pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : ajuste fiscal
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Editorial: Governo libera 7,6 bilhões em emendas para aprovar pacote fiscal.


Antes das eleições de 2022, durante as bravatas em praça pública, o próprio Lula afirmava que este tal de orçamento secreto era uma excrescência. Pode ser que o morubixaba petista, intimamente, mantenha a mesma posição, mas, diante das circunstâncias políticas sensivelmente adversas, ordenou que sua equipe se empenhasse na liberação das emendas reclamadas pelo Legislativo. Até este momento, 7,6 bilhões de reais foram liberados em emendas, tudo dentro do escopo da aprovação do pacote fiscal proposto pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Uma continha pesada para o pagador de impostos, sobretudo se considerarmos as condições dessas liberações, que não atendem alguns dos requisitos republicanos básicos, como a transparência absoluta no gasto desses recursos públicos. 

Até recentemente, numa operação da Polícia Federal no DNOCS da Bahia, constatou-se que tal preceito de aplicação correta desses recursos não estava sendo observado. Os recursos de emendas foram parar, indevidamente, em mãos de agentes públicos e privados. Até um ex-superintendente do órgão estava envolvido. Antes fosse este um caso isolado. Não é. São até recorrentes encontrarmos situações semelhantes, identificadas pelas investigações da PF, do Gaeco, da Receita Federal, entre outras instituições. Vamos ser francos por aqui. Trata-se de um padrão de governabilidade temerária, que tende a aprofundar-se, em razão da fragilidade do Governo Lula3. 

Repercute hoje também a entrevista concedida por Lula ao Programa Fantástico, da Rede Globo, onde algumas perguntas cabulosas foram formuladas, abrindo as porteiras para as polêmicas, como o princípio da presunção de inocência. Segundo a entrevistadora, Lula teve direito a este princípio sagrado do direito, algo que foi contestado mais tarde pela Presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, durante uma entrevista. Para alguns, apesar da expertise política, Lula pode ter escorregado numa casca de banana ao conceder tal entrevista. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Editorial: 90% do mercado não aprova pacote de Lula.


A notícia acima, depois de uma pesquisa realizada pelo Instituto Quaest, caiu como uma bomba no colo da Direção Nacional do PT, que reagiu com veemência a tal informação. Não se briga com os números. A insatisfação de amplos setores do mercado em relação ao pacote de ajuste fiscal anunciado pelo Governo Lula3 deixou, é algo pacificado, deixando muita gente decepcionada, inclusive com declarações públicas, como foi o caso do empresário Rubens Ometto, que, numa linguagem talvez pouco formal ao campo onde atua, taxou um "Estamos ferrados". Na realidade, na rinha interna do Governo, venceu a ala que abomina o mercado, destilando contra essa entidade a mesma bílis dos tempos de bancos acadêmicos ou da militância partidária, esquecendo que agora precisam assumir a responsabilidade de governo. Infelizmente é isso. 

Não se motivos, logo após o anúncio o presidente Lula retomou o diálogo com a sua base histórica de apoio, de olho nas eleições de 2026, sinalizando que não se submeterá às amarras impostas pelo ajuste fiscal. Gleisi Hoffmann, a Presidente Nacional do PT, fez um pronunciamento contundente contra a pesquisa, mas os números refletem, na realidade, este momento atual, onde se impõe um ajuste rigoroso das contas públicas, com eventuais implicações sobre as políticas desenvolvidas pela governo, mas que se configura como urgente e absolutamente necessário.  Sobrevivendo à tempestade, com as contas arrumadas, retomando os investimentos, com credibilidade, melhorando a arrecadação de impostos, seria o momento mais oportuno para distribuir renda, combater as desigualdades sociais. A conta é simples, mas os petistas mais radicais veem na adoção desse receituário uma conspiração do mercado para atrapalhar o projeto de poder do partido. 

A necessidade desse ajuste fiscal representou um ponto de inflexão na legenda. Foi o momento onde as cartas para as eleições presidenciais de 2026 foram postas nas mesas. Reforma ministerial para os ajustes políticos - talvez incorporado segmentos evangélicos sob a crença de isso seja suficiente para reverter a demonização do PT neste nicho eleitoral ; reaproximação com a sua base histórica de apoio, como os Sem Terra, indígenas e quilombolas; ajustes de gastos aqui e ali, tudo muito pontual, bem distante do desejável.  

