pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Fernando Haddad
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Editorial: Governo libera 7,6 bilhões em emendas para aprovar pacote fiscal.


Antes das eleições de 2022, durante as bravatas em praça pública, o próprio Lula afirmava que este tal de orçamento secreto era uma excrescência. Pode ser que o morubixaba petista, intimamente, mantenha a mesma posição, mas, diante das circunstâncias políticas sensivelmente adversas, ordenou que sua equipe se empenhasse na liberação das emendas reclamadas pelo Legislativo. Até este momento, 7,6 bilhões de reais foram liberados em emendas, tudo dentro do escopo da aprovação do pacote fiscal proposto pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Uma continha pesada para o pagador de impostos, sobretudo se considerarmos as condições dessas liberações, que não atendem alguns dos requisitos republicanos básicos, como a transparência absoluta no gasto desses recursos públicos. 

Até recentemente, numa operação da Polícia Federal no DNOCS da Bahia, constatou-se que tal preceito de aplicação correta desses recursos não estava sendo observado. Os recursos de emendas foram parar, indevidamente, em mãos de agentes públicos e privados. Até um ex-superintendente do órgão estava envolvido. Antes fosse este um caso isolado. Não é. São até recorrentes encontrarmos situações semelhantes, identificadas pelas investigações da PF, do Gaeco, da Receita Federal, entre outras instituições. Vamos ser francos por aqui. Trata-se de um padrão de governabilidade temerária, que tende a aprofundar-se, em razão da fragilidade do Governo Lula3. 

Repercute hoje também a entrevista concedida por Lula ao Programa Fantástico, da Rede Globo, onde algumas perguntas cabulosas foram formuladas, abrindo as porteiras para as polêmicas, como o princípio da presunção de inocência. Segundo a entrevistadora, Lula teve direito a este princípio sagrado do direito, algo que foi contestado mais tarde pela Presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, durante uma entrevista. Para alguns, apesar da expertise política, Lula pode ter escorregado numa casca de banana ao conceder tal entrevista. 

domingo, 28 de abril de 2024

Editorial: Haddad está certo ao afirmar que a responsabilidade fiscal é também uma obrigação do Congresso.


O Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, mostrou contrariedade à atitude do Governo em recorrer ao STF contra a desoneração da folha. Afirmou que também irá recorrer do recurso do Governo, que teve sua avaliação interrompida depois de um pedido de vistas do Ministro Luiz Fux. Na realidade, o resumo da ópera, é que as indisposições entre os Três Poderes da República está produzindo um ônus preocupante para a sociedade brasielira. Para início de conversa, o perfil de nossa oposição é tosco. Não temos uma oposição propositiva, republicana, responsável, voltada ao atendimento do interesse público. Na realidade, estamos diante de uma oposição que deseja derrubar o Governo. 

Veja-se o caso da PEC do Quinquênio, da PEC das Drogas, da PEC da Saidinha. A PEC do Quinquênio, por exemplo, se consolidada, pois faltam algumas apreciaçoes ainda, representará um romobo de R$ 82 bilhões nas contas públicas do Governo Federal, sem contar que atinge também Estados e Municípios, uma vez que resolveram colocar mais gente no trenzinho. Temos hoje um Governo sensível neste aspecto, com as contas desarrumadas, acumulando déficit primário superior aos R$ 200 bilhões. 

A proposta do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é colocar as finanças em ordem, o que é louvável, mas é preciso, como ele mesmo afirma, contar com a colaboração do Congresso Nacional, que também deveria manifestar uma preocupação com o equilíbrio fiscal. Acossado por um Legislativo hostil, o morubixaba petista precisa recorrer ao STF para evitar um desastre maior, o que inflama ainda mais as indisposições entre os Poderes. Não acreditamos que esta situação possa conduzir a bons resultados, uma vez que o Legislativo, diante da reação do Executivo, passa a apontar a metralhadora para a Suprema Corte, ampliando, ainda mais, as zonas de atrito.    

sábado, 27 de abril de 2024

Editorial: No aniversário de 50 anos da Embrapa, Lula pede mais recursos para a entidade de pesquisas agropecuária.



A EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - é uma dessas ilhas de "excelência" dentro da máquina pública brasileira. Daí se entender perfeitamente a preocupaão do presidente Lula, durante as comemorações dos 50 anos da empresa, sobre os recursos previstos para a entidade, responsável por pesquisas fundamentais no campo da agropecuária brasileira. o próprio Lula, em sua fala, advogou tratar-se de um reconhecimento ao trabalho realizada pela empresa de pesquisas. 

