pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Editorial: Jair Bolsonaro será reabilitado politicamente?



Em política é possível dá nó em pingo d'água. Entendida como poucos, a exemplo de Marco Maciel, conciliador por princípio, que afirmava que a política era a arte do possível. Marco Maciel era o homem do denominador comum. Se foi possível ao presidente Lula recuperar seus direitos políticos , tornar-se Presidente da Republica depois de amargar um ano e sete meses de prisão, mesmo encrencado até a medula, seus apoiadores advogam e lutam para reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao longo de sua vida pública, Bolsonaro cometeu alguns sincericídios que podem tê-lo prejudicado irremediavelmente. Deu com os burros n'água e, certamente acendeu a luz amarela do sistema político. Não enxergamos muita chance de sua reabilitação política. 

Bolsonaristas, simpatizantes e apoiadores possivelmente não comungam desta mesma tese. Há um esforço, em várias frentes, no sentido de construir as condições políticas que o viabilizem para disputar as eleições presidenciais de 2026. Neste sentido, com a mudança de nomes no comando do Legislativo, a tese passou a contar com o apoio de atores estratégicos, consoante apoios políticos negociados antes das eleições para aquelas Casas. Alguns movimentos de atores conservadores, cotados para a disputa presidencial de 2026, como é o caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, estão sendo pautados pela decisão do líder do bolsonarismo. 

O momento é de muita tensão política, com o Executivo visivelmente enfraquecido. Pelo andar da carruagem política, o Governo Lula3 não se recupera até as eleições de 2026. Colheita mesmo somente se assegurarmos ao PT mais um mandato. Curioso que as "novas" estratégias de comunicação parecem voltar a bater na tecla da polarização política como única alternativa capaz de colocar Lula de novo na disputa presidencial.   

Charge! Renato Aroeira via Facebook.

 


Editorial: Miguel Coelho desmente reaproximação com a governadora Raquel Lyra.



Em vídeo que está sendo divulgado por um blog local, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, desmente que esteja em curso uma reaproximação do grupo Coelho com o Palácio do Campo das Princesas. A notícia dando conta desta eventualidade se espalhou a partir de uma conversa mantida pelo ex-prefeito e a governadora Raquel Lyra. Miguel não nega o encontro, mas afirma que o gesto pode ser creditado às normas civilizadas de se fazer política, nada além disso. Na realidade, integrante do grupo Coelho já ocupa espaço na gestão municipal do prefeito João Campos, daí se justificar, em parte, as especulações em torno dessas novas movimentações. 

Na realidade, nas eleições de 2022, a família Coelho engajou-se no projeto de reeleição de Raquel Lyra, contribuindo para a sua vitória na região do Sertão de São Francisco. Miguel Coelho, mesmo diante do capital político acumulado em virtude de sua experiência administrativa exitosa na cidade de Petrolina, não foi aproveitado no Governo. Bem preparado, com um tino gerencial peculiar, o jovem prefeito poderia dar uma grande contribuição importante ao estado. As picuinhas políticas, os arranjos que não levam em contra a competência técnica dos convidados conduzem a esta situação. 

Miguel Coelho permanece onde está, cuidando do crescimento de sua legenda, o União Brasil e, se articulando para compor uma chapa que viabilize seu nome como candidato ao Senado Federal nas eleições de 2026. Com a ausência de um titular da pasta de Educação, especulou-se que o nome de Mendonça Filho poderia assumir o cargo, o que ele negaria mais tarde. Pelo andar da carruagem política, o União Brasil é hoje um partido bem mais próximo do Capibaribe do que do Campo das Princesas. 

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo.

 


domingo, 9 de fevereiro de 2025

Editorial: Como o PT se arranja em São Paulo?


Dizem que não há nada ruim que não possa piorar. Ontem, 08, num momento em que o presidente Lula, por recomendação das novas diretrizes de comunicação emanadas da SECOM sob o comando de Sidônio Palmeira, tentava um contato corpo a corpo com seus apoiadores, um segurança, inadvertidamente, acaba imprensando a mão do mandatário na porta do veículo. Hoje, 09, o jornal O Globo, traz uma longa matéria sobre a situação do Partido dos Trabalhadores em São Paulo, o principal colégio eleitoral do país, quando se vislumbra no horizonte as eleições de 2026. O PT está completamente fragilizado naquela praça, onde precisa garantir a sua presença junto aos eleitores, de preferência atingindo um percentual de votos que possam ser casados para as eleições presidenciais, onde se supõe que o candidato já está definido: é o próprio Lula, que tentará a reeleição. 

