pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Prefeitura do Recife
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Editorial: João Campos vai ao encontro de prefeitos eleitos convocados por Raquel Lyra.


A presença do prefeito João Campos num encontro de prefeitos eleitos, convocados pela governadora Raquel Lyra, não deveria causar nenhum tipo de surpresa. O problema era se o prefeito se recusasse a comparecer a uma reunião de trabalho, proposto pela gestora do estado, onde deve ser afinado o violino das políticas públicas estaduais de interesse dos gestores dos municípios, inclusive o da capital. O problema é que estamos vivendo momentos tão delicados no país, onde os gestos de boa convivência política entre adversários estão se tornando cada vez mais raros. 

Ontem comentávamos por aqui que há 21 requerimentos de convocação para o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski comparecer à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. A sua presença naquela comissão está programada para amanhã, dia 03, num clima de absoluta beligerância por parte dos opositores que integram a comissão, a maioria deles pertencentes à Bancada da Bala. O ministro é um homem público cordato, urbano, conciliador mas vai precisar de muitos amortecedores para aguentar o tranco. Pelo andar da carruagem política, não enxergamos a possibilidade de construção de consensos sobre o assunto. 

Seria até aconselhável que tais encontros acontecessem com mais frequência, em nome do interesse público. Os dois são gestores promissores, com agendas que podem ser convergentes no tocante aos projetos e políticas públicas, uma vez que não há diferenças significativas por aqui em termos de gestão. Na realidade, na última eleição, foi o candidato apoiado pela governadora, Daniel Coelho, quem alertou João Campos para os intermitentes problemas das desigualdades sociais na capital pernambucana.  Afinal, ambos, Raquel e João, segundo palacianos, integram a base de sustentação política do Governo Lula3. 

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Drops Político: Não importa a cor do gato.



Desde que ele cace o rato, como diria o líder chinês Deng Xiaoping, quando a China percebeu que a economia socialista era ineficiente. A esfera política vem sendo perigosamente diluída no país nos últimos anos. O rolo compressor neoliberal, aliado à extrema direita - aqui delimitados apenas simbolicamente - podem explicar este fenômeno. As pautas dos candidatos, em sua maioria, já não se preocupam em estabelecer essas diferenças entre esquerda e direita. Até o radical Partido da Causa Operária já decidiu entrar no jogo da antes abominada democracia burguesa. Há alguns nomes da legenda disputando prefeituras municipais. Inclusive no Recife. 

O PCdoB, aquele mesmo da Guerrilha do Araguaia, está alinhado ao bolsonarismo aqui em Olinda. Não estranha, portanto, que, em entrevista recente, o candidato do PSB à Prefeitura do Recife, João Campos, quando perguntado se seria de esquerda ou de direita, teria respondido que é eficiente. De fato, resta pouca coisa de esquerda no palanque do candidato à reeleição no Recife. A estratégia, inclusive, diz respeito aos cuidados de não afugentar o eleitorado conservador do seu palanque. Um eleitorado, quem sabe até de matriz bolsonarista, que se identifica com a sua candidatura, a julgar pelo sua primeira eleição.  Assinem o nosso perfil na Plataforma Privacy e deixem seus comentários.  

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Editorial: João Campos "afunila" a escolha do vice.



No dia de ontem, 05, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), esteve com o presidente Lula assinando convênio de repasse de recursos do Governo Federal para a realização de obras no Recife. Algo em torno de R$ 200 milhões de reais. Assim como ocorre no Rio de Janeiro, acreditamos que, finalmente, o PT esteja convencido de que não adianta mais insistir sobre a possibilidade de indicação de algum nome para integrar a chapa de reeleição do prefeito. Em Recife, por uma série de equívocos cometidos no passado, o PT não tem outra alternativa política que não seja acompanhar o prefeito em sua campanha de reeleição. 

Faltam ainda alguns meses, exatos quatro meses, para o dia 06 de outubro, quando será realizado o primeiro turno das próximas eleições municipais, mas, quando se olha no retrovisor, uma expectativa negativa jogada pela oposição sobre o desempenho do Governo nessas eleições municipais, já começa a se desenhar no horizonte. Algo sugere que a bússulo política e administrativa da legenda encontra-se descalibrada neste momento. Em São Paulo, por exemplo, Lula precisou intervir para que os recursos do fundo partidário sejam carreados para o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, apoiado pelo Planalto. 