O orçamento previsto para a entidade está estimado em R$ 500 milhões, mas o montante está muito aquém de suas necessidades. Na ocasiçaõ, Lula voltou a dá um pito em seus subordinados. Desta vez sobrou para o Ministro da Fazenda Fernando Haddad, mais uma vez, e para o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Por vezes, ficamos um pouco preocupado com essas bondades de Lula, diante de um cobertor curto e a necessidade que se impõe de equilibrar as contas públicas.

Diante das contingências político\institucionais, que não são nada favoráveis, o Governo Lula poderá começar a perder o apoio de suas bases identitárias tradicionais, como os professores universitários, que já emitiram sinalização pela continuidade do movimento grevista. Vamos ser bem sinceros por aqui. Apesar da inegável boa-vontade do Governo em abrir os mais amplos canais de diálogo e negociações com a categorias dos servidores públicos, tratou-se de um equívoco a não previsibilidade orçamentária de alguma recomposição de perdas salariais para 2024. Algumas categorias amargavam um jejum de 07 anos. Não são os servidores públicos os responsáveis pelo estouro da boiada das contas públicas.   

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Editorial: Ministro Fernando Haddad encontra-se com senadores para desarmar a pauta-bomba da PEC do Quinquênio.




Logo a oposição bolsonarista estará explorando essa invasão ao SIAFI, o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, onde estima-se perdas calculadas em R$ 3,5 milhões. Vamos ser sinceros pora qui. Há uma estimativa que este número possa ser bem superior. A Polícia Federal e a ABIN estão investigando o caso e nós, contribuintes, aguardando os dados sobre o verdadeiro estrago produzido, com o uso indevido de senhas cedidas aos próprios servidores públicos.  Discutimos o assunto por aqui. Suspeita-se que as senhas tenham sido "fisgadas". 

O Ministro Paulo Pimenta, Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social, sugeriu, num café da manhã com jornalistas, que o pito que o presidente Lula deu nos Ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e no Ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, não teria passado de uma mera retórica discursiva. Não foi. Tanto isso é verdade que, algum tempo depois, o próprio presidente faria uma mea-culpa sobre o episódio. Claro que o fato não irá abalar a relação consolidada entre ambos, mas o morubixaba petista cometou um equívoco ou uma injustiça em relação ao seu subordinado. 

Até recentemente, Haddad marcou dois golaços  em sua relação com o Congresso, envolvendo pautas fundamentais para o Governo e para o país, para sermos mais precisos. No dia de ontem, capitaneado pelo senador Randolfe Rodrigues, Haddad abriu um diálogo com 18 senadores, no sentido de interromper o trenzinho da alegria, também conhecido como PEC do Quinquêncio. Uma aberração fiscal para a União e os Estados, além de se constituir numa imoralidade no contexto de um serviço público já extremamente desigual e injusto.  

domingo, 21 de abril de 2024

Editorial: A aprovação do Governo Lula não é apenas um problema de comunicação, mas sobretudo de bolso.



Nos escaninhos da política da capital federal a informação é que os diálogos estão truncados e sobram broncas e aborrecimentos entre os membros do Governo Lula. A Pesquisa do IPEC, antigo IBOPE, repercutida no jornal O Globo, aponta que a economia - ou a inflação para sermos mais precisos - hoje é o principal gargalo do Governo Lula. Se não houver uma interrupção desse ciclo, estaremos mergulhando numa espiral bastante preocupante. Os economistas liberais dizem que o governo Lula se divide entre os que querem gastar e os que querem gastar ainda mais. 

Oxalá este diagnóstico esteja equivocado, e ainda tenhamos mais integrantes do Governo Lula, a exemplo do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que demonstra uma preocupação com o equilíbrio das contas publicas. A tese de Haddad precisa ser defendida por mais gente no Governo, a começar pelo próprio morubixaba petista. Os burocratas de Brasília talvez não vão às feiras livres, mas o povo vai. Vai e está pagando por horti-frutis como cebola, tomate, cenoura valores acima de R$ 10,00. Aliado a isso as contenções nas recomposições salariais e as taxas de desemprego. Embora oficialmente os índices inflacionários estejam dentro das metas, a sensação de que alguns produtos estejam pelos "olhos da cara' existe. 

