É aguardado com grande expectativa o depoimento do governador
de Goiás, Marconi Perillo, na CPI do Cachoeira, no dia de hoje. Antes do depoimento, a cúpula
do PSDB teria tentado um acordo com o PT no sentido de “pegar leve” com o
governador tucano. Sem sucesso. Lula insiste que os petistas peguem pesado com
Perillo. Conforme o Blog do Jolugue já informou aos seus leitores, Perillo encontra-se na lista
dos “urubus voando de costa”, ou seja, seu nome está inscrito numa cadernetinha onde Lula anotou o
nome dos seus maiores desafetos, ao deixar o Palácio do Planalto. Alguns deles não foram
bem-sucedidos nas últimas eleições, conforme é o caso de Tasso Jereissati e
Arthur Virgílio. Perillo é um sobrevivente, embora esteja metido até o pescoço
com as encrencas que envolvem os negócios duvidosos do banqueiro Carlinhos Cachoeira.
Mas, o que move Lula, infelizmente, não é nenhum sentimento nobre ou mesmo uma preocupação com a condução dos negócios públicos. Lula é movido pelo sentimento da vingança. Quando negou
que tivesse conhecimento sobre o Mensalão, Perillo veio à boca do palco para
informar à imprensa que havia alertado Lula reiteradas vezes sobre o fato,
mesmo antes do estouro das denúncias do deputado Roberto Jefferson.
Mostrando postagens com marcador CPI do Cachoeira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CPI do Cachoeira. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 12 de junho de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Em entrevista reveladora, Gilmar Mendes desce aos detalhes da conversa com Lula.
Em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo, o
Ministro do STF, Gilmar Mendes, desce aos detalhes da conversa mantida com
Lula, durante um encontro no escritório de Nelson Jobim. Lula adjetivou a
matéria da revista Veja como abominável e inverídica, negando que tivesse feito qualquer
pressão sobre o adiamento do julgamento do mensalão, argumentando que tivera, tão somente, um encontro furtuito. Na realidade, segundo a
versão de Gilmar Mendes - com riqueza de detalhes - Lula teria insinuado que, em troca desse adiamento,
poderia blindá-lo na CPI do Cachoeira, numa espécie de chantagem explícita. Haveria
supostas aproximações perigosas entre o Ministro Gilmar Mendes e o senador
Demóstenes Torres, fato negado peremptoriamente pelo Ministro, argumentando que
as relações entre ambos não passaram do campo institucional. O que se comenta, fatos que já foram esclarecidos pelo próprio Demóstenes, é sobre uma suposta viagem de ambos, financiadas por Carlinhos Cachoeira.Numa atitude bastante coerente, Demóstenes nega o patrocínio de Carlinhos e afirma que o encontro dele com Gilmar no vôo, aí sim, foi rigorosamente furtuito. O Ministro se
diz perplexo com a atitude de Lula. Se verdadeiro os fatos narrados por Gilmar
Mendes, Lula incorre na quebra de princípios republicanos, éticos e jurídicos,
tornando-se passível de ações que já estariam sendo movidas pela oposição.
Inimiga dos petistas, de longas datas, a revista Veja sofreu a ira dos
companheiros da agremiação política. Ontem, no Senado Federal, o pernambucano Humberto
Costa tratou de defender Lula, afirmando-se aliviado pelo fato de o encontro
ter sido presenciado por Nelson Jobim, que sustenta a versão de Lula, mas tem sido bastante evasivo e nada convincente. O
episódio alcançou grande repercussão na mídia nacional, alguns veículos
apresentando-o com uma certa cautela, enquanto outros já emitindo seu juízo de
valor sobre os fatos, endossando a versão de Gilmar Mendes. O editor do Blog do
Jolugue tem uma grade admiração por Lula, mas, se, de fato, os acontecimentos narrados por
Gilmar Mendes ocorreram, Lula cometeu um grave equívoco. A doença recente, a
fragilidade, a proximidade desse julgamento não devem estar fazendo muito bem a
Lula. Algo afetou o seu feeling político, antes tão apurado.
