Hoje, primeiro de setembro, a Polícia Federal realiza uma grande operação na CODEVASF - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - onde há indícios já comprovados de desvios de verbas públicas, apropriadas indevidamente por agentes privados, mancumunados com agentes públicos. Esta operação seria um desdobramento de uma operação anterior, movida com o mesmo propósito. O moído é grande e teria começado ainda no governo anterior. Se os leitores nos permitem a comparação, a companhia, infelizmente, foi transformada numa espécie de "boca do caixa", por onde escoava o dinheito de nossas impostos, beneficiando agentes públicos inescrupulosos.
O enredo é grostesco. Se juntamos os fios soltos dessas maracutaias, elas respingam na antesala do Palácio do Planalto, como transpareceu numa das últimas audiências da CPMI dos Atos Antidemocráticos, onde um auxiliar direto do governo anterior admitiu transações financeiras com uma madeireira que, estranhmente - ou não? - movimentava dinheiro de licitações com o órgão federal. Depois de encerrado esse processo, temos quase certeza que a PF deverá incluir em suas espertises investigativas alguns fatos novos sobre a tecnologia de desvios de verbas públicas.
Nós, pobres mortais, por outro lado, infelizmente, vamos pagar um preço muito alto em nome dessa tal governabilidade. O ministro e familiares envolvidos já estiveram encrencado antes e o Governo precisou mantê-lo no cargo para evitar embaraços com o partido que o havia indicado ao ministério. Vamos ver como o Governo Lula irá agir desta vez, posto que a minirreforma sequer foi conluída.
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