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Editorial: Rubens Ometto: "Estamos ferrados".


Principal acionista e Presidente do Conselho de Administração da COSAN, um dos maiores grupos empresariais do mundo, o empresário Rubens Ometto declarou, num encontro recente entre empresários e o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao analisar o pacote do Governo Lula3, que "Estamos ferrados". Fomos assistir o vídeo onde o empresário fala com tanta espontaneidade sobre um assunto tão sério, o ajuste fiscal reclamado pela sociedade brasileira, que, caso não se materialize, pode levar o país a uma situação de caos econômico, de consequências funestas. Falando assim, sugere-se que começamos o dia como oráculo do fim do mundo. Antes fosse apensas pessimismo. Não é. Já há economistas prevendo aumentos sensíveis da inflação nos próximos meses. Não há parâmetro mais seguro para a aferição do humor deste monstro do que as gôndolas dos supermercados. 

Isoladamente, Rubens Ometto foi o principal doador de campanha do PT nas eleições presidenciais de 2022, quando Lula foi eleito. Isso não vem ao caso, uma vez que o empresário fez doações generosas aos demais candidatos. É uma política do grupo. Nas entrelinhas de sua fala, percebe-se a sua postura crítica ao plano posposto pelo governo, anunciado de forma atabalhoada, com uma cosia dentro da outra - talvez para minimizar as verdadeiras intenções - que ele considera que sinaliza muito mais a intenção de gastar do que cortar gastos. 

Não desejamos nos alongar sobre o assunto, uma vez que, por inúmeros momentos emitimos a nossa modesta opinião sobre o tema. Na queda de braços, a ala política do Governo Lula3 saiu vitoriosa sobre a equipe econômica. Com toda a desgraça, o Governo Bolsonaro entregou o governo com superávit fiscal, acima de 5o bilhões. Começaram a estuporar antes mesmo da posse do terceiro mandato do morubixaba. Enterrou-se a opção Haddad antes mesmo do que se esperava. Lula vai tentar um quarto mandato. Nos corredores de Brasília já se especula sobre quem seria o vice ideal, uma vez que Geraldo Alckmin não está bem cotado nas bolsas de apostas. Apertem o cinto.  

domingo, 1 de dezembro de 2024

Editorial: Lula tenta reconectar-se com sua base histórica de apoio.


Na nossa modesta opinião, antes de qualquer coisa Lula precisaria colocar as contas públicas em ordem. Este é um princípio básico. As previsões de agentes do mercado e de economistas não são das melhores sobre os rumos de nossa economia. Quando o sujeito precisa se endividar para pagar as contas entra num círculo que não tem mais volta. No mês seguinte, o salário vem reduzido pelos descontos empréstimos, as parcelas das dívidas permanecem, o sujeito não consegue honrá-las e a bolha estoura com os juros. A economista Tânia Bacelar, numa palestra na Fundação Joaquim Nabuco, respondendo a um questionamento nosso, dá este exemplo de economia doméstica, que, segundo ela, o mesmo raciocínio se aplica às contas públicas. 

Déficit público é isto: Você gasta mais do que arrecada. Há um consenso que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, perdeu o cabo de guerra no Governo Lula. Foi derrotado por aqueles que viam no equilíbrio fiscal um suicídio político, tese defendida por setores influentes da legenda. Esse negócio de mercado não é para alguns petistas, que enxergam nesta entidade um conjunto de maldades contra a sociedade. Logo após os encontros desagradáveis onde este assunto foi discutido no governo - parecia uma daquelas reuniões intermináveis - Os acenos de Lula indicam claramente que ele fez a sua opção pelas políticas sociais, de olho nas eleições de 2026. 

Ontem determinou a regularização de terras negras de 15 comunidades quilombolas pelo país afora e, logo em seguida, anunciou um conjunto de medidas com o propósito de atender tais comunidades, onde estão previstas até ações de empreendedorismo, a palavra do momento até para os petistas mais radicais. Antes, já havia anunciado um amplo programa de desfavelização do país, o que deverá ter um custo bastante alto num país com o nosso número de favelas.