Marcadores:
CPI do Cachoeira,
encontro entre Lula e Gilmar Mendes.,
Folha de São Paulo,
Gilmar Mendes,
Lula,
Mensalão,
Nelson Jobim,
Revista Veja
sábado, 26 de maio de 2012
Revista CartaCapital: Quem acredita na resposta de Gurgel à CPI?
Uma vergonha a resposta de Roberto Gurgel, procurador geral da República, à desacreditada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).
Para Gurgel, o “engavetamento de mais de dois anos foi uma estratégia”. Só não pensou ter sido também uma estratégia para Cachoeira continuar a delinquir.
E quem aproveitou a ilegal estratégia de Gurgel ? Com a palavra, o senador Demóstenes Torres, Fernando Cavendish, responsável à época pela construtora Delta e Carlinhos Cachoeira. Será que teriam coragem de dizer que foram prejudicados pelo engavetamento ?
Por evidente, a sociedade civil e a legalidade foram as principais vítimas do engavetamento.
Volto a afirmar, pela lei processual penal, Gurgel tinha o prazo de 15 dias para se manifestar. Levou dois anos.
Mais ainda, como descobriu Gurgel que outro inquérito (Monte Carlo) seria aberto? E foi aberto por requisição de dois promotores estaduais (nada a ver com o Ministério Público Federal) e em face de ilegalidade decorrentes de exploração de jogos eletrônicos ilegais. E o inquérito (Monte Carlo) foi instaurado anos depois da conclusão do inquérito da Operação Vegas. Pelo jeito, Gurgel tem bola de cristal.
Na resposta apresentada à CPI, o procurador-geral da República nada diz a respeito das trapalhadas feitas pela sua mulher quando entrou em cena como biombo para não atingir Gurgel. Para quem não sabe, ele era muito conhecido no Ministério Público Federal, pois fazia política associativa, interna. Não é, portanto, um diletante na arte de acordos políticos.
Só para lembrar, a subprocuradora sustentou, e foi desmentida pela direção da Polícia Federal, que houve pedido para “segurar” os autos. Ora, se fosse para ganhar tempo, o delegado pediria a volta dos autos para completar diligências. E ele não fez isso. Ao contrário, deu o inquérito por concluído.
Para usar uma expressão popular, não “cola a história” contada por Gurgel à CPI. E o delegado responsável pelo inquérito não iria concluí-lo para depois pedir ao procurador Gurgel, por meio de sua mulher, sentar em cima dos autos.
Abaixo, a notícia publicado, hoje, no Valor Econômico, por Maíra Magro, Yvna Sousa e Bruno Peres:
“O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ontem, no limite do prazo, seu depoimento escrito à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, com respostas às perguntas feitas por parlamentares. O documento, de sete páginas, repete o argumento de que a decisão de segurar o inquérito da Operação Vegas, em 2009, fez parte de uma estratégia do Ministério Público Federal para permitir novas investigações. Mas não entra na guerra de versões entre a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre quem teria solicitado a paralisação do inquérito”
Wálter Maierovitch
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Marconi Perillo pode ser ouvido pela CPI do Cachoeira.
O grupo intitulado de “independentes”,que atua na CPI do
Cachoeira, está se movimentando no sentido de convocar o governador de Goiás, Marconi
Perillo, para depor, o que abre um precedente para que os governadores Agnelo Queiroz e Sérgio
Cabral também sejam convocados. Depois de sabatinado pelo partido, Perillo
afirmou que não tem nada a esconder, inclusive colocando-se à disposição da
CPI, o que deixou a cúpula do PSDB mais à vontade sobre a sua convocação. Há,
sim, indícios fortes de relações pouco republicanas entre Perillo e a turma do
Cachoeira, o que seria ótimo para a Comissão aprofundar. A quebra dessa blindagem
envolvendo os governadores de Estado, faria um bem danado a res publica.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
CPI do Cachoeira: Dadá manteve o silêncio. Nada a declarar.
