pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Crise na Enel produz queda na popularidade de Tarcísio de Freitas.
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Editorial: Crise na Enel produz queda na popularidade de Tarcísio de Freitas.


Uma pane ou acidente no sistema de transmissão de energia deixou algumas áreas do estado de São Paulo às escuras, provocando grandes transtornos para a população atingida pelo apagão, que durou dias. A questão pôs em xeque a privatização das empresas que antes operavam o sistema, assim como expôs uma escala de problemas estruturais na gestão da Enel, que hoje, depois do processo de privatização, é a empresa responsável pelo sistema. A Enel, simplesmente, não teve como responder ao problema, seja por dificuldades de operacionalização da rede, seja em função de mão-de-obra qualificada, boa parte dela afastada quando do processo de privatização. Existem até estudos já conluídos - por sinal, caríssimos - com o objetivo de privatizar outras estatais,  a exemplo da SABESP, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São paulo.   

O debate em torno do assunto expôs diversas irregularidades, todas advindas do processo de privatização da companhia estatal que administrava o sistema ou, seja, ao fim e ao cabo, a privatização pode ter sido uma boa para o capital, mas representou danos irreparáveis no que concerne aos serviços prestados à população, sem falar nos aumentos inevitáveis de tarifas. Abordamos essa questão por aqui a partir de uma audiência concedida pela professora Clarice Ferraz, no Senado Federal.  

Na constelação de políticos de perfil conservador do país, ninguém tem dúvida de que o governador Tarcísio de Freitas é aquele ator político que se apresenta, por inúmeras razões, com as melhores credenciais para assumir o papel de susbtituto do capitão nas eleições presidenciais de 2026. Ele diz que não, por razoes óbvias, mas age como sim. Há poucos dias surgiram rumores de que a sua popularidade não ia muito bem, sobretudo depois do rolo do apagão. À época não entendemos muito bem, porque, a julgar pelos números divulgados pelo Instituto Paraná Pesquisas, a situação não era assim tão complicada, colocando o governador, numa eventual disputa sucessória de 2026, apenas abaixo do próprio Jair Bolsonaro, isso porque o eleitorado, fiel ao capitão, parece que não está ainda convencido sobre a sua inelegibilidade. 

O mesmo fenômeno ocorre no universo petista, pois, no horizonte,  ainda não surgiu um nome que possa substituir o morubixaba que, muito possivelmente, não será candidato em razão dos problemas de saúde e o avanço da idade. A questão que acendeu o sinal de alerta, no entanto, seria uma pesquisa para consumo interno, financiada por empresários, onde o atual governador aparece muito mal na fita no quesito popularidade. É como se a sua popularidade tivesse caído sensivelmente, depois desses acontecimentos, o que passou a preocupar os seus partidários.    

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