Salvo umas miudezas aqui e ali, algumas vaidades a serem administradas, a direita encontra-se em céu de brigadeiro em São Paulo. Pelo andar da carruagem política, possivelmente o candidato será o próprio governador Tarcísio de Freitas, com Flávio Bolsonaro e Guilherme Derrite como candidatos ao Senado Federal. Gilberto Kassab, do PSD, segundo comenta-se, desejaria ser candidato a vice, mas isso ainda não está definido. Guilherme Boulos ainda não se recuperou da ressaca das ultimas eleições municipais e, a rigor, nem ele mesmo desejaria essa nova aventura. Fernando Haddad, está apanhando mais do que o Judas durante a Semana Santa e os escores econômicos não são alvissareiros.  Nada que recomende uma nova candidatura em tais circunstâncias. 

O dilema do PT atinge uma dimensão gigantesca no maior colégio eleitoral do país. Se considerarmos o chamado cinturão paulista, onde existem várias cidades com o um eleitorado superior a um milhão de eleitores, o drama se repete. Na capital, a rigor, o voto da periferia foi fundamental para a vitória de Ricardo Nunes, o que pode parecer uma contradição. Marta Suplicy não assegurou o voto desses eleitores no candidato Guilherme Boulos, como se esperava. É uma tempestade perfeita. Conseguir um ator político que possa assegurar os percentuais de voto das eleições de 2022, fundamental para equilibrar o jogo da disputa em favor de Lula, trata-se de uma tarefa hercúlea. 

Editorial: Crescimento dos evangélicos pode impedir reeleição de Lula em 2026.



O estudo é simples, mas denso, preciso e sobretudo preocupante. O site Poder 360 publica, no dia de hoje, 09, um estudo que deve trazer muita dor de cabeça ao Palácio do Planalto. Desde algum tempo o PT se envolveu num enrosco sem tamanho junto a um eleitorado que tem se tornado cada vez mais decisivo nas eleições do país: O eleitorado evangélico. O PT já fez de tudo para recuperar terreno junto a este nicho eleitoral, mas tudo se mostrou insuficiente para reconquistar a capilaridade do partido neste segmento do eleitorado. Como se sabe, em tempos idos, nos primórdios do PT, a relação era de outro padrão. Abrir espaço no Governo para seus representantes no parlamento? Fazer acenos específicos para o grupo ou capturá-los através da melhoria de indicadores econômicos, sem tanta especificidade, conforme alguns recomendam desde as eleições de 2022? 

O fato concreto é que o hiato foi mantido desde então. Aliado a este fato, conforme aponta a pesquisa realizada pelo Mar Asset Management, há o agravante do aumento desse contingente eleitoral evangélico, algo capaz de impedir a eleição de Lula em 2026, caso o grupo mantenha-se refratário ao PT. Em 2022 os eleitores evangélicos perfaziam  o índice de 32,1% do eleitorado total do país. Considerando-se o ritmo de crescimento, prevê-se para 2026 os escores de 36,7% do eleitorado, o que, na prática, mantida as atuais condições de rejeição ao petista, conforme aponta o estudo, seria suficiente para inviabilizar a sua reeleição. 

Nem precisamos informar por aqui que a direita ou extrema direita sempre contou com maior simpatia entre este estrato do eleitorado. Reforça este prognóstico sombrio a queda de popularidade do petista, o que seria um outro grande dificultador do processo de reeleição. Estudos apontam que gestor com escores inferiores a 40% de ótimo e bom não se reelegem. Enquanto isso, a SECOM, hoje comandada pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, faz um esforço concentrado para recuperar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Algumas investidas, como a dos bonés, não deram certo. 

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo.

 


sábado, 8 de fevereiro de 2025

Charge! Renato Aroeira via Facebook.

 


Editorial: Os memes da oposição sobre carestia inflados pelo próprio Governo Lula.

 



Que o Governo Lula3 não tem sido muito feliz em sua cruzada para conter o expressivo aumento de alguns produtos nas gôndolas dos supermercado é um fato. Não vamos aqui passar a receita dos ingredientes de combate à inflação, uma vez que os eleitores conhecem aquela lição básica: Não se pode gastar mais do que se arrecada. Sugere-se que o Governo Lula3, no afã de recuperar capilaridade junto aos seus apoiadores, esteja negligenciando esta lição. Já afirmamos por aqui em outras ocasiões que o ônus dos preços altos nas gôndolas dos supermercados vai produzir um prejuízo de imagem ainda maior, conforme está se configurando. 

E não adiante propor substituir alguns itens, a exemplo do indispensável cafezinho. Não fosse suficiente por si só este problema estrutural de condução da politica econômica, o Governo também se envolve num enredo de narrativas complicadas, oferecendo subsídios para a exploração da oposição, como a infeliz fala do presidente Lula durante uma entrevista para um pool de rádios na Bahia, onde recomendou que as pessoas deixassem de adquirir aqueles produtos que estão caros, forçando a baixa dos preços. Já anda circulando nas redes sociais um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira, onde ele aborda várias situações do dia a dia, exemplificando as contingências em ter de si abdicar de certos serviços ou produtos. 