Convocado para depor na CPI do Cachoeira, o ex-sargento da
Aeronáutica, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, deve manter-se em silêncio,
atendendo recomendações dos seus advogados. A prática vem se tornando
recorrente. Comentou-se que Dadá teria se predisposto a entrar no programa de
delação premidada, mas teria feito tantas exigências que o processo acabou não
se viabilizando. Dadá era um espécie de araponga do bicheiro, levantando informações
importantes para os seus negócios. A revista Veja teria usado algumas dessas
informações em suas matérias, daí a insistênica de alguns membros da CPI,
sobretudo ligados ao PT, para que seus editores fossem convocados.
sábado, 19 de maio de 2012
Revista Veja: Segredos de Cavendish preocupam PT e seus aliados.
Acusada de irregularidades e pagamento de propina, a construtora Delta, uma das maiores do país, agoniza. Nos bastidores, seu dono ameaça revelar segredos que comprometeriam políticos e outras grandes empreiteiras
Otávio cabral e Daniel Pereira
Blefe? - Fernando Cavendish, proprietário da Delta, tem enviado recados a grandes empreiteiros e políticos sobre o risco de surgirem revelações envolvendo caixa dois e dinheiro para campanhas eleitorais (Cristiano Mariz e Oscar Cabral)
É absolutamente previsível a explosão que pode emergir de uma apuração minuciosa envolvendo as relações de uma grande construtora, no caso a Delta Construções, e seus laços financeiros com políticos influentes. A empreiteira assumiu o posto de líder entre as fornecedoras da União depois de contratar como consultor o deputado cassado José Dirceu, petista que responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) no papel de "chefe da organização criminosa" do mensalão. Além disso, consolidou-se como a principal parceira do Ministério dos Transportes na esteira de uma amizade entre seu controlador, Fernando Cavendish, e o deputado Valdemar Costa Neto, réu no mesmo processo do mensalão e mandachuva do PR, partido que comandou um esquema de cobrança de propina que floresceu na gestão Lula e só foi desmantelado no ano passado pela presidente Dilma Rousseff. A empreiteira de Cavendish é dona da maior fatia das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem contratos avaliados em cerca de 4 bilhões de reais com 23 dos 27 governos estaduais. Todo esse império começou a ruir desde que a Delta foi pilhada no epicentro do escândalo envolvendo o contraventor Carlos Cachoeira. Se os segredos de Cachoeira são dinamite pura, os de Cavendish equivalem a uma bomba atômica. Fala, Cavendish!
Na semana passada, a CPI do Cachoeira aprovou a convocação de 51 pessoas e 36 quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico. Os números foram festejados pela cúpula da comissão como prova inconteste da disposição dos parlamentares para investigar os tentáculos da máfia da jogatina nos partidos políticos, na seara das empreiteiras e na administração pública. Sob essas dezenas de votações, no entanto, esconde-se a operação patrocinada pelo ex-presidente Lula e alguns políticos para impedir que a bomba atômica de Cavendish seja detonada. A estratégia é enaltecer as convocações e quebras de sigilo relativas a empresas e personagens já fartamente investigados pela Polícia Federal. Assim fica mais fácil despistar as manobras para evitar que Cavendish conte tudo — mas tudo mesmo — o que sabe sobre como obter obras públicas pagando propinas a pessoas com poder de decisão nos governos. Investigar a Delta, aliás, foi considerada a tarefa prioritária pelos próprios delegados da Polícia Federal que prestaram depoimento à CPI. Eles disseram que desvendar os mecanismos subterrâneos de concessão de obras públicas no Brasil seria o maior legado da CPI. Fala, Cavendish!