O diretório municipal da legenda considerou que tais recursos deveriam ser encaminhados ao projeto de eleição ou reeleição de vereadores. Desde o início se sabia que o PT da capital não endossa a candidatura de Boulos. Problemas assim ocorrem em todo o Brasil, da Paraíba ao Paraná. Há um gritante hiato entre os diretórios regionais e uma cúpula burocrática que usa a canetada para "equacionar' os conflitos paroquiais, como reflexo do processo de oligarquização que tomou conta da legenda a partir de um determinado momento. 

Aqui no Recife, no dia de ontem, no prazo final da desincompatibilização, o prefeito exonerou dois dos seus secretários, afunilando a escolha daquele que receberá a unção para tornar-se o vice em sua chapa. Deixaram os cargos a Secretária de Infraestrutura, Marília Dantas, e o Chefe-de-Gabinete, Victor Marques. Marília é a supersecretária, tocadora de obras da Prefeiuta do Recife, quase um consenso no próprio staff do prefeito. Victor Marques, por sua vez, exerce um cargo eminentemente político e é filiado a um dos partidos da federação, o PCdoB. Teria chances se João resolver fazer alguma média compensatória ao PT.   

terça-feira, 4 de junho de 2024

Editorial: Luciano Duque afirma ter sido vítima de uma violência política.

 


O ex-prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, hoje Deputado Estadual, afirma ter sido vítima de um ato de violência política por parte de Marília Arraes, que negou a legenda Solidariedade para que o ex-aliado se candidatasse à prefeitura da cidade mais uma vez, como eram seus planos. Realmente estamos tratando aqui de uma história que envolve algumas escaramuças políticas bem explícitas. Quando Marília Arraes, Presidente do Solidariedade no Estado, foi candidata ao Governo do Estado, em 2022, contou com o apoio efetivo de Luciano Duque, que chegou a afastar-se do PT para apoiá-la. 

Política é muita dinâmica. O cenário hoje é bastante distinto do cenário de 2022, embora algumas atitudes possam ser questionadas e até adjetivadas. Luciano Duque, em matéria do Jornal do Commércio no dia de hoje, 04, se diz vítima de uma violência política, motivada, sobretudo, pelo fato de o parlamentar ter votado favorável em alguns projetos do Governo do Estado,governado por Raquel Lyra(PSDB), com a qual Marília disputou as últimas eleições majoritárias. 

Outro dado apresentado pelo parlamentar é que a ex-aliada agora se junta ao projeto de Márcia Conrado(PT), de quem sofreu duras críticas quando foi candidata ao Governo do Estado. Alguns parlamentares se solidarizaram com o parlamentar na Assembléia Legislativa do Estado. Mesmo tendo acusado o tranco, o parlamentar assegura que não ficará de fora da disputa pela prefeitura da cidade, possivelmente indicando alguém do seu grupo político para o pleito.   

domingo, 2 de junho de 2024

O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Os lances audaciosos e as movimentações políticas do prefeito João Campos.



Crédito da Foto: Rodolfo Loepart\Veja


Quando o seu projeto político passou a vislumbrar a possibilidade de concorrer à Presidência da República, o ex-governador Eduardo Campos estabeleceu duas estratégias bem nítidas, consoante suas aspirações políticas: consolidou uma espécie de "eduardismo" aqui na província, integrando-se aos mais amplos espectros políticos do Estado, inclusive com ex-desafetos de seu clã-familiar; e, na outra ponta, estabeleceu alianças com correntes políticas de centro e centro-direita da política nacional, agregando em torno de si um conjunto de forças que poderiam viabilizar, na prática, o seu projeto político. 

Neste momento, o ex-governador passou a receber e acatar conselhos de que seria fundamentalmente importante construir uma narrativa anti ou pós petista. É emblemática uma expressão utilizada pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos, depois de um daqueles cozidos na praia do Janga, afirmando que Eduardo estava se distanciando do PT, antes mesmo de que o próprio Eduardo Campos assumisse tal condição.  Como se sabe, Eduardo morreu de forma prematura, num acidente aéreo, antes de concretizar o seu mais ambicioso projeto político, alimentado desde os tempos de estudante de economia na Universidade Federal de Pernambuco. 