O vídeo mais uma vez viralizou, a exemplo daquele sobre a proposta de fiscalizar as movimentações com o Pix.  já atingiu a cifra de 50 milhões de visualizações até o momento, com perspectiva de que atinja um público ainda maior. Nessas crises agudas, o melhor a fazer é uma pausa para reflexões, de preferência com uma profunda autocrítica. Há contextos em que, quanto mais o sujeito tenta se explicar, mas agrava a situação. O PT resolveu apontar as baterias para eventuais culpados, esgarçar as disputas internas, contratar emergencialmente magos da comunicação, mas todo este esforço tem se mostrado inútil.   

Charge! Thiago via Jornal do Commércio.

 


Editorial: Hugo Motta nega que houve uma tentativa de golpe de Estado no país.



Há alguns assuntos controversos, outros nem tanto. Desde algum tempo que as nossas instituições democráticas sofrem o assédio sistemático de forças conservadoras, que tentam estabelecer no país um regime de governo autoritário. Não se pode negligenciar essas movimentações de caráter golpistas, que se intensificaram desde de 2013, sob pena de entrarmos numa espiral perigosa, marcada pela privação das liberdades individuais e coletivas, de consequências inimagináveis para toda a sociedade. A democracia precisa ser defendida com todas as nossas forças. Neste contexto, causa estranheza e preocupações quando um dos dirigentes do Poder Legislativo encampa teses negacionistas, sugerindo que deverá dar prosseguimento ao pleito da oposição no que concerne à proposta de anistia aos envolvidos no 08 de janeiro. 

Hugo Motta, pragmaticamente, estaria apenas cumprindo acordos de campanha assumidos com a bancada do PL, que congrega boa parte dos bolsonaristas. Ontem ficamos sabendo que até mobilizações de ruas estão sendo programadas para março com este mesmo propósito, assim como esta será a bandeira prioritária da oposição para as eleições de 2026. Houve uma tentativa de golpe no país, envolvendo civis e militares de várias patentes, inclusive com a anuência de alguns militares de alto coturno. As investigações encetadas pela Polícia Federal já demonstraram isso de formal cabal, com dezenas de indiciados. O relatório da CPI do Golpe aponta e pede providências sobre os autores dessa tentativa de solapar as instituições democráticas do país. 

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche afirmava que todo discurso era uma farsa e toda palavra uma fraude, uma vez que não externavam as verdadeiras intenções de seus autores. Fica claro que as indisposições entre os Três Poderes estão longe de ser contornadas. Ao contrário, tendem a agravarem-se, uma vez que o Judiciário e o Executivo, sobretudo no tocante a esta questão, assumem posições diametralmente opostas. Com um Executivo fraco, perdendo, por inúmeros motivos, apoio da população, o cenário que se vislumbra não é nada promissor. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Editorial: Lula intensifica viagens pelo país.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensifica suas viagens pelo país, numa estratégia definida pela SECOM, que procura melhorar sua popularidade. Em algumas dessas viagens, Lula será acompanhado de perto pelo marqueteiro, Sidônio Palmeira, titular da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal. Ao que se sugere, Sidônio já tem um diagnóstico dos problemas de comunicação do Governo, assim como já estabeleceu as estratégias para superá-los. A imprensa tem observado o seu trabalho com lupas ampliadas. Hoje, tudo que ocorre de novidade no Governo tem sido atribuído ao novo homem forte da comunicação institucional, o que se constitui, a rigor, num exagero. 

Aliás, o Governo Lula3 enfrenta um momento tão delicado que será muito difícil manter o controle desta situação ou antecipar-se aos novos problemas criados pelos próprios membros do Governo. Está difícil estancar a sangria. De quem partiu, por exemplo, a ideia dos bonés, o que resultou num grande fiasco, uma vez que as redes bolsonaristas utilizaram memes sistemáticos em contraponto aos bonés azuis? Membros da oposição aproveitaram a oportunidade para utilizarem bonés com inscrições de críticas ao processo inflacionário que já ameaça as gôndolas dos supermercados, fazendo alusões à falta de alguns itens na mesa dos brasileiros. No dia de ontem, 06, Lula, possivelmente involuntariamente, acabou cometendo mais um equívoco de comunicação, ao sugerir que as pessoas deixassem de consumir determinados itens. 

Hoje, dia 07, mais uma vez, a oposição tirou proveito da situação, tecendo críticas sobre o comentário infeliz. Pelo andar da carruagem política, Sidônio terá que redobrar os cuidados daqui para frente, se sua ascendência sobre Lula permitir, uma vez que assessores reclamam que o líder teria dificuldades de ouvir seus conselheiros. Algo sugere que a oposição conseguiu garrotear o Governo Lula3. Está difícil desatar este nó de notícias ruins, naturalmente amplificadas pelos parlamentares e setores da mídia que torcem pelo inferno astral. A cereja do bolo da vez é a CPI sobre a USAID, depois das declarações de que a entidade poderia ter injetado recursos financeiros na campanha do petista. 