Curioso que a CEO do IPEC, Márcia Cavallari, estabelece uma linha de raciocínio bastante similar a um tema que já discutíamos aqui antes, ou seja, a queda de aprovação do Governo Lula não é apenas um problema de comunicação, mas de bolso, que é a parte mais sensível do ser humano, conforme já advertia, lá longe, o economista liberal Roberto Campos.  

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Maluf apoiará Fernando Haddad em São Paulo


Após barganha política, PP apoiará a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, em 2012. Quando Celso Russomano ainda era filiado ao PP, Paulo Maluf saiu até os balcões de alguns partidos, negociando sua performance nas pesquisas, disposto a rifar-lhes o pleito. Celso transferiu-se o PRTB, partido pelo qual pretende manter sua candidatura à Prefeitura da capital. Mesmo para Celso Russomano, tratou-se de uma processo muito humilhante, conforme já discutimos aqui no Blog do Jolugue. Agora vem a notícia de que o PP emprestará seu apoio ao nome do ex-Ministro da Educação, Fernando Haddad, candidato do PT. A aliança se confirmou após a nomeação do engenheiro Osvaldo Faria para uma secretaria do Ministério das Cidades, comandado pelo paraibano Aguinaldo Ribeiro.Comentou-se que a senadora Marta Suplicy teria sido bastante econômica com as palavras quando indagada sobre o nome de Erundina como candidata a vice na chapa de Haddad. Falta perguntar a senadora o que ela pensa sobre o canchavo do PT com Paulo Maluf.  


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Revista IstoÉ: As reinações de Marta

 

Ao não prestigiar o lançamento da candidatura de Fernando Haddad, a ex-prefeita de São Paulo se isola e mostra quão está distante da realidade do PT. Esse comportamento autofágico pode comprometer seu futuro político dentro da legenda

Pedro Marcondes de Moura

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JOGANDO CONTRA
Atitude de Marta Suplicy contribuiu para atrapalhar
a celebração de alianças pela candidatura do PT
É comum ao político que perde a capacidade de influir nos destinos de seu próprio partido, coleciona derrotas e acumula mágoas reagir se contrapondo aos líderes ascendentes simplesmente para marcar posição. Assim vem agindo a senadora Marta Suplicy (PT-SP) desde que foi alijada da disputa pelo governo paulista em 2010. No sábado 2, porém, a senadora passou da fronteira que delimita as brigas internas para adotar um comportamento autofágico. Sob o comando do marqueteiro João Santana, o PT havia preparado uma superprodução para formalizar a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, principal aposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2012. Foram fechados dois andares do Expo Center Norte, um dos maiores centros de convenções da capital paulista. Cerca de 1,2 mil militantes e aproximadamente mil delegados do partido assistiam aos discursos inflamados de ministros e parlamentares transmitidos em tempo real em enormes telões e aguardavam a presença da senadora e ex-prefeita de São Paulo. Apesar de, nos últimos anos, Marta Suplicy ter presenciado o declínio de seu poder dentro da legenda, o presidente Lula faz questão de tratá-la como uma das maiores estrelas da campanha, ao lado dele próprio e do pré-candidato Haddad. A ex-prefeita havia confirmado presença. No entanto, não deu o ar da graça. Para os líderes petistas, o recado foi claro: Marta não pretende gastar seu salto em uma campanha em que foi preterida.