Deflagradas pela Polícia Federal, as operações Vegas e Monte Carlo revelaram o envolvimento do contraventor Carlos Cachoeira com políticos como o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) e Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta na Região Centro-Oeste. Entre outras atividades, o trio agia para abrir os cofres dos governos estaduais e federal à empresa. Para tanto, ofereceria propina em troca de contratos. A PF colheu indícios desse tipo de oferta criminosa, por exemplo, em Goiás e no Distrito Federal. Foi com base nessa delimitação geográfica que os petistas defenderam uma investigação sobre a atuação da empreiteira apenas na Região Centro-Oeste — tese que saiu vitoriosa na semana passada. "Não há conversa gravada do Cachoeira com o Fernando Cavendish. A CPI não pode se transformar numa casa de espetáculo", bradou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). "A generalização beira a uma devassa", reforçou Paulo Teixeira (PT-SP). Os petistas cumpriram à risca as ordens dadas por Lula um dia antes, quando ele esteve em Brasília para a cerimônia de instalação da Comissão da Verdade. A ordem foi calar Cavendish. Mas o correto é o contrário. Fala, Cavendish!
O ex-presidente sabe do potencial de dano ao PT e a seus aliados caso Fernando Cavendish conte como a sua Delta conseguia seus contratos de obras e, em troca, pagava políticos. Numa conversa gravada com ex-sócios, Cavendish os incentivou a cortar caminho para o sucesso comprando políticos. Na tabela da corrupção da Delta, um senador, por exemplo, custaria 6 milhões de reais. A Delta tem obras contratadas por governadores pertencentes aos maiores partidos do país — PT, PSDB e PMDB. Será que essa onipresença da Delta explica as razões pelas quais a CPI decidiu não chamar para depor os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ)? O deputado Vaccarezza deu a resposta. "A relação do PMDB com o PT vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu", escreveu em idioma parecido com o português o deputado Vaccarezza numa mensagem de celular destinada ao governador Sérgio Cabral. Captada pelas câmeras de televisão do SBT, a mensagem revela de forma inequívoca o grande arranjo para calar o dono da Delta, amigo íntimo de Cabral. Portanto, é bom repetir a palavra de ordem que pode salvar a CPI do fracasso. Fala, Cavendish!
Nos bastidores, Cavendish tem falado. E muito. Ele usou interlocutores de sua confiança para divulgar suas mensagens. Uma delas foi endereçada aos políticos. Seus soldados espalharam a versão de que a empreiteira destinou cerca de 100 milhões de reais nos últimos anos para o financiamento de campanhas eleitorais — e que o dinheiro, obviamente, percorreu o bom e velho escaninho dos "recursos não contabilizados". Uma informação preciosa dessas deveria excitar o ânimo investigativo da CPI do Cachoeira. Os mensageiros de Cavendish também procuraram solidariedade na iniciativa privada. A arma foi ressaltar que o caixa dois da Delta, que serviu para financiar campanhas, segue um modelo idêntico ao de outras empreiteiras, inclusive usando os mesmos parceiros para forjar serviços e notas fiscais frias. A mensagem é: se atingida de morte, a Delta reagiria alvejando gente graúda. Como o navio nazista Bismarck, a Delta afundaria atirando. Faria, assim, um bem enorme ao interesse coletivo, mas seria mortal aos interesses privados. Os mensageiros de Cavendish têm espalhado que a mesma empresa fornecedora de notas frias da qual sua construtora se servia abastecia outras duas grandes empreiteiras. São essas ameaças, somadas à coloração suprapartidária dos contratos firmados, que azeitam a blindagem da Delta. Como saber se Cavendish está apenas blefando em uma clássica operação de controle de danos? Levando-o à CPI. Fala, Cavendish!