Editorial: Não tem pão? Vai de brioche.


Formou-se uma grande expectativa em torno do desempenho do marqueteiro Sidônio Palmeira à frente da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, a SECOM, sobretudo porque, num determinado momento, atribuiu-se à gestão anterior os problemas relativos à avaliação do Governo. Ou seja, o Governo Lula3 amargava índices preocupantes de avaliação não em razão de uma gestão com falhas, mas em função de não estar se comunicando bem com a população. Sidônio, que já tinha uma relação próxima a Lula desde as últimas eleições presidenciais, quando foi o homem responsável pelo marketing político da campanha do petista, aceitou o desafio. 

Antecipamos por aqui, em outras ocasiões, as dificuldades que o marqueteiro iria encontrar pela frente. Empenho na função não tem faltado ao novo auxiliar do presidente. Segundo dizem, ele tem explorado bastante a força do rádio, principalmente em cidades estratégicas pelo país afora. De fato, o velho rádio possui um potencial de comunicação nada desprezível. Possivelmente, ao longo do anos, este meio de comunicação também deve ter sofrido os efeitos das redes sociais, mas, a rigor, continua dando o seu recado, principalmente junto a alguns estratos sociais, em tese mais próximos ao PT. 

Nem tudo sai conforme o combinado. Um observador atento da cena política brasileira observou que o marqueteiro parecia bastante nervoso por ocasião da última entrevista coletiva concedida por Lula a um pool de órgãos de imprensa. No dia de ontem, por ocasião de uma entrevista, o presidente Lula foi muito infeliz em seus conselhos sobre como se defender da carestia de alguns produtos. Primeiro, porque prometeu picanha durante a campanha e não chambaril.  Depois, porque é o Governo que precisa fazer a sua parte para permitir o acesso da população a itens básicos, como o café, por exemplo, que está subindo a olhos vistos. Daqui a pouco vamos precisar trocar o café pela cevada, algo impensável pelos seus eleitores, que não dispensam o  cafezinho, na banca do jogo do bicho, quando estão arriscando a sorte. É aqui que mora o perigo. Veja-se o caso dos boatos sobre o Pix. Se a moça que passa o jogo disser que não tem o cafezinho porque o preço está alto isso produz um efeito inimaginável.  

A tradicional ponta de agulha, conhecida nos textos de José Lins do Rego como carne do Ceará,  utilizada pelos nordestinos para engordar o feijão, voltou a registrar alta nos preço. Chegou a R$ 26,00 e hoje não fica por menos de R$40,00. Fernando Haddad, numa entrevista recente, afirmou que os índices de inflação para o mês de junho podem superar os escores previstos. Comunicação não é bem o que estamos querendo afirmar, mas o que os nossos interlocutores entendem. Sabe-se lá o que se passou pela cabeça de Maria Antonieta ao recomendar os brioches, mas o fato é que a afirmação serve de chacota até hoje. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Editorial: A torre de marfim dos intelectuais.


Há alguns anos, em debate com colegas, ficamos impressionados com o número expressivo de clérigos e intelectuais latino-americanos que se engajaram em projetos revolucionários pelo continente, inclusive pegando em armas. A Nicarágua, onde o presidente, forjado na luta revolucionária, hoje expulsa do país representantes da Igreja Católica, talvez seja o caso que alcançou maior visibilidade em relação a este assunto. Ernesto Cardenal, teólogo da Teologia da Libertação, chegou a exercer cargo importante no Governo Sandinista após a luta armada. Esses episódios, naturalmente, ficaram circunscritos há décadas do século passado. Ao longo dos anos, os intelectuais buscaram refúgio e proteção nos centros acadêmicos, afastando da luta real dos povos por democracia, justiça social e avanço dos direitos humanos. 

Especula-se, por exemplo, que o filósofo e professor francês, Régis Debray, tenha se integrado ao projeto revolucionário que Che Guevara iniciou na Bolívia, depois do êxito da Revolução Cubana. O foco guerrilheiro, como se sabe, não foi bem-sucedido, culminando com a prisão do filósofo e o assassinato do guerrilheiro argentino\cubano. Hoje, o distanciamento dos intelectuais desse mundo real, das intervenções na luta pelo poder, da emancipação ou da conquista de melhores condições da vida para a sociedade é algo preocupante.  Ontem líamos um artigo tratando deste assunto, escrito por Mário Júlio Griggi, onde fica claro porque um filósofo como Olavo de Carvalho conseguiu desmoralizar os centros acadêmicos, num trabalho muito bem concebido e articulado pela extrema direita, que incluía formação sistemática e atuação ousada nas redes sociais, onde eles hoje ganham de braçada das forças do campo progressista, sempre com a ajuda inestimável do algoritmo das big techs. 