Durante o encontro, correligionários ligavam sem sucesso para o celular de Marta. A resposta para a ausência só veio na segunda-feira 4: “Um impedimento de caráter privado impossibilitou a senadora Marta Suplicy de comparecer ao evento”, tentou esclarecer a ex-prefeita por intermédio de sua assessoria. Coube ao presidente do PT paulista, Edinho Silva, cobrá-la publicamente: “A Marta está errando politicamente”, declarou. “Sua ausência materializa algo muito grave. Ela renuncia a sua liderança política no momento em que o PT mais precisa dela.” De fato, o comportamento de Marta só contribui para tumultuar a eleição e dificultar a celebração de alianças pela candidatura do PT à Prefeitura de São Paulo. Sem querer falar com a imprensa, a senadora reapareceu publicamente, na terça-feira 5, no Congresso, distribuindo beijinhos. Pegou mal. “Se nem a Marta acredita na viabilidade de Haddad, por que os partidos aliados iriam entrar nessa canoa?”, perguntam-se companheiros de primeira hora ligados ao PCdoB. Na quarta-feira 6, Marta voltou a criticar a candidatura de Haddad. Disse que sua ausência no evento do sábado transmitia a indignação. A senadora complementou ainda que só entraria na campanha após o começo do horário eleitoral.
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DE CIMA PARA BAIXO
O PT está cada vez mais refém das decisões do ex-presidente Lula
Como consequência do comportamento de Marta, o PT chegou à quinta-feira 7 sem ter fechado nenhuma aliança formal em São Paulo. Desencorajados pela atitude da senadora, até parceiros tradicionais resistem a apoiar Haddad, como o PCdoB, por exemplo. Outras agremiações como o PR e o PP, integrantes da base de sustentação ao governo federal, já anunciaram apoio ao principal adversário, o candidato José Serra. A expectativa é de que o PSB declare apoio formal nos próximos dias. Mas para atrair os socialistas ao palanque de Haddad foi preciso uma intervenção pesada no diretório do Recife.

Na capital de Pernambuco, o atual prefeito, João da Costa, havia vencido o secretário estadual Maurício Rands nos votos dos militantes. A prévia, porém, foi anulada. Pouco palatável para o governador Eduardo Campos (PSB) e lideranças petistas, como Lula, João da Costa sofreu pressão para desistir de sua candidatura em favor do senador Humberto Costa. Como ele não aceitou, a Executiva Nacional do PT marcou uma reunião na terça-feira 5 para discutir uma saída. Em defesa da manutenção da candidatura, militantes fizeram vigília até a divulgação da decisão da cúpula petista. Prevaleceu, no entanto, a posição da direção do partido: o senador Humberto Costa será o nome nas urnas. Em troca, o PSB promete apoiar Haddad à Prefeitura de São Paulo, o que, se confirmado, será menos um desfalque na complicada tarefa do PT de sacramentar alianças, que as atitudes de Marta Suplicy, até agora, só têm atrapalhado.
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INTERVENÇÃO
Embora tenha vencido as prévias, o prefeito do Recife, João da Costa (abaixo),
viu a Executiva Nacional do PT impor o nome do senador Humberto Costa
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A avaliação no PT é de que Marta Suplicy parece não reconhecer a sua atual posição política. Ainda se comporta como em 2001, quando comandava a maior máquina administrativa do PT, a cidade de São Paulo. De lá para cá, a senadora foi derrotada duas vezes nas eleições para o Executivo paulistano, assistiu à escalada da legenda ao governo federal e acompanhou o esfacelamento do seu grupo político, que chegou a ser um dos mais fortes dentro do Partido dos Trabalhadores. Hoje, já não exibe as mesmas credencias que forçavam correligionários a se submeter às suas vaidades. Marta age como se estivesse no antigo PT, sobre o qual exercia influência e cuja militância tinha voz ativa no partido. Atualmente, o ex-presidente Lula e a cúpula partidária imprimem de maneira cada vez mais forte suas digitais nas decisões da legenda, sobrepondo-se em muitos casos à histórica militância. Para o analista político e professor da USP Gaudêncio Torquato, no cenário atual não há espaço para confrontar Lula ou a direção do PT. Mais cedo ou mais tarde, Marta terá de aderir à campanha de Haddad. “Se ela não entrar, será alijada do partido”, explica. Ou seja, ao fim, um apoio constrangido de Marta a Haddad pode jogar politicamente contra ela; e uma derrota na capital paulista, ao contrário do que ela imaginava, seria debitada na sua conta.
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Outro retrato desse novo PT ao qual Marta ainda não conseguiu se adaptar é Belo Horizonte. Lá, o vice-prefeito e presidente do diretório municipal do PT, Roberto Carvalho, critica o apoio à reeleição de Márcio Lacerda (PSB) sacramentado em uma decisão acirrada num enlace político com a presença do PSDB. O acordo foi outra exigência feita pelo presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, para entrar na coligação de Haddad. Defensor da candidatura própria, o vice-prefeito diz que a tese não prosperou graças à pressão do comando petista. “O Rui Falcão (presidente nacional da sigla) veio aqui dois dias antes da decisão e se declarou favorável à aliança”, explica. “É, no mínimo, um desrespeito com a militância.” Segundo Roberto Carvalho, o presidente Lula também mobilizou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e o ex-ministro Patrus Ananias para pressionar os delegados partidários. Como resposta, parte da militância criou um movimento intitulado “resposta petista”. “O que está acontecendo é a velha política de caciques. Não o PT que fundamos”, sintetiza. “Queremos aquele partido de participação popular”, complementa o vice-prefeito, com a experiência de quem diz ter passado por uma autocrítica após ter defendido a aliança com os socialistas em 2008. Só que aquele partido, que povoa a lembrança dos militantes e do vice-prefeito de Belo Horizonte, não existe mais. Marta Suplicy também precisa entender a nova circunstância.
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Revista Veja: O ministro Haddad foi regular. O candidato é reprovável.

