pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Eleições Municipais de outubro.
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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Editorial: João Campos "afunila" a escolha do vice.



No dia de ontem, 05, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), esteve com o presidente Lula assinando convênio de repasse de recursos do Governo Federal para a realização de obras no Recife. Algo em torno de R$ 200 milhões de reais. Assim como ocorre no Rio de Janeiro, acreditamos que, finalmente, o PT esteja convencido de que não adianta mais insistir sobre a possibilidade de indicação de algum nome para integrar a chapa de reeleição do prefeito. Em Recife, por uma série de equívocos cometidos no passado, o PT não tem outra alternativa política que não seja acompanhar o prefeito em sua campanha de reeleição. 

Faltam ainda alguns meses, exatos quatro meses, para o dia 06 de outubro, quando será realizado o primeiro turno das próximas eleições municipais, mas, quando se olha no retrovisor, uma expectativa negativa jogada pela oposição sobre o desempenho do Governo nessas eleições municipais, já começa a se desenhar no horizonte. Algo sugere que a bússulo política e administrativa da legenda encontra-se descalibrada neste momento. Em São Paulo, por exemplo, Lula precisou intervir para que os recursos do fundo partidário sejam carreados para o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, apoiado pelo Planalto. 

O diretório municipal da legenda considerou que tais recursos deveriam ser encaminhados ao projeto de eleição ou reeleição de vereadores. Desde o início se sabia que o PT da capital não endossa a candidatura de Boulos. Problemas assim ocorrem em todo o Brasil, da Paraíba ao Paraná. Há um gritante hiato entre os diretórios regionais e uma cúpula burocrática que usa a canetada para "equacionar' os conflitos paroquiais, como reflexo do processo de oligarquização que tomou conta da legenda a partir de um determinado momento. 

Aqui no Recife, no dia de ontem, no prazo final da desincompatibilização, o prefeito exonerou dois dos seus secretários, afunilando a escolha daquele que receberá a unção para tornar-se o vice em sua chapa. Deixaram os cargos a Secretária de Infraestrutura, Marília Dantas, e o Chefe-de-Gabinete, Victor Marques. Marília é a supersecretária, tocadora de obras da Prefeiuta do Recife, quase um consenso no próprio staff do prefeito. Victor Marques, por sua vez, exerce um cargo eminentemente político e é filiado a um dos partidos da federação, o PCdoB. Teria chances se João resolver fazer alguma média compensatória ao PT.