Nesta semana, o seu herdeiro político, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), pratagonizou alguns lances e movimentações políticas dignas de análises e especulações. Em encontro no Palácio do Planalto, na presença do Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comunicou ao morubixaba petista, Luiz Inácio Lula da Silva, que não pretende ceder a vaga de vice em sua chapa de reeleição ao PT. Segundo informações de bastidores, matreiramente, o líder petista desconversou e teria sugerido adiar essa discussão para mais tarde, procurando ganhar tempo. Será inútil. Mais tarde, João continuará reafirmando sua posição, em razão de inúmeros aspectos que estão em jogo nessa tomada de posicionamento do prefeito.  

O principal deles é que os olhos de João se voltam para as eleições de 2026, embora afirme, como uma das lições deixadas pelo pai, a qual confessou em entrevista a revista Veja, que pensa num dia de cada vez. Na semana anterior a esse diálogo com o presidente Lula, João Campos havia mantido um encontro com o Presidente Estadual do União Brasil aqui no Estado, o Deputado Federal Mendonça Filho, com o propósito de integrar o Uniao Brasil ao seu projeto de reeleição. Coerente, Mendonça Filho teria dito ao prefeito que não se sentiria bem numa aliança onde o PT participava. 

Curiosamente, não sabemos se Mendonça Filho voltou atrás, mas a aliança foi fechada no plano nacional, onde envolve o apoio dos socialistas à eleição de Elmar Nascimento(UB-BA) à Presidência da Câmara dos Deputados. Trata-se de um agrupamento político que deverá seguir, naturalmente, uma direção diametralmente oposta aos interesses do PT, conforme sugere o Deputado Estadual João Paulo(PT-PE) em entrevista recente ao Jornal do Commércio

O União Brasil certamente flertará com uma eventual federação encabeçada pelo ex-Ministro da Casa Civil do Governo Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira, que envolveria o PP, os Republicanos. Esta federação, aliada ao PL, com a simpatia do União Brasil, que pretende fazer os presidentes das duas Casas congressuais, fechariam o circuito de uma oposição que pode trazer grandes embaraços governamentais ao Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Aqui na província, lideranças políticas ligadas a essas agremiações, exceção apenas para o União Brasil, já se movimentam no sentido de adubar as bases para as eleições de 2026, onde deverão perfilar ao lado do atual gestor da cidade. É o caso do Ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, do Republicanos, de Eduardo da Fonte, do Progressistas, e Marília Arraes - por que não?- do Solidariedade. A rigor, nem podemos isolar o União Brasil deste conjunto de forças, uma vez a família Coelho já está fechada com o Palácio Capibaribe, trazendo a colheita de votos do Sertão do São Francisco para o projeto de João Campos em 2026. 

O grupo Coelho ofereceu apoio ostensivo à governadora Raquel Lyra(PSDB-PE) no segundo turno das eleições passadas, mas não teve espaço no Governo. Seguindo os conselhos do avô, que não abandonava os seus redutos eleitorais no interior, João se movimenta com pragmatismo nessas horas, menos inviesado ou solto das amarras ideológicas, apoiando alianças petistas em Jaboatão dos Guarapares, assim como José Queiroz em Caruaru, onde bate chapa com a governadora Raquel Lyra. Bem avaliado, estrela que brilha na constelação política do Estado, principalmente nesses redutos interioranos, não se surpreendam com as filiações dos candidatos que gostariam de contar com o prefeito em seu palanque. Alguns deles já estão vindo em caravanas conhecer o trabalho do gestor na capital.     

sábado, 1 de junho de 2024

Editorial: A entrevista de João Paulo ao Sistema Jornal do Commércio.



O Deputado Estadual João Paulo é o primeiro integrante do PT a se pronunciar sobre o posicionamento do prefeito João Campos, em conversa recente com o presidente Lula, no sentido de ratificar a sua decisão de não aceitar a indicação de um membro da legenda petista para compor a sua chapa de reeleição nas próximas eleições municipais, programadas para outubro. João Paulo considera deselegante a atitude tomada pelo gestor municipal, argumentando que a cúpula do partido pode até endossar o projeto de reeleição do prefeito, mas a militância, possivelmente, talvez acompanhe uma candidatura de esquerda, de perfil mais autêntico, como o de Dani Portela, da Federação PSOl\Rede. 