 

Quando o ministro virou candidato, ministério, estudantes e educação foram subordinados a interesses políticos – o que ficou explícito nos erros do Enem

Nathalia Goulart
Ministro Fernando Haddad durante caravana de debates com os pré-candidatos do PT a prefeitura de São Paulo
Ministro Fernando Haddad durante caravana de debates com os pré-candidatos do PT a prefeitura de São Paulo (Fernando Cavalcanti)
Fernando Haddad transmite nesta terça-feira o cargo de ministro da Educação a Aloizio Mercadante. Durante os seis anos e meio em que esteve à frente do MEC, foi responsável por alguns avanços (confira avaliação de especialistas), como a implementação de índices de aferição da qualidade de ensino (Ideb), a ampliação de um fundo de financiamento do setor (o Fundeb) e a criação do ProUni, sistema de bolsas que levou mais jovens a universidades em troca de isenção fiscal a instituições privadas – foi uma forma de lidar com a incapacidade do estado de prover um número suficiente de vagas. A qualidade do ensino oferecido nas escolas brasileiras, contudo, avançou pouco nas mãos de Haddad. Além disso, quando o ministro assumiu o papel de candidato, o que ocorreu no último ano, ministério, estudantes e educação foram subordinados a seus interesses políticos – o que ficou explícito na escandalosa edição do Enem 2011, o exame que Haddad pretendia usar como seu maior feito.
Haddad foi o ministro que por mais tempo comandou o MEC na primeira década do século XXI – dividiu o período com Paulo Renato de Souza (2001-2002), Cristovam Buarque (2003-2004) e Tarso Genro (2004-2005). Com eles, divide também o fracasso de não ter cumprido as metas do Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Congresso Nacional, para o decênio 2001-2010. O calhamaço com quase 300 objetivos inclui alguns pontos fundamentais, como erradicar o analfabetismo e melhorar a (péssima) qualidade do ensino. VEJA analisou 15 das mais fundamentais metas do PNE (confira no quadro abaixo): apenas quatro foram atingidas.
O desempenho de Haddad entre 2005 e 2010 foi, de fato, ligeiramente superior ao de seus antecessores somados (2001-2005). Contudo, isso não apaga a constatação de que seus avanços foram tímidos, seja frente aos desafios, seja diante do orçamento que ele – e só ele – teve à disposição. Durante sua gestão, o orçamento do MEC triplicou, passando de 19 bilhões para 65 bilhões de reais. Os resultados não acompanharam esse ritmo, e o retrato da educação no Brasil ainda é de terceiro mundo. Em 2001, 25,8% dos estudantes do ensino médio aprendiam o que deveriam em língua portuguesa; em 2009, a taxa era maior, mas ainda longe de animadora: 28,9%. No mesmo ano, cerca de 60% das crianças que encerraram o ciclo de alfabetização não sabiam realizar operações matemáticas básicas. Quase 10% da população segue analfabeta. Os demais indicadores seguem o padrão, com maior ou menor variação. A constatação leva o economista e colunista de VEJA Gustavo Ioschpe a afirmar que, com a bolada em mãos, Haddad era obrigado a ter feito mais. "Não importa saber o que o Brasil vem fazendo em relação a si mesmo, ao seu passado, na área de educação. A pergunta importante a ser feita é: estamos progredindo na velocidade em que o país precisa? Estamos progredindo na velocidade das nações com as quais competimos? A resposta para ambas as perguntas é: não." Continue a ler a reportagem
