Já havíamos antecipado por aqui o protagonismo que deveria assumir o Ministério da Justiça neste momento de instabilidade institucional que o país enfrenta. Recompor o tecido democrático, constitucional e republicano, em momentos assim, torna-se uma tarefa hercúlea. O governo anterior representou um retrocesso político e civilizatório de dimensões gigantescas; corrompeu ou comprometeu o trabalho e a missão de algumas instituições; subtraiu conquistas e garantias constitucionais; fomentou as condições ideais para a implementação de um regime de obscurantismo político em todos os sentidos.
Não seria uma tarefa simples a reversão de uma situação como esta. O ministro Flávio Dino, como se diz numa expressão popular, vem dando conta do recado como louvor, como se diz na academia, assumindo um protagonismo que deve está incomodando até mesmo gente do próprio Governo. Do lado da oposição, nem precisamos falar. Estão querendo pedir até sua cabeça, conforme se especula. Em circunstâncias assim, Flávio Dino tornou-se um ministro popstar, principalmente junto a um petismo raiz, que ocupa as redes sociais para as tietagens de suas ações cotidianamente.
Esta campanha que anda circulando, sugerindo a indicação do seu nome para o STF, por exemplo, já foi amplamente desmentida pelo próprio ministro, que afirmou desconhecer qualquer demanda neste sentido, tampouco teria sido consultado pelo morubixaba petista sobre o assunto. Aliás, surpreendentemente, Flávio Dino demonstra não ter interesse no cargo. Durante um tempo, se especulou bastante que ocupar a pasta da Justiça seria uma etapa imediatamente anterior ao STF nos planos de Flávio Dino. Política é como as nuvens, conforme ensinava uma raposa mineira. Isso está se parecendo mais como "fogo amigo".
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