Desde a eclosão do escândalo, a Delta foi forçada a deixar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), encomendadas pela Petrobras, e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), sob responsabilidade do Ministério dos Transportes. A polêmica sobre o destino da empreiteira pôs a presidente e o antecessor em rota de colisão pela segunda vez em menos de dois meses. Lula patrocinou a criação da CPI do Cachoeira ao considerá-la uma oportunidade de desqualificar instituições que descobriram, divulgaram e investigaram o esquema do mensalão, como a imprensa, o Ministério Público, o Judiciário e a oposição. Logo após a abertura da CPI, Fernando Cavendish passou a negociar a empresa com o grupo J&F, cujos donos eram parceiros preferenciais do governo Lula. A venda foi orquestrada pelo ex-presidente. O papel de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central nos oito anos de mandato do petista e atual CEO do J&F, na manobra ainda não está claro. Meirelles não comenta, mas sabe-se que ele, desde os tempos de BC, não assina nada que não tenha a chancela de seus advogados particulares.
Desde a eclosão do escândalo, a Delta foi forçada a deixar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), encomendadas pela Petrobras, e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), sob responsabilidade do Ministério dos Transportes. A polêmica sobre o destino da empreiteira pôs a presidente e o antecessor em rota de colisão pela segunda vez em menos de dois meses. Lula patrocinou a criação da CPI do Cachoeira ao considerá-la uma oportunidade de desqualificar instituições que descobriram, divulgaram e investigaram o esquema do mensalão, como a imprensa, o Ministério Público, o Judiciário e a oposição. Logo após a abertura da CPI, Fernando Cavendish passou a negociar a empresa com o grupo J&F, cujos donos eram parceiros preferenciais do governo Lula. A venda foi orquestrada pelo ex-presidente. O papel de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central nos oito anos de mandato do petista e atual CEO do J&F, na manobra ainda não está claro. Meirelles não comenta, mas sabe-se que ele, desde os tempos de BC, não assina nada que não tenha a chancela de seus advogados particulares.
Cristiano Mariz
Vergonha nacional - Collor e o petista Cândido Vaccarezza: constrangimento à imprensa e troca de gentilezas com o governador Sérgio Cabral
O J&F tem 35% de suas ações nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mais que isso. Tomou emprestados mais de 6 bilhões de reais no banco. É, portanto, uma empresa semiestatal. Por meio de assessores, a presidente Dilma Rousseff deixou claro que seu governo não apoia a encampação da Delta pelo grupo J&F. A contrariedade de Dilma foi explicitada pela decisão das estatais de tirar a Delta de obras do Dnit e da Petrobras. Dilma determinou à Controladoria-Geral da União (CGU) que declare a empreiteira inidônea e, portanto, proibida de fechar contratos com a União. "O governo fará tudo o que estiver a seu alcance para esse negócio não sair", diz um auxiliar da presidente. Quem conhece Fernando Cavendish mais de perto garante que ele nem de longe vestiria o traje de homem-bomba. Mas como ter certeza de que tem potencial explosivo ou apenas quer minimizar os ataques a ele e a sua empresa? Levando-o à CPI. Vamos lá, coragem. Fala, Cavendish!
sábado, 12 de maio de 2012
Lula insiste na convocação de Roberto Gurgel, o ingrato.
Faz sentido a relação estabelecida pela oposição com a
estratégia petista de convocar Roberto Gurgel para depor na comissão mista do Cachoeira
e o julgamento do Mensalão. Peça chave nesse processo, pois fará a acusação dos envolvidos, Gurgel passou a preocupar
grãos-petistas envolvidos no escândalo. O que estaria implícito é uma manobra
para desgastar Roberto Gurgel até o julgamento. A posição do STF, no entanto, claramente em
defesa de Gurgel, considerando desnecessária sua convocação, levou os petistas
a recuarem da manobra. Lula, no entanto, que considera Gurgel um “ingrato”,
ficou uma arara e já teria acionado sua tropa de choque no sentido de manter a
proposta de convocação. Os petistas mais prudentes consideram a hipótese de irritação da turma do STF com a insistência, mas ele acabará sendo convocado.
Assinar:
Postagens (Atom)