Somados os avanços (Ideb, Fundeb, ProUni), subtraídos os resultados magros (parcos avanços na qualidade do ensino), Haddad, nos bancos escolares, poderia passar de ano raspando. Contudo, a avaliação do ministro cai quando se olha para a incauta aplicação do Enem, uma usina de problemas, e sobretudo para a forma desastrosa com que o MEC tentou lidar com os mesmos problemas ou até ignorá-los. A novela de erros do Enem começa em 2009. Não por acaso, naquele ano, o exame foi transfigurado. Criado em 1998 como ferramenta de avaliação do ensino médio, ele se tornou, nas mãos de Haddad, em vestibular para universidades federais. Então, ocorreu o furto de provas ainda na gráfica e, no ano seguinte, erros de impressão, descobertos por participantes no momento da avaliação. Haddad saiu-se bem nos episódios. Veio a público, deu satisfações, explicou por que a prova de 2010 poderia ser reaplicada somente a alguns estudantes, sem prejuízo aos demais – fato possível graças à teoria da resposta ao item (TRI), adotada pelo Enem, que permite calibrar o grau de dificuldade de questões, tornando-as intercambiáveis em diferentes provas.
Entre 2010 e 2011, contudo, o ministro transformou-se em candidado. E aparentemente adotou o cálculo político revelado inadvertidamente em 1994 pelo então ministro da Fazenda Rubens Ricupero (a frase custou-lhe a cabeça): "O que é bom a gente mostra; o que é ruim, esconde." Em 2011, o Enem viveu o mais grave episódio de sua história, o vazamento de questões, justamente quando mais de 5 milhões de jovens, número recorde, depositavam no exame suas fichas para o futuro. O drama teve início no próprio fim de semana em que o Enem foi realizado, 22 e 23 de outubro. Caíram na internet imagens de uma apostila contendo questões idênticas às aplicadas na prova. Os testes haviam sido distribuídos dias antes a alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, e também do cursinho da instituição. O Inep, autarquia subordinada a Haddad responsável pelo Enem, cancelou somente as questões dos alunos do colégio, deixando intocados os estudantes do cursinho. Foi uma clara quebra do princípio da isonomia, segundo o qual todos os participantes do Enem devem fazer o concurso sob as mesmas condições. A situação se tornou insustentável quando o site de VEJA revelou que a Polícia Federal, que apurava o caso, informara ao MEC, havia 40 dias, que o vazamento era maior do que o ministério admitira. Dias depois, os testes dos alunos do cursinho foram cancelados, sem explicação.
Enquanto o candidato multiplicava suas aparições em encontros político-partidários de sua base eleitoral, em São Paulo, o ministro mal se manifestou - ao contrário do que ocorrera nos anos anteriores. Nas poucas vezes em que o fez, apoiou-se no argumento de que o que ocorrera com o Enem se repetia com avaliação similares, caso do SAT americano: cancelamentos motivados por furto de questões. Consultado pela reportagem de VEJA a respeito, o responsável pelo exame americano desmentiu tal comparação. O coroamento às avessas do Enem veio às vésperas da despedida de Haddad. Na semana passada, ele veio a público após longo silêncio anunciar que a esperada edição de abril do exame não será realizada. A prova era uma reivindicação de educadores e estudantes, que, com mais datas à disposição, não sujeitariam seu futuro a uma única avaliação. Para enterrar a antiga promessa, Haddad culpou a Justiça: disse que a decisão que manda o MEC mostrar aos participantes a correção da redação (comprovadamente falha) causaria "fadiga à máquina". Mais provável é que a Justiça tenha sido um oportuno bode expiatório a encobrir falhas do próprio ministério. Isso porque educadores de várias matizes concordam que o banco de dados de questões do Enem precisa de mais questões: tem apenas 6.000 testes, quando o ideal seriam 20.000. Realizar mais provas ao ano seria, portanto, sinônimo de mais trapalhadas.
A educação brasileira melhorou nos últimos cinco anos? Sim, respondem os educadores. Mas Guiomar Namo de Mello coloca esse avanço em sua real dimensão. "Saímos do patamar 'ruim' e fomos para o 'menos ruim'", diz a educadora. "Não vejo avanço efetivo nisso, porque não estamos nem perto de pintar o quadro que precisamos na educação brasileira."
balanço haddad

PSDB poderá representar contra Lula por campanha antecipada.