Uma boa parte do êxito da extrema direita não deve creditado ao filósofo, mas à incompetência ou omissão dos nossos acadêmicos, hoje enclausurados em suas torres de marfim, em seus rituais e saraus, produzindo conhecimentos técnicos ou científico estéreis  e isentos, que não podem ser questionados,  se não pelos mesmos critérios e pelos pares com lastro acadêmico mensurados pelo Lattes, num corporativismo insuportável, quando não usando o nome de Paulo Freire como escudo ético. Júlio Griggi remonta a conceitos básicos, como intelectual tradicional e intelectual orgânico (Antonio Gramsci, tão enfatizado nos cursos de ciências sociais), conhecimento técnico \científico, de conhecimento popular. 

Seu embasamento para justificar a necessidade de sair da redoma são as reflexões - e, mais importante - a atuação daquele descrito por um professor da UFPE, em artigo recente, publicado num jornal local, como o último intelectual engajado: Jean-Paul Sartre. Quando observamos algumas instituições de pesquisa ou acadêmicas discutindo os seus diálogos interinstitucionais ou mesmo avaliando a produção de órgãos de fomento à pesquisa, vale a pena fazer uma questionamento básico: a quem interessa mesmo esse debate? Na outra ponta, as dificuldades de liberações de recursos para a realização de suas atividades inerentes, que dificulta o atendimento de demandas legítimas da sociedade, numa discussão que envolve a liberação de recursos públicos que estão saindo pelos ralos - pelo que se presume em termos de desvios já constatados - cumprindo outras finalidades, naturalmente, de caráter não republicano. Eis aqui um debate que realmente importa.  


Charge! Laerte via Folha de São Paulo.

 


Editorial: A CPI da USAID.


A Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional, USAID, deverá ser fechada, de acordo com recomendação do Elon Musk, Secretário de Eficiência do Governo Donald Trump. Não vamos aqui suscitar mais polêmicas em torno dessa agência controversa, cuja atuação sempre esteve envolta em grandes polêmicas e isso não é de hoje. Mais recentemente, o pesquisador Mike Benz, do Departamento de Estado, fez uma afirmação sobre a atuação da agência no Brasil, algo que chamou muito a atenção, sobretudo de parlamentares de oposição ao Governo Lula3. 

Mike Benz afirmou que, se não fosse pela ajuda financeira da USAID ao candidato Lula, certamente Jair Bolsonaro teria vencido as últimas eleições presidenciais. A coluna do jornalista Cláudio Humberto, no dia de hoje, 06, traz a informação que o deputado federal Gustavo Gayer estaria entrando com um requerimento de pedido de CPI sobre o assunto. O democrata Joe Biden mantinha cordiais relações com o Governo Lula. Aliás, salvo melhor juízo, Joe Biden foi o primeiro chefe de Estado a reconhecer o Governo Lula3, eleito em 2022, até mesmo como estratégia para consolidar a sua vitória. 

Não se sabe nada, entretanto,  sobre eventual ajuda financeira, mas as declarações de Mike Benz trouxe o assunto à tona, suscitando eventuais investigações, caso a CPI seja aprovada. O pessoal da oposição possui  bons créditos sobre os novos dirigentes do Poder Legislativo, além de comandarem comissões importantes. Com boa articulação política, não é improvável que uma CPI tratando deste assunto seja aprovada. 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Drops Político: Raquel Lyra no PT?



Pelo andar da carruagem política a governadora Raquel Lyra vai acabar se filiando ao PT. Os tucanos entabulavam uma fusão com o PSD, que acabou não dando certo em razão de interesses paroquiais mineiros. Então, eles partiram para uma negociação com o MDB, por recomendação de Aécio Neves. A negociação está praticamente fechada entre as duas legendas, embora eles tenham deixado de combinar com alguns diretórios estaduais, inclusive o de Pernambuco, que já alegou que não aceita o ingresso da governadora Raquel Lyra na legenda. Por outro lado, a despeito da resistência do diretório municipal, setores do PT não poupam sinalizações positivas em direção à governadora. 

Drops Político: Estado Palestino.



Esta proposta de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre a retirada forçada das pessoas que hoje vivem na Faixa de Gaza, deixando o território livre sob o controle americano é indecorosa. Há anos a banda sadia e humanitária da sociedade luta pela criação de um Estado Palestino, assim como ocorreu com o Estado Judeu, décadas antes. Sabe-se que a situação ali é bastante complicada, mas daí a propor uma solução como esta é algo inimaginável. A proposta reforça os projetos expansionistas do Estado Judeu.  

Charge! Pedro Vinício via Folha de São Paulo.

 


Editorial: Aceita um cafezinho?


