Há um grupo de bolsonaristas mais radicais para quem a ocorrência de atitudes anticivilitórias dos seus líderes não muda em nada o seu comportamento. Pelo contrário, pode até mesmo servir de incentivo ao endeusamento dessas lideranças, aclamadas como mito, como é o caso de um ex-presidente da República. Por outro lado, possivelmente existiriam aqueles simpatizantes apenas, mais suscetível de mudarem a opinião sobre os seus líderes, consoante discordem de suas atitudes. Em pouco espaço de tempo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, cometeu algumas atitudes ou se envolveu em polêmicas que poderiam mudar a opinião desse grupo de apoiadores menos radicais.
Há a questão dos livros didáticos com erros grosseiros, ao ponto de inventarem praia na capital ou mesmo retirarem os créditos da assinatura da Lei Áurea da Princesa Isabel; o pedido de explicações de uma ministra do Supremo Tribunal Federal para que ele justifique a homenagem a um notório representante dos porões da Ditadura Militar instaurada no país com o Golpe Civil-Militar de 1964. Pior que isso, a chacina do Guarujá, onde foram mortas 20 pessoas, durante operação da Polícia Militar do Estado, em represária à morte de um policial da Rota.
Uma pesquisa qualitativa seria importante para entender o que levou a população do estado a cravar um escore de 30% de avaliação entre bom e ótimo na última pesquisa do Instituto Datafolha. Tarcísio de Freitas teve um decréscimo deste índice, da ordem de 10 pontos percentuais, em relação à pesquisa anterior realizada pelo mesmo instituto, ou seja, sua avaliação positiva despencou. Não seria improvável a existência de outros indicadores -apenas passíveis de ser inferidos numa pesquisa qualitativa - mas, certamente, os fatos citados acima devem ter dado sua contribuição para esta queda de avaliação.
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