O PSDB pretende entrar com uma representação contra Lula argumentando que ele já estaria em campanha para eleger seus aliados. Criticou-se, recentemente, uma entrevista concedida ao Programa do Ratinho, onde o candidado a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que estava na platéia, foi convidado ao palco, concedendo uma entrevista ao apresentador, na presença de Lula. Agora o que se questiona é a presença de Lula na inauguração de uma obra no Rio de Janeiro, acompanhado do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes, onde Lula teria feito elogios públicos aos dois políticos. Trata-se, rigorosamente, de uma situação difícil de ser gerenciada pelo ex-presidente e analisada pelo pessoal responsável pela aplicação da Legislação Eleitoral. Pay attention, Lula.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Eduardo Campos fecha alianças com Lula.Projeto presidencial apenas em 2018.


A imprensa noticia que o governador Eduardo Campos teria fechado alianças amplas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essas alianças envolvem o apoio do PT em diversas quadras, sob a contrapartida do apoio do PSB à candidatura de Fernando Haddad, em São Paulo, e o apoio ao projeto de reeleição de Dilma Rousseff. Neste caso, se tudo sair conforme o figurino traçado, Eduardo estaria adiando seu projeto nacional para 2018, como previam os observadores mais sensatos, inclusive o editor do Blog do Jolugue.Em São Paulo, a urucubaca em torno da candidatura do ex-Ministro da Educação permanece inalterada. Ele não descola dos 3% das intenções de voto, disputando espaço com ilustres desconhecidos, e bem distante dos principais concorrentes. Como aquele “bêbado” de Brasília Teimosa que antecipou a vitória de João da Costa, ainda no sábado, pelo Blog do Jolugue, a candidatura de Haddad em São Paulo é a crônica de uma morte anunciada.

sábado, 19 de maio de 2012

PMDB se queixa do socorro de Dilma a Fernando Haddad




A cúpula do PMDB está aborrecida com Dilma Rousseff. O desgosto é maior entre os integrantes do grupo mais fiel a Michel Temer. Nesse núcleo, a presidente é acusada de descumprir um compromisso que assumira com seu vice.
No início do ano, Dilma dissera a Temer que não se envolveria na campanha para prefeito de São Paulo. Candidato do PMDB à prefeitura da capital paulista, o deputado Gabriel Chalita soltara fogos.
Para a turma de Temer, ficara entendido que, onde houvesse mais de um candidato governista, a presidente não se meteria na disputa. De repente, Dilma pôs-se a servir de alavanca para Fernando Haddad, o candidato do PT.
No início da semana, foram ao ar insenções publicitárias do PT. Nas peças, Dilma apareceu ao lado de Lula e Haddad. Uma tentativa de inocular na campanha, por meio de dupla transfusão de prestígio, ânimo capaz de arrancar Haddad dos 3% em que se encontra estacionado nas pesquisas.
Nesta sexta (18), para desassossego de Temer, Chalita e Cia., Dilma voltou a emprestar seus bons índices de popularidade à causa de Haddad. Junto com Lula, desfilou ao lado do candidato petista na exposição dos painéis “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari.
Antes, participaram de um almoço com lideranças do PT, num restaurante próximo ao Memorial da América Latina, local onde Portinari está sendo exposto. Submetido às evidências, o PMDB está mais para a guerra do que para a paz.

Blog do jornalista Josias de Souza, Portal UOL notícias.
Crédito da foto: Ricardo Stuckert, Instituto Lula.
 


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Apesar da recuperação de Lula, candidatura de Haddad permanece estagnada.


A candidatura de Fernando Haddad em São Paulo continua estagnada, mantendo o índice de apenas 3% das intenções de votos, de acordo com a última pesquisa do Instituto Datafolha. Haddad, como já afirmamos em outros momentos, é um candidato lulodependente.  Sua candidatura, as costuras aliancistas e o seu desempenho nas eleições dependem quase que exclusivamente do apoio e do empenho de Lula. Fragilizado depois da cura do câncer, Lula não reúne as condições de dedicar-se ao projeto full-time. Já avisou, para quem quisesse ouvir que, debilitado, não poderá envolver-se nas disputas com mais dedicação, conforme era o seu desejo. Quem acompanha o Blog do Jolugue já percebeu que a campanha de Haddad entrou num inferno astral, com poucas possibilidades de reverter a situação. Haddad é um novato em eleições, não conta com o apoio de setores do próprio PT e, para completar o enredo, Lula, sua principal âncora, está doente.