Sempre que a inflação aumenta, algum produto é apontado como grande vilão. A lista desses produtos é grande para recordarmos por aqui, mas, se as previsões pessimistas de algumas autoridades financeiras se confirmarem no que concerne a um eventual aumento significativo dos índices de inflação, desta vez o vilão será o nosso tradicionalíssimo cafezinho. O Brasil tornou-se o maior produtor de café do mundo e, possivelmente, um dos grandes consumidores do produto. Ontem, dia 05, o Jornal Nacional da Rede Globo trouxe uma matéria tratando deste assunto e explicando porque o produto está se tornando tão caro nas gôndolas dos supermercado. 

Tivemos uma queda de produção em países concorrentes, como Vietnã e Indonésia, e a demanda pelo produto brasileiro aumentou sensivelmente, elevando os preços do produto internamente. Por outro lado, o consumo interno do produto também teria aumentado e aí entramos nas lei mais fundamentais da economia, a da procura e da oferta. Os preços estão tão altos que já circulam bonés e memes da oposição trocando a marca Nescafé por Semcafé e sem picanha, numa alusão clara às promessas do Governo Lula3. O café sempre ocupou um espaço no folclore político. Quando uma autoridade pública  está desgastada se diz que o sujeito já está tomando café frio. 

Aqui em Pernambuco conta-se uma história engraçada que este editor ouviu do professor Manoel Correia de Andrade. O professor foi convidado para assumir um cargo no Governo de Miguel Arraes. Um caro técnico. O professor estava na cota pessoal do governador, convidado a partir de critérios técnicos - o que é coisa rara - em razão de sua produção acadêmica. Manuel relutava em assumir o cargo, argumentando que não entendia nada de política. Arraes explicou ao futuro secretário que era simples. Sempre que ele tivesse que negar alguma coisa, negue, mas ofereça um cafezinho. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Drops Político: José Múcio fica na defesa.



Não é nada ainda oficial, mas sugere-se que o Ministro José Múcio deve ser mantido no Ministério da Defesa. Por incrível que possa parecer, este seria um dos ministérios mais complicados na dança das cadeiras em Brasília. O pernambucano foi escolhido para comandar uma pasta onde, naquele momento, setores militares mantinham rusgas evidentes com os civis. Estávamos mergulhados numa crise institucional, recém saídos de mais uma tentativa de golpe militar no país, com a caserna inquieta. Lula escolheu uma espécie de bombeiro para apagar o incêndio e um bombeiro com trânsito livre, porque, do contrário este bombeiro, se mal escolhido, poderia se transformar num incendiário. Conciliador, moderado, sem arestas, Múcio ganhou a confiança dos militares. Não são poucos  os momentos em que se indispôs com os ministros civis do Governo, sempre lutando pelos pleitos dos militares.  Neste contexto, entende-se porque os militares comemoraram a sua permanência na pasta.  

Editorial: O destino de Rodrigo Pacheco.


Pelo andar da carruagem política, o que se presume em Brasília é que os dois ex-dirigentes do Legislativo, O senador Rodrigo Pacheco e o deputado federal Arthur Lira deverão ocupar uma vaga na Esplanada dos Ministérios. Rodrigo Pacheco assumiria o Ministério da Indústria e Comércio, em substituição a Geraldo Alckmin,  assim como Lira assumiria o Ministério da Agricultura, em substituição ao deputado federal Carlos Fávaro. Até recentemente, especulou-se que Rodrigo Pacheco poderia assumir a pasta da Justiça, mas isso parece que está descartado. Lula, durante a sua última entrevista coletiva, insinuou que gostaria de vê-lo no Governo de Minas Gerais, possibilidade com a qual ele se sentiria lisonjeado, conforme confidenciou. 

Nas bastidores do Poder Legislativo, segundo também revela os escaninhos, estaria em jogo uma eventual indicação para o Tribunal de Contas da União. A boa relação com o Palácio do Planalto poderia representar, no futuro, uma eventual indicação para o Supremo Tribunal Federal. O PT mineiro não gostaria que o aliado do Planalto ocupasse algum cargo relevante m Brasília, algo que pudesse projetá-lo numa eventual disputa política paroquial nas Alterosas. O PSDB mineiro, pelos mesmos motivos, vetou negociações que estariam em curso no sentido de uma fusão entre o PSDB e o PSD, partido que mais cresceu em Minas Gerais nas últimas eleições municipais. 

Enfim, como a portaria ainda não foi assinada, alguém se atreveria a prever o destino do ex-presidente do Senado Federal? um fígado com jiló no Mercado Central, um café da manhã com pão de queijo, um almoço com torresmo e feijão tropeiro, seguido de sobremesa com doce de leite para quem acertar o destino do parlamentar.  

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


Editorial: A guerra dos bonés.

Crédito da Foto: Eduardo Gonçalves de Breno\ O Globo. 