No âmbito nacional, o ex-prefeito do Recife por dois mandatos, observa com preocupação as movimentações do prefeito João Campos com o União Brasil, principalmente quando se está em discussão o apoio do partido ao nome de Elmar Nascimento, do União Brasil, para a sucessão na Câmara dos Deputados. Elmar, como se sabe, também é o nome do atual presidente da Casa, Arthur Lira. A entrevista é longa, concedida a uma rádio do sistema, mas reproduzida pela edição impressa do Jornal. João Campos já asseumiu que os socialistas devem endossar o nome de Elmar Nasicmento para a presidência da Casa. Nesta aliança, João Paulo enxerga indícios de tessituras aliancistas desfavoráveis ao presidente Lula. Isso é verdade.   

Durante a entrevista, João faz referência àquele mecânico que socorreu o motorista com o seu carro quebrado na estrada e depois voltou à sua casa para cobrar pelos serviços prestados. A interpretação é livre. Consideramos curioso que ele tenha manifestado a opinião de que o PT possa apresentar uma candidatura própria ao pleito. É sempre bom ouvir alguém do Partido dos Trabalhadores com a espertise, a sensibilidade e a sinceridade do João. 

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Editorial: João Campos comunica a Lula que o PT não indicará o vice em sua chapa de reeleição.


Até recentemente, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), encontrou-se, em audiência no Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio às turbulências políticas que já rodam aquele ambiente de trabalho, o morubixaba petista recebeu mais uma notícia ruim. João Campos teria comunicado ao presidente, segundo um jornal paulista, aquilo que todos já sabiam, ou seja, o partido não indicará o vice em sua chapa de reeleição. 

O PT encontra dificuldades em algumas praças do país. Em João Pessoa, por exemplo, tais dificuldades poderiam ser contornadas se a Executiva Nacional da legenda ratificasse uma deliberação das instâncias deliberativas do PT local no sentido de realização das prévias para a definição de um dos candidatos. Como se observa, em algumas situações, essas dificuldades foram criadas por falta de habilidade ou mesmo para atender aos caprichos de alguns caciques da legenda.

Numa eleição praticamente casada com a de 2026, dificilmente o socialista se sentiria à vontade em entregar as chaves do Palácio Capibaribe a um petista antes de desincompatibilizasse do cargo para disputar o Governo do Estado, que é o seu grande projeto político. Cantamos essa pedra em inúmeras ocasiões por aqui.    

sábado, 11 de maio de 2024

Editorial: A entrevista de João Campos à Veja.

Crédito da foto: Rodolfo Loepert\Veja

As páginas amarelas da revista Veja desta semana, 10\05, traz uma longa entrevista com o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE). Conhecedora da realidade política nacional e estadual, a entrevista foi muito bem conduzida pela jornalista Victória Becharra, que formulou algumas questões bastante emblemáticas, consoante nosso momento político delicado, capaz de deixar o entrevistado pouco à vontade nas respostas, mas o prefeito havia se preparada para tocar o barco para frente, sem deixar de estimular as especulações inevitáveis em torno de determinados assuntos, ou seja, nem confirma, tampouco desmente. 

A definição sobre o seu futuro político ficou entre essas questões. João Campos se justifica com as lições deixadas pelo pai, o ex-governador Eduardo Campos, que o aconselhava a vencer um ano de cada vez. No momento, ele cuida do Recife e está empenhado na sua reeleição. O recado aqui implícito é o seguinte: Vamos deixar 2026 por conta das especulações dos cientistas políticos. Quando esteve aqui em Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o filho de Eduardo deveria ter aprendido bastante com a linhagem polítia de sua família, formada por nomes como Miguel Arraes e Eduardo Campos. 

Ainda na condição de prefeito, o jovem já se preocupa com a formação de uma frente ampla, assim como fez o pai, no momento em que se articulava para candidatar-se ao Palácio do Planalto, projeto abortado precocimente em razão da morte trágica. Nesta semana, em mais um lance de formação dessa frente ampla, João Campos abriu negociações políticas com outra linhagem familiar tradiocinal aqui no Estado, os Mendonças, de Belo Jardim. Fecharam um acordo aliancista para as eleições municipais de 2024. 

Ele não admite mas 2026 começa agora, pois já estão em jogo as vagas para o Senado Federal abertas naquelas eleições. Hoje se sabe, por exemplo, que uma dessas vagas, muito provavelmente, ficará reservada para outra família tradicional da política pernambucana, os  Coelho, de Petrolina, mediante arranjos políticos celebrados entre Campos\Coelho. Haja famílias tradicionais na política pernambucana. Isso parece que não muda nunca.

