numa avaliação desapaixonada, orientada pelo nosso feeling de cientista político. São águas passadas, mas fica o registro dos "búzios". 

Durante os artigos aqui publicados, sobre as eleições estaduais deste ano, deixava implícito nas entrelinhas que a candidata do Solidariedade, Marília Arraes - por quem este editor mantém uma relação de respeito e admiração- perderia as eleições, em razão de alguns equívocos cometidos, um deles em particular. Não poderia ser assim tão explícito antes dos resultados, naturalmente, para não ferir suscetibilidades. Mas, enfim, vamos informar onde o editor do blog acertou nessas eleições estaduais: 

1.1 - Ainda no primeiro turno das eleições presidenciais, o PSDB fechou uma aliança, no plano nacional, com o Cidadania e o MDB, que tinha como candidata presidencial a senadora Simone Tebet(MDB-MS), que tentava, naquele momento, viabilizar-se como alternativa de terceira-via. Possivelmente motivada por algum tipo de pressão, a candidata Raquel Lyra(PSDB-PE) esboçou tentar construir uma narrativa de flerte com Simone Tebet e, como consequência natural, contruir um caminho pela terceira-via. Logo este editor informou que seria um suicídio político para as suas pretenções de chegar ao Palácio do Campo das Princesas. 

Seus assessores também devem ter percebido que seria um equívoco e a candidata passou a dar ênfase aos aspectos positivos do discurso feminista - não necessariamente atrelados à terceira-via -; assumir o perfil da "verdadeira" alternativa de mudança para o Estado e posicionar-se ao lado do Leão do Norte, desatrelando-se do embate nacional entre o Lulupetismo e o Bolsonarismo. Sofreu horrores de pressão, mas manteve-se firme até ser eleita governadora do Estado - possivelmente com o voto de eleitores das duas tendências de polarização, produzida pelas eleições nacionais, com reflexos estaduais. Ainda jovem na política, mas já com pedigree de raposa mineira, Romeu Zema(Novo-MG) só assumiu um lado depois de eleito.   

Até referências bíblicas foram invocadas, publicadas por um blog local, como as menções ao "morno' e ao "servir a dois senhores". Principalmente no segundo turno, tornou-se patente o apoio do bolsonarismo à sua candidatura. A composição do futuro governo deve indicar qual foi o peso desse apoio à candidata. Já haveria nomes sendo trabalhados para uma eventual candidatura à Prefeitura da Cidade do Recife, em 2024. Na composição da aliança, em princípio, existem dois postulantes: O Deputado Federal Túlio Gadelha, da Rede, um fiel escudeiro da ex-prefeita de Caruaru; o Deputado Federal mais bem-votado do Estado, André Ferreira, do PL. Quem sabe tal projeto também não estaria nos planos da "Danadinha' Priscila Krause?

1.2 - Marília Arraes cometou suicídio político a partir do segundo turno, quando, depois de construir - e tornar-se o próprio símbolo da mudança política no Estado resolveu capitular-se a uma reaproximação com um grupo político amplamente rejeitado, cujo eleitorado já havia emitido sinais de que não mais o toleraria na condução dos negócios públicos em Pernambuco. Até porque eles não sabem diferenciar muito bem uma coisa de outra. Em muitos aspectos Marília "personificava' a ojeriza do eleitor a esse grupo, uma vez que fora ao "sacrifício' de diversas formas e em inúmeras ocasiões, vítima de seus ardis e métodos sórdidos. 

Marília passou por um processo de "Síndrome de Estocolmo" tupiniquim, que a conduziu à derrota nessas eleições. Consideramos até outros aspectos aqui, como o desempenho durante os debates - ou a ausência aos mesmos no primeiro turno das eleições - até a recusa em adiar, por um dia, a propaganda eleitoral gratuita, solicitada por Raquel Lyra, em razão da morte repentina do seu esposo. Curioso como este fato foi amplamente comentado nas emissoras nacionais que cobriram as eleições no dia de ontem. 

O artigo que escrevi sobre o assunto acima - de tão extenso e analítico - tornou-se mais semelhante a um ensaio, longo demais para o propósito deste blog. No final, nossos cumprimentos a ex-prefeita Raquel Lyra, futura governadora de Pernambuco. O Estado foi deixado em escombros e ela terá uma tarefa hercúlea pela frente, mas nada que não se consiga com fé, trabalho e disposição para enfrentar os desafios.  

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