Repercute bastante um beijo dado pelo senador Randolfe Rodrigues, líder do Governo Lula3, no futuro presidente da Câmara Alta, o senador David Alcolumbre. Mesmo prevendo-se que esta lua de mel entre o Governo e os novos líderes eleitos no Legislativo tem prazo de validade determinado, gestos assim são sempre bem-vindos, sobretudo neste clima de animosidades em que se encontra a política brasileira. O que talvez não seja muito bem vindo é essa verdadeira batalha dos bonés entre Governo e Oposição. Na última votação no Legislativo, o Governo Lula3 precisou demitir temporariamente alguns dos seus auxiliares para que eles pudessem votar. 

Esses auxiliares resolverem, sabe-se lá por iniciativa de quem - nem se o Sidônio teria sido consultado - comparecerem ao recinto trajando bonés azuis com dizeres relativos às últimas eleições americanas, ratificando que o Brasil é dos brasileiros, possivelmente em razão da briga sobre as taxações de produtos exportados. A reação dos bolsonaristas foi imediata, fazendo alusão aos tempos do Governo Jair Bolsonaro, onde, segundo eles, a comida era mais barata. Não vamos aqui entrar nesta briga, tampouco arbitrar a contenda, mas, a rigor, o Governo Lula precisa mesmo ficar atento ao aumento de alguns produtos essenciais nas gôndolas dos supermercados. 

Para além dessa batalha política o Governo Lula3 precisa apresentar resultados concretos para a população. O próprio Governo admite que não conseguiu entregar a colheita nesses dois anos. Pelo andar da carruagem política, o que está se sugerindo é que entraremos num aprofundamento desse esgarçamento político, talvez como último recurso de sobrevivência do campo progressista.  

Editorial: Raquel Lyra alça voo rumo ao MDB.


Não avançaram as negociações sobre uma fusão entre o PSDB e o PSD. Na realidade, conforme afirmamos no dia de ontem, os dois partidos são muito semelhantes. Há, porém, algumas clivagens e interesses paroquiais que atrapalharam as negociações. De olho em sua carreira política nas Alterosas - dizem que pretende candidatar-se ao Palácio Tiradentes - o deputado federal Aécio Neves(PSDB-MG) se contrapôs às negociações entre as duas legendas. O PSD foi o partido que mais cresceu em Minas Gerais nas últimas eleições municipais. Criou bastante capilaridade no Estado, mas, certamente, Aécio Neves talvez não contasse com o aval dos caciques da legenda para os seus projetos, mesmo diante das circunstâncias de uma fusão. 

Especula-se que o Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado Federal, filiado ao partido, também teria pretensões políticas no estado. Aécio Neves, ainda com grande capital político na legenda, sinalizou para uma fusão com o MDB. Com isso, fica praticamente traçado o destino da governadora Raquel Lyra aqui em Pernambuco. A rigor, com a fusão entre as duas legendas, ela não vai precisar sair do ninho, passando a ser, naturalmente, uma emedebista. Como essas fusões precisam ser combinadas com os diretórios estaduais - para não acontecer o que ocorreu entre tucanos e pessedistas - o que se informa é que a manobra não teria sido bem assimilada pelo MDB pernambucano, hoje incorporado ao Governo Municipal do prefeito João Campos, do PSB. 

Nos últimos dias foram observados alguns movimentos da governadora no tabuleiro do xadrez da política pernambucana. Especula-se que ela teria recebido no Palácio do Campo das Princesas o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que poderia ocupar uma Secretaria de Estado. É preciso admitir que este jovem realizou uma gestão impecável em Petrolina, cidade do Sertão do São Francisco. Com tanta gente incompetente na máquina pública é um desperdício mantê-lo afastado da política apenas por picuinhas. Em tese, porém, foi o prefeito João Campos quem entendeu primeiro que o caminho seria esse e fez os primeiros gestos para o grupo Coelho. 


Editorial: A anistia de Jair Bolsonaro será pautada pelo Legislativo.



Apesar das juras e promessas do encontro protocolar de ontem entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os novos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, algo sugere que as relações harmônicas entre os Três Poderes da República estão longe de serem obtidas. Hoje, dia 04, já se fala em conversas que serão mantidas entre os novos dirigentes do Poder Legislativo e o Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de destravar as emendas retidas. Sugere-se que os novos dirigentes vão jogar pesado em torno da independência do Poder Legislativo, compromisso essencial assumido com os seus apoiadores. 

Um outro compromisso negociado com a bancada do PL é uma eventual anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, algo dado como certo para ser pautado. Isso, aliás, vem sendo articulado desde algum tempo. Houve um tempo, quando ainda exercia o mandato, que, num desses encontros do cercadinho, o ex-presidente manifestou sua insatisfação com as atividades no Executivo. A decretação de sua inelegibilidade, porém, parece ter injetado um sangue novo nas aspirações do ex-mandatário. Aliado a este fato, a eleição de Javier Milei, na Argentina, assim como a de Donald Trump, nos Estados Unidos, sugere que tenha ampliado o desejo de Bolsonaro de voltar ao Planalto. 