Para nós, da área da Ciência Política, um ponto fulcral elencado pelo prefeito foi sobre o ambiente ou quadra política nas quais hoje estão atuando os atores. Antes, na primeira eleição de Lula, por exemplo, a disputa se dava entre democratas X democratas. Hoje, a disputa se dá entre democratas X autoritários. Um dos grandes problemas do Governo Lula, segundo observa o prefeito, é a reconstrução de um Estado esfacelado pela experiência do bolsonarismo. O comprometimento é pesado. "Há ovos de serpentes nutridos no ventre democrático", enfatiza João Campos. E como há!!!

P.S.: Do Contexto Político: Alguns pontos importantes da entrevista devem voltar a serem tratados por aqui, como a relação do seu partido, o PSB, com o Governo Lula, assim como os eixos de sua gestão à frente da Prefeitura do Recife, definidos por ele mesmo: Inovação, Educação e Infraestrutura Social.    

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Editorial: PT desiste de indicar o vice na chapa de Eduardo Paes no Rio de Janeiro.

 


Conforme já afirmamos em outros momentos, o PT não tem outra alternativa no Recife, que não apoiar o projeto de reeleição do prefeito socialista João Campos(PSB-PE). Andei lendo algumas polêmicas sobre a "Neve que não derrete" - daí a escolha da foto acima - mas vamos deixar esses comentários para um momento posterior. Por enquanto, é suficente saber que, assim como ocorreu com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes(PSD-RJ), também ocorre no Recife a mesma situação, ou seja, o prefeito João Campos deve escolher seu companheiro ou companheira de chapa, tendo o PT que se conformar com a situação. A Presidente Nacional da legenda, Gleisi Hoffmann(PT-PR) já afirmou que estará com João independentemente da indicação do vice. 

A estratégia entre ambos, Eduardo Paes e João Campos, são muito parecidas, aliás. Aqui como lá, os gestores escolheram nomes de sua estrita confiança para aguardar a indicação. No Rio de Janeiro, todas as apostam recaem sobre o nome de Pedro Paulo, Deputado Federal, assim como o prefeito, filiado ao PSD. Trata-se, portanto, de uma chapa puro sangue. Aqui será um pouco diferente, pois, salvo melhor juízo, o prefeito João Campos filiou seus assessores em partidos distintos, nenhum dele ao partido ao qual é filiado, o PSB. São partidos de sua base parlamentar de apoio, o que facilita as costuras de alianças.

Essa questão do "nevou" do prefeito deverá ser muito explorada durante a campanha. João é neve que não derrete, mesmo com a intensidade do calor recifense. Será? Ontem alguém observou que estamos ainda um pouco distante do pleito municipal, programado para o dia 06 de outubro. Se as eleições fossem hoje, ele seria eleito ainda no primeiro turno, se cacificando ainda mais para o pleito de 2026, quando deverá disputar o Governo do Estado. A torcida dos adversários é que a neve derreta até lá. 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A rinha entre PT e PSB no Estado.


Caso seja confirmada a candidatura do PSB à Prefeitura do Recife - dizem que o anúncio sairia na próxima quarta-feira, após o tão esperado grande encontro entre Eduardo Campos e Lula - que adiou o diálogo em razão de recomendações médicas,  em outras cidades da província, o PT já trava uma disputa acirrada com o PSB. O caso mais emblemático é o de Petrolina, onde até recentemente o senador Humberto colocou mais “lenha” na fogueira, reafirmando o seu apoio à candidatura do Deputado Odacy Amorim, pivô de uma querela entre as duas agremiações. Em Camaragibe e Paulista, os dois partidos também não chegaram a costurar um acordo. Na cidade das chaminés, comenta-se, à boca miúda, que o Deputado Sérgio Leite, candidato do PT, não poupa o governador de críticas ácidas. Ácidas até demais. Em Paulista, o candidato Sérgio Leite, apesar de liderar as primeiras sondagens de opinião, deverá amargar mais uma derrota, porque é quase certo que Eduardo Campos empenhe-se, pessoalmente, na eleição de Júnior Matuto, um rapaz de origem humilde, militante de primeira linha do PSB.