A fragilidade de representação congressual do Governo Lula3 é sensivelmente preocupante, daí se concluir que a vitória nas eleições presidenciais de 2022 foi uma vitória relativa. Na realidade, a oposição ganhou aquelas eleições, ao considerarmos a bancada de representantes de partidos  conservadores que foi eleita. Há partidos considerados da base aliada, ocupando três pastas na Esplanada dos Ministérios, cujos deputados estão endossando, sem qualquer constrangimento, o mais recente pedido de impeachment do presidente Lula. É uma relação complicada. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Drops Político: Pacheco pode assumir o Ministério da Indústria e Comércio.


Entre as danças das cadeiras na Esplanada dos Ministérios, existe a possibilidade de o ex-Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, assumir o Ministério da Indústria e Comércio, em substituição a Geraldo Alckmin, que pode ser indicado para o Ministério da Defesa, em substituição a José Múcio. O nome de Pacheco chegou a ser cogitado, igualmente, para o Ministério da Justiça, mas as especulações, sugere-se, não prosperaram. Várias possibilidades estão nos planos de Rodrigo Pacheco. Uma vaga no STF ou no TCU e até mesmo uma candidatura ao Governo de Minas Gerais, algo que ele não disfarça o desejo. 

Editorial: Tucanos mineiros impõem restrições às negociações entre o PSDB e o PSD.


As negociações sobre uma eventual fusão formada entre os tucanos e o PSD estavam em processo bastante avançado de articulação. O PSDB mineiro - leia-se aqui o deputado federal Aécio Neves - impôs um freio de arrumação nessas negociações encetadas pela cúpula da legenda e o Presidente Nacional do PSD, Gilberto Kassab. Os tucanos encontram-se num grande enrosco político já faz algum tempo. Talvez eles mesmo tenham entendido que não haverá outra solução para legenda que não uma fusão com o partido de Kassab ou a formação de uma federação. Desconhecemos os argumentos apresentados pelo grupo liderado pelo deputado Aécio Neves sobre a necessidade de se abrir o diálogo com o MDB, por exemplo, mas deve ter a ver com os planos eleitorais do mineiro. O PSD fortaleceu-se muito em Minas Gerais nas últimas eleições municipais. 

A rigor, são partidos muito parecidos. Não há diferenças ideológicas significativas entre essas legendas, que atuam dentro de uma plataforma de perfil conservador. Ricardo Nunes, reeleito prefeito de São Paulo, estrela ascendente na legenda, aponta a necessidade de o partido construir alternativa presidencial para as eleições de 2026. O PSD de Kassab é da base aliada do Governo Lula, mas, a rigor, Kassab é um político muito pragmático. No momento, por exemplo, vendo o barco do Planalto afundar a olhos vistos, já estimula uma candidata própria para 2026, a do governador do Paraná, Ratinho Junior. 

O PSDB até que tentou voltar à ribalta nas eleições municipais, mas nada deu muito certo. Antevendo as dificuldades pelo país afora, apostou todas as suas fichas na candidatura do apresentador José Luiz Datena e o resultado todos conhecem. Especula-se acerca de uma revoada de governadores da legenda, que estão insatisfeitos no ninho. A governadora Raquel Lyra, ainda filiada à legenda, estaria de malas prontas e uma das possibilidades de pouso seria, imaginem, o PSD de Kassab.  

Drops Político: Estados Unidos voltam a afirmar que a Covid-19 é um vírus que escapou do laboratório.


Autoridades sanitárias dos Estados Unidos voltam a sugerir que há indícios confirmáveis de que o vírus causador da Covi-19 pode ter sido mesmo falhas em experimentos realizados pelo Governo da China, ou seja, é mais uma informação de que o vírus poderia ter escapado de laboratório de pesquisa. O Governo da China, naturalmente, refuta as informações a este respeito. Comecem a redobrar os cuidados, uma vez que há indícios - esses de fato confirmados - sobre surtos de variantes do vírus pelo país. A China, neste momento, enfrenta dificuldades com um vírus respiratório bastante semelhante, que já chegou ao país. 

Drops Político: Tarifas e mais tarifas.



É de causar arrepios aquelas pastas pretas sobre a mesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Sempre que ele assina os documentos de uma dessas pastas, as reações são esperadas. Desta vez é sobre a taxação dos produtos importados do México, China e Canadá, causando um rebuliço nos governos desses países, que prometem retaliação. Salvo melhor juízo, o Brasil também está no radar do presidente norte-americano, já provocando uma reação do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua última entrevista coletiva. É tarifa sobre tarifa. Se eles taxam os produtos de exportação desses países, nada mais justo que tais países taxem também os produtos exportados pelos Estados Unidos.